Querido Diario.

 É, eu sei, já faz tempo, mas eu precisava desabafar, mas não quero falar disso com a Jenny, diario, como eu sinto falta dele aqui para me proteger, depois que ele foi para Londres, tudo acabou para mim. A Miranda tem brigado mais ainda comigo, para ela tudo o que importa é a aparencia da familia, querendo aparecer como a mãe perfeita, mas de perfeita ela não tem absolutamente nada. Como é dificil ser filha de Miranda Gilbert, socialite que já foi casada com vários homens importantes, e agora é casada com Giuseppe Salvatore, o segundo maior empresario de Nova York. Voltando ao assunto Damon, eu queria saber como ele está, se mudou muito, quem ele é agora? eu sinto falta dele, sinto falta dos abraços dele, das broncas, dos cuidados, das noites que passavamos em claro assistindo televisão, será que ele ainda é divertido? Espero que sim. Stefan entrou para a faculdade Columbia, mais um motivo para minha mãe brigar comigo, eu não vou para a faculdade, não agora, e isso não fará falta na minha vida. As vezes penso, porque meu pai sumiu? será que ele também não aguentou a minha mãe? é eu entendo ele, aguentar ela não é nem um pouco facil.

- Srta. Elena, o Sr. Chuck está aqui - disse Amalia entrando no quarto.

- Ok Amalia, avisa ele que eu já estou indo. - ela saiu.

 Calcei meu tenis de cano médio vermelho, penteei meus cabelos longos e fui até a sala, Chuck estava sorrindo, o beijei.

- Olá Elena - Chuck sempre com seu jeito sedutor, e é uma das coisas que eu mais gosto nele.

- Oi Chuck.

- O que temos para hoje?

- Bom, eu tenho que ir na casa da Jenny.

- Tudo bem, vamos então. - fui até meu quarto, joguei as coisas na minha bolsa preta de franginha e voltei.

 Descemos o elevador, entrei na limousine de Chuck, eu particularmente não gosto, mas para o Chuck é essencial, quem sou eu para discutir com Chuck Bass? Chuck tem uma vida parecida com a minha, seu pai Bart Bass, mal lembra que ele existe, e sua mãe morreu no parto dele, Chuck mora sozinho no Empire, o maior hotel de seu pai, ele é só mais um garoto rico problematico, sem pais presentes, assim como eu, já Jenny é o oposto da nossa vida, os pais dela a amam muito, e estão sempre ao lado dela, Jenny não é rica, ela mora com o pai dela Rufus Humphrey no Brooklyn, e passa feriados com a mãe em Hudson, Jenny tem um irmão, Dan, ele é super fofo, mas é bem quieto e solitario. Assim que chegamos o motorista abriu a porta para mim, desci e toquei o interfone.

- Jenny, é a Elena. - ouvi o barulho do bortão destrancando.

 O empurrei e nós entramos, subimos as escadas, dei duas batidas na porta e Dan a abriu, Jenny estava no balcão comendo waffles.

- Oi Dan - sorri.

- Oi Elena, Chuck - ele olhou com cara feia para o Chuck, eles se odeiam.

- Daniel. - Chuck se sente desconfortavel aqui, não sei porque, se Jenny também é amiga dele.

- Jenny.

- Oi Elena - ela sorriu e me abraçou leve - Oi Chuck.

 Meu celular começou a tocar, era a Miranda, resolvi atender.

- Fala Miranda.

- Oi Elena, você pode voltar para casa? agora?

- O que, porque?

- Por nada Elena, pode ou não?

- O que aconteceu Miranda? - falei irritada com o descaso dela.

- Você vai gostar, por favor vem logo. - e ela desligou.

- Jenny vou ter que ir embora, Miranda está falando pra mim ir agora.

- Desde quando você obedece sua mãe?

- Desde quando ela disse que eu vou gostar - rimos. - Quer ir junto?

- Claro, só vou trocar de roupa.

 Ela foi até o quarto, e voltou com uma calça leggie cortada preta, uma blusa de alcinha azul e beje, com franjinhas, e um cuturno preto, seus olhos bem delineados pelo lapis, e seu cabelo loiro e comprido solto.

 Nos despedimos do Dan e saimos, Chuck nos deixou na frente do Pallace e depois foi resolver algumas coisas, Jenny e eu entramos no elevador, digitei o código da cobertura, sai assim que a porta se abriu, quando vi sentado no sofá, ele.

- Damon - gritei e corri até ele, o abracei forte, passando meus braços por seu pescoço, ele envolveu os braços em minha cintura e me tirou do chão.

- Lena, que saudade. - só ele ainda me chama assim.

- Senti sua falta Dam.

- Eu também Lena, você está diferente, o que aconteceu com aquela Elena fofinha, com vestidinhos rosa, e laços no cabelo? - ele estava tirando sarro de mim.

- Ela está morta, que descanse em paz - rimos.

- Bom, eu só vim para te ver, tenho que ir.

- Ah, vai morar sozinho é?

- Não, vou morar com a Rose, minha namorada - isso foi um tapa na minha cara, e um soco na boca do estomago.

- Ah, legal, boa sorte.

- Obrigado. Ah Lena, no sabado a familia da Rose vai dar um jantar formal, eu espero que você vá.

- Vou ver com o Chuck.

- Quem é Chuck?

- Meu namorado.

- Você tem namorado desde quando Elena? - ele pareceu irritado, apenas ignorei.

- Damon, vou ver se consigo ir, não prometo nada, até sabado - Jenny e eu fomos para o meu quarto.

 Me joguei na cama, Jenny conectou o iPod dela no meu notebook e colocou Say (all i need) do One Republic, ficamos cantando e rindo o restante do dia, a noite o motorista da minha mãe levou  Jenny embora, eu tomei um banho, e fui dormir.

 Logo chegou sabado, passei o dia assistindo filmes de terror, o jantar seria as oito horas, agora são seis horas em ponto.

- Srta. Elena, porque ainda não foi se arrumar? - Amalia que era como uma mãe para mim veio me atormentar.

- Amalia, eu não quero ir nesse jantar.

- Srta. Elena, o Sr. Chuck e o Sr. Damon querem que você vá, e tenho certeza que sua mãe também quer.

- A opnião da Miranda é a que menos me importa.

- Srta. Elena, por favor vá se arrumar, sua mãe irá me matar se...

- Amalia, certo certo, eu vou. - levantei as mãos em sinal de rendição.

 Me levantei e fui para o meu banheiro, não demorei muito no banho, quando sai fui até meu closet, me lembrei de alguns vestidos que a Miranda comprou para esses tipos de ocasiões, haviam alguns vestidos ali, e fico pensando, Miranda devia estar com muita raiva de mim quando foi compra-los, um pior que o outro, nenhum a minha cara, mas por fim resolvi usar o que se parecia mais comigo,  ele era tomara que caia, na parte do peito bege, e na cintura como se fosse um cinto brilhante, e o restante todo preto, com a ajuda de Amalia o vesti, sequei meu cabelo e fiz algumas ondulações, coloquei meus acessórios, fiz uma maquiagem preta e branca, e calcei meu sapato de salto alto, pelo menos para isso a Miranda me conhece. Ouvi meu celular tocar, o atendi, era o Chuck.

- Oi.

- Elena, já estou te esperando aqui em baixo.

- Já estou descendo - desliguei.

- Como estou? - sorri olhando para Amalia.

- Linda, Srta. Elena, como sempre.

- Obrigada Amalia, até mais tarde - sorri pegando apenas meu celular e sai.

 Quando estava indo até o elevador vi Miranda e Giuseppe.

- Elena, filha, como você está linda - ela juntou as mãos e as levou ao peito.

- Obrigada Miranda.

- Elena, você está linda - Stefan disse todo empolgado me abraçando.

- Obrigada Tefinho - rimos. - Vou indo, Chuck está me esperando.

 Não dei tempo de ninguem falar nada, entrei no elevador e apertei o botão, logo a porta se fechou, em alguns minutos eu já estava na frente da limousine de Chuck, o motorista abriu a porta e me ajudou a entrar.

- Você está linda - Chuck me deu um selinho.

- Obrigada, olha só, um elogio vindo de Chuck Bass? isso é uma evolução - ele riu. - Guarda para mim - entreguei meu celular a ele.

- Elena, você está muito mal acostumada.

- Chuck, eu não vou usar aquelas bolças que mal cabem meu celular, me recuso.

- Tudo bem então.

 O motorista partiu e foi indo até o centro de Nova York, onde moram os pais da Rose, Chuck e eu fomos num silencio insuportavel. Assim que chegamos, me bateu uma vontade louca de correr até o Brooklyn e ficar assistindo filmes de terror e comendo pipoca com a Jenny, mas ao invez disso, tenho que estar aqui. Com a ajuda do motorista sai da limousine, a casa era enorme, toda branca e havia um grande jardim, caminhei pelos degrais, Chuck segurava minha mão, assim que passamos pela porta Damon apareceu com uma mulher magra, de cabelos castanhos e na altura do ombro, com um vestido azul céu de começo de noite, lindo.

- Elena, que bom que veio - Damon me abraçou forte.

- Eu vim porque o Chuck insistiu.

- Claro - ele sorriu - Prazer, Damon Salvatore.

- Chuck Bass - eles deram um aperto de mãos.

- Elena, essa é a Rose, Rose essa é a Elena.

- Olá Elena, ouvi muito sobre você.

- Eu também ouvi bastante sobre você - menti, a primeira vez que ouvi falar dela foi quando Damon me convidou para o jantar.

- Bom, se me derem licença - Rose saiu andando e deixou Damon.

- Chuck, vamos beber algo? - perguntei.

- Vamos sim Elena - ele sorriu e me deu o braço, saimos andando deixando Damon lá.

 Fomos até o bar, pedi um martini, e o garçom o colocou na minha frente, Chuck me entregou meu celular, tentei ligar para Jenny mas ela não atendeu, o celular do Chuck tocava de dois em dois minutos.

- Chuck, por favor vai atender essa droga.

- Certo, me desculpa - ele saiu andando.

 Fiquei lá sozinha por um tempo, até Damon se sentar ao meu lado.

- Você está muito linda Elena.

- Obrigada. - o melhor para mim é tratar ele assim, não quero sofrer de novo.

- Elena, você mudou tanto, está mais durona, mais forte por dentro, mais bonita mais...

- Mias? - perguntei.

- Gostosa - ele riu e eu também - desculpa.

- Sem problemas.

- Porque você mudou tanto assim?

- Damon, depois que você foi para Londres, eu fiquei sozinha, sem ninguem, minha mãe nunca se importou comigo, eu fiquei perdida por meses.

- Elena, me desculpa.

- Tudo bem, já passou, agora eu estou bem, mas essa é a nova Elena.

- Eu gosto da nova Elena. - ele sorriu, sorri também.

 Meu celular começou a tocar, era Jenny, atendi.

- Elena. - sua voz era desesperada.

- Jenny? o que foi? - falei preocupada.

- Elena, lembra aqueles comprimidos que eu comprei? o homem que me vendeu está cobrando agora, e eu não tenho dinheiro, ele está...

- Jenny calma, eu vou pegar o dinheiro e já estou indo, te encontro na sua casa - desliguei.

- Elena o que foi? - perguntou Damon.

- A Jenny está com problemas, Damon avisa o Chuck que eu tive que sair.

- Elena, eu vou com você.

- Não, só avisa o Chuck.

 Sai da casa e por sorte havia um taxi ali, entrei e falei para ele ir até um banco, ele me olhou com cara feia, depois do banco ele dirigiu até o Brooklyn, assim que cheguei vi Jenny sentada na calçada, paguei o taxi e sai do carro.