Uma História Para Leah Clearwater escrita por Morgan Stark


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi gente
Desculpe pelo atraso, e obrigada por acompanharem.
Espero que gostem, bjs



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— Do que você me chamou? – Leah disse já tremendo

— TROUXA! É como chamamos pessoas que não são mágicas - disse a garota - e eu realmente não creio que você seja uma, por que eu tenho um certo dom de descobrir pessoas mágicas e tenho certeza que você não é o que os trouxas chamam de normal.

Leah ficou estática, o que aquela garota estava dizendo era um grande absurdo, realmente ela era algo a mais, mas mesmo assim, isso não justificava chamar as pessoas de trouxa só por elas serem normais, e como ela sabia de tudo isto?

— Olha, eu realmente não sei do que você está falando – a loba se fez de sonsa, não sabia o que aquela garota era, e não podia arriscar, vai que ela estava jogando verde pra ver se Leah acabava entregando o que era.

— Ai, depois nós resolvemos isso, tenho que levar Margot ao centro de Trato das Criaturas Mágicas, ela está sofrendo, vem! – a garota disse e entregou a coruja para Leah, com a outra mão puxou um pedaço de pau, um graveto e o acenou enquanto agarrava a outra mão da loba.

Tudo o que Leah sentiu foi um puxão, com se seu corpo fosse sugado para um buraco negro e depois tivesse sido vomitado pra fora, ela quase caiu, mas seus reflexos rápidos a impediram, seu estômago não teve tanta sorte, foi como se tudo que já tivesse comido em toda a sua vida resolvesse sair.

— Tudo bem, todos ficam mal depois da primeira Aparatação!

— Desculpe, depois de uma aparição?

— Não, depois de uma Aparatação, quando um bruxo Aparata, sabe, viajar de um lugar para o outro!

Leah ficou surpresa novamente, aquela garota estava dizendo que ela era uma bruxa? Se colocou de pé e tentou não vomitar de novo, a menina já estava a chamando para prosseguirem, foi somente aí que Leah percebeu que não estava mais no parque, mas sim em uma rua cheia de pessoas com vestes estranhas e coloridas, sobretudos que arrastavam no chão.

— Onde estamos?

— Eu te disse no Centro de Trato das Criaturas Mágicas, tenho que levar a Margot pra ser cuidada, ela não pode ficar assim, “tá” perdendo muito sangue.

— Sim, mas onde exatamente nós estamos?

— Em algum lugar ao norte de Londres, é um ponto de difícil acesso para os trouxas.

— Dá pra parar de chamar as pessoas assim, não é nada legal.

— Ok, desculpe

Chegaram a um edifício grande e imperioso, com paredes de granito e com pinturas de alguns animais que Leah jamais vira, as pinturas eram tão perfeitas que pareciam fotografias. Elas entraram no grande salão e a menina que Leah nem teve tempo de perguntar o nome foi entrando em uma das salas e gritando que a sua coruja estava morrendo.

— Por favor, vocês tem que ajudar a minha Margot!

— Acalme-se moça, nós faremos todo o possível para ajudá-la! – disse uma mulher com um coque e um terninho, parecia ser uma recepcionista, mas estava na cara que ela era algo a mais.

A menina se juntou a Leah enquanto esperava para saber do animal ferido.

— Desculpe por tudo isso, eu nem me apresentei, meu nome é Catherine Masen, mas todos me chamam de Cat, e você quem é?

— Leah, Leah Clearwater!

— Oh Leah, desculpe por tê-la trazido aqui, eu nem mesmo perguntei se você queria vir! Mas então, o que é você?

— Não sei do que está falando, eu sou eu, uma garota normal.

— Ah, conta outra, eu sou uma bruxa e você é uma bruxa também, ou ser mágico, uma lobisomem talvez, mas não sei, você não parece com um lobo, eles normalmente tem cicatrizes... – Cat começou a tagarelar

A Clearwater ficou estática novamente, como ela acertou o que era na primeira tentativa?

— Como sabe que eu sou uma lobisomem? – falou sussurrando

— Você é? Mas não se parece em nada com um, acredite ou não, eu tive um professor em Hogwarts que era lobisomem, eu sabia que ele era algo também, eu te disse eu tenho esse dom pra descobrir as coisas. Mas me conta, como você foi mordida? Quero dizer se é que você quer contar, ás vezes é algo muito pessoal...

— Bom, eu não sou bem uma lobisomem, eu posso me transformar em um lobo.

— Hum, mas só nas luas cheias?

— Hum...não, em qualquer hora em qualquer dia em qualquer lugar – Leah não sabia porque estava contando tudo a aquela completa estranha, mas sentia que podia confiar nela.

— Poxa, então é como se você fosse um animago!

— Animago? Que merda é essa?

— É um bruxo que pode se transformar em animais, são bem raros porque é realmente muito difícil de se fazer...

— Quem é dona de uma coruja da montanha de nome Margot? – perguntou um jovem com um jaleco, poderia ser facilmente um enfermeiro.

— Sou eu, sou eu. – Cat respondeu correndo

— Ela está bem, me acompanhe por favor.

— Vem Leah, eu não quero ir sozinha.

Caminharam juntas por um corredor enorme, passando por diversas salas que continham os mais estranhos animais, desde ratos até algo que se parecia com um dragão? Ela só podia estar louca, ou isso era um sonho daqueles bem reais, afinal ela tinha acabado de se desestransformar quando encontrou a menina, vai ver pegou no sono e não percebeu. Chegaram em uma sala toda branca e bem espaçada e Cat entrou já pegando a coruja no colo, quando Leah foi entrar trombou em alguém que ia para o lado contrário.

— Desculpe!

— Que isso, foi minha culpa eu que não te vi aí! – Leah ouviu uma voz masculina dizer e quando virou o rosto para cima viu um cara com os olhos mais azuis que já vira, e cabelos tão ruivos que parecia estar pegando fogo, suas vestes descoladas refletiam o que o garoto pensava, ele não estava nem aí. -  Olá, eu sou Carlinhos, Carlinhos Weasley.

— Leah, Leah Clearwater. – Leah já não pensava direito, também pudera, acabara de ter um imprinting, e não foi bem o que ela esperava, não era como os meninos diziam que era, ela não sentiu como se ele fosse o centro do universo e blá blá blá, Leah sentiu que poderia confiar nele, sentiu que não precisava esconder nada dele, só em um segundo ela viu que ele faria parte da sua vida, como amigo, como um irmão, mas se houvesse algo mais, isso só dependeria dos dois, foi assim que Leah percebeu, que a escolha não era só do imprinting mas também da loba.

— Bom, me desculpe, Leah, eu estou aqui pra tratar de uma ferida em um dragão que estava sob os meus cuidados, acabei de chegar da Noruega, e você está vindo da onde, qual sua divisão no Ministério?

— Hum...- Leah se viu sem palavras, como responderia se nem sabia do que ele estava falando?

— Ei, Carlinhos, você já conheceu minha mais nova amiga, Leah?

— Sua amiga Cat?

— Sim, a encontrei em uma floresta no sul de Londres.

— Como assim a encontrou? – Carlinhos perguntou com um olhar confuso para a menina

— Oras, minha coruja tinha acabado de sofrer um acidente e, bem, Leah estava lá com ela no colo, então eu a trouxe para cá.

— Cat, a sua amiga é uma trouxa?

— Não me chame assim! – Leah disse entredentes

— Não, ela é alguma coisa, só ainda não sei o que!

— Como assim alguma coisa? – Carlinhos agora estava curioso

— Ela me disse que pode se transformar em um lobo gigante

— Hum...ela pode ter sido mordida...

— Aí é que está, ela também disse que nunca foi mordida e nem precisa da lua cheia para se transformar.

— Bom, então isso descarta a ideia dela ser uma lobisomem.

— Será que a gente pode conversar em outro local? Não me sinto à vontade de ter vocês falando de mim, sobre o que eu possa ser para todo mundo ouvir. – Leah disse um pouco nervosa

— Ok, por que não vamos para uma sala vazia? – Carlinhos perguntou

— Na verdade, Cat porque você não me leva de volta? Eu estou cansada.

— Mas, agora eu estou curiosa, temos de saber o que você é, talvez nem o Ministério tenha catalogado essa espécie ainda.

— Cat, não fale com ela assim, ela não é uma rato de laboratório. Eu posso te levar de volta, meu dragão vai ficar aqui por um tempo.

— Eu...- ela tentou fugir, não queria ficar a sós com ele, mas se bem que seria melhor resolver as coisas logo.

— Venha, só me diga pra onde tem que ir e eu te levo.

— Eu quero ir pra casa!

— Ok. – e nisso a loba sentiu uma fisgada novamente, sendo puxada, porém dessa vez foi bem mais devagar, quando parou a primeira coisa que percebeu foi que o cheiro havia mudado, o cheiro parecia La Push.

— Oh não, quando eu disse casa, eu quis dizer minha casa em Londres, não aqui.

— Ei, eu não tenho culpa, seus pensamentos estavam anuviados e eu me agarrei à primeira imagem de casa que você tinha.

— Quer dizer que também pode ler pensamentos? Affs

— Não, há um feitiço para isso, o que quer dizer com isto, conhece algum outro bruxo? – Carlinhos disse e se Leah não estivesse enganada, havia um quê de ciúmes em sua voz.

— Não, não um bruxo, mas ele é uma criatura mágica como sua amiga Cat diz.

— Ele é um lobo como você?

— Não, quisera ele ser tão legal, mas não, ele é um vampiro.

— Uau, você não deixa de me surpreender, mas se quiser voltar para Londres posso leva-la até lá

— Aparatar de novo? Acha mesmo uma boa ideia? Não, vou aproveitar e visitar a minha mãe, ela vai gostar da surpresa, é claro que você precisará ficar aqui para quando eu realmente tiver de voltar... – ela disse um pouco insegura

— Acredite em mim Leah, não vou sair do seu lado por nada!


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