Strawberry against Blood escrita por Miahh


Capítulo 16
Quando os extremos se encontram


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente :) Espero que gostem do cap, esse daqui é especial :D (pobre patrick kkkkk)
Eu agradeço muitoooooo mesmo a ajuda da Babs que me ajudou demais mesmo. Obrigada babs :)

Eu tb agradeço todos os reviews fofos e os leitores, amo vcs, acho que já sabem disso :)

Então, aproveitem :) espero que curtam.



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POV Patrick

Fui pego de surpresa em ouvir os gritos e as batidas fortes na porta, vindos de Teresa, naquele horário da manhã.

Receoso do que estava acontecendo, e pensando no pior,  mandei Lorelei ficar quieta e se esconder do lado de fora do sótão. Caminhei fingindo uma falsa calma, até a porta. Abri a mesma com certo frio no estomago.

Afinal, Teresa estava muito zangada.

De uma forma que eu nunca havia visto antes.

Então, quando eu abri, me deparei com literalmente, uma princesinha raivosa:

Seu corpo estava um pouco curvado para frente, com as mãos fechadas. Seus olhos estavam úmidos, como se estivesse a beira de cair em prantos bem na minha frente, e posso dizer que estavam até um pouco vermelhos. Sua bochecha, sempre rosada, hoje estava levemente avermelhada.

Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ela, em uma frustrada tentativa de entrar no meu quarto, me empurrou com força. Eu aguentei firme na porta, tentando segurar a dor do empurrão que eu levei no peito.

Olhei para ela confuso. Ela estava muito raivosa, mas eu não sabia o por que. Poderia ser tantas coisas...

-Teresa? O que está acontecendo aqui?

-Patrick, se você tem amor a sua vida, me deixe entrar ai – Ameaçou, empurrando-me com as duas mãos.

-Mas por que? – A primeira coisa que eu pensei foi Lorelei. Uma sensação ruim tomou conta do meu corpo, só de pensar que Teresa sabia de tudo.

Neguei pra mim mesmo. Afinal, eu apronto tantas que ela poderia estar brava por outros motivos. Não é?

-Você sabe muito bem o por que, seu filho da mãe – Gritou, não muito alto o suficiente para chamar a atenção das pessoas no andar de baixo – Agora abre essa merda, ou eu vou te machucar feio.

-Calma Ter... – Antes que eu pudesse terminar a frase, ela me deu um soco no rosto. Com a força, cai quase que imediatamente no chão, enquanto Lisbon entrava no quarto, bem zangada.

Ela parou e observou o lugar. Levantei atordoado, sentindo algo pingar do meu nariz. Confirmei o que era quando passei o dedo: Sangue. Não muito, mas o suficiente para ficar assustado.

Lisbon passou a tentar decifrar o cheiro do ambiente. Respirando fundo por algumas vezes, a morena chegou em uma conclusão:

-Esse cheiro não é de produto de limpeza. Isso é perfume, não é? –Perguntou, sem esperar por uma resposta.

Fechei a porta e caminhei em direção dela. Ela deu alguns passos para trás a medida que eu me aproximava.

-Teresa, não é o que você está pensando – Tentei me explicar, já imaginando o que teria acontecido: Lisbon sabia de toda a verdade.

-Não? Então o que será que eu estou pensando, Patrick?

-Olha, eu e ela não temos nada – Menti, recebendo dela olhares furiosos.

-Eu não acredito mais em você – Disse- Você me usou, mentiu, tudo para proteger essa vadia – Ela parou por alguns segundos, correndo os olhos rapidamente pelo quarto – Cadê ela? Cadê essa vadia?

-Eu não sei.

-Ah, para de mentir, Patrick – Respondeu gritando. Seus olhos estavam vermelhos, mas ela controlava o choro com sucesso – Melhor você falar onde ela está, ou eu vou bater muito mais em você.

-Eu não sei onde ela está – Menti novamente.

Ela olhou no fundo dos meus olhos azuis. Sem querer, ela deixou uma lágrima rolar, por todo seu belo rosto até parar perto de sua boca, onde ela limpou, com a manga da blusa.

-Ou você diz onde ela está, ou eu juro que eu vou te machucar muito...

-Eu já disse que n...

-Eu estou aqui – Lorelei disse, entrando no quarto pela porta que dá acesso ao lado de fora. Estava com um sorriso de ponta a ponta, e caminhava como se estivesse desfilando.

Teresa olhou para ela, nitidamente surpresa. Acho que ela não esperava encontra-la, ou talvez, não tão feliz como aparentava.

-Vejo que a vadia me encontrou – Lorelei prosseguiu, falando com um ar de superioridade evidente em seu tom – Só estranho conseguir só agora... Achei que fosse mais inteligente.

Lisbon cerrou os punhos e se aproximou da inimiga, que continuava sorridente.

-Você me chama de vadia e de burra, mas nem ao menos se olha no espelho – Afirmou – Que eu saiba, não fui eu que transei com o Patrick, só pra obedecer as vontades do amante... – Alfinetou-a – Isso pra mim é coisa de prostituta, coisa que você é.

Lorelei tirou o sorriso do rosto, e passou a encara-la com raiva.

-Você tem inveja de mim, só por que eu transei com o Patrick, antes que você –Disse, com a voz um pouco tremula – Que eu saiba, eu fui a primeira mulher que o Patrick teve alguma relação, depois da morte da esposa... E você, passou mais de dez anos pra não conseguir nada.

Teresa soltou uma risada forçada.

-Você é patética garota. Só pra você saber, eu fui a primeira mulher que o Patrick amou de verdade, depois que o seu amiguinho, matou covardemente a familia dele.

Lisbon estava certa sobre isso. Eu nunca conseguiria amar Lorelei, como amo Teresa.

-Te ama tanto, que estava mentindo pra você o tempo todo né? –Respondeu, com um sorriso faceiro no rosto – Que tipo de amor é esse que não tem confiança?

Teresa ficou sem palavra alguma. Dessa vez sua inimiga estava realmente certa.

Era hora de intervir isso antes que piorasse.

-Por favor, vamos se acalmar...

-Cala a boca, Patrick – As duas responderam em uníssono.

-Sabe Lorelei, você é ridícula, acha que é inatingível só por que era amante do Red John... O problema é que você não é – Disparou contra a inimiga –Red John te usou, da mesma forma que o seu querido Patrick está te usando agora. Mas, você não consegue ver isso, claro... É muito estúpida pra perceber...

-Agora chega – Lorelei gritou, partindo pra cima da agente.

As duas caíram no chão, uma puxando o cabelo da outra. Elas rolaram, e Lorelei ficou por cima da Teresa, que recebia tapas na cara, enquanto puxava o cabelo castanho da inimiga:

-Você vai aprender na marra a não chamar os outros de vadia, sua piranha – Ela deu vários tapas fortes na cara da agente, antes que essa revidasse com um soco bem no nariz da morena, que com a força acabou saindo de cima dela:

-Piranha é você, sua manipuladora chantagista – Ela pegou o cabelo da inimiga e com força, bateu sua cabeça no chão, repetidas vezes, até a hora que eu precisei intervir e puxei Teresa, que ainda cismava em tentar socar Lorelei.

-Me solta Jane, estou ordenando – Gritou, esperneando e se debatendo contra meu corpo. Lorelei, por sua vez, continuou caída no chão com a mão na testa, sem encarar a agressora.

-Teresa, por favor... – Antes que eu pudesse controlar minha princesa, ela, com muita força, me deu um chute bem nas “partes baixas”, fazendo-me soltar um gemido de dor, e claro, larga-la imediatamente.

-Você me traiu – Gritou, dando-me tapas pelo corpo, especialmente no peito – Você acha que eu sou igual ela? Você acha que eu vou ser usada e jogada fora, feito aquela cadela? Não, não vou.

-Lisbon, Lisbon, calma por favor – Implorei, sentindo uma ardência no peito.

-Não vou parar – Ela me deu outro chute, dessa vez na região do estomago. Por um segundo, achei que vomitaria todo o café da manhã – Você estava nos enganando todo esse tempo, seu mentiroso. Eu confiei em você, coloquei a minha mão no fogo por você, e você me trai assim? Não é justo comigo, não mesmo – Ela deu outro chute, agora na virilha, que estava protegida pelas minhas duas mãos. Mesmo assim, machucou.

-Eu já disse que posso explicar tudo – Forcei as palavras a saírem, já que a dor tomava conta do meu corpo.

-Eu não quero ouvir mais suas desculpas esfarrapadas, achando que eu sou obrigada a aguentar suas besteiras – Respondeu friamente, sem parar de golpear-me com tapas e chutes – Você vai pagar por isso, senhor Jane, você vai...

Nisso, Lorelei que estava calada enquanto eu apanhava, finalmente abriu a boca, fazendo que Teresa parasse os tapas, e voltasse a atenção a ela:

-Você se acha tão esperta, Teresa – Falou, com a voz rouca e um estranho e sádico sorriso no rosto – Mas não sabe, que não se deve bater em uma grávida...

-Ah não – Murmurei, querendo chorar, tanto de dor como de desespero, pois eu saberia que eu iria apanhar muito mais. Como Lorelei me revela uma coisa dessas? Agora? Ela quer que eu morra?

-Grávida? – Teresa olhou para mim, como se não acreditasse na Lorelei e pedisse para que eu falasse que era apenas mais uma brincadeirinha inocente dela.

-É, Teresa, grávida, prenha, esperando uma criança... Sei lá a palavra que você usa pra isso – A morena disse, como se tirasse um sarro da cara da agente.

Lisbon ficou paralisada, em choque. Não acreditava no que ouvia. Seus olhos se encheram de lágrimas, e pude observar algumas molhando seu belo rosto.

Ela passou a encarar-me. Percebi que seus lindos olhos verdes, transmitiam o nojo e tristeza que ela sentia por mim. E aquilo a corroia por dentro, de uma forma que ela estava certa que iria tirar toda aquela dor de dentro de sua alma, transformando-a em dor física em mim.

Então ela respirou fundo, e suspirou, fechando os olhos. Comecei a ficar assustado com a sua reação, que até agora foi de ira.

O longo silencio foi interrompido pela própria Teresa, que caminhou em direção a porta:

-Patrick, vem cá – Pediu calmamente. Nem parecia a mesma agente furiosa de alguns minutos atrás.

Ela abriu a porta, e ficou me assistindo, enquanto eu estava tentando me levantar do chão frio.

Quando consegui, com muita dor no corpo e com muito sangue saindo das narinas, eu a segui, e a vi fechando a mesma porta, deixando Lorelei  caída no chão, com o seu sorriso cínico e perverso estampado na cara.

-Sabe, eu não estou nada surpresa com isso – Afirmou, abrindo os braços e fazendo uma careta engraçada.  Um pouco de sangue escorreu do seu nariz, e ela rapidamente limpou.

-Você parece bem surpresa pra mim – Brinquei, levando um tapa fraco no rosto vermelho. Pra mim tanto faz um ou mais tapas: Eu já não sentia mais minha pele mesmo.

-Eu ainda tinha esperança que talvez, você e Lorelei não estivessem juntos de verdade, e que fosse só mais um dos seus planos mirabolantes para pegar o Red John.

-Mas é – Afirmei, apoiando-me na parede pois a dor estava insuportável – Eu não gosto dela, nunca gostei... Eu te amo, Teresa.

-Mentiras e mais mentiras – Respondeu, cruzando os braços – Vocês vão ter um filho juntos Patrick, como você quer que eu acredite em você?

-Esse filho não vale nada pra mim, você sabe disso – Afirmei, falando baixinho para Lorelei não escutar – Você vale muito pra mim, Teresa, muito mais do que ela, do que Red John, do que tudo!

-Se fosse verdade, você não teria escondido isso de mim por tanto tempo.

-Eu escondi por que eu precisei. Você não ia entender.

-Se você tivesse contado isso antes, eu iria entender sim. Mas não, a idiota aqui ficou toda preocupada, achando que você estava mal, triste e depressivo, achando que você poderia cometer uma besteira... Tudo mentira.

-Não foi mentira, isso não foi – Afirmei convicto. Nem tudo foi farsa nesses três meses – Eu estava triste por que Lorelei tinha descoberto a gravidez, por isso fomos ao hospital, por isso eu estava chateado. Essa criança estragou o meu plano.

Ela deu uma risadinha cínica:

-“Essa criança estragou o meu plano” – Repetiu – Você mesmo se ferrou sozinho, não precisou de uma criança pra isso.

-Você entendeu o que eu quis dizer... – Tentei argumentar, sabendo que isso não funcionaria de nada,  já que ela estava simplesmente irredutível.

Ela se calou por alguns segundos, e um terrível silencio tomou conta de nós. Percebi que ela estava se acalmando, mesmo ainda se controlando para não sacar a arma e me encher de tiros a queima roupa.

Foi então, que ela perguntou, com a voz tremula:

-Quanto tempo?

Respirei fundo antes de responder, pois eu provavelmente apanharia mais.

-Três meses... – Respondi, quase murmurando.

-O que? –Esbravejou – Seu cretino, como pode? – Ela se aproximou de mim e voltou a me dar tapas fortes pelo corpo, especialmente no braço e rosto.

-Calma, calma – Implorei, caindo no chão e sendo chutado pela mesma.

-Calma o caramba, você tava com ela primeiro do que eu... Eu era a amante e a Lorelei a querida namoradinha que ficava em casa, te esperando né, seu cretino?

-Nã...Não é bem assim... – Sussurrei, quase me faltando ar, já que os golpes estavam cada vez mais fortes. Senti uma pontada nas costas... Achei que alguma coisa havia quebrado ali.

-Como não é bem assim? Você me fez perguntas sobre roupas femininas, você sumia todo santo dia, teu quarto cheirando a perfume barato... Tudo nesses últimos meses foi mentira, tudo mentira – Ela deu o ultimo pontapé em mim, pegando com força bem o meu estomago – E pra piorar, uma criança está no meio disso... Uma criança que não tem nada a ver com essa droga tua, mas que você vai acabar prejudicando de uma forma ou outra...

-Eu admito ok... admitido que estava com ela antes da nossa noite de amor no carro, mas eu juro... –Respirei fundo antes de continuar e senti que minha boca tinha gosto de sangue. Seria muita sorte se todos os meus dentes estivessem no lugar – Juro que te amo, e Lorelei é só um plano para pegar o Red John.

-Cretino – Ela deu outro pontapé, dessa vez na virilha – Eu confiei em você, mas você me usou – Ela afirmou, com os olhos cheios de lágrimas e a voz ainda mais trêmula.

Lisbon se afastou de mim, cobrindo o rosto com as palmas da mão por alguns momentos, antes de dar as costas para mim, caminhando em direção da escada. Olhei para sua mão e estava vermelha, quase sangrando.

-Teresa... Acredite em mim...Por favor – Supliquei, com a voz fraca e olhos fechados, já que eu não tinha mais forças para mante-los abertos.

-Eu não quero te ouvir mais, Patrick...

Ela desceu rapidamente as escadas, e me deixou ali, caído no chão, ofegante, quase sem forças e ar.

Achei que era o meu fim.

Então, depois de algum tempo que eu realmente não sei, pois para mim tudo estava passando devagar demais, ouvi passos apressados na escada: Eram Grace e Rigsby, que me socorreram e me levaram para dentro do meu quarto.

Minha vista começou a rodar e tudo ficou preto. Não me recordo de mais nada depois disso.

Estava quase anoitecendo, quando eu finalmente despertei.

Eu estava na cama, apenas de calça e meias, coberto com meu fino lençol, até o pescoço. Passei a ponta dos dedos pelo rosto e senti curativos espalhados pelo mesmo, principalmente na boca e testa. Com os olhos fechados, notei um sussurro familiar perto do meu pé. Eram vozes dos dois agentes e de Lorelei, que pareciam conversar tranquilamente.

Quando abri meus olhos, ambos agentes vieram ao meu encontro:

-Patrick, Patrick – A ruiva disse aliviada – Finalmente você acordou...

Soltei um gemido de dor. Meu corpo parecia todo quebrado.

-Ficamos preocupados com você – Rigsby revelou.

-Verdade, do jeito que você estava caído no chão, achamos que você iria morrer – Ela completou –Você nos deu um baita susto, sabia?

-Meh, desculpe... – Respondi com a voz fraca – Eu realmente não queria...

-Tudo bem – Rigsby disse – Dificil de acreditar que uma pessoinha como a Teresa, possa fazer um estrago desse em um homem do seu porte...

-Rigsby, cala a boca – A ruiva repreendeu-o, dando-lhe um tapinha no peito.

-Ah, então vocês já sabem?

-É, todo mundo sabe... Quer dizer, ouvimos gritos e Teresa descendo as escadas raivosa, e sabíamos que você tinha aprontado mais uma – O namoradinho da ruiva revelou – Mas nunca imaginaríamos que você estaria quase morto. Teresa nunca havia feito isso antes.

-Na verdade, Patrick, Teresa pediu que fôssemos vê-lo. Ela estava preocupada com você.

-Sério? – Eu realmente estava surpreso. Mesmo depois de tudo isso, ela ainda demonstrava um pouco de preocupação por mim... – E onde ela está agora?

-Ela foi embora aquela hora, ninguém mais a viu a tarde toda – Rigsby revelou, colocando as mãos no bolso.

Suspirei alto. Eu imaginava o quão mal ela estava, ainda mais sozinha em casa.

-Tudo bem... – Voltei meu olhar para Lorelei, que estava com um grande curativo na testa e nas mãos, sentada em uma cadeira perto da minha cama. Ela parecia sorridente e feliz, para alguém que havia apanhado tanto –E você Lorelei... Como está?

-Ótima, eles cuidaram muito bem de mim.

Sorri para os agentes.

-Rigsby... Você não vai...? – Perguntei, referindo-me a Lorelei.

-Não vou contar, relaxa – Revelou, tirando outro peso das minhas costas – Andei sabendo de um certo acordo ai, e eu quero poder viver com a Grace em paz, sem precisar ir para outra agencia – Revelou confiante.

-Por mim, tudo bem, agora minha preocupação é a Teresa... Se ela contar sobre a Lorelei, eu vou direto para a prisão e não poderei ajuda-los...

-Tudo bem, Patrick – A ruiva disse conformada – Se a Lisbon tivesse contado, teria sido aquela hora. Sabe que ela não deixa nada para depois.

Assenti com a cabeça. Se ela quisesse, ela já teria me dedurado há horas.

-Bom, eu e o Rigsby vamos deixa-los a sós. Boa noite.

-Boa noite e obrigada – Lorelei despediu-se sorridente.

-Obrigado gente, sem vocês eu estaria perdido agora – Eu disse, forçando um sorriso, mesmo com muita dor.

-Até logo – O casal respondeu em uníssono.

Eles fecharam a porta e eu dei um suspiro alto, de dor.

-Hoje foi um dia horrível... –Lorelei comentou, sentando na cama, proximo ao meu pé.

-Verdade, um dia horrível...

Para nós três, pensei.

Fechei meus olhos e me permiti imaginar como minha pequena princesa raivosa, estava neste momento.

Ela provavelmente estava chorando, debruçada na cama, se perguntando “O que eu fiz de errado para merecer isso?”.

E tudo que eu queria, era lhe dar um abraço apertado e dizer que ela não precisava se sentir assim. Afinal, fui eu que fiz tudo de errado.

Se eu pudesse voltar no tempo e evitar fazer minha pequena chorar por minha causa, eu seria o homem mais feliz do mundo.

Ela não pode chorar.

Não por mim.

Nem por ninguém.


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Notas finais do capítulo

Ahhhhhhhh primeira vez que narro cenas de lutas e brigas kkkkkk. Confesso que me diverti escrevendo esse cap principalmente na parte da discussão da Lorelei com a Tessy :)

Espero que tenham gostado do capitulo, e em breve eu posto o proximo...

Beijinhos *----*



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