My Dark Side escrita por Kelly


Capítulo 13
Pingente //


Notas iniciais do capítulo

Novo capitulo, espero que gostem :)



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Anteriormente em My Dark Side:

O sono não vinha por nada. Até cordeirinhos já contei.
As lembranças da Califórnia e dos meus pais acertaram-me como uma facada no peito, quando isso era tudo o que menos eu queria. Levantei-me da cama, com os olhos cheios de água e fui até à cozinha. Bebi um copo de leite, enquanto tentava controlar as lagrimas. É muito mais fácil lidar com a dor do lado de fora, pensei eu.
Caminhei até à janela da sala, e senti-me observada. Ignorei. Voltei para a cama e adormeci agarrada à foto dos meus pais, que tirei da pequena caixa. Sim, eu tinha aberto a porta do meu passado. Tudo por causa daquele Salvatore idiota.

Atualmente em My Dark Side:


~dia seguinte~

Acordei com a claridade a adentrar o quarto e a refletir no espelho à frente da cama. Abri os olhos, novamente, olhando à volta e vendo fotografias e papeis espalhados pela minha cama. Levantei-me, limpando os restos de lágrimas e fui preparar-me para as aulas.
Quando acabei, voltei para o quarto e comecei a arrumar tudo dentro da caixa outra vez, e arrumei-a no guarda-fato.
Desci até à cozinha e tomei um copo de leite, simplesmente. Elena desceu as escadas, pegando numa torrada e sentando-se à minha frente e Jeremy imitou-a logo de seguida. O silêncio permanecia, apenas intercalado pelas nossas respirações.

–Vamos juntos para as aulas? - perguntou Elena, olhando-nos.
–Por mim sim. - respondeu Jer , olhando-me.

Eu olhei-os sorrindo fraco, ou tentando.

–Claro... - sussurrei, levantando-me.

Peguei na minha mala de ombro, assim como eles nas deles e fomos para o carro de Elena, que nos levou para a escola. Ela estacionou e eu coloquei os óculos de sol na cara, pois não estava nada boa devido à noite cheia de lágrimas. Percorrermos o jardim e chegamos à "nossa" mesa, que pareceu calar-se quando cheguei, olhando-me todos.


–Bom dia! - exclamamos os três: eu, Jer e Lena. Todos retribuíram, ou quase todos.
–Não vou perguntar como estás. - avisou Caroline sentando-se ao meu lado e eu suspirei aliviada por poder largar o "papel".

Retirei os óculos de sol e ela olhou-me preocupada, mas sorrindo fraco na mesma.

–Ainda bem, porque acho que isto - e apontei para a minha cara - responde a tudo.
–Estás certa. - concordou Car - Estávamos a combinar um ... encontro para esclarecermos tudo.
–Não vou. - avisei determinada.
–Porque não Cass? - perguntou Car surpresa - Não queres saber de tudo, tudo Cassie?
–Car, eu já sabia de tudo lembraste? - perguntei retoricamente e ela baixou o olhar - O Damon é que me fez pensar que era maluca!

Dita a exclamação levantei-me e dirigi-me para a sala de aula, certamente sob o olhar dos restantes. Minutos depois tocou e iniciou-se a aula que só tinha com a Caroline. Sentamo-nos juntas, mas não trocamos nenhuma palavra.
Terminou rapidamente e reparei no que eu tinha desenhado durante a aula, era uma espécie de pendente estranho. Ignorei, rasgando e deitando fora. Peguei nas minhas coisas, sai da sala, antes de Caroline, e caminhei pelo corredor até esbarrar em alguém.

–Desculpe. - pedi, olhando e reconhecendo Stefan. Sorri automaticamente.
–Sempre nos encontramos assim. - acusou Stef e riu, eu acompanhei-o.
–Parece que sim. - concordei e passamos a andar pelos corredores.
–Eu não pude deixar de ouvir... - declarou ele - Mas ... era ótimo que fosses hoje à "reunião" Cass.
–Mas não vou Stefan. - avisei determinada. Ele parou, fazendo-me parar também e olha-lo.
–Porquê? -perguntou confuso - E não me digas o nome: Damon.

Eu encostei-me à parede e baixei o olhar para o chão, então Stefan aproximou-se de mim.
Ele retirou-me um cabelo do rosto e colocou-o atrás da minha orelha, afastando-se novamente.

–Sei que o que ele fez, a todos nós mas principalmente a ti, foi horrível. - concordou ele - E deves estar muito, muito magoada Cassie, mas também queremos ouvir a tua história, ok?
–Stefan...
–Cassie! - exclamou, interrompendo-me - Lamento pelo meu irmão. Sei que são muito próximos.
–Eramos... - sussurrei e ele assentiu - Mas ... eu vou Stef.
–Tomaste a decisão certa. - avisou ele.

Durante as restantes aulas apenas , não tomei atenção e, li um livro de feitiços antigos. Cada vez que a professor/a se aproximava , eu cobria-o com um manual da aula e fingia prestar atenção.

~horas mais tarde~

Entrei com eles pela porta da frente da mansão e estava com medo de quem iria encontrar, mas os meus maiores medos confirmaram-se mal vi Rebekah e Damon. Todos se sentaram e eu inclusive, ao lado de Caroline.
A minha mãe sorriu-me com ternura e eu posso, quase, jurar que retribui da mesma maneira. Curada? Não, não estou. Nem sei se algum dia vou estar. Eu sinto que lá no fundo há um lugar que ninguém pode alcançar, uma barreira que eu ergui, provavelmente para que não me magoem de novo.
Damon olhava-me constantemente, enquanto todos falavam sobre algo que eu não prestava atenção.

–Cassie? - chamaram e eu olhei para todos.
–Sim? - perguntei confusa.
–Estás bem? - perguntou Rebekah preocupada e eu assenti - Conta-nos então por favor. Como sabias?
–Eu sonhava com a Gisela, mas já não sonho mais. - respondi, simplesmente, olhando de relance para Damon.
–O Klaus vai-me fazer lembrar. - disse Stefan olhando Rebekah.
–Não. - respondeu ela - Eu duvido.

Começaram a discutir, sobre se seria bom ou não e eu concentrei-me no meu poder. De repente, a estante à minha frente bateu contra a parede do outro lado, então eu saltei, assustando-me. Não estava à espera de tudo aquilo... só queria fazer soprar um vento...

–Cassie! - exclamou Elena assustada.
–Parem. - pedi , olhando todos - Já chega!

Todos me olharam surpresos e senti-me envergonhada.


–Desculpem. - pedi baixo.
–Tens alguma ideia melhor loirinha? - perguntou Damon, dizendo-me algo pela primeira vez.

Eu olhei-o fixamente, mas segundos depois desviei o olhar, desconfortável.

–Tenho. - respondi - E na minha não entra o Klaus.
–Como então? - perguntou Bonnie confusa.
–Vamos usar magia. - respondi sorrindo - Não há um feitiço ou assim, Bon?
–Sim, mas Cass... - Bonnie olhou-me preocupada - Não temos esse poder todo. Nem as duas juntas.
–Afinal não era assim tão bom... - Damon comentou ironicamente , eu ignorei.
–Podemos tentar? - perguntei esperançosa.
–É perigoso. - respondeu Bonnie.
–Sendo assim está fora de questão! - exclamou Jeremy levantando-se e eu fiz o mesmo.
–O Jer tem toda a razão Cassie. - concordou Elena.
–Nós precisamos de saber a historia toda! - exclamei de volta.
–Para isso temos o Damon. - corrigiu Rebekah, preocupada com a minha segurança.
–E ninguém fica em perigo. - completou Caroline.
–Se ele - e apontei para Damon que me olhou - quisesse contar, já o tinha feito à anos!

Ele levantou-se irritado e aproximou-se de mim , fixando o olhar no meu.
Eu apenas levantei a cabeça, pois ele é mais alto que eu, mantendo, ou tentando, um olhar determinado.

–Eu conto. - Damon sussurrou simplesmente e depois afastou-se.

Voltamos a sentarmo-nos todos e Damon contou, tudo, sobre Gisela e Klaus. Eu realmente acreditei, mesmo não confiando, na historia dele porque bate com os meus sonhos.
Rebekah foi embora, Jer e Bonnie olhavam livros de feitiços a procurar por algo e Elena, Caroline e Stefan falavam sobre algo que ão sei o que é.

–Vou buscar um café, queres? - perguntei a Caroline.
–Não, obrigada Cass. - respondeu ela, sorrindo.

Eu levantei-me e caminhei até à cozinha da mansão Salvatore. Preparei o café e fiquei encostada ao balcão, enquanto bebia-o.
Ouvi passos na entrada da cozinha e vi Damon entrar, dirigindo-se a mim. Desencostei-me e dirigi-me para a saída, pelo lado oposto da bancada, mas Damon colocou-se, na velocidade inumana, à minha frente.

–Sai por favor. - pedi educada, mas ele continuou no mesmo sitio - Eu pedi por favor.

–Eu sei. - respondeu Damon - Só preciso que me oiças...
–Não quero Damon! - exclamei e acrescentei mais baixo- Não quero ...
–Só um minuto Cassie. - pediu, novamente.

Eu podia jurar que ele está mesmo arrependido, mas mantenho o olhar determinado e afasto-me , encostando-me à bancada esperando Damon falar.

–Fala. - disse eu e ele aproximou-se de mim.
–Eu lamento muito por todas as coisas erradas que eu fiz, eu nunca quis te magoar, é que às vezes eu tento ajudar e acabo estragando tudo. - Damon explicou e eu quase acreditava, se não fosse a dor da traição que sinto no meu peito.
–Eu também lamento Damon. - respondi olhando-o nos olhos - Lamento o quanto fui tola em acreditar nas tuas mentiras. Estava tudo tão percetível, tão óbvio.
–Cassie... - era tarde demais , eu já estava no corredor.

Quando cheguei à sala pedi para irmos para casa, que estava cansada. Elena levou-nos - Caroline, Jer e eu - de carro para a casa dos Gilbert. Mal chegamos dirigi-me para o meu quarto e fui tomar um duche. Quando terminei e coloquei um pijama, Caroline abriu a porta, entrando e sentando-se na minha cama.

–Conversaste com o Damon? - perguntou, olhando-me cuidadosamente.
–Sim. - respondi calma, enquanto me sentava na cadeira da secretaria.
–E então, está tudo bem entre vocês? - perguntou esperançoso e eu olhei-a confusa.

–Claro que não Car. O que ele fez...
–E o que tu fizeste? - perguntou ela, olhando-me como se fosse dar um sermão - Não contaste a ninguém dos sonhos!
–Eram apenas sonhos... - contra-argumentei, olhando-a surpresa.
–Mas não contaste! - exclamou - Quem sonha com a sósia e não acha suficientemente estranho?!
–Caroline... só ... isto é novo para mim. - respondi baixo.
–Eu sei, Cass . - concordou, ajoelhando-se à minha frente - Mas e o Damon? Nunca ninguém tocou nesse assunto, sobre a Gisela, provavelmente.
–Ele disse que confiava em mim. - contei magoada - E sabes o melhor... eu também confiava nele.
–Às vezes ele tenta ajudar e acaba estragando tudo. - repetiu Car, o que Damon tinha dito.
–Só estraga porque quer Car. - corrigi e ela negou.
–Não Cass, só estraga porque se importa contigo. Acontece. - respondeu ela -Todo mundo quer ser perdoado, mas ninguém quer perdoar.
–Achas que o devo perdoar? - perguntei séria, olhando a minha melhor amiga.
–Eu acho. - respondeu ela com um pequeno sorriso, que retribui.

Pov. Damon

Sentei-me no sofá segurando um copo de uísque, enquanto sentia o calor da lareira na cara. Stefan sentou-se no sofá grande, também com um copo de uísque e olhou-me.

–Falas-te com ela, Damon? - perguntou, quebrando o silêncio.
–Sim. Tentei. - respondi sincero, fixando o olhar no copo - Mas tudo o que restou foi esta estranha coisa que sinto no peito!
–É, sabes... existe um sentimento chamado arrependimento, é o gosto amargo de lembrar que ela era a única que realmente se importava contigo e tu deixas-te-a ir. - disse Stef e eu bebi o conteúdo do copo de uma só vez. Ele tinha razão.

~dia seguinte~

Pov. Cassie


Acordei e quando olhei à volta arregalei os olhos, pois o meu quarto estava coberto de papeis colados nas paredes, todos com um desenho estranho, o mesmo pendente que desenhei na aula. Levantei-me assustada e fui me preparar para as aulas. Mas quando me olhei ao espelho vi que estava toda suja de tinta.
Quando voltei ao quarto retirei alguns papeis da parede e guardei na mala. Desci até à cozinha e tomei o pequeno-almoço com a Elena e com o Jeremy.
Saímos para a escola e encontramo-nos todos na "nossa" mesa, como sempre. Beijei a bochecha de Caroline e aproximei-me do ouvido de Bonnie.

–Precisamos de falar. - sussurrei e ela assentiu, levantando-se.
Caminhamos juntas pelo pátio, afastando-nos da mesa. Continuamos a andar em rumo.
–Então que se passa? - perguntou curiosa.

Eu abri a mala e tirei um desenho, daqueles que tinha guardado, mostrando a Bonnie.
Ela olhou o desenho confusa e eu olhei-a com esperança de que Bon pudesse me explicar porque desenhei milhares daquelas coisas.

–O que é isto? - perguntou ela confusa.
–Não sei .- respondi e expliquei - No outro dia desenhei isso no caderno, mas ignorei. Até hoje acordar rodeada de milhares de desenhos destes e suja de tinta.
–É estranho... - disse Bonnie e eu assenti - Parece ser um pingente de um colar Cassie. Já alguma vez viste isso»
–Não. - respondi, continuando a andar.
–Vou ficar com este e pesquisar, está bem? - eu assenti, concordando.
–Obrigada Bon. - pedi sorrindo doce.
–Podes contar comigo, sempre. - respondeu ela.


Fomos para as aulas e o restante do dia foi tranquilo. Para variar. Quando bateu a hora para irmos para casa , avisei Elena que iria primeiro a outro sitio. Caminhei até Mystic Grill , onde encontrei Matt e aproximei-me.

–Boa tarde! - exclamei sorrindo.
–Olá desaparecida! - exclamou de volta, limpando o balcão - Que vai desejar?

–Um beijo. - pedi olhando-o maliciosa e ele riu, momentos depois acompanhei-o. Ele entrou na brincadeira.
–Isso significa um sumo?- perguntou piscando.
–Não. Significa uma cerveja. - respondi, mas ele negou.
–És menor. - avisou e eu rolei os olhos dramática.
–Mas para que servem os amigos que trabalham em bares, afinal? - perguntei alto, para ele ouvir.
–Servem para aconselhar amigas - respondeu e acrescentou baixo - Amigas bruxas e gatas.
–Bonnie? - perguntei rindo.
–Claro! - exclamou, servindo-me uma cerveja. Eu ri, bebendo um pouco.

–Matt não tens um conselho, então? - perguntei sorrindo para ele.

Matt aproximou-se, ficando relativamente perto, e olhou-me nos olhos.

–Sê feliz. -disse , sussurrando e afastou-se - Tenho de ir trabalhar!

Eu sorri pelo conselho amigável e continuei a beber a cerveja. Senti, alguns minutos depois, alguém se sentar ao meu lado. Olhei e vi Damon, também a olhar-me.

–Ia ter contigo a seguir. - avisei.

Ele olhou para trás e depois voltou a olhar para mim, confuso.


–Estás a falar comigo loirinha? - perguntou Damon irónico e eu rolei os olhos.
–Sim. - respondi olhando-o - Eu queria pedir desculpa... Estava a exagerar.
–Porquê? - perguntou ele curioso.
–Por que é isso que fazem os amigos, eles se perdoam. - respondi , com um sorriso pequeno. Seguiu-se um silêncio, mas ele quebrou-o.
–Então agora já podemos ser amigos para sempre? - perguntou irónico, mas percebi pelo olhar que ele estava contente...
–És sempre tão irritante Damon?- perguntei sarcástica.
– Só de domingo a domingo. - respondeu sorrindo e eu ri.

~`a noite~

Sentei-me na cama , com os livros sobre magia à frente, depois de deitar todos aqueles desenhos fora e comecei a pesquisar sobre aquele pingente. Toda a informação era inútil e eu começava a ficar com sono, mas rapidamente despertei quando vi o pingente que procurava numa das páginas velhas.

–Este pingente significa: esperança, salvação, segredo... - li do livro - Bruxas poderosas usam-no para guardar o poder dentro dele, para controle próprio da magia. Pode significar a salvação do mundo, a esperança das bruxas e o segredo do poder da poderosa que possui magia negra.

Eu arregalei os olhos diante da informação seguinte e rapidamente peguei no telemóvel, ligando para Bonnie.

–Bon. - saudei ainda com os olhos fixos na informação.
–Sim Cass. - respondeu ela.
–Encontrei num livro de magia informação sobre o pingente. - expliquei.
–E então?! - perguntou curiosa.
–Precisamos de acha-lo. - respondi fixando com os olhos, no livro, a palavra "morte" .


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Notas finais do capítulo

Estive com uma crise de criatividade , mas aqui está :) Espero que gostem e eu NUNCA vou abandonar esta fic, por isso descansem



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