Vírus escrita por Artur


Capítulo 44
Abalo


Notas iniciais do capítulo

Olá Leitores queridos !! Mais um capítulo, cheio de ação, suspense , emoção e várias mortes !! Acho que isso é minha marca registrada não é ? Agradeço a todos que estão acompanhando a história, obrigado pelas recomendações aos que enviaram .. isso me da mais vontade de escrever para vocês .
Eu acompanho várias histórias, mas nos últimos dias, não li nenhum capítulo de todos que acompanho, pois dediquei ao máximo para este capítulo, junto ao meu fiel colega ou como ele disse que era pra falar, BFF do ano, Lucas Vinícius, o projeto inicial da história .. lá no primeiro ato foi feito por nós dois, com alguns capítulos redigido por ele, e já que a história está fazendo um ano, ele queria muito realizar outro trabalho, então fizemos juntos esse !! Gostei bastante do resultado final, e espero que vocês também gostem :)

Moni .. já estou preparado para sua reação apos ler esse capítulo .. pega leve comigo ta ?? KKKK



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VÍRUS

Capítulo 44 : Abalo

Anteriormente em Vírus ... :Hector, Weaver e os outros são enganados por Sam, que executa a maioria dos homens da resistência, deixando apenas Hector e Weaver vivos e acorrentados, este último com uma séria ferida . Na resistência, as coisas estavam tranquilas, porém algo preocupante começou a surgir, as vacinas estavam começando a se esgotar e pessoas acabaram retornando a vida como errantes, e em meio a tudo isso, Sam já planeja o seu ataque ao local .

– Preparem os veículos, a Caminhonete irá à frente, assim como a Van. Antes disso, Blaine, Benjen e Robert, vocês irão na frente em motos para analisar a situação do caminho. Irei logo em seguida. – Indagou Sam que pensou logo em seguida :

– Tudo tem que estar perfeito, sem falhas, sem perdas. – Pensou ele enquanto esboçava um sorriso estranhamente gentil em face e deslocava-se de volta aos aposentos onde estavam Hector e Weaver, acorrentados .

– Você! Seu idiota, vou te matar ! – Ameaçou Hector, fazendo soar o barulho da corrente a medida que se mexia.

– Está muito quieto Weaver, o que houve? – Brincou Sam enquanto ignorava Hector.

– Vá á merda.- Resmungou Weaver, quase sem forças.

– Iremos juntos. – Disse sorridentemente o vilão completando em seguida : – Chegou a hora

E com esta frase, Sam fez o sinal para que dois guardas entrassem no cômodo, e assim foi feito. Os dois capachos retiraram as correntes que prendiam os dois reféns e os escoltaram á uma área isolada, sendo seguidos de perto por Sam, que tratava de recarregar sua arma. Isolados dos demais, um dos Capachos largou Weaver, que sem apoio ou força qualquer, caiu no chão, arfante. Em seguida Hector foi jogado junto á seu colega, ajudando-o a se recompor.

– Obrigado. Arf.. – Agradeceu Weaver ao esboçar um sorriso intensamente misericordioso.

– Não agradeça ainda. – Respondeu de imediato o jovem rapaz. Após, o vilão de cabelos loiros apontou subitamente sua arma rumo á Hector, ameaçando-o. - Quem dos dois será que vou matar ? – Questionou retoricamente Sam, enquanto os reféns permaneciam calados e com as cabeças voltadas para o chão.

– Ninguém? – Continuou Sam.

– O garotinho, Sam! – Sugeriu o capanga de olhos claros e cabelos ruivos.

– Nada disso, primeiro os mais velhos! – Disse o capanga restante, e os dois juntamente com Sam explodiram em risadas.

– Pai...Obrigado por tudo, sempre vou te amar. Sobreviva, sobreviva por mim, pela minha mãe.. Eu não queria te deixar agora. – Disse Hector em meio aos soluços de seu choro quando as gargalhadas cessaram. Sam olhou-o com uma certa curiosidade e por um momento, pareceu que iria poupá-los.

– Eu te amo pai, Eu te Amo! Não, não, não. – Continuou Hector, dessa vez pronunciando as palavras com mais voracidade e emoção. Até que as súplicas do jovem foram cessadas por um grave barulho de disparo, quando levantou a cabeça, Hector enxergou o rosto sarcástico de Sam e a arma apontada para ele. Ficou confuso, mas virou a cabeça para Weaver percebeu que era ele a ser atingido. O sangue de Weaver escorria aos montes pelo seu abdome, onde fora acertado pelo tiro certeiro de Sam. Hector olhou Sam com uma expressão horrorizada em face. “ Como consegue ser tão frio, tão mal? “, pensou para si, mas manteve-se calado.

–Você é o próximo. – Afirmou Sam e enquanto aproximava-se de Hector guardou sua arma no cinto onde guardara-a e pusera suas mãos dentro do bolso.

– Não quero ir agora. Porque estou com tanto medo?? Morrer devia ser mais fácil. Por favor, não quero ir !! - Pensou o jovem, mas nenhuma palavra tinha força suficiente para ser emitida e quando enfim saíra, disse: - Por favor, não quero partir. Por favor não. – Suplicou o garoto que durante todo o Apocalipse tentara ser mais maduro o possível, e agora chorava por misericórdia. A expressão irônica no rosto de Sam desfez-se e ele encarou o garoto com uma face sem sentimentos ou emoções. Quando enfim partiram o sol já estava para se pôr, Sam juntou-se a outras três pessoas em um carro simples, ao qual deslocava-se velozmente na frente dos veículos maiores. Na metade do caminho, Sam avistou os três comparsas que ficaram encarregados da análise do caminho parados em suas respectivas locomotivas. Sam deslocou o carro lentamente até um deles, perguntando:

– Nada?

– Nada. – Afirmou Blaine, satisfeito. O homem parecia querer continuar a até então breve conversa, entretanto, antes que pudesse falar alguma coisa Sam avançou com o Carro, mantendo agora um ritmo diminuído para poder ser acompanhado de perto pelos demais habitantes de Charleston. Eles eram poucos, embora sua munição fosse de admirar. Durante o trajeto encontraram alguns poucos errantes que perambulavam em buscas de alimento, fora isso nada de interessante aconteceu na viagem de ida á resistência. Depois de aproximadamente uma hora de viagem, os habitantes de Charleston já podiam ver as muralhas da resistência, foi aí que Sam parou o carro e pediu para que todos descessem dos veículos para escutarem as últimas palavras de ordem ao ataque.

–A caminhonete vai na frente, derrubaremos aqueles portões antes que possam nos ver. Quanto ao combate direto, sejam ágeis e não economizem na munição, temos bastante. Normalmente, os tiros atrairão aqueles malditos errantes que vimos na estrada para cá e outros pela redondeza, então temos que ser rápidos. Sem palhaçadas, matem todos e mantenham o local onde as vacinas estão a salvo, elas são o nosso objetivo.

– Mas e a Van? Vai na frente também? É um veículo mediano, poderíamos atropelar alguns pares de retardados com ela. Posso fazer isso, se me der essa honra. – Sugeriu Blaine.

– Acredite, eu realmente agradeço sua colaboração e seu intenso desejo de cooperar com nossa missão, mas recuso. A van vai atrás, na última posição mesmo. – Disse Sam dando ênfase nesta última palavra

– Robert, deixe a moto para outro e cuide da Van, quando eu pedir, aproxime-se com ela, entendeu?

– Perfeitamente. – Respondeu o capanga enquanto assentia com a cabeça.

– Muito bem, todos voltem para suas posições. Essa é a hora de nosso tão esperado triunfo! – Gritou Sam com a mão erguida ao céu. Após as palavras de motivação, os habitantes de Charleston ergueram suas vozes em gritos de guerra mistos, deferindo uns dos outros. E avançaram. Avançaram rumo á cura. A resistência estava, como sempre, normal. Tranquila e calma. Henry estava sentado sobre um banco de pedra localizado no centro daquela resistência, ao seu lado estava Jessie, agarrada á seu braço, apreensiva, ambos estavam.

– Algo aconteceu, tenho que ir lá. Isto está muito estranho, muito estranho. – Resmungou Henry, nervoso com a demora de Weaver, e principalmente de seu filho Hector.

– Acalme-se Henry, talvez eles tiveram de enfrentar alguns imprevistos, nada demais. Logo estarão de volta, tenho total certeza disso. – Tentou acalma-lo Jessie .

– Não sei, suas palavras deviam me confortar, entretanto eu ainda me sinto mal. – Retrucou Henry.

– Olha, eu, mais do que ninguém sei o que é enfrentar apreensão por causa de filhos. Sou mãe poxa! Mereço um pouco de crédito, não é? Sei como se sente, antigamente a Beth e o Ron costumavam sair várias vezes de casa e eu, sabe, ficava como uma louca gritando por eles, tipo , ‘’ Beeth, Ron, pirralhos malditos, apareçam já ! “ – Explicou Jessie, tentando fazer seu amado sorrir, mas totalmente em vão.

– Desculpe falar, mas os tempos são outros. Incomparáveis com o passado. – Indagou Henry e Jessie calou-se. Por um tempo, ficaram olhando-se fixamente um ao outro, e Henry sentiu que gostava daquilo, gostava dela e do lugar onde estavam, queria ficar ali, daquele jeito para sempre. Mas também queria sua antiga vida de volta, queria chegar em casa e ver Claire sorrindo para ele e Hector correndo a seu encontro para abraça-lo. Mas seus pensamentos foram brutalmente interrompidos por um forte estrondo e quando enfim se deu conta, viu o portão principal da Resistência no chão, assim como viu uma caminhonete estacionar no meio do lugar. Ficou extremamente surpreso e nervoso, levantou-se em um salto do banco onde estava e correu para ver quem era responsável por aquilo. Estava seguro, até que percebeu a entrada de mais outros veículos menores na resistência. Durante o ato, pessoas foram atropeladas sem misericórdia, crianças e adultos corriam desesperadamente de um lado para o outro enquanto os primeiros soldados desciam dos veículos e sacavam suas armas. E Henry estava lá, imóvel, vendo aquele lugar pacífico e tranquilo transformar-se num ambiente de matança.

– Heenry !!! – Gritou Jessie apavorada enquanto corria para junto do seu amado, com Beth e Ron ao seu lado. Quando o tiroteio começou, Henry correu junto a Jessie e as crianças para uma viela qualquer.

–Peguem as armas, seja lá o que for, vamos reagir !! - Ordenou Henry, sua prece foi ouvida por um pequeno grupo de pessoas que estavam por ali perto, e que, após se armarem começaram uma troca de tiros como nenhuma outra. Pessoas morriam propositalmente ou atingidas por balas perdidas, o fato é que as pessoas estavam morrendo aos montes. Henry, junto com um pequeno grupo de pessoas habilidosas revidavam os tiros sobre os invasores de Charleston, matando-os. No meio daquele tiroteio um carro avulso foi acertado e explodiu, liberando uma espessa fumaça negra sobre o local. Durante o tempo de propagação da fumaça, o local manteve-se em silêncio. Henry e os sobreviventes da resistência se amontoaram em uma viela próxima, enquanto que dos invasores, nada se ouvia.

–Bravo! Bravíssimo! – Exclamou um homem em meio a fumaça, Henry e Jessie, assim como alguns dos sobreviventes da resistência pareciam conhecer aquela voz. E suas suspeitas concretizaram-se ao dissipar da fumaça negra, quando enfim a silhueta e a face de Sam foi revelada, ele estava sorrindo e com uma arma em mãos e atrás de si, detinha algumas dezenas de pessoas armadas.

–Charleston?! Porque? – Questionou curioso um idoso, levantando-se do chão e caminhando para mais perto de Sam.

– Queremos um local mais seguro ... Queremos a cura, nos entregue e proporcionaremos a vocês uma morte tranquila e rápida. Neguem-se e morram... Assim. – Disse enquanto exemplificou sua última frase, disparando um tiro sobre o tórax do idoso á sua frente, fazendo-o debater-se sobre o chão, exalando sangue de sua ferida.

– Seu desgraçado !! – Gritaram a maioria das pessoas ao assistirem tal cena. Embora Henry mantivera-se em silêncio, não sabia o porquê, mas estava com uma impressão horrível.

– Silêncio ! – Ordenou Sam, com uma voz cortante. - Fiquem calados seus bostas nos entreguem sua cura, e desistam deste local, caso contrário, o mesmo acontecerá com vocês ! Robeert . – Gritou pelo seu capanga, que imediatamente estacionava a Van de costas ao público da resistência, expondo sua maciça porta de aço levadiça. E como foi pedido, houve silêncio no local. Sam caminhou vagarosamente até a Van, e com um sorriso, abriu a porta do veiculo e afastou-se. No primeiro momento, nada se escutava ou era visto, mas após alguns segundos grunhidos foram ouvidos por todos. Um som familiar a todos dali, o som que as criaturas mortas faziam quando estavam em busca de carne, havia errantes ali, e todos souberam disso quando definitivamente um errante cambaleou para fora da Van e ficou imóvel, como se estivesse escolhendo qual das várias pessoas ali presente iria atacar. E, no instante em que sua face foi iluminada, todos da Resistência o reconheceram, era Weaver. Embora sua aparência estivesse mudada com a transformação ele era totalmente reconhecível e nesse momento, a ficha caiu para Henry.

– Não, não. Não pode ser, não. Não. – Choramingava enquanto esperava o segundo errante sair da Van, receoso que suas expectativas se cumprissem... E sem cumpriram. Quando enfim o segundo e último errante saiu da Van, era notório observar Hector. O garoto estava sedento por carne, a ferida que o matara era visível, havia uma mancha enorme de sangue no seu tórax. Não havia sido um tiro que resultara naquilo, mais sim uma faca. Uma faca que cortara a jovem vida de um jovem rapaz. E embora relutante quanto a movimentar-se, o Errante que um dia havia sido Hector, emitia os sons mais agudos e agoniantes que já se foi emitido por um transformado. E então, o mundo de Henry desabou, assim como seu ego e as lágrimas em sua face.

– Heeeector !!! Meu filho, NÃO NÃO ! Heeeector !!! – Gritou desesperadamente, tentou até avançar de encontro á aquilo que já fora seu filho, mas foi impedido por Jessie e pelos cidadãos restantes que o seguravam.

– Larguem-me ! É o meu filho !

– Ah, então você é o pai dessa coisa? – Refletiu Sam, pensativo completando logo depois : – Ele choramingou tanto quando eu ia atirar nele, que até tive dó de disparar. Suplicou tanto para viver e ver você que até fiquei comovido, então tive de deixar a arma de lado e mata-lo com minha faca de estimação. – Após esse anuncio cruel, os capangas de Sam explodiram em risadas novamente, o que irritou ainda mais Henry, que a essa altura já havia derramado tantas lágrimas que seus olhos estavam quase secos.

– Ele era uma boa pessoa, os dois eram. – Continuou Sam referindo-se á Hector e Weaver.

– Mas, como toda boa pessoa, tiveram um final trágico. Falou a todos e atirou no crânio dos dois errantes, Hector e Weaver caíram simultaneamente ao chão, lado a lado. - E então, vão me entregar a cura e desistir deste local ou querem ser os próximos ? – Concluiu Sam

– Vou mata-lo !! Miserável, eu juro por tudo que é mais sagrado. Vou te MATAR! TE MATAR ! – Anunciou agitadamente Henry, convencido de que a vida de seu filho não seria tirada em vão. Mataria o assassino de seu filho e o esmagaria, assim como um elefante esmaga uma formiga. Prometera a si mesmo.


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