Lua de Mel, aquele momento sublime, a parte ficcional, o conto de fadas literal que um casal vive antes de voltar a rotina da vida real – que dessa vez passa a ser a dois.

Sigyn Narvik Odinson

Ou simplesmente Sigyn Odinson.

Ainda estou me acostumando com o meu nome de casada. Acordei naquela manhã com o cabelo revolto sob o meu rosto, firmemente abraçada por trás com o rosto de Loki enfiado em meu cangote, podia sentir a sua respiração lenta e quente contra minha pele. Era sempre assim, abraçadinho em mim.

Dei um sorrisinho e me aninhei ainda mais no travesseiro branco de penas de ganso. Era apenas o começo da lua de mel na tão bela e ensolarada região da Toscana. Havíamos chegado ontem no começo da tarde, aproveitamos para dar uma volta. A Toscana possui várias regiões, uma das principais, é a cidade de Florença, que era muito fluente na época dos artistas renascentistas, Loki ia me falando isso enquanto andávamos, ele gosta muito de usar seus dotes de CDF. A noite comemos num restaurante de comida típica da região. Alugamos uma casa típica da região, linda e muito parecida com as outras que ficavam ao lado tinha dois andares e suas janelas tinham venezianas marrons, haviam algumas mudadas flores enduradas próxima as janelas. Era meiga e romântica. Florença era linda.

*

– Pára! – Loki se protegia com as duas mãos, embora se mantivesse sério, a sua boca se curvava em meio sorriso, traindo-o.

– Não me diga que você é hidrofóbico também?

– Não é isso, mocinha... se eu fosse hidrofóbico não tomaria banho...

Sigyn girou o próprio corpo e voltou a encara-lo com olhar sapeca, ela usava um lindo modelo de maiô, pois nunca havia gostado de biquíni, por acreditar que a roupa de banho mostrava demais o corpo e a jovem nunca achou seu corpo lindo com o de outras mulheres tidas como gostosas. Ela era magra e alta, porem sua composição de silhueta era harmoniosa. A diferença entre ela e Loki eram meros 11cm de altura, e Loki tinha quase um metro noventa. Quem olhava dizia que eram dois magrelos esguios que se combinavam.

Sigyn nunca gostou da altura, hoje ela se considera uma sortuda por ter arrumado um homem alto, mais alto que ela.

A jovem usava um maiô que lembrava aquelas modelos de pin up, só que magra e alta, ele era azul, e no busto listrado de vermelho e branco com um laço amarrado no meio, embaixo era fechado e parecia uma mini saia só que bem mais curta o suficiente para tampar o bumbum. Loki pensava o quanto ela ficava graciosa nele. Ele usava uma camisa de algodão branca, uma bermuda bege clara e um par de chinelos em uma das mãos.

– O que foi? – a garota perguntou vendo que ele parecia tão concentrado em fita-la.

– Nada, é que você tá realmente parecendo aquelas pinturas de modelo pin-up.

– Pin- up? – a jovem riu – Só se for uma com pouca carne.

– Hum, e tantas mulheres querendo ser magras feito você.

– As pessoas normalmente nunca estão satisfeitas com o que tem – ela ficou próxima dele.

– A satisfação não faz parte da natureza humana.

– Viu só? Agora estamos filosofando.

– Isso prova que somos um casal inteligente.

Conversas rasas e melosas nunca foram o tipo do casal.

Loki e Sigyn continuaram andando pela praia admirando aquele céu azul intenso e mar de mesma cor. Se o paraíso existisse ele poderia se situar ali. Há quem diga que Paris é o lugar do romance, mas não a nada tão romântico com a Toscana. Pelo menos era a impressão que lugar dava a Sigyn que andava pensativa apoiada no ombro de Loki enquanto ele lhe segurava pela cintura com um de seus braços e outro segurando um par de chinelos.

O cenário dos dois passeando na praia era romântico, mas antes disso era hilário ver Sigyn, toda zelosa passando protetor solar no marido.

– Você é tão pálido que eu fico com temor só de imaginar você com aquela pele de frango frito avermelhada. Tem certeza que não quer ficar de short?

– Não, não tenho nada de interessante para expor, não que eu precise disso, mas prefiro ficar de blusa.

– Então vou pegar o bloqueador, vai que você fica com dois tons de pele.

– Mais creme? – ele se queixou.

Agora, voltando ao casal, ficaram um bom tempo caminhado, conversando trocando alguns beijos, até verem o pôr do sol, a noite resolveram comer uma pasta tradicional italiana. Ambos comeram tanto macarrão, que Sigyn achou que sairia obesa de lá.

– Minha nossa, mal consigo andar - ela olha para Loki surpresa – não está sentindo o peso da comida.

– Não, comi o suficiente, é que vocês tem um estomago menor que o nosso.

– Vai dizer isso pra Nanna, ela come mais que o Balder.

– Jura?

– Claro, ela mesma me contou.

– Se eu fosse a sua irmã tomaria cuidado.

– Hum, ela sempre foi assim... Nanna é magra de ruim.

– E tem bem menos seios que você – Loki falou como se fosse algo banal.

– O quê? Andou olhando os seios da minha irmã?

Ele riu matreiro.

– O quê? Dá pra notar na roupa.

Sigyn o fitou com reprovação.

– Isso foi antes de namorar com você... ah! Deixa de ser chata Sigyn! Eu era um virgem antes de ficar com você, mas não quer dizer que eu era morto, eu reparava em “certas coisas”, é coisa de homem, é normal.

A garota fez bico mas logo soltou uma com uma expressão vingativa.

– Eu já vi o Thor só de toalha.

– O quê?

Loki ficou enchendo Sigyn de perguntas, mas a garota falou que não tinha sido nada demais.

– Thor é um sem noção mesmo – Loki colocou a chave no criado mudo.

Por alguns segundos ele lembrou do irmão e seu dilema amoroso, mas mandou o assunto para longe de sua mente, depois encarou Sigyn soltava os cabelos que estavam presos num rabo de cavalo.

A garota tomou um susto quando sentiu uma mão aperta o lado esquerdo de seu quadril.

– Hum... tem um pouquinho de carne aqui, já é efeito da macarronada?

– Seu saliente – ela tentou se fazer de braba, mas estava rindo corada e depois se virou pra ele – não fique fazendo isso...

– Isso? – ele falou pegando agora em seu seio.

– O dois.

– Por quê? – agora ele ficava com rosto próximo dela.

– É indecente....

Ele fez o gesto de novo, mas de uma forma mais carinhosa deixando a jovem mais corada. Não adiantava, ela sempre ficaria daquele jeito.

– Por que começa assim? – seus lábios quase se encostavam.

– Sei lá, faz parte das preliminares.

O casal foi para a parte que interessava, beijar, fazer aquilo que os casais jovens fazem com frequência no auge da chama....