As Detetives Dimensionais escrita por MisuhoTita


Capítulo 41
Buscando Ajuda




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Enquanto corre de forma totalmente desesperada, sem nem saber ao certo para onde está indo, Rey se esforça para conter as lágrimas que estão se formando em seus olhos, pois, ela sabe muito bem que este não é o momento para chorar.

Muito pelo contrário, este é o momento em que ela precisa ser forte, para que assim ela consiga chegar até seus pais e, assim, consiga ficar em segurança.

Olha ao redor e tudo o que vê são árvores e mais árvores, sem qualquer sinal de civilização. Isto faz com que o medo novamente volta a tomar conta de si, ao mesmo tempo em que seu coração bate cada vez mais descompassado contra o seu peito.

Gostaria de saber onde está, pois, assim, seria muito mais fácil chegar até seus pais e finalmente estar em segurança, mas, a verdade é que não faz ideia de para onde ela precisa ir para chegar até eles, e, isto faz com que as coisas se tornem infinitamente mais complicadas.

Continua a correr com todas as suas forças e, enquanto corre, começa a sentir uma leve tontura, e, tem certeza de que isso é por conta da falta de alimentação e dos maus tratos que vem recebendo desde que fora sequestrada.

 

 

*****

 

 

No Centro das Dimensões do Tempo e Espaço, Shiro olha atentamente para o quadro de sua senhora. Em seu rosto, uma expressão de preocupação, principalmente por conta das notícias que as Detetives Dimensionais lhe trouxeram, pois, isto significa que, infelizmente, os seus piores temores se tornaram realidade.

Viu na expressão daquelas sete crianças o quanto estão preocupadas, principalmente Saori, que, sendo a mais intuitiva entre elas, deve ter percebido o significado de tudo o que ela ouviu dos Demônios Dimensionais. Porém, ele sabe que este não é o momento para fazer tais revelações a elas, e, por isso mesmo é que decidiu se manter calado.

Sabe que não demorará muito e, terá de fazer uma revelação aquelas quatro jovens. Porém, todo o tempo que conseguir ganhar, até para ter certeza de suas suspeitas, será muito mais do que essencial para o que está por vir.

Pressentimentos ruins tomam conta de seu coração. Pressentimentos que ele gostaria muito de poder mandar para longe, mas, infelizmente, ele não pode fazer isso. Sabe que tudo o que está se passando foi predestinado há muito tempo, e que o destino está apenas movendo as suas peças.

 

 

*****

 

 

Ela continua a correr, tropeça, caí, rala o seu joelho, se levanta e continua. A cada passo que dá, sente estar perdendo mais e mais o seu fôlego, tem medo de suas forças falharem e não conseguir mais prosseguir. Seu coração parece apertado contra o seu peito, enquanto continua a bater de forma acelerada contra o seu peito. Seu rosto inteiro está molhado de suor, que se misturam as suas lágrimas.

Continua por entre as árvores que simplesmente parecem não ter fim. Seu ritmo diminuindo mais e mais a cada passada. O medo não a deixa um minuto sequer.

Sua visão começa a se turvar e, é neste momento que ela vê, a alguns metros de distância, uma pequena clareira, com uma casa. Imediatamente, a jovem sente o seu coração dar um pulo, e, com as poucas forças que ainda possui, corre em direção aquela pequena casa, que ela tem esperanças de que pode vir a ser a sua salvação.

Com dificuldade, ela consegue chegar até a casa, e, ainda ofegante, dá várias batidas na porta seguidas. Não para um segundo de bater na porta, ansiedade e medo tomando conta de si.

Não demora muito e, uma senhora de meia idade atende a porta, e, se surpreende com a jovem à sua frente.

― Por favor, me ajuda...! – Rey fala de forma desesperada, sem conseguir conter as lágrimas que insistem em cair por seu rosto – Eu preciso de ajuda...!

― Entre. – fala a senhora.

Rey não perde tempo e, adentra a casa. A mulher fecha a porta no mesmo instante e, não deixa de encarar a menina a sua frente, se perguntando o que pode ter acontecido para ela estar neste estado.

― Você quer um pouco de água? – pergunta a senhora, tentando ajudar – O que posso fazer por você, filha?

― Telefone...! – a voz de Rey sai ofegante – Preciso de um telefone...! Eu preciso falar com os meus pais...!

― Claro. – responde a senhora – Ele está ali, pode usar o quanto você precisar.

A senhora aponta para uma mesinha de canto, ao lado de um sofá. Rey praticamente corre até o telefone e, com as mãos trêmulas, ela tira o telefone do gancho e começa a discar o número de sua casa.

O telefone começa a tocar e, Rey se sente cada vez mais nervosa. O primeiro toque e a ansiedade aumentam em seu coração. O segundo toque e, ela sente um alívio tremendo ao ouvir a voz do outro lado da linha:

― Alô.

― Papai...! – Rey fala, quase que de forma desesperada – Paizinho vem me buscar, por favor, antes que eles me encontrem...! Eu estou com medo...!

― Meu amor, onde você está?

― Eu...! Eu não sei...!

A jovem está pronta para dizer qualquer outra coisa, mas, é neste momento que alguém aperta o gancho do telefone, cortando a ligação, e, é no segundo seguinte que ela sente um soco em seu estômago e, é lançada para longe, batendo contra uma parede e machucando a cabeça.

Ela não tem tempo sequer de reagir, pois, é neste momento que um de seus sequestradores a segura com violência e começa a arrastá-la para fora da casa.

― Me solta...! – Rey tenta inutilmente reagir – Me solta...! Você não vai me levar...! Não vai...! Não vai...!

Enquanto esperneia inutilmente, Rey vê a senhora desmaiada no chão, com um ferimento na cabeça. O homem então dá outro forte soco no abdômen de Rey, tão forte que, ela acaba perdendo a consciência e, o homem a joga em suas costas, e, acompanhado de seus companheiros, deixa a casa em seguida.


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