Next To Me escrita por Jessie Austen


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

YAY! *___*
Dobradinha, espero que gostem!



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Mary e John caminhavam rindo e conversando naquele fim de tarde. Fazia um tempo frio, mas o sol brilhava em tom alaranjado no céu.

- E então...como estão indo as aulas de natação? – ela perguntou bebericando seu cappuccino.

- Oh, ótimas. Sério. Meu professor disse que no próximo semestre posso até tentar fazer parte da equipe oficial, se quiser!

- Ótimo...ótimo. - a ruiva respondeu enquanto parava na frente de sua casa e arrumava o cabelo.

- Bem, é isso. Eu realmente adorei hoje. Obrigado.

- Eu que agradeço por você aceitado o meu convite...- ela riu e isso fez John sorrir.

- Você é muito bacana, Mary. Sério. Muito bonita, inteligente, engraçada...

- Mas...

- Como você sabia que teria um mas...- John perguntou.

- Ninguém nunca enrolou tanto para me beijar quanto você. Modéstia à parte.

O loiro então sorriu e disfarçando timidamente respondeu:

- É, eu...nunca acho que vou me acostumar com esse estilo de vocês, de cidade grande. Quero dizer, eu...em apenas alguns meses fui convidado para sair...na minha cidade eu só poderia chamar a garota, e quando tivesse oportunidade de falar com ela no final de semana. Desculpe-me se sou inadequado.

- Uau. De que século você veio? – ela brincou.

- A verdade Mary é que eu...já meio que estou afim de alguém.

- Sério? Que saco...quero dizer. Droga...ela aquela garota, a Sarah? Cheguei tarde...

- Não. Não é a Sarah. Quero dizer, ela e eu...ela está com Moriarty agora.

- Oh, tão óbvia! Eu nunca faria isso com você! – ela declarou empurrando-o levemente.

- Obrigado. Você é muito bacana.

- O problema John, é que eu estou muito afim de você...então...eu não vou perder meu tempo e nem oportunidade. – Mary disse beijando-o levemente.

- Eu acho que nunca vou me acostumar com isso...- o loiro sorriu quando se separaram.

- Eu não me importo. Eu adoraria ver você tentando. – ela respondeu enquanto os dois se beijavam novamente.

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John entrou em seu quarto, mas não encontrou Sherlock. Os dois agora quase não se viam mais. Seu amigo estava cem por cento dedicado a um curso intensivo de herbologia, por puro prazer, ele dizia. Em contrapartida John tinha as aulas de natação e a faculdade que sugava o resto de sua energia.

Até o caso do Teddy foi deixado de lado já que não conseguiram encontrar nada e o estado da saúde do brutamontes continuar na mesma.

A verdade era que Watson sentia falta de Sherlock. De sua implicância, seu raciocínio rápido, sua voz, seus olhos. Por um segundo se arrependia de tê-lo beijado.

- Ei, você...- disse assim que o moreno entrou porta adentro e o encarou rapidamente.

- Ei, você.

- Como foi o curso de herbologia?

- Ótimo. – Holmes respondeu tirando seu casaco e revelando uma camisa cor azul que ainda o deixava mais atraente.

- Que bom...que bom...podíamos pedir algo, o que acha? Comida chinesa?

- Já comi um lanche vindo para cá. – este respondeu enquanto sentava na mesa e pegava uma pilha de livros.

- Podíamos fazer algo. Sei lá...pegar um cinema. Ir no museu.

- Eu pareço estar livre para fazer qualquer coisa neste momento? – Sherlock o fuzilou com seus olhos e isso enfureceu John.

- Você poderia agir normalmente comigo, só para variar.

- E o que você deseja?

- Eu desejo que você se importe. Que me pergunte algo, que converse comigo...e não que fale comigo só porque eu falei com você. Nós conversávamos antes, Sherlock.

- Antes?

- É, antes...daquela noite.

- Seu encontro foi bom hoje? – o moreno perguntou de maneira educada, tentando mudar de assunto.

- Sim, sim...na verdade eu...

- Não acredito nisso. Seu grau de carência ainda está elevado o suficiente para se importar comigo. A Amy deve ter feito algo errado, eu me pergunto o quê...

- É Mary. E ela fez tudo absolutamente certo se quer saber.

- Então porque você voltou tão cedo? Não responda, essa é muito óbvia...

- Ok. Pare. Pare, certo? Cara, você é insuportável! – John se levantou enquanto Sherlock apenas o encarava calmamente.

- Então, por quê insiste em ter a minha atenção?

Seus olhos se encontraram, mas John não soube responder. Na verdade não queria.

- Eu queria ver se conseguia ter uma reação normal sua. Uma reação de uma pessoa. Um ser humano! – foi o que conseguiu pensar. Na verdade acabou soando desesperado porque não havia mais argumentos.

- Agora você foi objetivo. E era isso que eu queria de você, John. Você quer uma reação normal? Pois bem, isso é impossível...porque aos seus olhos eu sou um esquisitão, não é isso? Um extraterrestre.

- Sherlock, eu...

- Então, eu respondo: não. De mim você não pode esperar nada normal. Sabe por que? Porque eu não me importo com os seus casos idiotas que duram mais que um mês e que você fala como se fosse para sempre. Eu sou racional. Falo com alguém quando eu tenho algo realmente para falar. Me importar com o que importa.

- É uma questão de prioridades, eu me importo em ser seu amigo...

- Oh. Você é perfeito, não é? Sempre atencioso. Sempre educado. Sempre de bom humor. Estas são características suas, John. Não minhas. Não espere por elas. – Sherlock respondeu de maneira fria antes de voltar para o seu livro de maneira decidida.

- Quer saber? Eu vou sair sozinho... – John disse batendo a porta completamente nervoso.

Alguns minutos depois a Sra. Hudson surgiu na porta e perguntou se os dois haviam tido uma discussão.

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Quando voltou, Sherlock estava dormindo em cima de um dos livros apoiados sobre a mesa.

A única coisa que Watson queria era poder voltar no tempo e se desapaixonar. A verdade é que Sherlock estava certo, para variar.

John tinha seus casos, mas não porque era algo que ele ansiava ou por que não se importava. Ao contrário. Ele queria encontrar alguém e as mulheres simplesmente se atraiam por isso.

“E agora que eu encontrei. Não sei o que fazer” pensou antes de tocar o braço do moreno que acordou muito sonolento.

- Já é de manhã? – perguntou enquanto coçava seus olhos.

John achou graça e sorrindo respondeu:

- Não. São meia noite e cinquenta.

- Oh. Bom para mim. – Holmes se levantou e se jogou na cama de bruços, afundando em seu próprio travesseiro.

- Sherlock...- John chamou enquanto tirava seu par de tênis.

- Hmm...

- Eu. Eu...me desculpa por hoje, tá? Eu não queria ter dito as coisas que disse. Eu não acho que você seja esquisito, ou um extraterrestre e muito menos anormal. Você é a pessoa mais fascinante que eu conheci.

Sherlock nada respondeu e fechando os olhos John continuou:

- Eu só tive aquela reação, pois...eu. Eu sinto sua falta. Ok? E eu não sei lidar com as minhas emoções, eu não consigo escondê-las...eu surtei depois que a gente, que eu te beijei e não consigo parar de pensar em você. Mas eu vou tentar ao máximo esquecer isso, certo? Certo. Sherlock?

Se levantando e se aproximando viu que Holmes dormia, sua respiração bem tranquila. Voltando para sua cama, se deitou e começou a rir sozinho. Após um tempo disse:

- Isso foi patético e triste, mas foi bom.


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