Capítulo 8 – Desfazendo tratos

– Que sorrisos são esses? – perguntou a loira, os encarando. – Parem de sorrir e me contem logo de uma vez.

E assim, eles começaram a contar tudo. O que haviam planejado e como haviam pensado em cada detalhe.

– Mas espere, precisamos da ajuda de Bonnie. Sim, ela pode nos ajudar. – disse Caroline, sorrindo.

– Ótima ideia Car, Bonnie realmente pode nos ajudar. – disse Elena, concordando com a vampira.

– E enquanto vocês começam a fazer uma parte do plano, eu vou atrás do meu irmão. – disse Sam, saindo de casa logo em seguida.

[...]

– Como eu sabia que estava aqui? – perguntou o Winchester mais novo ao ver seu irmão no sentado ao bar, bebendo.

– É o Mystic Grill, eu sempre estou aqui. – disse Dean, sorrindo.

– Dean, o que houve entre você e Caroline?

O loiro abaixou a cabeça, enquanto sacudia de vagar negativamente. Levantou-a de novo e encarou seu irmão.

– Acho que não posso voltar para aquela casa. – disse.

– Ótimo, eu vou para um hotel com você. – disse Sam.

– Não, aquelas duas podem precisar de você. 

– Está bem, eu volto. Mas você precisa prometer que não fará nenhuma besteira e que conversará com Caroline. – pediu Sam.

– Prometo.

[...]

– Então como nós fazemos isso? – perguntou Elena.

– Chamamos? – respondeu Caroline, com outra pergunta.

– Ta, mas como? 

Já eram muitas perguntas para aquela pequena sala escura, até que a imagem de alguém apareceu atrás delas, fazendo com que as amigas se virassem.

– Ora, pelo visto não tem os Winchester por perto. – disse o demônio da encruzilhada.

– Bom, queríamos conversar com você. – disse Caroline.

– É, claro. Bom, ... – disse Elena, esperando que ela completasse com seu nome.

– Jhésica. – completou.

– Jhésica é um nome bonito. – disse Caroline, falando baixo.

– Caroline, se concentre. – disse Elena.

– Bom, Jhésica. – falava a loira. – Queremos fazer um pacto. 

– O que? Não! – disse Elena.

– Sim, Elena. É o certo. – falou a vampira.

– Ótimo, que tipo de trato? – perguntou Jhésica. – Só lembrando que você, Caroline, está morta. Então teríamos que colocar outra pessoa na linha de foto. – disse encarando Elena.

– Está bem. – disse Caroline.

– Caroline! – gritou Elena.

– Não, eu preciso fazer isso pelo Dean. – respondeu a loira. – O que você quer para desfazer o pacto do Dean? – perguntou à Jhésica.

– Nada. Dean já é esperado no inferno a muito tempo. 

– Então acho que só há uma coisa que podemos fazer. – disse Caroline, sorrindo para a Elena.

A morena acendeu a luz negra, mostrando o círculo que os prendia. Jhésica tentava sair, mas nada funcionava.

– Bom, parece que agora nós pegamos você. – disse Caroline, sorrindo.

[...]

A campainha tocou, fazendo com que Elena fosse correndo até a porta. E como o esperado, Bonnie havia chegado. A bruxa se assustou com o que via na sala, mas sabia muito bem do que se tratava.

– Como vou pegar o sangue dela? – perguntou a Bennett.

– Calma. – disse Caroline. – Elena, vá pegar. 

A morena na mesma hora foi até seu quarto, abriu a mala de Sam e trouxe para a sala, consigo, uma garrafa com água.

– O que é isso? – perguntou Bonnie.

– Água benta, vai nos ajudar muito a coletar o sangue da Jhésica. – disse Elena, sorrindo.

– Acham mesmo que vão conseguir? Ah, por favor. – disse Jhésica. – Vocês vão falhar e o Dean vai morrer assim que eu sair daqui. 

Caroline congelou, pensava várias vezes no que iria fazer se isso acontecesse. Mas a ideia ainda era fixa na sua cabeça. Ao menos ela ainda deveria tentar.

Pegou a garrafa da mão de Elena e jogou em Jhésica, fazendo que seus gritos ecoassem naquela pequena casa.

[...]

Sam ainda fazia companhia ao seu irmão no Mystic Grill, porém quando seu telefone começou a tocar, ele parou de conversar e foi direto atender. Não exitou nem por um minuto ao ler o telefone de Elena.

– Oi amor. – ele disse.

– Sam, é Caroline. – disse a loira do outro lado da linha.

– Ah, oi Car. Pensei que fosse a Elena, aconteceu alguma coisa? – perguntou, preocupado e chamou a atenção do seu irmão mais velho ao seu lado.

– Sim, aconteceu. – ela dizia, calma.

– Fala logo, você está me assustando.

– Calma, não precisa entrar em pânico. Nós conseguimos Sam, conseguimos! Estamos indo ao cemitério agora mesmo. Só peço um coisa...

– Caroline? – perguntou Sam. – Caroline! – gritou, logo percebeu que a ligação havia caído.

– O que aconteceu? – perguntou Dean, preocupado.

– Nada. – disse Sam, mandando mensagem para a cunhada.

"Está tudo bem? A ligação caiu, me responda!"

– Sam, o que aconteceu? – perguntou Dean.

– Não aconteceu nada, Dean. Eu já disse. – respondeu, sério.

– Olha, me diz logo o que a Caroline fez porque...

Sua fala foi interrompida pelo toque do celular de Sam, que abriu a mensagem da loira na mesma hora.

"Estamos bem, a ligação realmente caiu. Fomos pra Kansas, fazer a segunda parte do plano 

PS: NÃO ENTREM NA MINHA CASA. Bonnie está lá e não quero que Dean saiba o que fizemos."

– Elas estão bem. – disse Sam. – Garçom, outra cerveja por favor. – pediu.

[...]

Caroline e Elena chegaram ao cemitério quando o mesmo já estava fechado, foram caminhando até achar o túmulo de Jhésica. Quando finalmente acharam, olharam a foto. Sim, era ela.

– Fique olhando e vigiando. – disse para Elena, que confirmou com a cabeça.

A loira foi cavando até chegar ao caixão, o abriu e os recolheu, colocando-os dentro de um saco.

Pegou seu telefone dentro do bolso e ligou para Bonnie.

– Oi Caroline.

– Como está tudo por ai? – perguntou

– Normal, e ai?

– Vou fazer uma coisa e quero saber se vai ter reação, está bem? – perguntou.

– Está bem. Mas o que vai fazer?

Caroline pegou um esqueiro dentro do bolso de sua jaqueta e o acendeu em um dos ossos de Jhésica. 

Na casa, ela gritava, enquanto podia se sentir queimando por dentro.

– Bom, funcionou. – disse Bonnie, sorrindo.

A vampira sorriu também, apagou o fogo e olhou para a Elena, que comemorava também, com um sorriso.

As duas lutaram, e iriam finalmente conseguir o que queriam. Salvar Dean.