Apenas Amigos. escrita por Yang
Notas iniciais do capítulo
Está acabando! :'((((((((((((((((((((((((((
No sábado, após combinar secretamente com os amigos sobre o aniversário de Júlia, Gabriela despistou a garota e foi providenciar um bolo. Lembrou-se que devia comprar um bom presente também e pediu ajuda de Lucas, que melhor que ela sabia do que a garota gostava.
- Ah maninho, você sabe sim! Vocês viviam grudados. – resmungou Gabriela para Lucas que não sabia como ajudá-la.
- Eu realmente não sei do que ela gosta! – exclamou ele.
- Sabe sim! Eu sempre via você emprestando livros para ela e coisas do tipo. Anda, me responde vai. – choramingava ela.
- Eu emprestava apenas, mas ela era muito fechada comigo, não sei te responder do que ela gosta. Ela gosta de ler, mas não sei ao certo que tipo de livro.
- Ah, você tá é me enganando. – comentou ela. – Tudo bem, deixa que eu me viro.
Ela seguiu para o apartamento de Apolo para desesperadamente pedir ajuda. Ao chegar no corredor do prédio, viu Apolo saindo.
- Apolo! – gritou ela.
Ele virou-se instantaneamente e deu um sorriso meio desconfiado, do tipo que não sabe o que está acontecendo, mas sorri para não se constranger.
- Olá. – disse ele timidamente.
- Preciso de ajuda para comprar um presente pra Júlia. – disse ela.
- Eu estava indo ao shopping justamente pra fazer isso.
- Jura? Ai que bom. Então vamos lá, você me diz do que Ela gosta pra eu ter uma base.
- Claro, vamos.
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#Shopping da barra, tarde de 19 de novembro#.
- Eu estava pensando em comprar uns CDs e DVDs. O que acha? – perguntou Gabriela enquanto os dois caminhavam pelo shopping conferindo possíveis presentes.
- Dependendo dos CDs e DVDs... – respondeu ele.
- Porque? Ela gosta exatamente do que? – indagou Gabriela quase desesperada.
- Bom, ela é muito fã de filmes dramáticos.
- Ah, então já sei por que ela é desse jeito! – Gabriela riu e Apolo acompanhou porque de certa forma ela tinha razão.
- Gosta de filmes sobre guerra também. E odeia filmes melosos. – continuou ele.
- Hum, isso já ajuda bastante. E música? – perguntou ela novamente.
- Ela ama legião urbana. E gosta de Kings of Leon também. – respondeu ele.
- Acho que já sei o que vou comprar. – comentou Gabriela enquanto os dois paravam em frente a uma loja de música.
Gabi comprou uma coleção de DVDs de Kings Of Leon. E dois CDs da legião urbana. Pediu o melhor embrulho para presentes da loja.
Enquanto isso, Apolo ainda estava indeciso sobre o que comprar para ela. Não queria dar DVDs ou CDs porque Gabi já iria lhe dar. Passou por uma livraria e comprou dois livros que sabia que ela leria com o maior prazer. Comprou-lhe também um colar simples, com uma pequena estrela. E antes de encerrar os presentes, comprou um pequeno ursinho pois sabia como ela tinha um lado criança que se revelava quando ela via algo fofo como ursos de pelúcia.
- Que coisa fofa Apolo! – comentou Gabriela encantada.
- É, ela gosta. – disse ele timidamente.
- Então, hoje às nove horas da noite, esteja lá em casa. Vou levá-la a uma cantina e depois a levo para a festa.
Ele assentiu, e ambos foram para diferentes caminhos.
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- Ju? Estou te esperando aqui na lanchonete, venha logo! – disse Gabriela ao telefone.
- Tá bom.
O plano era simples: ela convenceria Júlia a ir à lanchonete. Ficariam por vinte minutos, apenas enrolando, e depois iriam para casa onde todos estariam esperando pela aniversariante.
- Oi minha linda! – disse Júlia ao ver Gabriela sentada na mesa da lanchonete.
- Oi! Parabéns tá sua feia! – exclamou ela em tom de brincadeira.
- E então, já pediu alguma coisa? – perguntou a garota ao sentar à mesa.
- Não, estava esperando você chegar. Você pede.
- Na verdade estou sem apetite. Só vim porque não queria te deixar sozinha aqui.
- Sem apetite porque?
- Por nada. – o rosto de Júlia foi invadido por uma expressão triste e vaga. – Nada. – repetiu.
- Ah, diz logo! – repreendeu a amiga.
Júlia hesitou ao falar. Ficou em silêncio por um tempo pensando se seria estupidez dizer o motivo de sua tristeza.
- Apolo não se lembrou do meu aniversário. Não me ligou nem mandou mensagem. Nada. – ela abaixou a cabeça e engoliu o choro que parecia querer chegar.
Gabriela controlou-se para não contar a verdade. Mas ver a amiga naquele estado lhe partia o coração.
- Talvez ele esteja ocupado. – sugeriu a amiga.
- Ele nunca esqueceu. Ano passado ele cantou uma música pra mim e foi muito bonito. – ela sorriu ao lembrar-se.
- Eu imagino... – Gabriela olhou para o relógio e viu que pela hora as duas já podiam voltar para casa. – Mas se você não tá com fome, a gente pede uma pizza lá em casa, que tal?
- Eu acho melhor. – respondeu a garota.
- Então vamos.
As duas saíram da lanchonete e voltaram para casa.
Enquanto isso Apolo arrumava-se em seu apartamento. Antes de sair passou pelo quarto de Júlia onde viu as coisas dela em ordem. Alguns livros ainda estavam ali. A cama alinhada, desde a última noite dela, há quase duas semanas. Respirou fundo e sentiu-se tão sozinho como jamais se sentira antes. O riso dela o perseguia todos os dias. A voz da garota resmungando sobre algo errado que ele tenha feito. Parou de observar os detalhes quando percebeu que estava um pouco atrasado.
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Júlia começou a perceber o nervosismo da amiga assim que se aproximavam de casa.
- Vocês tá estranha... – comentou ela.
- EU? – indagou Gabi eufórica. – Estou normal...
Ao abrir a porta de casa, Gabi entrou antes de Júlia. Ligou as luzes e os amigos presentes gritaram “SURPRESA” em uma sincronia perfeita. E houve gritos de Júlia, de felicidade e susto. E risos dos convidados, pela graça da risada dela ao perceber que havia sido enganada.
- Vocês realmente conseguiram! – disse ela.
Gabriela mostrou a ela o lindo bolo que havia comprado. E os amigos da faculdade encheram a casa de balões coloridos.
- Isso aqui está lindo! – comentou júlia emocionada. – Muito obrigada.
- Vamos cantar logo os parabéns! – exclamou a mãe de Gabriela.
Gabi percebeu que Apolo ainda não tinha chegado. Ligou discretamente para ele.
- Aonde você tá? – perguntou ela.
- Estou bem próximo!
- Nós já vamos cantar os parabéns.
- Esperem um pouco, estou a dez minutos daí.
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Os amigos convidados fizeram uma roda ao redor da mesa. Acenderam as velas de número 19 e começaram a cantar, sem a presença de Apolo.
- Parabéns pra você! Nessa data querida. Muitas felicidades, muitos anos de vida! (2x). – cantavam eles.
- Assopre as velas e faça um pedido Ju! – gritou Gabi.
Ela fechou os olhos e soprou as velas enquanto pensava em Apolo, e como golpe do destino, no momento em que as velas iam se apagando lentamente, ele surgiu na porta, segurando os presentes da garota. Ele a olhou e ambos sorriram. E foi inevitável esconder naquele momento para todos que existia, de alguma forma, uma ligação entre eles maior que a amizade.
Apolo aproximou-se de Júlia. A abraçou e sussurrou quase que inaudível para qualquer outra pessoa:
- Feliz aniversário minha garotinha.
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