Amando Gina Weasley escrita por Iadala


Capítulo 10
Capítulo 10 - O mais puro dos amores.


Notas iniciais do capítulo

Como adoramos vocês, estão aí: dois do mesmo dia. HAHAHAHAHAHA! E também para recompensar a demora. Boa leitura!



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Amando Gina Weasley

  POV - GINA

  Acordei com o sol batendo em meu rosto. Tão forte ele estava, que abri meus olhos numa rapidez indescritível. Tola que fui. O sol queimou minhas pupilas.

  - Maldição! – Falei, esfregando os olhos.

  Eu estava deitada na minha cama no dormitório feminino. Minhas colegas ainda tiravam o seu sono profundo, nas palavras delas, descasando suas belezas.

  Como eu fui a primeira a acordar, saí da cama vagarosamente, tentando fazer o mínimo de barulho o possível. Percebi como o clima estava a esfriar. Eu podia sentir o vento gelado em minha pele mesmo estando com um pijama de flanela e pantufas de coelhinho. Não queria nem pensar em como seria Dezembro, se o começo de Novembro já estava daquela maneira. Entrei no banheiro, fechando a porta logo atrás de mim. Escorreguei até o chão, sentando-me nele e olhando fixamente para minhas mãos. Fazia oito dias desde que eu e Harry rompemos. Da pior maneira que poderia existir. Enterrei minha cabeça em meus braços. Meus cabelos ruivos estavam embaraçados em minhas costas, caindo como uma cascata mal desenhada por um artista amador.

  Comecei à chorar quando a lembrança ainda tão viva em minha mente começou a se formar de Harry e Bowen se beijando na sala dela.

  - Pelo menos, foi apenas um beijo. – Pensei.

  Apenas um beijo? Apenas?! Uma coisa daquelas foi capaz de me derrubar! De me fazer criar distância de todos aqueles que tinham alguma coisa com Harry e o ajudavam a voltar para mim.

  Isso me fazia criar esperanças. Esperanças de que Harry poderia sentir alguma coisa por mim naquele coração tão desprezado por amor durante tantos anos de sua vida. Mas não.

  - Quem ama, não trai. Foi o que Rony me disse quando eu chorava em seu ombro.

  - Quando um não quer, dois não beijam. Era o que corria em minha mente. Aquele cretino só afundou a sua língua na garganta daquela sirigaita porque quis! Mas porque não queria? Ela era linda, carismática e tinha um corpaço. Coisas que eu nunca pude ter sem uma ajuda da magia e antes de quebrar a cara no mundo, percebendo que Harry só ia notar em mim quando eu começasse a ignorá-lo, no meu quarto ano.

  As lágrimas corriam para meu corpo. Eu estava tão triste e arrependida de ter entrado de cara naquele amor... Tudo isso porque ele era o meu ídolo de infância. O meu príncipe encantado. E quando ele me beijou no meu quinto ano... Ah, meu Merlin. Foi como se eu tivesse ido ao paraíso... Mas pude sentir o capeta me puxando para o inferno quando presenciei meu (ex) namorado e Bowen se beijando. Pude sentir Satanás cutucando minha maior ferida quando Harry, com aqueles olhos verdes tão perfeitos, com cara de cachorro abandonado, veio atrás de mim. Quase que não resisti e pulei em cima dele, dando-lhe o melhor beijo de todos os tempos e dizendo que nunca o abandonaria por nada. Mas eu me segurei e pensei em mim mesma. Não poderia me rebaixar a tanto.

  Naquele mesmo dia, Rony rompeu com Hermione. Por um motivo besta, se quer saber. Tudo bem, eu sentia ciúmes em relação à Harry e Hermione, mas se por acaso ameaçassem bater no meu melhor amigo e esse alguém fosse meu namorado, eu também ficaria contra o meu amor.

  Amizade vem antes do romance.

  Por isso, naquele mesmo dia, procurei Mione e me desculpei por meu irmão e ainda disse que nunca ficaria com raiva dela por um motivo sem cabimento. Mas ela estava fulminante com meu irmão. Poderia matá-lo se ele aparecesse em sua frente. Ela também começou a defender Harry e alegou que, conhecendo-o à tantos anos, tinha certeza de que tudo o que Harry sentia por mim era o de mais puro e doce, fazendo-o incapaz de me trair. Mas eu ignorei. Era a primeira vez na vida em que eu dei as costas para um homem que eu gostasse. Finalmente aprendi as consequências de ser tão fácil.

  Recompus-me e levantei do chão. Tirei todas as peças de roupa que me cobriam e entrei no chuveiro. A água quente me acalmava, e apesar de queimar minha pele alva, me deixava tão tranquila que eu seria capaz de até doar todos os galeões que eu possuía para uma pessoa que eu detestasse além da conta.

  Quando saí do banheiro, percebi que as meninas ainda dormiam. Caramba! Eu levei mais de uma hora lá dentro! Peguei uma roupa confortável e bem quente. Uma blusa vermelha com mangas compridas, uma leggin preta e uma sapatilha da mesma cor.

  Já pronta para sair daquele local, repassei tudo o que faria naquele dia.

1-        Tentar ao máximo não dar ouvidos aos comentários maldosos de muitos da Sonserina que teimam em me chamar de corna.

2-       Tomar café sossegada e longe de Harry Potter.

3-       Treinar quadribol.

  Era o terceiro que causava um grande impasse. Meus planos de não dar ouvidos ao que Harry tinha a dizer todos os dias, ia por água abaixo por causa dos treinos... E eu, como uma boa artilheira e amante compulsiva de Quadribol, não podia faltar um treino que fosse.

  Coloquei meus pés para fora do dormitório e percebi que algumas pessoas estavam no salão, dentre elas, Harry. Ele estava lendo algum livro de, no mínimo, aventura. Não sei de onde surgiu essa paixão avassaladora dele pelo gênero, mas chega a ser irônico. Algumas meninas do quarto ano também estavam lá, conversando e olhando descaradamente para Harry. Provavelmente pensando se algum dia ele repararia nelas. Coitadas, se me permite dizer, porque, convenhamos... Não existem muitos homens de 18 anos, ainda sendo famosos, que reparam em simples pirralhas de quarto ano.

  Desci as escadas. Os olhares das garotas penderam sobre mim. Elas ficaram caladas naquele instante. Achei bom. Ou elas sentiam pena de mim, ou quem sabe esperavam que eu fosse embora para voltarem a fofocar sobre Potter.

  Ele virou para trás e me viu. Fiquei sem reação por alguns minutos. Harry largou seu livro e veio em minha direção. Saí o mais rápido que pude daquele local, mas infelizmente, ou felizmente, o menino que sobreviveu, me alcançou.

  - Gina... – Ele começou. – Há dias quero falar com você. Eu...

  - Aquele mesmo discurso de sete dias! “Desculpe-me, eu te amo, ela me agarrou. Blá blá...”. – Interrompi-o. Sei que fui infantil, mas eu estava com a raiva estampada em minha cara.

  - Na verdade, eu... Gina, você sabe que eu nunca faria algo assim com você. Eu te dou minha vida para te proteger. Não há nada mais valioso do que todos os sentimentos que me amolecem e me deixam assim... Perdidamente apaixonado pela minha ruivinha... – Ele disse. – Por favor!

  Suas palavras haviam me comovido. Aquele vigarista sabia escolher muito bem o que falar. Senti meus olhos se encherem de lágrimas. Maldito! Desgraçado! O que ele faz comigo, me comover daquela maneira e ainda... Fazer me sentir tão querida e desejada! Como eu o odeio por isso!

  - Como posso ter certeza que você não queria aquele beijo? – Perguntei, olhando para baixo.

  - Como é?

  - Você me entendeu. Harry, você com certeza achava aquela maldita piranha uma deusa grega! A própria Afrodite! Até eu concordo que a beleza dela é exuberante e que muitos homens se derretem por ela a cada segundo a mais que ela leciona. Então me explique: como você não queria? – Perguntei, cruzando os braços. Percebi que aquelas meninas ainda estavam lá. Olhando atentamente para nós dois.

  - Porque a única mulher em toda Hogwarts que me faz sentir alguma coisa, que é o motivo para que o meu coração bata a cada segundo a mais, minha razão de existência e principalmente minha maior felicidade, está bem na minha frente, porém com raiva de mim por algo que eu não tive culpa. – Harry se defendeu.

  - Está me dizendo que Bowen nunca te atraiu? – Perguntei.

  - Gina, ela pode ser o que for, mas nunca chegará aos seus pés. Eu só tenho olhos para você... – Harry disse passando sua mão direita em meu rosto, colocando uma mecha de meu cabelo ruivo atrás de minha orelha.

  Eu estava ceder. Pude perceber que Harry sabia disso. Mas eu ainda tinha uma dúvida.

  - Mas então, porque não a entregou para McGonagall? – Indaguei.

  - Pensa que não o fiz há pouco mais de seis dias? – Harry respondeu com outra pergunta. – McGonagall disse que tomará suas providências. Pelo visto, elas estão sendo realizadas. Bowen não falou comigo desde que avisei a diretora sobre o acontecido.

  - Então você me ama? – Perguntei.

  - Ainda é difícil compreender? – Ele chegou mais perto. – Você é a mais linda, mais inteligente, mais perfeita, mais gostosa, mais fantástica mulher em todo esse mundo. Eu te amo, Gina Weasley. – E me beijou.

(...)

  Harry não estava a mentir. De fato, Bowen cortou todas as relações que tinha com ele e McGonagall me perguntou “feliz agora?”, em um dia em que nos encontramos em um dos corredores de Hogwarts.

  Eu e meu namorado reatamos naquele dia, e toda a Hogwarts ficou sabendo. Claro, com as fofoqueiras do quarto ano naquele recinto, o que menos esperávamos era que todos continuassem a acreditar que eu e Harry discutíamos e vivíamos em pé de guerra.

  Rony aceitou a situação, por incrível que pareça, mas não conseguiu reconquistar o coração de Hermione, que agora saia com Simas. A menina ficou muito magoada, e tem todo o apoio de Harry nessa situação. Os dois acreditam que Rony foi o mais idiota de toda a história e que não era uma briga dele. Mas eles não sabem o que é ter um irmão. Existe todo um senso de cuidado e proteção, sendo assim, ele apenas agiu como o tal, porém ele e Harry recuperaram a amizade, e isso é muito bom.

  Eu e Harry estávamos na Sala Precisa. Estávamos deitados em um sofá, abraçados, trocando beijos e declarações de amor. Parece que aquele afastamento só nos tornou mais íntimos, a cumplicidade aumentou e a vontade de ficar mais perto triplicou. Merlin... Como eu amava aquele cretino...

  - Eu sou um cretino? – Harry perguntou, entre um beijo e outro.

  - Só um cretino para me fazer amar tanto ele mesmo... – Eu respondi.

  - Devo ser o cretino mais sortudo do mundo. – Pronunciou.

  - Não tenha dúvidas. – Anunciei.

  - Gina, estou preocupando com Rony. Ele anda tão frio desde que Hermione começou a namorar Simas... – Harry disse, acariciando meus cabelos.

  - Podemos dar um jeito nisso. – Falei.

  - Hermione consegue ser mais irredutível do que você! – Ele disse. Lancei-lhe um olhar raivoso.

  - Daremos nosso jeito, e com isso eu quero dizer: Rony dará o jeito dele. – Falei.

  - Alguma ideia? – Perguntou.

  - Ele só tem que ser verdadeiro, e nós a empurraremos para um encontro com ele. – Respondi. – A farei enxergar que não sente nada por Simas e tudo ficará mais fácil. Você verá. – Pisquei.

  - Podemos pensar nisso só amanhã? – Ele pediu. – Quero passar o resto desse dia só matando a saudade de você...

  - Leitor de mentes, Sr. Potter? – Perguntei, dando início a uma nova sequência de beijos.  

  POV – HARRY

  Se existia uma pessoa mais feliz e realizada do que eu, que levantasse a mão direita. Eu nunca pensei que a felicidade pudesse aparecer tão fácil na vida de um homem, mas pelo visto, eu estava enganado.

  Gina, aquela mulher que eu posso chamar de “Musa da Minha Vida”, entrou para fazê-la melhor e me deixar apaixonadíssimo por ela, como se ela fosse proibida, porque a cada dia que se passava mais vontade de tê-la ao meu lado eu tinha. Por isso, uma ideia maluca veio a minha mente: Quando sairmos de Hogwarts, a pedirei em casamento.


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Notas finais do capítulo

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