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– Se eu te dissesse que ainda não acredito estar casada com você, você ficaria bravo ou surpreso? – sussurrei para Edward no carro enquanto íamos em direção ao único salão de eventos de Forks.

Ele ficou quieto por alguns segundos que me atormentaram. Acho que não deveria tê-lo perguntado isso.

– Nenhum dos dois, afinal eu sou o melhor partido dessa cidade e não é surpresa alguma você ainda não acreditar em estar casada comigo, Sra. Cullen – ele me respondeu com um sorriso no canto dos lábios.

Revirei os olhos diante da sua resposta. 

– É como se a qualquer momento eu pudesse acordar e perceber que ainda estou naquele quarto de hotel esperando pela morte ou pela coragem. O que viesse primeiro. 

– Bella... – ele suspirou. – Eu sei que aquela época não foi uma das melhores, mas você precisa superar isso meu amor. Até mesmo eu já superei isso – ele disse terno, agarrando minha mão, porem ainda mantendo sua atenção pelas ruas em que passávamos.

– Ai está o problema, você deveria ser a ultima pessoa a aceitar toda aquela situação. Eu apenas queria poder não...

O carro freou bruscamente.

– Bella, olhe para mim – Edward pediu então puxando meu rosto para si, mantendo contato visual. – Eu te amo e sim, talvez eu devesse ser a última pessoa aceitar tudo o que já nos aconteceu, mas eu não fui então pare de procurar meios de todos aqueles momentos não terem acontecido porque eles são a nossa história. Eles são a prova de que o nosso amor é mais forte do que tudo e de que se eu não te amasse eu já teria deixado você há muito tempo – acabei fungando levemente antes que Edward continuasse. – Então chega de se lamentar por algo que já aconteceu e viva o agora ao lado do seu marido super bonitão. Até porque ainda temos uma festa e lua-de-mel para estarmos.

– Ok meu marido super bonitão – eu disse sorrindo e ajeitando meu rosto rapidamente antes de sair do carro e enfrentar os flashes das câmeras e centenas de abraços e felicitações dos convidados.

Logo nós dois saímos do carro e todo aquele ritual de receber os convidados e afins começou. Eram abraços para um lado, beijos para o outro. Paramos para posar nas fotos juntos, junto da decoração, da nossa família, dos amigos, e por fim fomos liberados para sentarmos na nossa mesa e esperarmos para o momento dos discursos.

Emmett já acabou me envergonhado com suas piadinhas e histórias assim como Rose. Já Alice me detonou emocionalmente com sua música no lugar de discurso – Alice é uma das pessoas mais amorosas que conheço, porém quando se trata de colocar esses sentimentos em palavras ela não é uma das melhores – e Jasper no piano. Minha mãe começou a contar histórias de quando eu era pequena no que resultou em mais uma sessão de “Envergonhem a Bella”, minha sorte foi ter Charlie para tirá-la de cima do palco e dizer apenas poucas palavras, mas que para mim significam o mundo. Esme e Carlisle preferiram ao invés do discurso, pagar as nossas passagens da lua-de-mel – que por sinal eu não faço a mínima ideia de onde será – e outros amigos que se propuseram a ideia do discurso agradeceram por momentos que passei junto deles.

No final, Edward e eu subimos juntos no palco e improvisamos no momento, mas tudo o que dissemos já havia sido dito em outros momentos da nossa relação, porém ali, em frente todos, estávamos mais vulneráveis as conseqüências das nossas lembranças, o que resultou comigo entre lágrimas e soluços. E então quando todos os discursos já haviam sido feitos, eu e Edward fomos para a pista de dança ser as estrelas sob os holofotes. 

– Essa noite está tão perfeita quanto eu pensei que seria – Edward murmurou, depositando um beijo na minha testa em seguida.

Um sorriso franco e de satisfação brotou no meu rosto e encostando minha cabeça no seu peito, eu aproveitei uma das danças mais apaixonantes que já dancei porque mesmo que fossem apenas passos de um lado para o outro, eles pareciam penetrar no meu coração e então reger a nossa própria canção.

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O som da música parisiense, o teor de tudo a nossa volta, os mais diversos cheiros e brilhantes imagens passavam por mim enquanto o táxi ia a caminho do nosso hotel na cidade de Paris. Edward sorria mesmo cochilando, o mesmo sorriso sendo espelhado em meu rosto. E então quando chegamos no hotel, eu tive de acordá-lo.

O táxi então estava pago e o check-in já havia sido feito, e dentro do elevador nós esperávamos para chegar até a cobertura que encheu meus olhos, tanto pela beleza como por lágrimas. 

– Hoje você está muito emotiva Sra. Cullen – Edward brincou antes de beijar meus lábios.

Depois de fechar a porta e trancá-La, Edward me abraçou por trás e observou o mesmo cenário que eu: a linda e iluminada Paris com a grande presença da Torre Eiffel.

– Isso é lindo – sussurrei deixando minha cabeça tombar levemente para trás, encostando-a no ombro de Edward.

Vagarosamente, alguns segundos depois, Edward virou-me e olhando em meus olhos, ele disse:

– Não tão lindo quanto você – e essas palavras foram o suficiente para fazer entregar-me ao homem da minha vida.

O ar que parecia nos envolver era o tradicional ar romântico de Paris e tendo a Torre Eiffel como testemunha do nosso amor, nos entregamos de corpo e alma um para o outro, selando então a nossa promessa de amor eterno.