Blood Moon - A História da Loba Perdida escrita por LalaMarry


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Eu já sei, eu já sei, podem me tacar pedras ou o que for. >.
Sério gente, desculpe pela demora, mas vocês me perdoam né?!

Enfim, espero que gostem e obrigada a todos que estão acompanhando!

Boa Leitura.



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Não é que seja confuso

É fácil até demais

De perceber que na verdade

Há algo a mais...

“Maldito!” – Caroline abafava os gritos com o rosto empresado no travesseiro de penas.

Não conseguia dormir e parecia que havia tomado litros e litros de cafeína. Os olhos e ouvidos atentos, vendo e ouvindo tudo.

Rolou de uma ponta a outra da cama e se deixou cair no chão, ficando de barriga para cima e como que para se distrair, fitou o teto de madeira do quarto. De início lhe pareceu um tanto idiota aquela atitude, chegou a revirar os olhos por causa de tal comportamento, mas ao observá-lo por mais algum tempo notou que havia algo de estranho nele.

Marcas, riscos e arranhões enfeitavam o teto, nunca percebera antes, mas também nunca havia parado para ficar olhando-o.

Levantou-se sem perder as marcas e seguiu com os olhos até um dos cantos do quarto onde uma pequena, quase invisível, fechadura que abria uma porta para um tipo de quarto secreto ou alçapão.

O teto não era próximo ao chão e não havia uma escada ou algo para ela subir em cima que fosse alto o bastante, mas isso não foi problema. Deu uma leve espiada nas escadarias que davam para seu quarto para conferir de que não tinha ninguém por perto e depois voltou correndo até a parede, pegando impulso antes de pular sobre ela e “escalando-a” firmando suas unhas nela e por último ficando dependurada segurando uma espécie de puxador feito de corda na pequena e quase imperceptível porta.

Suspirou aliviada por ter conseguido logo de primeira e sem ser pega escalando uma parede como um animal escala uma árvore, aquilo só aumentaria os boatos de que havia coisas estranhas naquela região.

Quebrou a fechadura enferrujada com alguma dificuldade e se segurou firme quando a porta se abriu dando a impressão de que cairia junto com ela. Agora só precisava dar impulso e lançar-se para dentro.

Balançou as pernas ao mesmo tempo em que tentava ficar mais leve através do pensamento e temendo de acabar estirada no chão.

Lançou com o máximo de força que conseguiu e por sorte conseguiu agarrar a borda, entrou no que agora ela tinha certeza de que era um alçapão e fechou a portinha.

 O cômodo era escuro e empoeirado, típico de um alçapão, provavelmente largado há muitos anos pelo cheiro de mofo e vestígios de ratos.

Apesar de seu estado imundo era um lugar até bem organizado, com estantes enfileiradas e caixas empilhadas. A jovem aproximou-se de uma das antigas estantes e retirou o primeiro livro em que bateu os olhos.

O livro que pegara estava estranhamente comido nas pontas, como se algo andasse roendo ele. Pegou outro que estava num estado parecido e mais outro e mais outro, foi retirando todos os livros um por um. Todos continham anotações e desenhos estranhos e arrependeu-se internamente por não ter aprendido francês pela primeira vez.

-Que ótimo! Está tudo em francês! – murmurou para si mesma.

Acabou puxando com força um livro que estava emperrado, fazendo vários livros caírem juntos e um deles, com uma capa diferente, chamou-lhe a atenção.

Lembrava os livros de conto que sua mãe adotiva lia para ela quando estava viva, a capa era de couro com bordas douradas e, por incrível que pareça, não estava roído.

Ela passou a mão sobre ele retirando a poeira e sentiu o relevo das manchas de sangue que havia sobre ele. Diferente dos outros livros ele também estava escrito em uma língua diferente, nenhuma que já ouvira falar, mas por algum motivo conseguia entender.

Folheou o livro sem realmente lê-lo e parou sobre uma página que continha um desenho. Retratava uma floresta como outra qualquer, era escura e parecia que as árvores fechavam-se cada vez mais e bem no fundo da imagem havia algo bastante familiar...

Acordou do transe quando ouviu o baque surdo do livro que caíra de suas mãos acompanhadas de leves batidas na porta de seu quarto.

Pegou o livro e pulou para fora do quarto secreto caindo graciosamente agachada no chão e ficando ereta a tempo de a porta ser aberta.

-Querida Caroline, já está acordada? – disse o tutor com seu sorriso sem graça, mas que agora parecia menos forçado e mais amedrontador; uma ameaça disfarçada.

-Sim, senhor. – disfarçou escondendo o livro atrás de si.

-Então venha, quero te mostrar alguém. – saiu sem dar maiores explicações.

A garota escondeu o livro debaixo de seu travesseiro e logo depois o seguiu curiosa.

Enquanto descia as escadarias reconheceu um cheiro diferente na mansão, mas que ela sabia bem de quem era.

“O assassino está aqui...” – pensou olhando para os lados e tentando se livrar da fragrância do perfume de alguém que ela não conseguia identificar.

-Este é Nathaniel, ele irá tomar conta de você a partir de agora.

O homem que estava olhando atentamente para ela, sorriu como se fossem velhos amigos, não o considerava assim, talvez perseguidor encaixasse melhor...

Ou até quem sabe algo mais.


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Notas finais do capítulo

Pretendo botar alguma ação nessa história está muito parada
'-'
Mas por enquanto é só, vocês podem dar suas humildes opiniões do que estão achando ;)

Kissus