Mais Além De A Usurpadora escrita por Kah


Capítulo 7
Capítulo 7 Problemas




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/343037/chapter/7

Paulina vai para o quarto de Paulinha, Carlos Daniel sobe atrás dela mas não entra no quarto com a esposa, ele fica na porta pensativo, esta cheio de idéias na cabeça e por mais que tente não consegue não imaginar coisas. Paulina sabe que ele esta na porta, e mesmo depois de Paulinha dormir ela não sai do quarto.

- Eu não vou tentar conversar com ele dessa vez, - ela diz sozinha – Carlos Daniel tem que aprender a confiar em mim, e parar com esse ciúme bobo.

Na biblioteca.

- Então quer dizer que Paulina e esse Fabrício namoraram, - Estephanie diz – isso explica a reação que Carlos Daniel teve ao ouvir o nome dele.

- Carlos Daniel é um bobo ciumento, - vovó Piedade diz – ele sempre foi muito ciumento, mas com Paulina esta exagerando.

- E esse Fabrício era bonito Filó? – Estephanie pergunta.

- Bonito ate demais, é um moreno alto, olhos verdes... mas não vale nada, o que tem de bonito tem de ruim.

- Ele é tão mal assim? – vovó Piedade pergunta.

- É sim senhora, Paulina terminou com ele por isso, é um delinquente.

- Pelo menos quando era criança salvou Paulina de um afogamento. – vovó diz.

- É, acho que foi a única coisa boa que fez na vida, se não fosse por ele só Deus sabe o que teria acontecido com Paulina.

No quarto de Paulinha, Paulina continua sentada no sofá olhando a filha dormir no berço, ela esta disposta passar a noite naquele sofá se Carlos Daniel não for falar com ela.

Na porta do quarto de Paulinha Carlos Daniel fica cada vez mais furioso.

- Ela nem abriu a porta pra ver se ainda estou aqui. – ele diz nervoso.

- Carlos Daniel o que faz aqui? – vovó Piedade pergunta.

- Paulina entrou no quarto e nem veio ver como estou. – ele diz bravo.

- Bom, e não devia ser o contrario? Você quase tem um ataque de ciúmes sem motivos e ainda quer que Paulina venha falar com você?

- Mas vovó, Paulina me deve uma explicação.

- Conhecendo os dois como conheço, sei que serão capazes de passar a noite assim, ela no quarto de Paulinha, e você aqui na porta.

- É verdade vovó, Paulina é muito teimosa.

- E você é o que? – vovó Piedade diz sorrindo – você não quer me contar o que aconteceu?

- Não acho que seja boa idéia. – ele diz com ódio no olhar.

- Claro que é, ficar guardando pra você é que não é. – ela diz e puxa Carlos Daniel para o seu quarto.

Voó Piedade se senta no seu sofá e Carlos Daniel senta na cama pegando nas mãos da avó, ele conta tudo pra vovó Piedade sobre Fabrício e o quão descarado ele é.

- Filó disse mesmo que esse Fabrício não vale nada, mas você deveria ser grato a ele por ter salvado a vida de Paulina.

- Como assim vovó? – pergunta confuso.

- Quando Paulina tinha uns 8 anos e ele uns 10, estavam brincando na praia, e Paulina se afastou muito indo parar no mar, ela já sabia nadar mas as ondas estavam muito fortes e ela se afogou, se não fosse Fabrício que nadou contra as ondas e a salvou, Paulina teria morrido.

Carlos Daniel ouve espantado a historia.

- Filó contou essa historia para as crianças?

- Ela contou diferente, fazendo parecer que tinha sido uma brincadeira.

- Bom pelo menos ele fez algo de bom na vida. – Carlos Daniel diz sorrindo com um olhar apaixonado – Salvou a minha vida, que é Paulina.

- Então meu filho, vai conversar com ela, peça desculpas, ela deve estar muito triste achando que você não confia nela.

- Tem razão vovó, - ele diz se levantando – eu prometi pra mim mesmo que não faria Paulina sofrer.

- Então vai logo ver sua mulher, e diga a ela o quanto você a ama.

Carlos Daniel sai do quarto apressado e quando chega na porta do quarto de Paulinha não pensa duas vezes ao abri-la.

- Meu amor... - ele fala entrando.

Paulina que continua sentada no sofá olhando Paulinha, não desvia os olhos para olhá-lo, ignorando-o.

- Vim te pedir desculpas minha vida. – ele diz se sentando ao lado de Paulina que continua olhando a filha.

Paulina não olha para Carlos Daniel então ele puxa seu queixo delicadamente.

- Não pode nem sequer olhar pra mim? – ele pergunta olhando nos olhos da esposa.

- Pra que Carlos Daniel? – ela pergunta olhando seriamente para ele – Pra você vim com aquela conversa de novo?

- Não meu amor, - ele diz olhando-a com ternura – eu quero te pedir desculpas por ter agido daquela forma, mesmo não falando nada todos notaram que estava nervoso.

- Exatamente Carlos Daniel, - ela diz seria – você falando ou não é a mesma coisa, deu pra notar que estava louco de ciúmes outra vez.

- Tente entender meu lado Paulina, - ele diz se inclinando para beijá-la mas ela vira o rosto – você é a razão da minha vida, e não suporto pensar você com outro homem, nem que tenha sido há tanto tempo e antes de nos conhecermos.

Paulina o olha e fica em silencio.

- Você não quer falar também, - ele diz olhando-a com paixão – pode gritar comigo, me chamar de idiota, burro...

Paulina silencia Carlos Daniel com um beijo, demorado e quente.

- Quer dizer que me perdoou? – ele pergunta com a testa encostada na dela.

- E eu consigo ficar brigada com você? – ela diz afastando-se dele e sorrindo – Não posso viver longe de você Carlos Daniel.

- Que bom minha vida, - ele diz puxando ela para si – porque eu também não imagino minha vida sem você, e nunca vou deixar você se afastar de mim.

- E quem disse que quero me afastar?  - ela diz e o beija.

- Acho melhor terminarmos essa conversa no nosso quarto. – ele diz beijando o pescoço de Paulina.

- Não consigo resistir não é? – ela diz sorrindo.

Eles se levantam do sofá e olham a filha dormindo e vão para o quarto.


Na sexta-feira Carlos Daniel e Rodrigo vão para o local da reunião, enquanto Paulina fica na direção da fabrica.

- Paulina, - Estephanie fala entrando na sala – minha mãe acabou de ligar, parece que Raimundinho esta com febre, eu vou pra casa.

- Claro Estephanie, já são quase seis horas mesmo, eu vou esperar Carlos Daniel e Rodrigo aqui, eles disseram para mim esperar por eles.

- Entao eu te vejo em casa. – Estephanie diz e sai da sala.

Paulina esta assinando muitos documentos quando um celular toca.

- Alo.

- Paulina?

- Carlos Daniel, o que foi?

- Nada, é que não achava meu celular e liguei pra saber onde havia deixado, então ele ficou ai.

- É e agora que tocou que eu vi.

- Bom, nós já saímos da reunião e daqui uns 40 minutos passamos ai pra pegar você e Estephanie.

- Sou só eu, Estephanie foi pra casa. Raimundinho esta com febre.

- Esta sozinha ai?

- Não Carlos Daniel, ainda não são 6 horas e todos os operários estão aqui, sem contar com Osvaldo e Verônica.

- Ta bom meu amor, chegaremos logo ai, parece que esta vindo uma tempestade.

- Ta bom Carlos Daniel, ate logo então, te amo.

- Eu te amo mais minha vida.

Paulina sorri e desliga o celular, ela o coloca em cima da mesa bem na vista pra não ter perigo de Carlos Daniel esquecê-lo novamente.

As seis horas Carlos Daniel e Rodrigo ainda não haviam chegado, e a tempestade estava se aproximando.

- Se quiser podemos esperar Carlos Daniel e Rodrigo chegarem Paulina. – Verônica diz – assim não fica sozinha.

- Não precisa Verônica, - ela responde sorrindo – eles devem estar quase chegando, e se vocês não forem agora vão chegar em casa molhados.

- Já que é assim, nós já vamos.

- Acho que o senhor Bracho não vai gostar nada de te encontrar aqui sozinha. Mas como você mesmo disse vai cair uma tempestade. – Osvaldo fala.

- Claro, vão antes que comece. Ate amanha. – Paulina diz sorrindo.

- Ate amanha Paulina. – eles respondem e saem da sala.

Paulina aproveita que esta esperando e pega uma pasta de documentos e começa a revisa-los, a tempestade chega forte e ela se preocupa pela demora dos dois, o telefone da fabrica toca.

- Fabrica Bracho.

- Oi meu amor, ainda esta na fabrica?

- Estou, e ta chovendo muito aqui.

- É aqui também, o transito ta muito lento por causa da tempestade e vamos demorar um pouco pra chegar, você não esta sozinha esta?

- Bom, sozinha não por que o Gabo ta comigo. – ela diz sorrindo.

- Foram todos embora e te largaram sozinha?

- Estava armando a maior tempestade Carlos Daniel, não era justo prende-los aqui por minha causa.

- Tem razão minha vida, talvez ainda demore uns 15 minutos pra chegar ai.

- Tudo bem, estou revisando alguns documentos e nem vou ver o tempo passar.

- Ta bom minha vida, te amo demais.

- Eu também meu amor.

Paulina desliga o telefone e continua a revisar os documentos. O celular de Carlos Daniel toca a todo tempo e quando ela atende é sempre a mesma pessoa querendo falar com um tal de Pablo Juan, Paulina decide desligá-lo para não se distrair na revisão dos documentos.

Algum tempo depois ela ouve passos e uma porta se abrindo.

- Carlos Daniel é você? – ela pergunta alto.

Ninguém responde nada e ela se convence que era só imaginação, pouco tempo depois os passos vão em direção ao escritório, é impressionante o que o silencio de uma noite faz, qualquer ruído de propaga.

- Carlos Daniel eu estou aqui meu amor, - ela diz se levantando.

Paulina vai ate a porta e abre.

- Você? – ela pergunta assustada e se afastando pra trás.

- Feliz em me ver? – Fabrício pergunta entrando na sala.

- Como me entrou aqui? – ela pergunta nervosa – Como soube onde me achar?

- Ah meu amor, eu não sou bobo, - ele diz indo ate Paulina e prendendo-a com os braços – quando te vi no hotel, e seu marido não quis me dizer nada sobre você, perguntei para uma camareira se sabia quem era seu esposo, e ela é claro me disse que era o senhor Bracho.

- E ele não vai gostar nada de te ver aqui, - Paulina diz desafiando-o – melhor me soltar, ele esta andando pela fabrica com o irmão.

- Acha mesmo que sou idiota, - ele diz apertando o braço de Paulina com força – eu fiquei o dia todo observando a fabrica, sei que seu esposo saiu com seu cunhado e que agora você esta sozinha aqui.

- Você ta me machucando, - Paulina diz tentando se soltar mas Fabrício a segura com mais força – me solta agora ou então eu...

- Então o que? Vai gritar por socorro? – ele diz e começa a gritar – Ah, SOCORRO, SOCORRO... ninguém vai te escutar meu amor.

- O que você quer? – Paulina pergunta com raiva.

- Eu quero duas coisas, - ele diz passando a mão no rosto de Paulina – uma é você, e a outra é os dois milhões que aquele milionário te deu, eu pesquisei sua vida nesses últimos dias e sei de tudo meu amor, sei que seu marido é muito rico e louco por você.

- Você não vai conseguir nada. – ela diz tentando se soltar.

- Claro que vou, - ele diz olhando pra ela e sorrindo – eu já planejei tudo meu bem, vou levar você, pedir os dois milhões de resgate dizendo que te liberto em seguida, mas é obvio que não vou fazer isso. Nós dois vamos sair do país e começar uma vida nova longe daqui.

Paulina luta contra ele e se solta dos seus braços, como ele esta bloqueando a porta ela corre ate a mesa.

- Não adianta fugir de mim, - ele diz sorrindo e ficando serio – você vai comigo.

Paulina sem ter o que fazer pega sem pensar o celular na mesa e coloca no bolso de trás de sua calça, Fabrício não percebe e caminha ate ela a puxando com brutalidade pelo braço, os documentos que estavam na mesa caem espalhando no chão.

Fabrício sai puxando Paulina pelo braço.

- Me solta Fabrício. – ela diz tentando se soltar, mas Fabrício é muito forte e é em vão ela tentar se soltar.

- Sabe que não adianta nada fica se debatendo, - ele diz correndo pela fabrica e puxando-a – e se eu fosse você não ficava fazendo isso, já que esta grávida, não quero que perca o bebe que vou criar como meu.

Paulina o olha com tanto ódio, que chega a tremer de raiva, mas ela não pode descartar a verdade no que ele disse, se ela continuar lutando so vai fazer mal para seu filho, então ela desiste de lutar.

- Muito bem meu amor, - ele diz parando e olhando pra ela – quero que se comporte assim de agora pra frente.

La fora esta uma verdadeira tempestade, Fabrício continua a puxando pela forte chuva, eles andam um bom caminho por uma estrita rua no fundo da fabrica, escondido na noite chuvosa esta um carro, Fabrício abre o porta-malas.

- Entra. – ele diz olhando Paulina.

- O que? – ela pergunta espantada.

- Não me faça repetir de novo, - ele diz e seu rosto se torna frio, e ele grita – ENTRA AGORA.

Sem outra opção Paulina entra no porta-malas do carro, e Fabrício o bate com forca, ela escuta seus passos rodeando o carro e as portas se abrindo e fechando e depois o motor ligando e o carro saindo em alta velocidade.

Paulina tenta manter a calma e pensar com clareza para tentar escapar, mas por mais que tente não consegue encontrar nenhum meio de sair dali, enquanto pensa em como fugir o carro corre pela noite chuvosa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!