A Volta da Garota Sobrenatural escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 1
Capítulo 1 - Caçada


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiiiiiiiiiieeeeeee!!!

A doida da Hunter Pri Rosen chegando na bagaça com a continuação de Destino!

Espero que gostem!

Bjs!



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– Melissa, eu já entendi. - disse Mia ao celular enquanto andava pelos corredores da biblioteca. - Eu já entendi... Pode deixar, eu não vou levar o livro errado. Não dessa vez. Eu sei que nós temos que entregar este trabalho na semana que vem... Tudo bem, não se preocupe. Daqui a pouco eu estou aí. Tchau...

Mia desligou o celular e suspirou. Com tantos alunos na sua sala, ela tinha que ficar amiga justo da mais nerd? Riu consigo mesma e só então percebeu que estava sozinha na biblioteca. A bibliotecária tinha saído há alguns minutos. Provavelmente, uma pausa para um café. Era noite de sexta-feira. A biblioteca costumava ser o lugar mais deserto do campus naquele dia da semana. Mia se deu conta de que talvez ela fosse mais nerd do que Melissa por estar ali.

No entanto, tinha que admitir que suas notas não estavam muito boas naquele semestre. Sentia uma certa dificuldade em se concentrar nas aulas. Se não fosse pela ajuda de Melissa, a sua situação seria bem pior. Sempre foi estudiosa, mas ultimamente Mia não estava conseguindo ser a aluna que costumava ser. Muito menos a pessoa que era. Sentia que havia alguma coisa errada com ela, mas não sabia explicar o quê. Era como se uma parte dela lhe dissesse para seguir em frente e esquecer aquela sensação, e a outra parte estivesse em constante alerta. Como se alguma coisa maligna estivesse à espreita, fosse sair das sombras e pegá-la a qualquer momento.

Achou ridículo estar pensando nessas coisas, mas teve a impressão de que quando pensou na palavra "maligna" as lâmpadas da biblioteca piscaram subitamente. Sentiu um arrepio percorrer o seu corpo, e se encolheu com frio. Em seguida afastou os maus pensamentos e se concentrou no livro que estava procurando. Como será que Melissa reagiria se ela dissesse que não encontrou o tal livro? Isso lhe dava mais medo do que qualquer coisa maligna...

Pegou o livro, mas em seguida ele caiu das mãos de Mia e ela se abaixou para pegá-lo. Foi quando pensou ter visto alguém passando entre as estantes. Por mais que achasse ridículo, não pode evitar o pequeno sobressalto. Levantou e olhou em volta. Não tinha sido impressão, as luzes realmente estavam piscando.

– Olá? Tem alguém aí? - arriscou ela e em seguida achou aquilo patético.

Era o tipo de pergunta de filmes de terror. O tipo de pergunta que nunca se deve fazer. Se questionava por que estava pensando tanto no sobrenatural ultimamente. Ela devia pegar o livro e sair logo dali antes que ficasse no escuro. Foi o que fez, mas quando começou a andar teve a sensação de ouvir passos logo atrás dela. Se virou sem parar de andar e viu que não havia ninguém. Andou mais rápido e novamente ouviu os passos se aproximando. Parou e se virou novamente. Não havia ninguém. Se aquilo era algum tipo de brincadeira era de péssimo gosto. As luzes piscaram novamente, mas dessa vez não voltaram a acender. Por sorte a luz da Lua que entrava pelas janelas mantinha o ambiente um pouco iluminado.

– Ótimo... - sussurrou a garota enquanto procurava no bolso do casaco o seu inseparável spray de pimenta.

Parou ao perceber no final do corredor uma sombra se aproximando. Antes que pudesse pegar o spray, alguma coisa agarrou o seu braço e a puxou rapidamente para o corredor mais próximo. Antes que pudesse gritar, uma mão silenciou a sua boca. E antes que pudesse protestar, se pegou sem reação diante do olhar profundo que a encarava como se tentasse acalmá-la. Sem saber por que, sentiu que o seu coração acelerou. Mas não foi de medo. Tinha certeza que já tinha visto aquele rosto antes. E então se lembrou do incidente na lanchonete durante a sua primeira semana na faculdade. Quando aquele estranho de sobretudo lhe devolveu o seu amuleto e desapareceu em seguida. Era ele novamente. Mas por quê?

Ele continuava a encarando como se quisesse dizer alguma coisa e ela entendeu que ele queria ter certeza de que ela não gritaria. Mia fez que sim com a cabeça e ele afastou a mão de sua boca aos poucos. Só então percebeu como eles estavam próximos um do outro.

Como se tivesse lido os seus pensamentos, ele se afastou um pouco, mas continuou a segurando como se tivesse medo de que ela saísse correndo. Mia percebeu que era isso que ela, e qualquer pessoa normal, deveria fazer. Mas por algum motivo que não sabia explicar tudo o que fez foi continuar parada.

– Eles te encontraram. - disse ele em tom baixo.

– Quem? - perguntou Mia confusa.

Ele não respondeu e começou a se afastar ao mesmo tempo em que Mia percebeu aquela sombra se aproximando. Logo, a bibliotecária surgiu no começo do corredor onde eles estavam. Apesar da escuridão, Mia notou alguma coisa diferente nos olhos da funcionária. Eles estavam pretos. Totalmente pretos. E ela tinha um sorriso debochado no rosto. Mia teve a impressão de ter sentido cheiro de enxofre. A mulher deu um passo em direção de Mia, que sentiu o coração acelerar novamente, mas dessa vez era de medo.

O cara de sobretudo se afastou de Mia e logo alcançou a mulher. A bibliotecária tentou lutar, mas quando ele colocou a mão em sua cabeça alguma coisa aconteceu. Uma luz muito forte fez Mia fechar um pouco os olhos.

A bibliotecária, ou o que quer que fosse aquela coisa, gritou enquanto uma luz parecia sair de dentro de seus olhos e de sua boca. Ele continuou a segurando com força enquanto ela desfalecia.

Mia estava em choque. Não sabia o que pensar. Viu o corpo da bibliotecária cair no chão e pensou que talvez seria a próxima. Todos os seus sentidos ficaram em alerta. Tinha que agir rápido. O estranho estava de costas e ela aproveitou para pegar o spray de pimenta no bolso. Mas quando estava com o spray na mão, ele apareceu na sua frente de novo e segurou o seu braço no ar.

Ele não parecia um psicopata, mas ele tinha acabado de matar uma mulher. O que o impediria de fazer o mesmo com ela?

– Eu não vou te machucar. - disse ele com uma calma absurda.

– Mas eu vou! - respondeu Mia pisando no pé dele e o empurrando contra a estante.

Mia correu o mais rápido que pode e olhou para trás. Aparentemente, ele tinha desistido. Ao olhar para frente, percebeu que estava errada. Se esbarraram em cheio. Mia caiu no chão e ele começou a se aproximar enquanto ela tentava ir pra trás sem conseguir se levantar. Suas pernas não obedeciam. Estava apavorada. Ele estendeu a mão para ajudá-lá a levantar, mas Mia se afastou mais.

– Fica longe de mim! - gritou ela.

– Eu já disse que eu não vou te machucar... - repetiu ele.

– Você acabou de matar a bibliotecária! - lembrou Mia.

– Ela não era mais a bibliotecária. Ela já estava morta há dias. Eu matei o demônio que se apossou do corpo dela... Agora ela está em paz. - relatou o estranho.

– Claro. - disse ela sem acreditar naquilo enquanto se levantava.

– E se você não vier comigo agora, outros demônios virão atrás de você. - avisou ele.

Mia achava aquilo tudo insano...

– Quem é você? - indagou confusa e assustada.

Ele a olhou e Mia teve a impressão de que ele tinha ficado magoado por ela não saber quem ele era. Mas como ela poderia saber? Ele se aproximou e respondeu:

– Castiel. Eu sou um anjo.

– Claro que é... Mas eu lamento informar que eu não fui para a minha própria Eucaristia... - disse Mia enquanto dava alguns passos para trás - E que eu não vou à lugar algum com você...

Depois de um momento de silêncio, ele disse seriamente:

– Então terá que ser do jeito difícil.

Mia sentiu um arrepio percorrer seu corpo quando o ouviu dizer isso e tentou argumentar enquanto dava mais um passo para trás.

– Mas, você disse que não me machucaria. - lembrou Mia um pouco assustada.

– E não vou. - garantiu ele enquanto se aproximava.

Ela franziu a testa sem entender e continuou num ritmo acelerado:

– Mas você disse "jeito difícil" e eu não quero ir com você, e você não pode me culpar por não querer ir, afinal você matou uma pessoa na minha frente e agora quer me obrigar a ir com você pra não sei aonde e todo esse papo de demônio e...

Mia parou de falar de repente. Não pode evitar o sobressalto ao ver Castiel na sua frente. A poucos centímetros. Como ele tinha feito aquilo tão rápido? Ele a segurou e disse com um sorriso:

– Eu tinha esquecido como você fala demais.

Mia o olhou confusa e involuntariamente fechou os olhos quando ele tocou a sua testa com a ponta do dedo. Desmaiou.

Castiel a segurou no colo e sem conseguir evitar a olhou com certo carinho. Alguns segundos depois o barulho de asas ecoou pelo lugar e a biblioteca ficou vazia...


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Notas finais do capítulo

Gostaram?

Acharam que eu melhorei em comparação com Destino? Descrevi mais os detalhes, neh? kkkkkkkkkkk tentando me aprimorar, sociedade!

Reviews?