Recomeço escrita por Oraculo


Capítulo 9
Capítulo 9




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Capítulo 9

 

Leah POV

 

Caminhei até a porta o máximo que os sapatos assassinos permitiam.

 

- Que inferno você faz aqui? – perguntei olhando direto em seus olhos.

 

- Leah, que bom que te encontrei. Precisamos falar. – ele me disse.

 

- Senhorita, ele não pode entrar sem um convite. – disse o segurança.

 

- Não se preocupe, ele não vai entrar, pode jogá-lo na rua. – disse friamente sem olhar em sua cara. O segurança começou a empurrá-lo para fora.

 

- Leah, por favor! Só quero falar, temos que fazer isso cedo ou tarde! – ele gritou em minha direção. Inferno, ele tinha razão, cedo ou tarde teríamos que falar sobre o que ele me fez. Melhor agora que tenho a raiva à flor da pele.

 

- Espera. – disse para o segurança. – Eu vou sair.

 

- Certeza senhorita? – ele me perguntou preocupado.

 

- Aham. Não se preocupe. – respondi. Caminhei porta afora, mas não me afastei muito, ainda podia ver as pessoas dentro do salão. – Fala rápido, tenho que voltar para a festa. – olhei friamente para Sam.

 

- Leah... você está deslumbrante.

 

- Você disse o mesmo no dia do casamento. – respondi fria. – E ainda assim me deixou plantada.

 

- É por isso que eu vim... – começou a falar. – Queria te pedir desculpas... passaram quase 4 meses depois disso e não pude seguir com minha vida sem me desculpar e esclarecer tudo...

 

- Consciência pesada Sammy? – o cortei ironicamente. – Não sabia que tinha uma.

 

- Leah, por favor. Estou falando sério, isso tudo está me fazendo mal. – ele se defendeu. E eu senti meu sangue ferver.

 

- Te fazendo mal? – perguntei subindo o tom de voz. – Não posso imaginar o quão duro foi sua vida enquanto você comia a Emily no lugar onde seria a nossa lua de mel... Deve ter sido terrível. – continuei, a raiva só aumentando. – Você é um maldito mentiroso Sam Uley, só está aqui porque sua consciência está doendo. Disse que veio se desculpar, mas só está aqui para confirmar o quão destroçada estou pelo que você me fez, pois deixa eu te dizer uma coisinha. Eu estou muito bem, muito melhor que quando estava contigo.

 

- Leah não é isso, não estou aqui para te ver, bem, sim, mas só porque me preocupo com você. Emily está destroçada.

 

- Não me fala dessa vaga... – me interrompi, não queria baixar o nível (de novo) ainda que tinha todo um bom discurso preparado. – Emily tem menos consciência que você. A cachorra preparou minha despedida de solteira, me ajudou a preparar o casamento, olhando na minha cara todo esse tempo enquanto roubava meu noivo.

 

- Eu não estive com a Emily enquanto estava com você. Me dei conta do que sentia na noite anterior, não podia me casar com você sem te amar. Não era justo.

 

- E foi muito justo me dizer na frente dos convidados? No momento que o padre perguntava se me aceitava como esposa? Isso é justo?! – gritei. Minha raiva explodindo em todo o seu esplendor. – Pois me deixe te falar como devia ter sido, devia ter me dito ANTES, devia ter parado tudo antes que as coisas chegassem tão longe, devia ter sido homem Sam!

 

- Você não me escutava quando eu queria falar...

 

- Que? A culpa é minha? – gritei. – Seja homem e admita que é um grande covarde! – continuei gritando. – Você é um cínico, mas fez um grande favor ao me deixar. Teria cometido o maior erro da minha vida se tivéssemos nos casado. Eu quero um homem ao meu lado, não uma coisinha como você. – continuei, tinha um bolo preso na garganta, mas não derramei uma lágrima. Na sua frente eu não choraria, não lhe daria esse gostinho.

 

- Perdão Leah. – disse enquanto se aproximava, com claras intenções de me abraçar. Oh não, ele não vai fazer isso. Me inclinei para trás, juntei toda a minha força e minha mão golpeou o centro de sua bochecha esquerda. O golpe foi tão forte que Sam virou o rosto e eu reprimi o grito de dor. Minha mão ardia.

 

- Não se atreva a me tocar, não se atreva a falar comigo de novo, não chegue perto novamente. Você morreu no momento que me largou na igreja. Você não é nada Sam. Me deixe em paz.

 

Ele não disse nada, me olhou por segundos e finalmente se foi. Quando o perdi de vista girei nos calcanhares e observei a grande festa. Todos dançando e rindo. Eu não podia voltar.

 

Caminhei em direção ao meu quarto, mas caminhar não era suficiente para mim. Tirei os sapatos e comecei a correr, tinha que chegar ao meu quarto antes que as lágrimas e o sofrimento transbordassem e me afogassem.

 

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Notas finais do capítulo

N/T: Viu como eu sou boazinha? Dois capítulos no mesmo dia!



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