Os Jovens Mutantes escrita por Dafine Kerouac


Capítulo 4
A Agenda




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Eu folheei a agenda de Diana, estava cheia de contatos e comentários sobre cada um, parecia que ela já estava preparada para esse momento, queria deixar os irmãos preparados pra sobreviverem sozinhos. Levi recomeçara a chorar. 

- Temos inúmera opções, vocês conhecem bastante gente hein?

- Na verdade, dos nomes que você falou eu reconheço poucos, mas se a Di... se ela colocou aí é porque devem ser do bem.

Marquei contatos que eu achei que poderiam nos ajudar, ela anotou nome, endereço e poder.

*Marcelo- Rua Dalton, 342

32456789

Cirocinese e congelamento

*Dr. Alfredo- Rua Marie, 567

87676886

Superinteligência

*Mariana- Rua São Rafael, 430

34567890

Velocidade sobrehumana, neutraliza os sentidos das pessoas(tato e visão)

*Nessie- Rua Três corações, 760

56789342

Raios ópticos

*Angelina- Rua Baruel, 1022

32145679

Cura

Esses mutantes que citei são os que estão marcados como melhores amigos, e no tal Marcelo, havia até um coraçãozinho desenhado, devem ter sido namorados.

- Você conhece algum desses?

- Todos. Quem a gente procura primeiro?

- Acho que o tal Marcelo, não?

- É pode ser. Vou pra lá.

Levi encostou sua cabeça em meu colo, era triste, primeiro os pais, depois os irmãos, e agora Diana...

O endereço era de uma empresa, eu mentalizei no caminho, era uma boate, e no subterrâneo, uma casa noturna para mutantes, de todas as formas.

- É aqui? - Raul me perguntou

- É sim.

- Fica aí que eu vou verificar.

- Não, é melhor que eu vá, eu leio pensamentos. Posso agir melhor.

- Tudo bem, mas toma muito cuidado. Tá?

- Tá ok.

Tirei cuidadosamente a cabeça de Levi do meu colo e então abri a porta do carro com cuidado.

- Boa sorte.

Cheguei na porta da boate, não havia festa naquele dia, não na parte de cima. A porta de entrada era bem fechada, mas nada que eu não pudesse resolver com um pouco de esforço mental.

Alguns segundos e a porta abriu.

O salão estava totalmente escuro, Raul me observava apreensivo, já estávamos longe de casa, mas tudo se espera de doutor K. 

Acendi a luz, eu detesto escuro. Fui entrando até que encontrei um escritório, senti que a passagem para o subterrâneo era atrás de uma estante e então a removi e ali estava a porta para a festa mutante.

Havia um barulho horrível na parte debaixo da boate, havia pessoas, ou melhor, mutantes de todas as formas, fui observada atentamente por cada um, eu era desconhecida por todos, absolutamente todos. Fui até o balcão.

- Com licença, eu gostaria de falar com o Marcelo o carinha do gelo...

- Ei mocinha não é assim que a banda toca, não é qualquer pessoa que fala com o Marcelo, você precisa primeiro ser testada.

Era só o que me faltava. Ele fez sinal para o dj, que parou a música anunciou que eu iria lutar contra a Multi, uma garota mais ou menos da idade de Diana. Pelo nome ela iria fazer clones de si mesma isso eu já sabia, e sabia também que seria sim uma luta desleal.

A pista de dança ficou vazia, só eu e a tal da Multi. Então ela logo se multiplicou em mais de dez, o tipo de clone que ela fazia eram interindependentes cada um poderia dar um golpe diferente, o que me deixaria em desvantagem, todas elas partiram pra cima de mim eu dei um pulo me segurando no ar e passando para o outro lado. Uma delas puxou minha perna, cai no chão, e vieram todas pra cima de mim, consegui formar um escudo que as empurrava pra longe, atingi o alge dele e elas voaram pra longe e sumiram, deduzi que a que sobrou era a líder, a Multi e então lancei ondas pra imobilizá-la, um cara veio tentar me interromper lançando choques, com uma mão eu imobilizei Multi e com a outra eu me protegi dos choques.

- Alguém pode por favor chamar o Marcelo? Eu vim a mando da Diana. DIANA! - gritei o mais que pude.

 E então o carinha do choque parou de me atacar e um cara vestido socialmente, entrou na pista e olhou fixamente pra mim.

- Eu sou o Marcelo.

Parei de atacar Multi, mas não acreditei em suas palavras.

- Mentira você não é. - li seus pensamentos,

- Como sabe?

- Adivinha.

- Você lê pensamentos... Mentora... A25?

- Acho que sim.

- Vem comigo

Fui levada por um corredor estreito e longo até uma sala luxuosa onde havia um homem sentado em uma grande poltrona giratória de costas pra mim, ele se virou e então eu tive a certeza. Finalmente era Marcelo.


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