Somos Tão Diferentes escrita por Larissa Cavallari da silva


Capítulo 36
Capítulo 36 Estranho, Perdão e Ódio?


Notas iniciais do capítulo

Oiie Povo lindo do meu ♥ , <.< Puutz isso foi muito Gay .
Ta bom vou começar de novo.......................

Oiie Gente ! <.< "É melhorou", Bom, como sempre, eu amei os reviews, gostei de ver a raiva de vocês em relação á Layla, eu só fiquei com um pouco de medo das ameaças, se a Layla fosse humanamente real ela estaria ferrada, Rsrsrs',Haa, se preparem para copnhecer o "NOVO PETER" , :P
BOOA LEITURA !!



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POV PETER*

Sai da escola á passos firmes, tudo em mim gritava de ódio, apenas uma coisa em mim chorava...Meu coração.

Eu á amava, eu amava Roselie com toda a minha alma, ela era tudo para mim, era como se ela fosse o ar para que eu vivesse...Eu me entreguei á esse amor...

E olha o que aconteceu...Ela me traiu, pior, com meu melhor amigo...Eu sempre soube que Rose é fria, seca, ignorante, as vezes cruel...Mas isso que ela me fez foi cruel demais ate pra ela, eu fui um idiota em acreditar que ela mudaria por mim...

Eu fui um otário, como eu vou saber desde quando eu estava sendo traído, e eles nada me falaram, eu paguei papel de besta, humilhado na frente de todos, nunca mais irei perdoar Roselie, o que mais me da raiva, é que mesmo ela tendo me traído, eu ainda á amo, e sinto vontade de ir á casa dela, xingá-la e depois tomá-la em meu braço e beijá-la...

Mas eu posso ser romântico, mas não sou trouxa, Roselie é uma vagabunda, a vagabunda que eu amei, a vagabunda que despedaçou meu coração e minha alma...

Entrei no carro e o botei em movimento, preciso ir pra casa, urgentemente, não posso mais ficar ali naquela escola, assim que entrei na avenida principal meu celular começou a tocar, o toque era a musica preferida da Roselie, Pitty- Equalize

O atendi e pude ouvir a voz masculina do outro lado da linha.

MODO TELEFONE ON*

—Sr. Peter, é o Doutor Reumos. —Ouvi o doutor da minha mãe se apresentar, é ele que estava cuidando da minha mãe em casa.

—Olá Doutor Reumos, como esta minha mãe?—Perguntei com o tom carregado de ódio, mais tentei disfarçar.

—É sobre isso que quero falar...—O Doutor disse com a voz rouca.

—O que houve? —Perguntei sem emoção alguma na voz.

—Sua mãe passou do estado instável e foi para o estado alarmante. —O doutor disse agora com a voz firme.

—E isso que dizer ?—Falei o incentivando a continuar, parando no sinal vermelho.

—Significa que sua mãe piorou...E ela precisa de uma transfusão de sangue, e como já fizemos exames com você e sabemos que você por mais que seja filho dela não tem sangue compatível, você terá que achar outra pessoa, dentro de cinco meses...Ou...Ou sua mãe não resistirá.—O medico disse com a voz agora vacilante, sinal de que estava decepcionado consigo mesmo.

Caralho...Aonde ela esta agora? —Falei sentindo a raiva me consumir, e a preocupação invadir minha mente.

—Eu á levei para a clinica, ela entrou em coma Peter, e só na clinica havia os aparelhos necessários para mantê-la viva.—O médico disse agora com voz embargada....Serio que ele estava chorando?

—Ok...Obrigado por me informar...Vá para a clinica e acompanhe o tratamento, passo á passo, não confio nos médicos naquela clinica.—Falei chegando perto de casa.

—Ok...—O doutor murmurou, e rapidamente desliguei o telefone.

MODO TELEFONE OFF*

Suspirei e soltei alguns palavrões, hoje definitivamente é um péssimo dia, péssimo dia...

Estacionei o carro na garagem e sai de dentro, caminhei ate a porta e a abri, visualizando a sala de estar, ótimo, estou sozinha, nessa enorme casa...Maravilha, pelo menos tenho as empregadas, e os mordomos.

—Margarida!!!—Gritei sentindo ainda a raiva em meu peito, e o ódio em minha voz.

—Sim Sr Peter. —Margarida disse assustada com meu tom, eu nunca gritava com ela nem com os outros, mas hoje não estou no meu juízo.

—Traga uma garrafa de vodka para mim. —Falei me sentando em frente ao piano.

—Tem c-certeza? O senhor nunca b-bebeu. —A margarida disse se aproximando de mim para me acariciar a face.

—Tenho muita certeza, agora vá! —Falei num tom seco e rude, o que fez com que ela se afastasse e se encolhesse, logo saindo da li indo em direção á cozinha.[

Bufei e fixei aquele velho piano, quando eu tinha 12 anos, eu costumava tocar ele todo dia, passava horas praticando, e tocando canções antigas, passei meus dedos lentamente pelas as teclas, ouvindo o som de cada nota.

Fechei meus olhos, e como se meus dedos criasse vida, comecei a tocar uma canção, eu tocara essa canção no dia em que conheci Roselie, depois nunca mais voltei a mexer no piano, pois dediquei todo meu tempo á ela...

Logo a canção acabou, e percebi que eu ainda estava de olhos fechados, abri e vi a garrafa de vodka e um copo na mesinha ao lado do piano, a peguei e subi as escadas, indo diretamente pro meu quarto.

POV ROSELIE*

Depois que Braian se certificou que eu estava bem, ele se despediu da minha mãe e foi embora.

Me joguei na cama e voltei a encara o teto, como será que Peter esta? Será que ele esta chorando? Não, acho que não, ele deve estar mais quebrando coisas e me odiando...Não tiro a razão dele.

—ROSELIE, VEM AQUI EM BAIXO, VOCÊ NEM VAI ACREDITAR EM QUEM ESTA AQUI!! —Ouvi minha mãe berrar do andar de baixo.

Suspirei e me levantei, desci as escadas me arrastando, sentindo o cansaço me dominar, e então, todo meu cansaço deu lugar ao ódio.

—Oi filha...—Charles falou sorrindo.

O encarei com todo meu ódio, se bem que eu estava surpresa por ele estar ali, ele estava diferente, com o cabelo cortado e penteado, estava usando um terno, tinha um relógio de ouro no pulso...Puf deve ter roubado um banco, isso é bem a cara dele.

—O que ta fazendo aqui Charles? —Falei sendo rude, tentando transparecer que não gosto da presença dele.

—Eu voltei, mudei de vida, abri uma empresa, senti saudades de vocês...—Charles disse coçando o pescoço.

—Que pena que ninguém sentiu a sua falta, agora vaza daqui. —Falei sendo irônica, ele só pode estar de brincadeira se acha que eu vou abrir os braços e o aceitar novamente em casa, para que o inferno em minha casa volte, não mesmo !

—Roselie! —Minha mãe me repreendeu, não tirando os olhos do Charles.

—Tudo bem querida...Roselie, filha...Eu sei que você me odeia, mais eu estou disposto a mostrar pra você que eu mudei. —Charles disse tentando me convencer, com um sorriso discreto no rosto.

—1° não me chame de filha, 2°nunca mais chame minha mãe de querida, e 3° mais não menos importante, eu não to nem ai se você mudou ou não, pra mim você continuara sendo uma merda insignificante.—Falei cruzando os braços nem me importando com a cara horrorizada que minha mãe fez.

—Roselie Wengs não trate seu pai desse jeito! —Minha mãe gritou irritada comigo.

A olhei e vi o olhar apaixonado que ela lançou ao Charles, olhei para o Charles e vi ele sorrindo para ela, fechei meus olhos e não conseguir me controlar, senti a raiva e o ódio se apoderar de mim, e deixei que ele me dominasse.

—ELE. NÃO. É. MEU. PAI !!!!—Berrei cada frase pausadamente, assustando minha mãe e o Charles. —E você mãe, deixa de ser idiota, por culpa dele, você esta morrendo, Clar esta com assassinos, eu estou deprimida, e nossa família esta arrasada, ele é um desgraçado que arrasou com agente, dessa vez mãe, ele não machucou só você, e sim todo mundo dessa casa, eu não vou admitir mais isso, não vou mãe, chega !!! —Falei descontrolada, não irei deixar Charles acabar com aquilo que eu estou tentando arrumar.

—Como assim morrendo? E como assim Clar esta com assassinos !!? —Charles perguntou preocupado e assustado.

—Não te interessa, você nunca mais, guarde bem, nunca mais irá voltar par essa família enquanto eu estiver viva. —Falei apontando para o Charles, determinada.

—Rose, por favor...—Minha mãe murmurou, com a voz embargada.

—Não adianta pedir por favor mãe, eu não tenho piedade, agora Charles, faça um favor a si mesmo, e a sua vida patética, e saia da minha casa, e nunca mais volte a aparecer. —Falei com a voz carregada de ódio, o fixando com toda minha raiva.

—Tudo bem Roselie, eu vou provar que eu mudei. —Charles disse beijando a bochecha da minha mãe.

—Não se aproxime, vai embora! —Falei percebendo que ele vinha para perto de mim, certamente para me dar um beijo na bochecha.

Charles suspirou e abriu a porta, saindo logo em seguida.

Respirei profundamente, sentindo a dor em minhas mãos, só então percebi que meus punhos estavam fechados fortemente, permitindo que minhas unhas me ferissem, fechei meus olhos e respirei mais uma vez, cara como o Charles me irrita, porque eu tinha que ser filha logo dele !?

—Nem adianta me olhar assim mãe...—Murmurei olhando pelo o canto do olho.

Minha mãe estava com braços cruzados, sobrancelhas franzidas, respiração pesada, e ela batia o pé freneticamente no chão, fazendo um batuque irritantemente ritmado.

—1° Ele é seu pai, 2° Eu o amo, e 3° e muito importante, essa casa é minha ! —Minha mãe disse pela a primeira vez me enfrentando.

A olhei surpresa, desde quando minha mãe virou a corajosa e determinada?

Ah claro, efeito Charles, esse cara tem uma influencia sobre a minha mãe que me irrita, todo esse tempo minha mãe nunca me enfrentou, nem quando eu fui pra cadeia pela a primeira vez...

—Errado...Ele não é meu pai, e como assim você o ama? Cara acorda pra vida, ele é um canalha que te traiu com todas as prostitutas da cidade, e essa casa é minha, você passou pro meu nome quando descobriu que estava com uma doença terminal lembra? —Falei sorrindo vitoriosa, arqueando uma das sobrancelhas.

—Eu quero dizer que, Charles faz parte da minha vida, foram anos e anos de convivência, brigas e reconciliações, esses anos geraram você e Clarie, que são meus tesouros, quando olho pra vocês lembro do Charles, e lembro do meu amor por ele, mesmo que ele tenha me traído Rose, meu amor continua o mesmo, eu sei, eu sou uma idiota, babaca, e trouxa por amá-lo, mais eu não mando no meu coração...Você é prova disso, você pediu para se apaixonar pelo o Braian? Você conseguiu controlar esse amor? Não, tanto não conseguiu que traiu o Peter, é isso que quero que você entenda Roselie, o amor não escolhe quem se ama, simplesmente...Acontece.—Minha mãe disse suavizando a face, me encarando com paciência.

“Nossa...Quem diria que um dia sua ex- mãe alcoólatra iria te dar uma lição de moral como essa”

Pior que ela tem razão...

“É eu sei...Cara, ela falou do Peter, e é verdade, esse tempo todo você lutou contra o amor que você sente pelo o Braian, e olha no que deu, tanta luta pra nada!”

EU NÃO AMO O BRAIAN !

“Ah não, e o que você sente é o que então?”

Eu apenas gosto dele...É muito diferente de amor.

“Você ta com medo de admitir que você ta amando!”

Vai se ferrar pilha !

—Mãe...—Murmurei fixando o chão, odeio, odeio, odeio admitir que estou errada, ARGH ! —Eu nunca pensei por esse lado...É que eu tenho uma certa insegurança em relação ao Charles, sabe, se ele voltar, ele pode continuar á fazer o que fazia antes, e ai tudo vai voltar a ser o mesmo inferno inabitável que era.—Falei franzindo o cenho, descendo as escadas e indo em direção á cozinha.

—Você tem razão, agente corre esse risco...Mas Rose, eu estou morrendo, e quero aproveitar o curto tempo que tenho com o Charles, você...e a Clarie. —Minha mãe disse ficando triste e deixando uma lagrima escorrer ao falar o nome da Clar.

—Mãe calma, Braian irá procurar Clar, ele vai ir ao interior amanhã á noite, eu tenho certeza que Clar esta bem, e ela vai voltar, e você vai vê-la, e irá abraçá-la e enche-la de beijo ! —Falei tentando convencer a mim mesma e a minha mãe daquilo que eu falara.

—Tomara que tenha razão filha. —Minha mãe murmurou enxugando a lagrima.

—Eu tenho razão...Liga pro Charles, manda ele vir amanhã ás 13:30, pro almoço, e ai eu decido o que fazer. —Falei me dando por vencida, vendo os olhos da minha mãe brilharem de alegria ao me ouvi falar aquilo.

—Te amo minha filha. —Minha mãe disse dando pulinho, hesitando, mas logo em seguida beijando minha bochecha.

Logo ela subiu as escadas sorrindo feito boba.

—Todos me amam...—Murmurei para mim mesma convencida.

Abri a geladeira e peguei a caixa de leite, despejei em um copo que estava na mesa, e logo bebi em um único gole, suspirei satisfeita e coloquei o copo sobre a pia, andei ate o sofá e me sentei ali, quer dizer, eu praticamente mergulhei no sofá, e acabei ficando de um jeito desastrado, com pés pra cima e cabeça pra baixo, mas estava cansada demais para me ajeitar, então resolvi continuar naquela posição, liguei a TV e senti uma enorme alegria me invadir.

BOB ESPONJA !!

—Vocês estão prontas crianças? Estamos capitão! Eu não ouvi direito... Estamos capitão! OHHHHHHHH......Vive num abacaxi e mora no mar? Bob Esponja Calça Quadrada Tem a cor amarela e espirra água? Bob Esponja Calça Quadrada Se nenhuma bobagem é o que você quer? Bob Esponja Calça Quadrada Diabruras à bordo e problemas com peixe? Bob Esponja Calça Quadrada Bob Esponja Calça Quadrada, Bob Esponja ...Calça Quadrada! —Cantei feito uma louca pulando no sofá, e assim que a musica acabou me joguei no sofá, voltando á minha posição estranha.

Cara, se o Bob Esponja fosse humano, eu casaria com ele !

Você é estranha...”

Obrigado pilha.

“Não foi um elogio!”

Dane-se, agora cala a boca que eu estou vendo Bob Esponja !

TIIIM DOOM , TIIM DOOM

Ouvi aquela campainha irritante, quem é o louco que me interrompeu logo agora que estou vendo Bob esponja !!?

Seja lá quem for não tem amor á vida!

—MÃE A PORTA! —Berrei ainda jogada no sofá. —MÃE?—Gritei mais uma vez, nada, silencio.

Merda deve estar dormindo, bufei e me levantei, droga, merda, que saco, essa mulher tem que dormir logo agora? E alguém tem que tocar a campainha logo na hora do Bob Esponja!?

Abri a porta bruscamente, e encarei aquele homem que eu nunca vi na vida, ele é alto, esbelto, cabelos escuros e lisos, levemente bagunçados, olhos cinza-claro, pele branca, corpo másculo, parecia um modelo, levando em conta a beleza e as roupas, ele usava uma calça jeans escura, uma blusa social azul claro de manga cumprida, e sapatos pretos, ele aparenta ter uns 19 anos, se for só olhar para a face, mais olhando para as roupas eu deduzo que ele deve ter uns 28, porque, que adolescente de 19 anos usaria roupas sociais ? Só um adolescente louco e muito...Responsável.

Oh meu Deus...Rose é você ? —Aquele homem perguntou, aparentemente surpreso, me olhando da cabeça aos pés, a voz dele é forte e grossa, um pouco rouca, admito que me intimidou um pouco.

—Hã...Eu te conheço? —Perguntei franzindo a testa, aquele cara é louco ou o que?

—Rose...Sou eu...Não se lembra de mim?! —O homem perguntou agora fixando meus olhos.

O olhei com mais atenção, ele tem traços suaves, rosto oval, poucas marcas de expressões, os olhos...Os olhos me lembram alguém....Mais quem?....Charles ! Sim os olhos dele me lembram Charles, e o nariz...Também me lembra alguém,mais não sei quem.

Será que ele é algum tio meu? Porque se for um tio meu, Putz, eu dei sorte, que tio lindo...Ta bom me empolguei.

—Desculpe...Mais não me recordo de conhecer você.—Falei tentando ser o mais suave possível.

—Claro...Eles devem ter feito você esquecer de mim...Mas não os culpo por isso, eu teria feito a mesma coisa se fosse eles...—Aquele homem disse com a voz baixa.

Ele levantou a mão e acariciou meu rosto suavemente, confesso que achei aquilo sinistro, mas por algum motivo não o impedi, nem me afastei, logo percebi que seus olhos estavam cheios de lagrimas, aquilo me confundiu mais ainda.

—Eles quem? —Falei assim que ele afastou a mão lentamente do meu rosto.

—Seus pais e o Daniel. —O homem disse sorrindo levemente, mais percebi que ele ainda estava triste.

—Você conhece meus pais e o Dan? —Falei franzindo o cenho, aquilo já estava ficando sinistro.

—Você ainda o chama de Dan...Queria que me chamasse do jeito que você me chamava.—Aquele homem disse fixando o chão, sorrindo como se lembrasse de algo.

—O que? Eu te conhecia? Então porque não me lembro? —Perguntei mais confusa ainda, já estou cansada daquilo, quero respostas !

—Sua mãe esta? —Ele perguntou ignorando minha pergunta, fixando o interior da minha casa.

—Está...Está dormindo. —Falei irritada com o jeito que ele ignorou minha pergunta.

—Você vai fazer alguma coisa amanha? —O homem perguntou agora me fixando com a expressão seria.

—Não...Porque isso te interessa? —Falei sendo rude e cruzando os braços.

—Você cresceu e criou uma personalidade forte...Gostei disso.—Ele disse com um sorrido divertido no canto dos lábios. —Amanhã você pode me encontrar na praça dos estudantes no centro ás 15:40?

—Você esta me perguntando se eu quero me encontrar sozinha com um homem completamente desconhecido em um lugar desconhecido? Não obrigado, gosto de viver, tchau! —Falei sendo irônica respondendo minha própria pergunta, quando eu ia fechar a porta ele colocou o pé, impedindo.

—Você é irônica...Vamos nos dar bem como antes.—O homem riu e depois se concentrou. —Não vou fazer nada com você, a praça dos estudantes é sempre cheia de...Estudantes, é um lugar movimentado, e eu sei que você esta confusa e quer respostas...Eu posso responder todas as suas perguntas. —O homem disse levantando as sobrancelhas mostrando que tinha razão.

—Tudo bem...Eu só vou porque eu quero explicações, só por isso. —Murmurei fixando o chão.

—Ok...Só não conte para seus pais e principalmente para o Daniel, não conte á ninguém esta bem?—O homem disse me fixando com a expressão tensa.

—Ta bom eu não conto. —Falei juntando as sobrancelhas, aquilo estava estranho demais ate pra mim.

—Ótimo...Tchau...Rosinha. —O homem murmurou beijando minha bochecha e se afastando, fixando meu rosto.

Abri a boca, mas não falei nada, minha mente estava uma bagunça, meu coração pulsava rápido, meu corpo tremia, tudo isso porque...Porque eu me recordo desse apelido cafona...Rosinha, eu já ouvi isso em algum lugar...Mais aonde?

—Tchau...—Sussurrei ainda confusa, aonde eu tinha ouvido aquele apelido? E porque aquele homem me chamara daquele jeito? Como ele me conhecia? Porque eu não me lembro dele? Como ele conhece meus pais e o Dan? E porque ele não quer que minha mãe nem o Dan saiba que eu vou me encontrar com ele? E porque os olhos dele lembram tanto o Charles?

Tantas perguntas e nenhuma resposta, assim que percebi ele estava caminhando lentamente em direção á um carro importado vermelho que estava estacionado ali, ele entrou e abaixou a janela, me mandou mais um olhar que não consegui desvendar, sorriu e arrancou com o carro.

Fiquei ali parada, olhando para o lugar vazio aonde minutos antes estava o carro daquele homem, quem será ele?

Merda esqueci de perguntar o nome dele...

—Filha quem era? —Ouvi alguém atrás de mim, e logo depois ouvi um bocejo.

—Hã...Era...Um mendigo pedindo comida. —Falei fechando a porta, tentando mostrar indiferença.

—E você deu? —Minha mãe perguntou sorrindo, indo em direção á cozinha.

—Sim, dei uma banana. —Falei dando de ombros.

—O cara esta morrendo de fome e você dá uma misera banana! Que horror Roselie. —Minha mãe disse incrédula.

—Não to nem ai, agora fique quieta para eu poder ouvir o Bob Esponja. —Falei me jogando no sofá, tentando esquecer o que acontecera minutos antes.

“Você vai mesmo se encontrar com um desconhecido?”

Vou, estou confusa, e ele pode me dar explicações

“Você é louca!”

Ah cala a boca pilha

“Ta bom, depois que você for estuprada de novo, não vem chorar e fazer drama não!!”

Sabe...Se você simplesmente desaparecesse, minha vida seria perfeita!

“Doce como um limão.”

POV PETER*

Quem diria que um dia eu estaria nesse estado, jogado no chão do meu quarto, chorando, com uma garrafa de vodka na mãe quase vazia, a raiva me consumindo, palavrões saindo da minha boca á cada segundo...Estou em um estado de fracasso...Eu sou um fracasso, graças a Roselie...A vadia que eu amo...Amava...Agora eu á odeio, com toda a minha vida e alma !

Olhei para o criado mudo, e avistei uma foto dela, Roselie estava sentada na grama, com um copo de alguma bebida não identificada, me levantei e me aproximei da foto, á peguei na mão e olhei para a face da Roselie...

Senti algo queimar em meu peito, e uma maldita lagrima escapou de meus olhos, molhando a fotografia, joguei aquele porta-retrato no chão, e ele se transformou em cacos, depois disso, a raiva me consumiu, coloquei a garrafa de vodka no chão cuidadosamente, abri o meu guarda-roupa e arranquei todas as coisas de lá, jogando tudo no chão violentamente, comecei a gritar enquanto eu rasgava algumas roupas, quebrava porta-retratos, quebrei um vaso de flores que minha mãe havia me dado, quebrei os espelhos, tudo que tinha na minha frente, tudo que desse para quebrar, rasgar, estilhaçar, destruir, tudo, tudo me lembrava Roselie.

—Roselie Wengs e Braian Christopher Albuquerque, eu vou me vingar de vocês... —Murmurei para mim mesmo, deixando cada frase carregada de ódio.

—Menino...—Ouvi alguém murmurar do outro lado da porta.

—O que foi Margarida? —Perguntei respirando com dificuldade.

—Tem...Uma p-pessoa lá embaixo querendo falar com o senhor. —Margarida disse intimidada com meu tom.

—Quem é ? —Perguntei passando a mão pelos os cabelos, não estou com paciência para visitas hoje.

—É o Sr. Albuquerque.—Margarida disse com um tom materno.

Encarei o chão sem emoção, e então um sorrisinho de desgosto e sarcástico surgiu em minha face...

Braian esta aqui, na minha casa, depois de ter me traído ele ainda tem a cara de pau de aparecer aqui...Que gesto lindo.

—Diga que eu já vou...—Falei com o tom firme.

—Sim senhor. —Margarida disse sussurrando.

Encarei o meu quarto, todo revirado, Margarida teria muito trabalho para arrumar tudo aquilo...Mas dane-se, ela ganha para isso.

Sai do quarto e desci as escadas, minha vontade era de pegar um facão na cozinha e matar Braian, depois fazer a Roselie comer os pedaços dele...Mas é claro que não farei isso, Rose e Braian não valem a pena, não ficarei na cadeia por culpa deles.

—Olá...Braian. —Falei em um tom irônico, fingindo estar feliz em vê-lo, e pela a expressão dele, pude perceber que ele percebeu que foi ironia.

—Peter...Cara...Por favor, eu sinto muito mesmo ! —Braian falou passando a mão nos cabelos, os bagunçando.

—Cala a boca Braian...estou com dor de cabeça de tanto ouvir isso, quer algo para beber? Cerveja, vinho, vodka, água, refrigerante, café, sangue....—Falei a ultima frase sorrindo ironicamente e sussurrando, pude perceber Braian ficar tenso.

—Sangue? —Braian repetiu confuso, fixando meus punhos se fecharem.

—Isso...Sangue...Porque da próxima vez que você ousar aparecer na minha casa, eu vou arrancar cada gota de sangue do seu organismo Braian. —Falei indo em direção á uma mesa que havia ali na sala, uma mesa de vidro cheia de garrafas de bebidas, peguei dois copos e despejei um vinho nos dois, confesso que a idéia de envenenar Braian martelava minha cabeça.

—Isso foi uma ameaça? —Braian perguntou arqueando uma das sobrancelhas, pegando o copo de vinho que eu estendi para ele.

—Não...Foi mais uma...Promessa. —Falei sorrindo e me sentando no sofá, fazendo um gesto para que ele se sentasse também.—Pode tomar Braian, não envenenei seu vinho, se bem que a idéia foi tentadora. —Falei percebendo que ele encarava o vinho com medo e desconfiança.

—Peter...sobre o que aconteceu...Na escola...Eu realmente sint...

—Sabe, sempre odiei essa casa, é grande demais para pouca gente, se levar em conta que só tem eu e minha mãe, os empregados não contam, e agora que ela esta...Fora, sinto um pouco de...Solidão...Você acha que eu tenho razão? —Falei o interrompendo, sorrindo ironicamente.

—Sim...Você tem razão.—Braian respondeu confuso, encarando o copo de vinho que estava em sua mão.

—Pelo o que eu percebi você venho aqui pedir desculpas...Meio clichê não é Braian, trair seu melhor amigo com a namorada dele, e depois vir á casa dele e pedir desculpas...Sinceramente eu pensava que você era um pouco mais...Original. —Falei sorrindo, bebericando aquele vinho, mais eu não sentia o gosto do liquido, eu só sentia o gosto do ódio que estava em meu peito, a vontade de gritar e espancar Braian aumentava, mais eu não irei fazer isso, não irei me rebaixar ao nível dele.

—Não entendi...—Braian disse fixando meus rosto, com certa insegurança.

—Não? Tudo bem eu explico...Sinto te informar mais...Você perdeu seu tempo vindo aqui, você achou o que? Que você viria aqui e eu esqueceria a traição e a humilhação que passei na frente de todo mundo, depois eu te perdoaria e ai você Roselie iriam se casar, e eu seria o padrinho otário de vocês? Não Braian, não mesmo, vocês brincaram comigo, agora conseqüências viram, pode ter certeza que viram...E isso não foi uma ameaça nem uma promessa...Isso foi uma afirmação. —Falei em todo o instante com o sorriso irônico na face, eu podia sentir o medo do Braian no ar, e isso só estava deixando as coisas mais interessantes.

—Peter...Eu vim aqui para ver como você esta...Eu realmente me preocupo com você...Eu não planejei nada disso, em me apaixonar por Roselie, depois te trair, nada foi planejado...Simplesmente aconteceu...Eu só queria que você me perdoasse...—Braian disse abaixando a cabeça, tomando o ultimo gole do vinho.

—Ótimo discurso...Foi bom te ver Braian...To brincando foi péssimo ver seu rosto de novo, agora, tchau Braian, vai embora, e não volte mais, se não...Vou ser obrigado a cumprir minha promessa e arrancar seu sangue, seu desgraçado.—Falei com a expressão seria, andei em direção a porta e a abri.

—Peter...

—Vai embora Braian...Antes que eu não consiga me controlar mais. —Falei com a voz distorcida, e o rosto desfigurado.

Braian suspirou derrotado, colocou o copo na mesinha de centro e caminhou em direção á porta, me encarou por alguns segundos, e eu apenas continuei com a expressão sem emoção, logo ele voltou a caminhar, assim que ele finalmente saiu da minha casa eu fechei a porta, batendo a mesma com certa violência.

—Venho pedir perdão...Não será tão fácil assim Braian Christopher Albuquerque. —Murmurei para mim mesmo, colocando mais vinho em meu copo, me sentando no sofá, e tomando, sem perceber que eu ria sozinho naquela sala.


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Notas finais do capítulo

Então? O Peter esta meio...Sombrio né ? Será que um amor pode curá-lo? É vamos ver mais pra frente, e pooooor falar nisso, no proximo capitulo eu já irei falar quem ganhou o sorteio e ira fazer parte da história, mais, caso você ainda quer participar ainda da tempo, é só me mandar uma mensagem com o seu nome e sobrenome, nome dos pais, se tiver irmãos, ou animais de estimação me mande o nome, idade, cidade aonde mora, e me mande um trecho informando porque você merece participar da história, a melhor resposta ganha, e no proximo capitulo informarei quem ganhou e já no proximo a "ganhadora" já estará na história.



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