Delena Short Stories escrita por Nancy Watson


Capítulo 2
The One


Notas iniciais do capítulo

HEY! Mais uma oneshot ^^

espero que curtam, e por favor, deixem-me saber a opinião de vocês!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/344780/chapter/2

Elena se movia contra o corpo do loiro forte com quem dançava de forma sensual. Mantinha um sorriso convencido no rosto, pois sabia que o par de olhos azuis não desgrudavam dela.

Damon, sentado no bar com uma ruiva deslumbrante, só conseguia se concentrar na “sua garota”, como gostava de chamar. Ela sempre fora discreta, mas quando queria, chamava a atenção de todos, ainda mais quando se movia de modo tão sexual na pista de dança. O loiro forte com ela dançava parecia estar prestes á fazer sexo com ela ali mesmo, e aquela ideia não agradou o moreno nem um pouco.

Os dois mantinham uma relação estranha. Eram mais do que amigos, mas não tinham uma amizade. Mas não eram namorados, e não gostavam de se intitular "ficantes".

Haviam se conhecido naquela boate, há cerca de três meses e desde então, sempre que podiam passavam noites alucinantes juntos.

Damon sempre corria para os braços dela quando tinha suas frequentes crises existenciais, quando alguma outra mulher lhe dava um pé na bunda ou quando tudo parecia estar dando errado em sua vida. Ela tinha o dom de fazê-lo relaxar com um simples toque, de fazê-lo ficar excitado com apenas um beijo, fazê-lo querer a possuir a noite inteira mesmo que suas energias tenham se esgotado, e fazê-lo morrer de ciúme apenas com a visão de vê-la dançando com outro cara.
Ele sentia falta dela. Fazia tempo que não dormiam juntos. Eles não tinham muito contato, mas quando tinham, faziam de tudo para torná-lo o mais intenso possível. Mas o que sempre o fazia voltar para ela, era esse sentimento confuso que nutria no peito. Algo inexplicavelmente confortável – quando estava com ela, e extremamente incomodativo – quando não estava com ela. Algo que ele tinha medo de sentir.

Já Elena, sempre corria para os braços dele quando se sentia mais sozinha do que o normal. Ela era uma mulher independente, sem muitos amigos e não gostava de relacionamentos sérios, naturalmente, uma pessoa só. Damon também era seu conforto quando tinha problemas familiares – que não eram poucos. Porque só ele a fazia se sentir no paraíso, se sentir desejada, confiante. Sexo com Damon Salvatore era o melhor antidepressivo que ela teve o prazer de experimentar – várias vezes. Mas tinha algo mais. Uma coisa que ela sentia toda vez que sentia o toque dele. Que fazia seus batimentos cardíacos aumentarem, seu corpo estremecer, seus braços quererem apenas estar em volta do homem que a tirava do sério. Um calor fora do normal que aquecia seu coração de uma forma extraordinariamente assustadora.

E era por esse sentimento ser tão assustador que ela estava dançando com um loiro desconhecido e ele conversando com uma ruiva desconhecida.

Mas não era algo do qual eles poderiam fugir, por isso, só prestavam atenção um no outro.

Assim que a música terminou, Elena esperou que seu acompanhante a tirasse da multidão e a levasse para algum lugar reservado onde pudessem aliviar toda a tensão sexual, mas as mãos dele saíram de sua cintura de repente.
Ela virou-se, pronta para reclamar, mas deu de cara um rosto másculo e perfeito, decorado com um sorriso sarcástico.

– Olá, Salvatore. – Ela sorriu, enlaçando o pescoço dele com seus dois braços, enquanto ele agarrava gentil e firmemente sua cintura. A música que começara a tocar sempre a fazia se lembrar dele.

– Estava se divertindo com o aquele loiro sem graça? – Ele perguntou num tom indiferente, mas olhando nos olhos dela.

– Estava se divertindo com a ruiva mal vestida? – Ela devolveu no mesmo tom, o olhando com a mesma intensidade.

– Por que? Está com ciúmes?

– Você está?

– Continuar respondendo com perguntas?

– Vai continuar perguntando?

Sempre uma resposta na ponta da língua. Ele sorriu. Essa é a minha garota, pensou.

– O que foi, Salvatore? – Ela perguntou sedutoramente quando ele não respondeu e ficou apenas a encarando com um sorrisinho meio bobo. – O gato comeu a sua língua? – Juntou seus corpos um pouco mais.

– Não. – Ele respondeu cheirando seus cabelos ondulados.

– Deixe-me checar. – Ela sussurrou e num movimento rápido, colou seus lábios nos dele, e em seguida suas línguas já estavam acariciando uma a outra de modo provocativo.

Foi um beijo cheio de saudade e desejo, mas ainda assim calmo. Ambos estavam apenas tomando nota de como era sentir essa proximidade novamente, lembrando-se de todos os outros beijos trocados.

Elena finalizou o ato com uma leve mordida no lábio inferior de Damon, e ele quase gemeu ao sentir os dentes da morena. Ele adorava quando ela o mordia, e quando agia assim tão dominadora.

Com a intenção de provocá-lo ainda mais, ela ficou de costas e começou a se mover no ritmo da música de modo gracioso, e ele a acompanhou. Acariciava os quadris dela por cima do tecido suave do vestido preto que ele achava curto e decotado demais, mas ele gostava de vê-la assim. Ele gostava de vê-la, apreciá-la. E era isso o que fazia enquanto a assistia ir até o chão e voltar, num rebolado ritmado e sexy.

Ela é só mais uma, ele se obrigava a pensar enquanto continuavam dançando. Mas ele sabia que ela estava longe de ser só mais uma. Mulheres deslumbrantes, inteligentes, com personalidade e caráter como Elena não era algo que se encontra facilmente. Então ele pensou que era um filho da mãe muito sortudo por estar a acompanhando.

A morena jamais admitiria, mas suas pernas ficavam bambas quando estava perto do Salvatore. Ela odiava isso de maneira exagerada, mas não conseguia se afastar. Ele tinha essa...coisa. Algo que ela não podia explicar, um tipo de magnetismo que a puxava para ele. Então ela se deixou levar, mais uma vez,

Não demorou muito para estarem aos beijos novamente.

O banheiro feminino não era o lugar mais confortável ou limpo para se dar uns amassos, mas ele estando sentado e ela sentada em cima dele já era bom o suficiente para ambos.

As mãos de Damon passeavam por todo o corpo de Elena, não conseguia se concentrar em um só local porque adorava cada milímetro dela. E ela estava embriagada com o cheiro másculo e suave que ele emanava. Suas mãos bagunçavam os cabelos negros sedosos, e apertavam seus músculos definidos.

Quando foram obrigados a separarem suas bocas, em busca de ar, encararam-se. O olhar trocado transbordava desejo e cumplicidade. Damon foi quem o quebrou, mas com um bom motivo: começou a depositar beijos carinhosos pelo pescoço e colo dela. Parou no vale entre seus seios que estava exposto pelo corte ousado do vestido, e ali afundou seu rosto, a abraçando mais contra si.

Foi um ato de fragilidade, Elena sabia disso. Ele devia estar mal com alguma coisa, pois estava se escondendo. Era o que ele fazia quando estava sensível, se escondia do mundo nos braços dela.

Para a minha casa ou para a sua? Ela perguntou beijando o topo de sua cabeça.

Para onde você quiser. Ele respondeu com a voz abafada.

Então vamos para a sua, é mais perto e a minha está um caos. Ele assentiu, e eles deixaram a boate, cada um em seu carro.

Durante o trajeto, que não era longo, Damon não pôde evitar ficar nervoso, pois se lembrava da última vez que ficaram juntos. Não haviam feito sexo selvagem como sempre faziam. Fizeram amor. E ele queria aquilo de novo. Claro que também queria consumir o ato com todas as loucuras que faziam, com toda a desinibição, luxúria e perversão. Mas ele também queria tocá-la da forma doce, carinhosa e cheia de significado, como fizeram aquela vez.

Outra coisa que estava o deixando louco era saber que ela iria embora antes de amanhecer. Ele não gostava disso. Queria acordar com ela ao seu lado, para transarem pela manhã, tomarem café juntos e fazer as coisas que todo mundo fazia. Que todos os casais faziam.

Ele se deu conta de que queria que eles fossem um casal.

Suspirou, sentindo uma pontada no peito.

Elena chegou um minuto antes no estacionamento do prédio dele, e o esperou escorada em seu Audi preto. Estava ansiosa para passar horas de prazer com Damon, mas ficava desapontada ao lembrar que deveria ir embora assim que terminasse. Era o certo a fazer, não era? Damon era o tipo de cara difícil de conviver. Ele era intenso demais.

Suspirou, e assistiu o Volvo preto dele estacionar, e em seguida o causador de seu infortúnio sentimental descer, lhe lançando um sorriso sincero.

Foram em direção ao elevador, e lá ele a puxou para um de seus calorosos abraços de urso, o qual ela prontamente retribuiu.

O que houve, Damon? Ela perguntou com tom calmo porém preocupado.

Nada. Ele respondeu, mais concentrado em acariciar a cintura bem feita dela e enterrar mais seu rosto nos cabelos cor de chocolate.

Como nada? Ela afastou-se somente o suficiente para pegar o rosto dele entre suas mãos, fazendo-o a encarar. Você está todo emocional e fazendo aquela cara de coitadinho que você sabe que me dá pena. O que houve? Repetiu a pergunta.

Eu não estou fazendo cara nenhuma. Ele revidou com um quase beiço. Ela semicerrou os olhos.

Eu sei que vai acabar me falando. Deu de ombros e deu um selinho demorado nele, que sorriu com o ato.

Já dentro do apartamento, com a porta trancada e indo em direção ao quarto, Damon a surpreendeu colocando-a sobre seu ombro.

Salvatore, você vai pagar por isso. Ela disse depois de dar um grito agudo. Ele sabia que ela odiava ser carregada. Se sentia pequena e frágil. E ela sabia que ele adorava provocá-la, pois ela sempre se vingava com alguma tortura deliciosa.

E como pretende me punir, Srta Gilbert? Ele perguntou deitando-a delicadamente sobre sua king size.

Tenho uma ideia. Ela sorriu travessa e o puxou pela jaqueta. Trocaram um beijo cheio de paixão, que acabou rápido.

Ela inverteu as posições e se sentou em cima dele. Tirou sua jaqueta e camiseta rapidamente.

Damon a viu passar os olhos por seu corpo e deu um sorriso sacana. Ela lhe beijou a bochecha docemente, desceu para a mandíbula definida que ela achava a coisa mais charmosa do mundo e deixou ali uma mordida, chupou o pescoço, desdeu para o tórax sólido e bem desenhado e acariciou a pele sensível daquele local com seus lábios entreabertos. Desceu para o abdômen e nisso Damon já estava ofegante. Ela beijou abaixo de seu umbigo e começou a abrir o cinto, mas ele a impediu, colocando-se por cima novamente. Se ela continuasse ele sabia onde ela ia parar e sabia como aquilo terminaria.

Ele queria fazer tudo com calma, queria mostrar para ela seus sentimentos através de seus toques, porque não sabia como falar em voz alta. Então, tomou seus lábios de uma forma que nunca havia feito. Suas línguas se acariciavam sincronizadamente, e os lábios se encaixavam como peças de um quebra-cabeça. O beijo estava sendo tão intenso que ela temeu o que aquilo poderia significar. Seu coração acelerou e pela proximidade dos corpos, ela sentiu que o dele também.

Damon finalizou o beijo com um leve selar de lábios, e ficou de joelhos na cama. Tirou os sapatos dela e calmamente suas mãos foram subindo pelas pernas torneadas até alcançar a barra do vestido, o qual ele retirou dela sem dificuldade.

A cena que ele estava presenciando era excitante demais para palavras: Aquela mulher deitada em sua cama, mordendo o lábio inferior e usando nada exceto uma calcinha sexy de renda.

Sem pensar duas vezes ele encheu-a de carícias em cada centímetro da sua pele descoberta. A respiração de Elena vacilou quando ele alcançou seus seios. Primeiro com as mãos, massageando, depois com a boca, dando beijos, chupadas e leves mordidas que deixaram sua única peça de roupa molhada. Ele a beijou na boca novamente, com a mesma intensidade de antes, e ela aproveitou para lhe desabotoar a calça jeans, que ele tirou em seguida.

Eles enroscavam-se e rolavam na cama, sem desgrudarem dos lábios um do outro, acariciavam um ao outro sem pudor, e logo livraram-se das únicas peças que impediam que se tocassem completamente.

Assim que os sexos se tocaram, os gemidos foram mútuos, e após provocar Elena, roçando-se contra sua entrada, Damon pegou uma camisinha no criado mudo sem sair de cima dela. Ela tirou o pacote das mãos dele e abriu habilidosamente, colocando o objeto em volta do membro ereto dele e aproveitando a situação para estimulá-lo ainda mais. Ele gemeu em aprovação, mas logo cortou-a prendendo seus braços para cima com apenas uma mão, pois a outra estava ocupada acariciando a coxa de Elena que já estava em volta de seu quadril.

Olhando dentro de seus olhos castanhos, ele a penetrou deliciosamente devagar, fazendo-a soltar um gemido que o deixou louco de tesão.

Ambos começaram a se mover, enquanto beijavam-se apaixonadamente.

(..)

Desisto. Damon ofegou quando Elena saiu de cima dele, também ofegante. Estou exausto. Meu Deus, quando que você virou essa máquina de sexo? Ela riu.

Não sei, mas a máquina aqui está bem cansada também.

Como a maratona de sexo aparentemente estava encerrada, ela se sentou na cama, á procura de suas roupas, para poder ir embora.

Onde você largou meu vestido? Perguntou meio sonolenta.

O que quer com ele? Ele ficou confuso.

Estava pensando em usá-lo como babador pra você. Ela disse sarcasticamente quando o viu fitando seu corpo. Eu quero vesti-lo, obviamente.

Pra que? Você fica ainda mais linda sem ele. Ele reclamou rolando os olhos, e ela corou, algo raro de se acontecer.

Mas eu não posso ir embora assim, né. Bufou.

Ah, não... Ele resmungou manhoso. Você está toda grudenta de suor, precisa de um banho. Ele analisou-a e num supetão, a agarrou em seus braços, rebocando-a para seu banheiro.

Ela não protestou, realmente precisava de uma ducha quente para descansar melhor.

Ele entrou antes no boxe de vidro e ligou o chuveiro. Elena estava logo atrás, admirando o corpo glorioso do homem á sua frente. Ele se virou para ela sorrindo e a puxou para junto de si, pondo-se debaixo d'água. Trocaram um beijo calmo e gentil.

Tomaram banho devidamente, ensaboaram um ao outro sem malícia e trocaram carinhos.

Assim que saíram, Damon procurou pensar rápido, para que ela não tivesse um segundo para considerar ir embora, então a puxou pela mão até seu closet e a vestiu com uma de suas camisas branca, que servia como vestido nela.

Ei. Isso não é nada fashion. Ela reclamou com uma risada.

Não é para ser fashion, é para cobrir seu corpo enquanto passamos a manhã juntos para que eu não tenha uma ereção a cada dez minutos. Ele respondeu divertido, deixando um beijo estalado na ponta do nariz da morena.

Damon... Ela começou hesitante. Você tem certeza? Olha, eu não quero apressar as coisas, e...

Elena. Ele a interrompeu. Você não sai da minha cabeça desde a primeira noite que passamos juntos. Não estamos apressando nada, na verdade, atrasamos. Não quero mais ficar longe de você. Fica, por favor? Finalizou com a cara que ele sabia que ela tinha pena. Ela bufou.

Você é um manipulador de mentes femininas inocentes. Ela reclamou de novo, cruzando os braços.

Você não tem nada de inocente, baby. Ele sorriu malicioso.

Deixaram o closet depois que ele vestiu um pijama e ela roubou uma de suas confortáveis cuecas para vestir.

Então, o que a senhorita gostaria para o café? Damon perguntou num tom divertido.

O que? Você vai cozinhar? Ela pareceu um pouco surpresa.

Sim, por que o espanto?

Damon, sem ofensa, mas você é muito atrapalhado. Ela respondeu segurando o riso.

Ei, eu não sou nada. E minhas panquecas são as melhores do mundo, okay? Indagou, fingindo estar magoado.

Oh, desculpa, Salvatore. Você é brilhante. Ela se redimiu dando-lhe um beijo rápido.

Eu sei. Ele se gabou e ela se sentou na bancada da cozinha revirando os olhos.

Não passaram somente a manhã, mas sim o dia juntos. E jamais se sentiram tão completos. Foi simples e natural, como se fizessem isso á vida inteira.

Já na hora de dormir, Damon não conseguia conter sua felicidade, por isso não tirava o sorriso bobo dos lábios. Olhava a Deusa deitada ao seu lado e ele aumentava mais ainda.

Percebeu que, o fato de ele ter tido tantas mulheres era tão irrelevante. Você pode se relacionar com muitas pessoas, mas quando conhece A pessoa, volta a ser um adolescente sem experiência alguma. Nenhuma outra mulher que ele havia conhecido chegava aos pés de Elena. Todas tiveram ele de alguma forma, mas ela era única que o tinha completamente. E ele a tinha. E era o único.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!