My Dream escrita por amanda c


Capítulo 39
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Gente... Acabou :(

Esse é o maior capitulo da fanfic e que eu já escrevi em toda minha vida aqui no Nyah!... Por favor perdoem-nos por qualquer coisa escrita na historia, eu tenho certeza que foi um prazer ler essa fic como foi para nós duas escreve-la.

Talvez em algum futuro proximo nós iremos escrever outra historia juntas... Nós duas somos amigas então é bem capaz de sair qualquer coisa em uma conversa e começarmos a postar... Então espero vocês nesse futuro próximo como leitoras e leitores...
Eu e a Giovanna agradecemos por tudo, realmente tudo, por todos os reviews, as recomendações, as broncas por demorarmos para escrever... Tudo!

Bem até mais e boa leitura meus amores ♥

— Pands



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Já era o terceiro bombom de chocolate que eu mastigava... Ou seria o quarto?

Para mim parecia ser uma eternidade estar dentro de uma ave de metal que o ser humano acha que voa. 

- Estou animado para voltar pra casa. - disse meu pai reparando minha ansiedade de pousar logo aquela coisa de metal no chão em segurança.

Não ousei responder aquela pergunta, pois caso eu abrisse a boca iria responder algo mal educado demais para o meu próprio pai.

Abri mais um bombom de chocolate e suspirei. Estava me odiando por ter comprado um saco de bombons no aeroporto de Londres antes de entrar no avião.

- Pense pelo lado positivo, Catita. - disse meu pai ajustando o banco na posição inicial. O avião, por graça divina, já estava preste a pousar.

Fiz o mesmo que ele e voltei a enrolar o bombom na sua embalagem cor de rosa. 

Senti o avião perder altitude e sem pensar segurei a mão de meu pai, que estava sentado ao meu lado. Ele me olhou com o cenho franzido ao notar meu ato, mas logo em seguida sorriu.

Finalmente estava na Califórnia.

***

Fazia-se duas semanas que já estava de volta para a ensolarada Califórnia.

Eu sentia falta do frio de Londres, sentia falta das risadas dos meninos, sentia falta de ouvir o cantar da banda, sentia falta de Lewis...

- Quer sair, Cath? - a voz fina de Jesy me fez voltar para a realidade. 

A loira estava sentada no banco do parque onde nós sempre ficávamos para simplesmente pensar.

- Sabe, Jesy, hoje não estou com paciência nem para pensar... Vou dar uma passada no cemitério, tá? - disse me levantando e vendo minha amiga sorrir fraternalmente para mim.

Me afastei da loira e fui a passos lentos em direção ao cemitério onde havíamos feito uma cerimonia para minha mãe.

Seu corpo estava enterrado em Londres, como havia pedido ela antes de morrer, mas para consolar os familiares que não estavam presente nós fizemos um falso enterro, com caixão e tudo, mas no lugar do corpo, nós colocamos coisas materiais que lembravam-na. 

Assim que entrei no cemitério não demorou muito para eu achar o tumulo onde minha mãe havia sido simbolicamente enterrada. Me sentei na grama ao lado da lapide de mármore e fiquei olhando para a grama verde e recém regada.

Um barulho ao longe me arrancou de meus pensamentos e só então fui reparar que se tratava de meu celular. Antes de atende-lo olhei para o nome que brilhava na tela do mesmo.

"Lewis"

Sorri ao ver seu nome e rapidamente atendi o celular.

Nós começamos a conversar, mas havia algo errado em sua voz. Ele parecia triste, mesmo já na Califórnia nós já havíamos conversado, por SMS e ligações, mas nenhuma delas Lewis parecia mais triste como agora.

- Está tudo bem? - perguntei me encostando na lápide e sentindo o vento balançar meus cabelos de um modo calmo.

- Na verdade, não. - disse ele e pude jurar ele fungando. Lewis estava chorando?

- O que aconteceu? - perguntei alarmada abraçando os joelhos com apenas um dos 

- Olha, Catharine, eu acho melhor nós nos separarmos. Digo, dar um tempo, sabe? Não sabemos quando iremos realmente nos ver de novo. Você ainda esta estudando e eu e os meninos estamos trabalhando pra valer na banda. Não quero que fique pensando que não lhe amo mais. Longe disso, é por isso que estou fazendo isso. Não quero que se prende a mim... Eu estou longe de você. - Disse sem ao menos respirar direito. Tentei absorver toda aquelas palavras e me conscientizar de que Lewis estava realmente terminando comigo. 

- Se você acha que assim está fazendo o melhor... - consegui dizer engolindo a força todas as lagrimas. Eu já havia chorado demais todos aqueles dias por estar longe de Lewis, não iria chorar mais por ele querer viver a vida dele.

- Eu te amo, Catita. Um dia nos veremos de novo e seremos felizes de verdade. - disse em um tom calmo e manhoso, o que me fez ter mais vontade de chorar.

- Eu também te amo, Lew. - disse olhando para cima e tentando controlar as lagrimas. O nó de saliva parecia aumentar na minha garganta cada vez mais.

- Preciso ir. - disse e com isso Lewis desligou o celular. 

Me levantei com muito esforço e guardei o celular no bolso da calça. 

Limpei meu rosto com as costas da mão, e olhei mais uma vez para o tumulo da minha mãe onde estava escrito muitas frases, todas ditas pela família e a ultima delas dizia: "Você compreendia mesmo o que eu não dizia" John Parker. 

Fechei os olhos e ignorei todas as lagrimas que escorriam pelo meu rosto agora. Nós eramos uma família, mesmo estranha, incomum e desorganizada, mas uma família. 

Sai do cemitério rapidamente, pois precisava de minha cama, de meu quarto, de silencio total e absoluto.

***

Um ano havia se passado desde quando viajei para a fria Londres. Eu já havia terminado o colegial e cursinho.

Meu corpo, nesse tempo, havia mudado bastante, talvez a aguá que tivesse feito isso? É talvez...

Minha cintura estava mais fina, meus seios mais redondos, minhas coxas não tão grossas como de uma atriz de filme, mas mais grossas do que antes e eu talvez tivesse crescido, pouco, mas crescido.

Meu cabelo estava na altura dos ombros, minha franja de um modo repicado se arrastava pelas minhas sobrancelhas e alguns fios de luzes iluminavam meu cabelo castanho.

- Pensei que aquele garoto não iria soltar mais você. - disse Jesy entre as gargalhadas. Olhei para ela e me lembrei que estávamos voltando de uma festa. 

Não, Jesy não falava comigo, mas sim com uma nova amiga que havíamos feito nesse período, ela se chamava Gretel e era tão loira quanto Jesy. 

Eu havia namorado durante duas semanas com um garoto do cursinho em que fazia, mas infelizmente não deu certo, tudo que ele fazia, internamente eu comparava com o que Lewis fazia. Um ano havia se passado e eu não havia esquecido o Tompson.

Nós estávamos todas voltando para casa e por sorte as duas moravam próximos a minha casa.

Primeiramente fora Gretel a nos deixar para entrar em sua casa, depois Jesy e eu fui a ultima a chegar na minha humilde residencia.

Ao entrar em casa vi meu pai sentado na poltrona lendo o jornal do dia. Ele parecia distraído.

- Oi pai. - disse fechando a porta atrás de mim e retirado o salto alto para voltar a sentir meus pés tocarem o chão.

- Oi Catita. - disse ele sorridente dobrando o jornal e me encarando.

Eram onze e meia e ele ainda não havia ido dormir.

- Vou tomar um banho e preparar algo para comer. - avisei indo em direção a estreita escada do sobrado.

- Quando terminar de comer preciso falar com você, filha. - avisou se levantando e indo atrás de mim na escada, mas indo para o seu quarto assim que atingimos o andar de cima.

Fiz o que havia dito. Tomei banho preguiçosamente, coloquei um pijama qualquer e não tirei o colar que Lewis havia me dado. Nunca tiro ele, para nada! Desci para a cozinha para preparar ovos com bacon. 

Eu estava terminando de comer quando vi meu pai descer com uma caixa razoavelmente pequena em mãos e se sentando a minha frente à mesa.

Olhei para ele e depois para caixa enquanto mastigava o pedaço de ovo que havia colocado na boca.

- Bem, minha filha, você terminou o colegial e está na hora de procurar um curso para prestar... - ele começou e eu revirei os olhos. Já havíamos falado sobre isso, eu iria esperar pelo menos o restante desse ano para me inscrever em algum curso da faculdade.

Ele sorriu para mim e eu terminei minha "janta" colocando o prato de lado na mesa e cruzando os braços sobre a mesa para me apoiar melhor.

- Eu fiquei interessado nesses meses pela sua súbita paixão por Londres, então tomei a liberdade de procurar algumas coisas. - disse ele me fazendo franzir o cenho e prestar ainda mais atenção no que ele dizia. - Você no começo odiava aquela cidade, mas começou a aprecia-la. - acrescentou abrindo a caixa de um modo tão lento e irritante que trinquei os dentes para não abri-la eu mesma.

- Pai, se você puder ir ao ponto agradeceria muito. - disse olhando diretamente para suas mãos que abriam a caixa pequena.

Ele simplesmente riu e abriu de vez a caixa. Lá dentro haviam inúmeros papeis, papeis de faculdade, de cursos, de viagens e o que me chamou atenção papeis de venda de apartamentos e casas em Londres.

- Como presente por ter passado no colégio, eu estou te dando uma casa. - disse ele me olhando com os olhos brilhantes de orgulho.

Franzi o cenho tentando entender o que ele queria dizer com aquilo.

- E deixar o senhor? - disse sem pensar.

- Eu estou bem aqui minha filha. Estou no meu verdadeiro lar, mas você não... Seu lugar não é aqui, Catharine. - disse ele me estendendo três papeis. 

Um dos papeis era uma passagem de viagem, paga e tudo, o outro era um tipo de documento de compra e o ultimo era uma foto... A foto era da grande London Eye, mas embaixo dela - o que fez meu coração saltar do peito, - estavam os meninos, todos eles.

Olhei para o meu pai tentando anexar cada papel que agora estava em minha mão. Ele estava sorrindo, um sorriso tão puro, tão feliz que era contagiante.

Senti meus olhos se encherem de lagrimas, levantei da cadeira fazendo a mesma cair no chão e abracei meu pai que dizia que "minha felicidade era sua felicidade" entre meus milhões de "obrigada".

- Sua viagem é daqui a dois dias, se quiser posso ajudar com as malas. - disse meu pai se levantando e indo comigo novamente para o andar de cima.

Aqueles dois dias se passaram como um trem bala. Me despedi de Jesy e Gretel e prometi que iria um dia leva-las para conhecer toda Londres.

Eu estava mais uma vez no aeroporto da Califórnia, abraçando minhas amigas e me despedindo entre lagrimas e risadas de meu pai que dizia ir me visitar assim que puder.

Eu estava com o coração a mil e não via a hora de finalmente colocar os pés na minha amada geleira.

Peguei meu celular antes de ouvir as recomendações das aeromoças e digitei uma mensagem para Lewis. Nela estava escrito um simples "Estou voltando amanhã".

Desliguei o celular e coloquei-o dentro da bolsa de ombro. Seriam as doze horas mais longas da minha vida.

Eu iria chegar em Londres as nove da manhã. Meu apartamento já estava pago e era só preciso pegar a chave na portaria. Iria tentar tirar carta lá, pois não havia tirado nos Estados Unidos, por simples preguiça.

Aquelas doze horas se arrastaram tão devagar que parecia que o avião estava parado no ar.

Mas finalmente o piloto anunciou que já estávamos sobrevoando Londres e que em segundos iriamos pousar no aeroporto.

Peguei minha bolsa de ombro e meu celular de dentro dela. O apertei na mão tentando controlar a vontade de ver se Lewis havia me respondido e só me levantei quando as portas da ave de lata haviam se aberto. 

Todos os passageiros saíram do avião com calma, sem pressa, com uma lentidão que não estava me pertencendo naquele momento.

Finalmente toquei meus pés no chão sólido do aeroporto e percorri meus olhos pelo salão de desembarque. Muitas pessoas estavam esperando seus familiares aparecer por aquela maldita porta de saída da sala de espera, alguns gritavam ao ver quem esperavam, outros seguravam placas com nomes escritos nas mesmas, outras choravam ao abraçar a pessoa que dividiu o voo comigo ou até mesmo ficavam gritando nomes aleatórios para chamar a atenção de tal pessoa.

Mas no meio de toda aquela felicidade familiar e fraternal algo me chamou a atenção.

Um grupo de homenzarrões estavam atrás de um grupo de rapazes que estavam de costas para mim. Eles conversavam animadamente e só finalmente me dei conta de que se tratava aqueles mesmos amigos idiotas que eu tinha a algum tempo atrás por conta dos cabelos bagunçados de Harold, do chamativo cabelo loiro de Nicolas e da grande bunda de Lewis.

Sorri para mim mesma e apertei as malas em meus dedos. Eu arrastava duas malas enquanto corria em direção ao grupo de meninos, mas um dos homenzarrões colocou sua grande mão gorda na minha frente fazendo-me parar a poucos metros de distancia deles.

- Ser famoso é outro nível né. - tentei gritar no meio daquele grande alvoroço que estava o aeroporto.

Vi as cinco cabeças virarem em minha direção e a do homenzarrão.

Sorri ainda mais pensando que meu rosto iria se cortar por causa do meu sorriso. Mas foda-se quem liga? Eu não. Só queria estar perto deles.

Num piscar de olhos senti dez braços me enlaçarem quase me tirando do chão. As vozes de todos bombardeavam minha orelha o que só me causava risos atrás de risos.

 Soltei minhas malas e finalmente pude olhar para o rosto deles.

Ele também haviam mudado. Não pareciam ser tão crianças como antes. 

Abracei cada um deles tentando controlar minhas lagrimas e engolindo aquele maldito nó de saliva.

- Você está linda! - disse Lian me olhando dos pés a cabeça. Seu cabelo estava parecendo com o de Harold naquele momento.

- Linda? Linda sou eu meu amigo, ela tá uma gata! - disse Harold tentando imitar um gay e me abraçando com força.

- Gente vocês vão matar a Cath sem ar. - disse Zach rindo causando risos em todos.

Por algum motivo meus ouvidos se desligaram do mundo e eu ignorei tudo que os meninos estavam dizendo, a unica coisa que eu conseguia prestar atenção era no sorriso besta que Lewis tinha no rosto.

Ele estava tão lindo...

- Vamos para casa? - disse Zach tocando meu ombro me fazendo prestar atenção neles, não apenas em Lewis.

- Podem ir na frente. Toma aqui tá o endereço, fiquei decorando ele no voo inteiro. - disse estendendo um papel na mão de Nicolas que me olhou confuso e olhou depois para os meninos. - Quero falar com o Lewis. - sorri para eles e acho que eles entenderam.

Vi os ombros de Lewis caírem e o sorriso bobo sumiu um pouco de seu rosto, mas ele continuava ali.

Vi os quatro meninos se distanciarem junto as minhas malas - que eles se ofereceram a levar - e comecei a caminhar a passos preguiçosos junto a Lewis.

- Então... - ele disse colocando as mãos no bolso da calça e encarando o chão que parecia ser mais interessante que meus olhos.

- Eu não consegui esquecer você nenhum momento. - deixei escapar, mas sem remorso da minha atitude.

Lewis parou de andar e segurou meu pulso fazendo-me parar a sua frente. Encarei seus olhos claros que tanto sentia falta e sorri tímida.

- Você acha mesmo que eu consegui esquecer minha Catita? - ele disse enlaçando minha cintura e aproximando seu rosto do meu. - Disse que iriamos viver juntos e felizes... - ele sorriu para mim antes de encaixar perfeitamente seus lábios nos meus me fazendo sentir novamente a melhor sensação do mundo.

A sensação de estar de verdade em casa.


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