Strawberry against Blood escrita por Miahh


Capítulo 13
Hipnose


Notas iniciais do capítulo

Oi gente :)

Desculpem a demora... Eu tô meio que sem tempo agora, mas eu prometo que tudo volta ao normal, daqui algumas semanas :)

Tomara que gostem, ficou enorme esse.



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Depois de minutos gastos comprando remédios na farmácia perto do cemitério, dirigi meu velho carro até o hospital, aonde Lorelei me aguardava ansiosa, já que a mesma havia me ligado minutos antes, alegando ter recebido a bendita alta.

Estacionei bem na porta e a assisti entrar no automóvel, com certa dificuldade – Estava fraca, muito fraca mesmo – mas ainda bem melhor do que o dia anterior.

-Olá Patrick – Cumprimentou-me sorridente – Como o papai mais bonito do mundo vai?

-Com dor de cabeça, obrigado – Respondi rispidamente, causando certa raiva nela – E você, melhorou?

-Hum, consideravelmente.

Liguei o carro, indo em uma velocidade bem menor do que eu costumava dirigir para não correr o risco dela vomitar novamente.

-Cuidaram bem de você no hospital? – Perguntei, apenas por educação, já que a minha cabeça latejava e ficar em silencio era uma bela opção.

Ela assentiu com a cabeça.

-Ninguem desconfiou de você? – Perguntei novamente.

-Não, pareciam todos normais para mim.

-Meh, temos que evitar que te vejam novamente. Isso já foi arriscado demais.

-Eu sei.

Um maravilhoso silencio tomou conta do carro. Minha cabeça agradecia.

Chegamos ao meu quartinho. Com a minha ajuda, Lorelei entrou e se aconchegou perfeitamente na cama de casal. Depois de alguns minutos, a morena olhou e volta e constatou:

-Minhas roupas... Você as guardou, amor?

-Sim... – Menti. Na verdade, eu as tinha guardado, mas não pelos motivos que ela imaginava.

-Hum...

Ela fez uma cara de desconfiada, fitando-me bem no fundo dos meus olhos azuis. Dei um sorriso falso, enquanto me aproximava da cama.

-Você precisa descansar um pouco. – Comentei, me sentando na beirada.

-Eu já descansei demais – Afirmou fazendo biquinho – Eu prefiro assistir tv com você, ou sei lá, ler um livro qualquer.

-Tudo bem...

Passamos a tarde toda assistindo filmes dramáticos estilo Titanic, até cairmos no sono por puro tédio. Quando acordei, já se passavam das nove, e Lorelei não estava na cama. Olhei em volta e constatei, pelo barulho do chuveiro elétrico e o vapor que saia das frestas da porta do banheiro, que ela estava tomando um banho super quente, transformando o pequeno banheiro em uma sauna.

Levantei-me, com menos dor de cabeça do que mais cedo, e fui fazer alguma coisa para comer.  Após alguns minutos, Lorelei sai do banheiro com apenas sua lingerie preta, cobrindo seu belo corpo que ainda não mostrava os sinais da gravidez.

-Eu não conseguia enxergar mais nada lá. – Afirmou, parando na frente de um grande espelho que eu tenho perto da tv.

-Claro, você colocou o chuveiro no modo inverno. Era de se esperar que estivesse quente.

-Mas está inverno. – Protestou, enquanto acariciava a barriga desnuda.

-Está inverno lá fora, não aqui dentro. – Respondi, me aproximando dela.

Ela fez uma careta, que logo transformou-se em um sorriso de ponta a ponta.

-Patrick... –Ela pegou minha mão, e a guiou até sua barriga – Você acha que já dá pra senti-lo chutar?

Sorri timidamente, enquanto tentava sentir algo além do que parecia ser seu estomago roncando.

-Está cedo pra isso, não acha?

-Hum... Eu não sei, você que deveria me responder...

-Eu? Por quê?

-Porque você já foi pai uma vez, mas eu nunca fui mãe antes... Você tem mais experiência do que eu.

Um frio correu a minha espinha, e uma sensação ruim tomou conta do meu estomago.

Lorelei me lembrou de quem eu estava horas tentando esquecer: Charlotte e Angela.

E isso me lembrava o quão perto Red John estava, e, provavelmente raivoso por Lorelei ainda estar viva e pior, comigo. Eu não podia deixa-la a mercê dele, mas eu também não tinha muito o que fazer para protegê-la do serial killer. Realmente, eu estava brincando com o fogo.

-Patrick, Patrick – Lore sacudia-me levemente – Você dormiu de olhos abertos, amor?

Suspirei alto.

-Estava apenas pensando.

-Sobre?

-Sobre tudo.

-Tudo o que, amor? – Persistiu.

-Sobre essas coisas de paternidade. – Sorri.

-Hum... Eu também andei pensando muito Patrick... Por que nós não nos mudamos para uma casa maior? – Perguntou sem esconder a animação.

-Casa maior?

-É – Respondeu – Não acha que vou criar uma criança em um quarto de motel, com vizinhos sexualmente ativos do lado, acha?

Encarei-a confuso. Eu não queria me mudar, não agora. Comprar uma casa agora seria perda de dinheiro.

-Nós devemos esperar mais um pouco.

-Ah, você só fala em esperar, esperar... –Resmungou, feito uma criança teimosa –Você parece não perceber que há uma vida dentro de mim e que ela precisa de um lar adequado para morar.

Caminhei em direção a cama, sem muita vontade de escuta-la.

-Eu fiz uma comida pra você. Se quiser, está no fogão. – Disse, deitando sobre a cama – Eu vou dormir. Boa noite.

Ela me encarou estupefata, como se não acreditasse no que ouvia. Depois de alguns segundos, vendo que eu não prosseguiria com essa discussão sem fim, ela finalmente se serviu com a sopa que eu tinha feito, enquanto resmungava algo como: “ Se fosse a Teresa, você não iria fazer isso”...

Verdade. Se fosse a Teresa, estaríamos casados e de lua de mel agora.

***

Na manhã seguinte, fui por volta das oito para a CBI, deixando Lorelei dormindo pacificamente na cama, com um pedaço de bolo pronto de laranja e uma xícara de chá quente ao lado, assim ela não precisaria se preocupar em fazer seu café.

Quando cheguei na CBI, percebi em como os agentes me observavam atentamente, cada um com uma expressão diferente no rosto: Cho como sempre, estava sério. Já Rigsby estava surpreso com a minha vinda e Van Pelt me analisava friamente. Provavelmente a ruivinha deveria estar como Lisbon, preocupada com meu desaparecimento de dois dias.

-Bom dia – Cumprimentei-os com um grande sorriso no rosto – Sentiram a minha falta?

-Onde estava? – Cho perguntou diretamente, sem pestanejar.

Me sentei no meu confortável sofá marrom, cruzando as pernas.

-Tive que resolver problemas – Respondi – E vocês? Teresa me disse que tinham um novo caso...

-Sim, tínhamos... – Van pelt disse.

-Tinhamos? – Perguntei.

-É, tínhamos. A FBI pegou o caso, alegando ser obra de um serial killer – Rigsby explicou, mexendo a cadeira onde estava sentado, de um lado para o outro – Agora estamos aqui, sem ter o que fazer. Teresa disse que, se não aparecer mais nada até meio dia, poderíamos tirar o dia de folga.

-Hum... – Respondi pouco interessado. Olhei em volta a procura da pequena princesinha raivosa, mas não a vi – Lisbon já chegou?

-Já, ela estava perguntando o mesmo de você minutos atrás – Van pelt esclareceu – Acho que deveria ir falar com ela... Parecia preocupada.

-Meh, eu acho que vou...

Me levantei, indo rumo a sua pequena salinha.

Mas antes que eu pudesse ao menos, sair do lugar aonde os agentes ficavam reunidos, Teresa chegou, nervosa e com passos pesados.

-Bom dia flor do dia – Cumprimentei-a, colocando as mãos no bolso. Percebi que Rigsby e Cho me olharam surpresos e Grace deu um sorriso faceiro.

-Acordou animado, hein?

-Nem tanto – Respondi, vendo-a se aproximar da mesa onde a ruivinha estava  -Me contaram que uma certa princesa estava a minha procura pelo escritório...-Brinquei, tirando um sorriso daquela Teresa sempre tão séria.

-É, eu estava mesmo. Temos um novo caso. – Revelou, pouco animada.

-Um novo caso? – Cho perguntou.

-Sim, temos novidades do caso  Lorelei Martins.

Engoli a seco. Como assim “novidades do caso Lorelei Martins”?

Os agentes se entreolharam decepcionados, e Lisbon claramente percebeu.

-Eu sei gente, eu também queria ir pra casa – Explicou-se, abaixando o tom de voz – Mas isso é um caso sério.

-Lorelei não era problema do FBI? – Perguntou Rigsby, provavelmente zangado por não tirar o resto do dia de folga.

-Nós ganhamos o caso dela de volta.

-Nós ganhamos? – Novamente Rigsby perguntou.

-O FBI passou o caso para nós até encontrarmos Lorelei, depois eles certamente tentaram pegar o caso novamente. – Cho explicou seriamente.

-Não deveríamos dar o caso para eles, não novamente. Foram eles que a deixaram escapar da prisão. – Van Pelt afirmou com ressentimento em sua voz.

-Concordo. – Disse eu.

 Vi que Teresa me encarava, como se enxergasse a verdade atrás da mentira.  Apenas eu e Brett Stiles sabíamos quem era o verdadeiro, e único responsável pela fuga de Lorelei da prisão: Eu. Não tive coragem de contar nada para Lisbon, pois sabia que sobraria para mim depois, mas sei que de alguma forma, ela sabe. Ela sempre sabe.

-Então, qual foi a pista? – Eu perguntei tentando me esquivar do assunto “fuga”.

-Recebemos uma denuncia de uma mulher que diz ter visto Lorelei recentemente no hospital geral de Sacramento, e precisamos verificar.

- Tem certeza? – Questionei-a com certo receio. Será que essa mulher que fez a denuncia poderia ter me visto junto de Lore?

-Não Jane, por isso eu quero ir investigar. –Ela cruzou os braços e rapidamente os descruzou, mostrando-se um pouco impaciente – Vocês três fiquem aqui aguardando noticias, eu e Jane vamos ao hospital.

-Certo chefe – Os três agentes responderam em uníssono, enquanto Teresa me encarava desconfiada.

Caminhando ao lado de Teresa, fomos até o carro preto que ela possuía.

A única coisa que eu conseguia pensar era se a testemunha ocular havia me visto naquela noite. Claro, eu sabia desde o começo que não era uma boa ideia levar Lorelei ao hospital, mas também não poderia deixa-la morrer como se fosse um animal maltratado. E agora, eu precisava bolar um plano urgente para escapar de uma possível identificação.

Entramos no hospital geral, indo direto a recepção, aonde a simpática atendente nos aconselhou a ir falar com a enfermeira chefe, Mary Colin, que provavelmente já nos aguardava.

 Evitando trocar olhares com Teresa, seguimos um longo corredor até encontra-la, conversando com outros dois enfermeiros.

-Boa noite senhora Colin, sou a agente Teresa Lisbon da CBI  – Lisbon apresentou-se, enquanto eu ,disfarçadamente, caminhava para longe dali – E este é o meu consultor... – Lisbon apontou para o lado e alguns segundos depois ,olhou surpresa como se ela se perguntasse mentalmente “ Aonde ele está?” Então ela se virou, me procurando e fazendo uma careta brava quando me viu caminhando longe dali – Aonde pensa que vai, Patrick Jane?

Eu me virei com a mesma cara de uma criança arteira pega fazendo bagunça.

- Nada, apenas observando – Sorri, sem ser correspondido pela agente que me encarava com a mesma expressão séria de antes.

-Vem aqui agora – Ordenou.

-Tudo bem.

Parei ao lado dela e coloquei-me a observar a linguagem corporal daquela senhora de cabelos quase totalmente brancos.

-E este é o meu consultor, Patrick Jane – Prosseguiu – Queríamos saber mais sobre a moça que você disse ter visto aqui outro dia.

-Ah, não fui eu que fiz a denuncia – A idosa revelou – Foi a enfermeira que estava de plantão a duas noites atrás.

-E nós podemos falar com ela? – Teresa perguntou.

-Sim, claro, vou pedir para um dos enfermeiros para que a ch....

-Eu chamo – Disse, intrometendo-me no meio da conversa.

-Não precisa se preocupar senhor Jane, eu peço para um dos enfermeiros.

-Não se preocupe, não é incomodo nenhum – Respondi – O hospital está lotado hoje e eles tem muitas coisas para fazer, do que se preocuparem com algo tão supérfluo como isso.

Mary deu um sorriso, concordando comigo.

-Bom, a ultima vez que eu a vi, ela estava responsável por cuidar de uma moça no quinto andar. Não faz muito tempo, deve estar por lá ainda.

-Tudo bem... – Olhei para o lado e vi como Teresa estava me olhando desconfiada – Ah, senhora Colin, você poderia fazer o favor de mostrar a minha chefe, algum papel aonde esteja o nome das pessoas que foram atendidas no dia em que a Lorelei foi vista? Pode ser que o nome dela esteja lá... – Sugeri, apenas para ganhar algum tempo sobre Lisbon.

-Claro que sim, senhor Jane. –Concordou alegremente – Venha comigo até a minha sala senhora Lisbon, os documentos estão lá.

-Sim sim, pera só um minuto... – Ela me puxou pelo braço e sussurrou – O que você está aprontando agora, hein senhor Patrick Jane?

-Vou apenas conhecer o ambiente, nada de mais.

-Bom mesmo Patrick, pois se você estiver aprontando uma, eu te mato.

Sorri, com culpa no cartório. Era melhor eu começar a preparar o meu enterro.

Teresa foi junto a mulher para a sala, e eu peguei um elevador, até o quinto andar.

Andei ao longo daquele corredor já conhecido por mim, antes que pudesse encontrar a jovem asiática, a que eu tenho certeza que foi a denunciante, entrando em uma sala com os seguintes dizeres estampados na porta “ Apenas pessoas autorizadas”.

Sem me importar, como sempre, abri a porta delicadamente e vi a mulher ensaiar um grito, este abafado pelas mãos.

-Você é louco? Só enfermeiros podem entrar aqui... – Repreendeu-me, fitando-me assustada. Parou por alguns segundos me analisando dos pés a cabeça, enquanto eu fechava a porta delicadamente, tentando não chamar mais atenção – É você, você sim. –Revelou, dando passos largos para trás.

-Sou eu?

-Você é o marido daquela assassina procurada pela FBI. – Afirmou mostrando um pouco de receio – Veio me matar? Ou vai me pagar pra ficar quieta? Eu não aceito suborno de ninguém.

-Não vou te subornar – Respondi – Eu quero apenas conversar com você.

-Não converso com assassinos – Disse zangada, colocando as mãos na cintura.

-Automaticamente, já estamos em uma conversa.

Ela virou os olhos.

-Não é disso que estou falando.  Você quer alguma coisa de mim, e eu não vou te dar – Avisou.

-Você fala como se eu fosse um estuprador.

-Vai saber – Assumiu, encostando-se perto de uma pia, cujo torneira pingava incessantemente  – Está junto de uma assassina procurada por todo o país, o que quer que eu pense de você?

-Pense que eu não vou te machucar. Nem eu nem Lorelei. Só quero conversar com você.

-Já disse, não tenho nada pra falar com você, e se não se retirar daqui agora, eu vou gritar feito uma  louca – Ameaçou, observando com atenção, a porta, a qual iria tentar fugir em breve.

-Espere só um pouco, me escute. – Dei dois passos em sua direção, que visivelmente tremia, assustada – Eu quero lhe pedir um favor.

-Não vou mentir para a policia.

-Por favor me escute – Apelei, falando um pouco mais alto – Eu quero que você faça outro tipo de favor. Quero que me dê sua mão.

-Minha mão?

-É, só me dê sua mão.

-Não.

-Por favor, eu juro que não vou fazer nada que não queira – Respondi, olhando dentro dos seus olhos puxados.

Ela hesitou por mais alguns segundos, até finalmente dar um suspiro alto, claramente vencida pela minha teimosia.

Segurei sua mão com certa delicadeza, colocando um dos dedos sobre seu pulso, que mostrava como o seu batimento estava acelerado.

-Quero que você feche os olhos, e conte junto até dez.

-Eu não vou fa...

-Feche os olhos – Ordenei, interrompendo-a.

Ela os fechou, e juntos contamos lentamente do um até o dez.

No seis, ela já estava com um tom de voz totalmente diferente, como se estivesse a ponto de cair no chão de tanto sono.

-Você se lembra da tarde em que eu e uma linda moça dos cabelos castanhos, demos entrada neste hospital? – Perguntei, inclinando-me um pouco mais para a frente, para sussurrar em seu ouvido.

-Lembro – Respondeu com a voz fraca.

-Lembra o que ela tinha?

-Lembro, ela  estava grávida.

-Pois agora, eu quero que você esqueça todas essas imagens minha e dessa moça grávida que estava me acompanhando, e ao invés disso, quando tentar se lembrar, enxergue apenas uma luz branca e brilhante, ok? – Ordenei sutilmente, tentando não demorar muito, pois era questão de minutos até Teresa vir atrás de mim.

-Sim...

-Agora quando eu contar até três, você vai acordar sem se lembrar de nada. – Voltei a ficar ereto, tirando delicadamente meu dedo do seu pulso – Um, dois... Três.

A jovem abriu os olhos, um pouco confusa, e me encarou com um semblante assustado no rosto.

-Quem é você? –Perguntou.

-A senhora Colin está lhe chamando na sala dela.

Ela logo tirou aquele semblante e tornou-se a ficar alegre e sorridente.

-Ah sim, avise que eu já estou indo.

-Ok.

Sai andando rápido, caminhando de volta para a pequena sala, aonde Teresa me aguardava, nada contente.

-Demorou muito, senhor Patrick – Comentou, quase sussurrando.

-Foi difícil acha-la – Respondi. Depois de uma longa pausa e muitas trocas de olhares indiscretos, prossegui – Achou alguma prova que Lorelei esteve aqui?

-Não, na ficha de pessoas que deram entrada no dia, não há nenhuma Lorelei Martins, escrita nela – Respondeu.

-Certo... -  Virei meu olhar para a porta, onde a jovem enfermeira entrou.

-Me chamou senhora Collin?

-Sim sim, esses daqui são os agentes da CBI que vieram investigar aquele casal visto por você, dois dias atrás, aqui no hospital.

-Casal? Que casal?-Perguntou extremamente confusa – Eu não vi nenhum casal.

-Você viu sim, foi você que ligou para a policia.

-Não, deve haver um engano. Não me lembro de ninguém.

Teresa me olhou raivosa, como se começasse a ligar os pontos. Seria este o meu fim?

-Tem certeza que você não se lembra de nada? – Perguntou Teresa, confiante que ela diria algo.

-Não me lembro de casal algum. Posso ir agora? Tenho muito que fazer.

-Está bem... –A senhora Collin respondeu. Estava visivelmente abalada, ou com medo da policia lhe dar uma bronca. Talvez ambos.

Lisbon se levantou, quase bufando, e com as mãos no bolso, ordenou:

-Vamos voltar para a CBI. Talvez os outros agentes saibam de algo.

-Me desculpe por isso.... – A velha disse – Eu não sei o que deu com ela, ela mesmo que ligou para a policia.... Me desculpe.

-Tudo bem – Teresa respondeu – Qualquer coisa, é só nos ligar.

-Tudo bem. – Ela apertou as nossas mãos, e despediu-se, assistindo-nos sair pela porta de sua sala.

Já a caminho da CBI, Teresa que não havia aberto a pouco nenhuma vez, decidiu se pronunciar:

-Por que será que ela justamente esqueceu tudo, apenas depois da gente chegar? Hein, senhor Patrick?

-Boa pergunta – Respondi, evitando olhar para dentro daqueles olhos verdes brilhantes – Ela parecia normal para mim.

Paramos o carro no farol vermelho. Brava, Teresa encarou-me e fez uma ameaça:

-Se você estiver com a vagabunda da Lorelei, eu juro Patrick que você vai apanhar tanto, que  vai ter sorte se sair vivo dessa. Estamos entendidos?

Engoli a seco, quase tremendo quando imaginei o que aconteceria comigo.

-Eu disse, estamos entendidos? – Repetiu.

-Ah, acho que sim.

-Ótimo.


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Notas finais do capítulo

Agora, surpresinha pra meus leitores lindos e fofos :) Sabe quem vai fazer sua primeira participação especial na fic, depois de quase três meses?

Isso mesmo, Red John. Tb apelidado carinhosamente por mim de Titio Red.

Oww, já estava na hora, não? hehehe

Bjs e obg pelos reviews amores *----* Ahh e desculpe se tiver algum erro, eu tô meio sonada então não consegui revisar desta vez... :)
Bjs meu fofos *--*