Armadilhas Do Amor escrita por Lady Mary


Capítulo 2
Roda de Amigos




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Finalmente chegamos na casa de meu pai. Entrei sem fazer cerimônia, dei um beijo no rosto de meu pai e subi para meu quarto. Meu pai tinha reformado. Havia uma cama de casal, uma escrivaninha de esquina, e um mural de fotos ainda vazio. Alguns dos meus antigos bichinhos de pelúcia estavam arrumados na cama sobre os travesseiros. Havia um criado-mudo ao lado da cama, com um abajur. Uma pequena poltrona, ao lado de um pequeno armário, onde ficavam meus livros. Sobre meu travesseiro havia um bilhete: "Seja Bem vinda, Luana!". Não era a letra de meu pai. "Rosa" pensei. Segurei o bilhete por alguns instantes, coloquei-o em uma gaveta da escrivaninha, e comecei a abrir minhas malas.

"Mãos a obra". Fui retirando primeiramente meus objetos pessoais que guardaria na suíte. Fui pegando aos poucos, escovas, cremes, etc, até que alguém bate na porta. Poderia ser meu pai, para falar sobre Rosa, ou poderia ser a própria Rosa, para me dizer Seja Bem Vinda! pela décima vez. Abri a porta e fiquei surpresa. Um garoto, talvez um pouco mais velho que eu, alto, era aparente que malhava, com cabelos rebeldes pretos e olhos azuis estava na minha frente. Não pude deixar de notar o quanto ele era lindo.

– Olá, maninha! - disse ele. "Maninha?" pensei. "Como assim maninha?". Percebi que era isso que meu pai ainda não tinha falado.

– Oi, desculpe mas você é?

– Ah, desculpe, eu sou o Leo, filho da Rosa. - disse, dando uma piscada. - Você é a Luana, né?

– Sim, eu mesma.

– Você é mais gata pessoalmente do que nas fotos.

– Obrigada, eu acho. Quer entrar?

– Claro! Eu vim me apresentar, gostaria de conhecer a garota que vai morar comigo. - ele deu uma risada. - Quantos anos você tem, mesmo?

– 16, e você?

– 17!

– Ah, você precisa de alguma coisa?

– Não, nada. Só queria conhece-la. - Terminou a frase com outra piscada. - Até logo.

Apesar de Leo ser incrivelmente lindo, eu não fui muito com a cara dele. Conheço esse tipo de garoto. Eles são incrivelmente bonitos, você é atraída por eles, eles te levam pra cama e pronto, já não serve mais. Eu realmente gostaria que Leo não fosse assim. Mas tudo indicava que era. Peguei minha toalha, um short jeans, uma regata e fui tomar um banho. Um banho era tudo o que eu precisava depois da longa viagem de Curitiba ao Rio de Janeiro. Guardei mais um pouco de minhas coisas e resolvi descer as escadas, ir no quintal, respirar um pouco.

Desci as escadas e peguei um copo de Coca na geladeira.

– Pega um pouco pra mim? - Era Leo.

– Claro. - Servi outro copo de Coca e levei até ele, que estava sentado no sofá assistindo MTV.

– Senta aí. - Ele disse, apontando para o lugar no sofá ao seu lado. Sentei-me ao lado dele e assisti com ele o programa na televisão.

– Vejo que já se conheceram, então! - Era meu pai, dessa vez com um terno novo.- Filha, esse é Leo, filho de Rosa. Eles vão morar conosco, certo? Agora eu tenho que ir, querida, vou trabalhar.

– Certo, pai. - Dei-lhe um beijo no rosto. - Até logo.

– Comportem-se, crianças! - Disse ele,saindo da casa. Rosa provavelmente estava dormindo no andar de cima. Meu pai tinha ido trabalhar. Eu estava sozinha com Leo, e formou-se um silêncio constrangedor.

– Eu vou lavar isso. - Eu disse, finalmente, tomando dele seu copo de Coca já vazio.

– Hmm... - Ele estava concentrado na TV. Resolvi ir até meu quarto, e terminar de arrumar minhas coisas, afinal, teria aula no dia seguinte.

Acordei cedo. Deixei meus cabelos soltos, vesti um short jeans, uma blusa, e meu bom e velho par de All Stars. Desci as escadas e vi Leo, apenas com a bermuda do pijama na cozinha, fazendo café. Uau.

– Bom dia, Leo.

– E aí, Lu. Bom dia. O Marcos já saiu para ir trabalhar e minha mãe também.

– Com o que sua mãe trabalha?

– Ela é esteticista.

– Ah. - Peguei uma barra de cereais light no armário, e me servi de uma xícara do café que Leo preparara. Estava bom.

– Nós vamos estudar na mesma escola. - Disse ele, puxando assunto. - Você ta no 3º ano né?

– Isso aí. A escola não tem uniforme, né? - Eu disse, com um pouco de medo que a resposta fosse sim. Uniformes sempre me deixaram ridícula. Leo deu uma risada.

– Não, não tem.

Tomamos o café da manhã e fomos para a escola. Chegando lá, Leo me puxou pelo cotovelo, dizendo:

– Vem cá, vou te apresentar pros meus amigos!

– Legal! - Fiquei empolgada com a ideia de não ficar totalmente perdida e sozinha no primeiro dia de aula.

Chegamos a uma rodinha e Leo me apresentou:

– Esse é o Rafa...

– E aí, seu nome é Luana né?

– Isso. - Dei um sorriso e Rafa me deu um abraço de urso.

– Seja bem vinda!

– Obrigada!

– Eu sou o Eduardo, pode me chamar de Dudu. - Cumprimentei-o, dando um abraço.

– Eu sou o Gabriel, bem vinda ao grupo. - Ele deu uma piscada e me abraçou. Era incrível como todos ali eram lindos. Chegaram então duas garotas, uma abraçando Dudu e a outra beijando os lábios de Gabriel.

– Monique, Camila, essa é a Luana. - disse Leo.

– Oi, Lu! Tudo bem? - As duas me cumprimentaram com um beijinho no rosto e logo me senti dentro do grupo. O sinal de início da aula bateu, e Camila me puxou para o lado, enquanto íamos para a sala.

– Você viu como o Rafa ficou babando por você?

– O que? Capaz, deve ter sido impressão sua.

– É sério! Né Nanny?

– O que? - perguntou Monique, se aproximando.

– Aquilo, do Rafa! - Disse Camila.

– Ah é! Ele ficou te olhando o tempo todo! (risos) Até a formiga que estava na árvore viu como ele ficou babando por você! (risos)

Depois da aula, fomos todos para o shopping, almoçar juntos. Sentamos em uma mesa, e conversamos. Foi ótimo, e depois do almoço resolvemos dar um volta. Nós nos separamos nos shopping, pois era muita gente pra entrar de loja em loja. Mila ficou com o Dudu, Nanny ficou com o Gabriel e eu fiquei com o Rafa e Leo. Foi Constrangedor. Acabei comprando um short novo, afinal, estava acostumada com o clima frio de Curitiba e não tinha muitas roupas de verão. Depois nos encontramos na saída do shopping, e de lá, nos despedimos.

– Ei Rafa! - Disse Leo, quando quase todos já tinham ido embora. - Quer passar a tarde lá em casa?

– Claro! - Rafa ficou empolgado, e fomos os três para casa.

Meu pai e minha madrasta trabalhando. Eu. Sozinha. Em casa. Com dois garotos lindos de 17 anos.


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Notas finais do capítulo

Pessoas, eu sei que ficou meio 'tédio' esse capítulo, desculpem, ok? Prometo que vai melhorando com o tempo! *u* Beeijo, e obrigada por lerem até aqui ;*



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