Ao Avesso escrita por Mei


Capítulo 1
Reformatório?


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiii lindezas

espero que gostem, esse cap é meio chatinho por ser o 1º e tal,explicando e tal, mas espero que curtam.

:3



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P.O.V Oliver

Olhei a porta vindo em minha direção rapidamente e se fechando em minha cara, rolei meus olhos enfurecidos pela porta e tirei o liquido verde que escorria pelo meu rosto e li uma placa na porta com letras garrafais a palavra “Detenção”, olhei pro lado e vi uma garotinha pequena de olhos azuis e cabelos repicados louros e roupas de menino coberta pelo mesmo liquido verde que eu, a Maggie, ela sorriu de lado e deu de ombros tive vontade de esfaqueá-la, e isso é o que dá nos deixar como dupla na aula de química, sempre acaba em explosão, gritos e brigas. Alias isso é o que mais acontece desde que Margareth Cooper entrou na minha vida e virou tudo ao avesso.

Maggie é o tipo de garota que não liga sobre o que pensam ou falam dela, age por impulso e se veste com um menino, as vezes até acho que ela nem tem um cérebro, tudo pra ela é rapidamente resolvido em pancadaria, é uma garota difícil de se lidar e sua personalidade é irritante por isso é por outros motivos é chamada de "esquisita", ela é exatamente o tipo de garota que eu mais odeio.

E é eu a odeio, mas isso não é de hoje...

# 3 semanas atrás, Yale High School, Beverly Hills.

Cara, como essas aulas podem ficar cada vez mais entediantes? Será que os professores ganham comissão por cada minuto de tédio a mais ou será que...

– Turma, essa é nossa nova aluna Margareth Cooper, ela veio da Inglaterra, então a tratem bem... – O professor velho e entediante Sr. Collins disse e olhei a pequena “garota” ao seu lado, ela tinha cabelo loiro com mechas lilas e todo repicado e bem bagunçado e embolado (há quanto tempo será que ela não penteia e lava aquele cabelo seboso?) que caía até metade de suas costas e uma franja mal cortada ficava sobre seus olhos, que alias, eram azuis acinzentados e maquiavélicos com delineador preto e sua boca fina e rosada, ela usava uma calça preta toda rasgada, uma camiseta cinza larga com desenhos de caveiras e um all star batido.

Ou seja: Estilo mendiga.

– Maggie – Ela resmungou serrando os olhos carrancuda, e nós olhando ameaçadoramente foi em andando como um garoto em direção a um lugar vago perto de mim e jogou a mochila preta no chão e se largou na cadeira, todos a olhavam com curiosidade e até medo – O que foi? Perderam algo aqui? – Disse com sotaque britânico, ela estava bem irritada e todos que a olhavam voltaram à atenção ao professor que já explicava a matéria.

Eu acho que todos devem ter medo que ela seja da máfia, mas sua estatura tão pequena tá mais pra anã...

Espera... Desde quando é permitida a entrada duendes e anões na escola? Brincadeira...

– Depois é chamada de menina-macho e não sabe por quê... – Ashley, minha “amiga” rindo e todos que estavam envolta riram, eu acabei gargalhando, mas por causa do meu pensamento anterior a garota apenas me fuzilou com os olhos.

(...)

O intervalo chegou e eu fui até o refeitório abraçado a Ashley que usava roupas curtas de líder de torcida.

Não consegui conter meus pensamentos pervertidos.

– Hey Oli, vou me sentar ali, ok? – Ashley disse mostrando a mesa dos populares com sua voz enjoativa e mordeu o lábio tentando me provocar.

– Hum, ok, já vou lá – Disse e dei um sorriso malicioso e ela saiu rebolando em direção ao povo.

Fui em direção à comida, peguei uma bandeja e coloquei aquela comida gordurosa na mesma peguei um suco de uva, dei uma piscadinha pra garota bonita ao me lado e me virei de supetão e “puft” caiu todo minha comida em alguém que bateu em mim, olhei pra esse alguém e era a aluna nova esfarrapada e ranheta.

– Foi mal – Disse e fiz uma careta.

– Não tem problema – Ela sorriu irônica e olhou sua camiseta coberta de suco e manchas hambúrguer, senti um medo instintivo, também pela cara dela qualquer ficaria com medo, não sei por que, talvez porque uma com cara de doida esta sorrindo de forma psicopata pra mim... – Mas você já ouviu aquela lei que diz que toda ação merece uma reação? Pois então... – Ela disse e pegou seu hambúrguer e tacou na minha cara que ficou toda lambuzada e logo depois senti um liquido descer pelo meu rosto, ela havia jogado suco em mim também, senti meu sangue ferver, minhas mãos se cerraram e ficaram tremulas, poderia matar aquele demônio loiro que me olhava com um sorriso vitorioso no rosto se algum babaca não se começa uma guerra gordurosa de comida eu teria a matado.

– GUERRA DE COMIDAAAAAAAAAAAA! – Alguém gritou.

Merda... Mil e uma vezes... MERDA!

E aquilo virou uma bagunça total, era hambúrguer voando pra todo lado, gritos, e sucos dificultavam minha fuga e me faziam escorregar a todo instante, estava me sentindo num campo de guerra em que a munição era comida, de longe vi a porta de saída e tentei ir até lá, mas acabei escorregando e bati contra alguém de estatura baixa no qual me segurei e acabei deslizando e só vi o chão na minha frente imundo, é eu acabei caindo e levando o ser junto.

– MAS QUE BADERNA TODA É ESSA? – Reconheci a voz do diretor e toda a gritaria parou e todos ficaram parados como estatuas.

Olhei rapidamente pra pessoa que eu havia caído em cima e adivinhem? Era “Maggie”

O destino me adora... Só que não.

P.O.V Maggie

Sabe aquele tipo de garoto que você vê e já o odeia? É, como ódio a primeira vista, ou sei lá. Sabe aquele tipo de garoto que é sempre o mais bem vestido, descolado, popular, que tem o melhor sorriso e que mesmo estranho é o mais bonito? Sabe aquele tipo de garoto que é totalmente o oposto de você e acaba te intrigando? Pois é esse é tipo errado de garoto, e no meu caso, esse garoto é o Oliver.

– DETENÇÃO PRA SRTA. COOPER E O SR. SPROUSE! – O diretor disse enquanto nos levantávamos do chão e nos colocávamos de pé e no mínimo umas 15 pessoas nos apontavam como causadores daquela confusão gordurosa.

– Merda – Resmunguei brava e segui o diretor careca que me guiava até a detenção e o patife idiota que começou toda essa confusão nos seguia também.

Entrei na sala da detenção e me sentei em um lugar vago, olhei em volta e o diretor falava com uma velha gorda de óculos que supervisionava a sala, rolei meus olhos pela sala mais uma vez e vi que no quadro letras grandes diziam: Proibido comer, falar, dormir e respirar... Mentira não estava escrito “respirar”, mas era quase isso, quase uma ditadura.

O garoto do refeitório se sentou ao meu lado quieto e nem olhou na minha direção, nem eu na dele, já o detestei por instinto quando o vi, imagina agora que no meu primeiro dia numa escola nova acabei na detenção.

Não que isso não seja normal pra mim, mas eu estava tentando mudar as coisas.

Fiquei vegetando ali por um bom tem tempo ouvindo o completo silencio daquele lugar, sendo que a sala estava cheia. Senti alguém me cutucar e mecanicamente virei minha cabeça na direção do garoto de cabelos castanhos meio claros/avermelhados bagunçados, olhos castanhos esverdeados e lábios finos e com umas 2 pequenas tatuagens no braço, ele me entregou um papelzinho, deu um sorriso mostrando covinhas que pareciam debochar de mim, mas eu idiotamente aceitei, e ele voltou a olhar pra frente, abri o papel e dizia “Meu nome é Oliver Sprouse :D”, sim ele havia feito uma carinha feliz no papel... Eu já disse que odeio carinhas felizes? Pois é, eu odeio.

Gente feliz, carinhas felizes, cidades encaloradas com gente mais vermelhas que camarão, é eu odeio tudo isso.

Parabéns mundo! Eu odeio você...

Mas voltando ao assunto... Que idiota, babaca, retardado... Porque diabos eu ia querer saber o nome dele? E pior, eu já sabia o nome dele por que na aula, enquanto eu era o novo ser et-esquisito, ele era o centro das atenções em que a cada segundo se ouvi "Oliver é lindo" "O Oliver me seduz" "Oliver isso, Oliver aquilo".

Isso me deixou irritada...

– E EU COM ISSO IDIOTA? – Gritei com ele, sim eu estava muito irritada com aquele estrupício que queria me assassinar esmagando meus miolos no chão do refeitório... Alias quem diabos quer morrer na escola? Já é o inferno ter que ir a mesma...

– Vai ficar mais 10 minutos Srta. Cooper - A velhota verruguenta disse ajeitando os óculos, mas que desgraçada!

– Mas porqu...? – Nem terminei a frase indignada e ela me cortou.

– Mais 10 minutos – Ela disse folheando um livro, que vaca.

– Mas... – Ia argumentar, mas ela me cortou novamente.

Vaca!

– Quer ficar meia hora? – Ela disse já irritada e eu revirei os olhos e bufei e dei uma olhada ameaçadora a “Oliver” que segurava o riso... Minha vontade agora era dar pauladas naquele rostinho perfeitinho e irritante...

(...)

Fui pra “casa” a pé e pensando como a vida é injusta e eu tive que sair da minha amada Londres pra vir morar em Beverly Hills, (mais conhecida por mim como: cidade dos cidadãos camarão!) tive que abandonar meu pai e meus queridos amigos (mentira eu odiava todo mundo lá, inclusive meu querido pai, ah oi ironia) e vir morar em um trailer rosa com a minha mãe hippie anormal... É isso mesmo que você leu, há uma semana eu moro em um trailer rosa... E eu já disse o quanto odeio rosa? É eu realmente detesto rosa.

– Mas que inferno! – Praguejei a porta do trailer que estava emperrada como de costume, dei alguns passos pra trás, tirei a franja do rosto, respirei fundo e corri a toda velocidade em direção ao trailer e dei uma voadora na porta daquela geringonça velha, e acredita que ela não abriu? – A TA DE SACANAGEM COM A MINHA CARA NÉ? – Gritei irritada e bati o pé no chão.

– Calma filhinha, seu carma esta péssimo, se acalme, com raiva você não consegue... – Minha mãe brotou ao meu lado com seus cabelos castanhos soltos e um vestido longo colorido e com flores ridículas, ela foi até a porta deu dois tapinhas na mesma e ela se abriu... CARA ATÉ A MERDA DA PORTA ME DETESTA!

– Mãe você é bizarra – Comentei entrando no trailer troll e me jogando no pequeno e apertado sofá que havia ali.

– Porque todo esse desperdício de comida em sua camiseta querida? É alguma nova moda? – Minha mãe disse com sua voz tão calma e devagar que dava até sono... Minha mãe não é nada normal.

– Um idiota derrubou seu lanche em mim – Disse e bufei me lembrando do carinha lá, como era mesmo o nome do demônio? Otávio? Não não. Olavo? Não...Era Oli...ver, é esse o nome Oliver, Oliver Sprouse, agora que eu me lembrei seu nome já posso exorcizar o demônio e manda-lo pros quintos dos infernos e... Ok, parei de viajar.

– Mãe, não posso morar o resto da minha vida podre num trailer! – Dramatizei enquanto ela me entregava um hambúrguer (não aguento mais comer isso, mentira eu amo qualquer tipo de coisa que der pra mastigar, engolir, digerir e defecar... que nojento) e uma latinha de coca-cola.

– E não vai, hoje mesmo vamos morar em uma suuuuper casa! – Ela disse calma e quase demonstrou alguma emoção.

Ah, essa piada é boa, conta outra agora mãe...

– A claro, com que grana você descolou essa “super casa”, não assaltou a loja de bebidas de novo né mãe? E desde quando você come carne não é vegetariana? – Disse vendo ela mastigar seu hambúrguer.

– Mas é claro que não, e aquilo da loja de bebidas foi um mal entendido, e a casa é totalmente legal, é surpresa a você! – Ela disse calma e tomou um gole de seu refrigerante - E dês de quando hippies são obrigadas a ser vegetarianas? Sou moderna ué! – Minha mãe não é normal... Nem eu... Está no sangue não é mesmo?

Tão moderna ela que a segundos atrás acho que o lanche da escola em minha blusa era uma "nova moda".

Horas depois, eu e minha mãe chegamos em frente a uma casa enorme cheia e vidros e bem clara, era realmente uma super casa.

– Mãe tem certeza que não estamos invadindo? – Disse enquanto íamos em direção à porta de entrada, peguei um salgadinho e levei até minha boca, adoro porcarias.

– Claro que tenho, agora fique quieta e ande – Ela disse e eu arqueei as sobrancelhas, aquilo estava me assustando, de onde minha mãe arranjou aquela casa? Será que ela deu um golpe do baú sem meu consentimento e ajuda? E pior, porque ela esta tão arrumada hoje? ESTOU COM MEDO!

Ela ajeitou o cabelo e tocou a campainha enquanto eu comia meu salgadinho.

Será que dá tempo de eu correr? Acho que não... Mas não custa tentar.

– Oh, vocês chegaram! – Um cara de uns 30 e poucos anos atendeu a porta, e ele vestia um terno.

– Ah ah, a minha mãe maluca se enganou de casa, desculpe o incomodar, bye – Disse puxando minha mãe pra sair dali, estávamos invadindo sim.

E sim eu estava sem graça.

– Não, não, não! É aqui mesmo, entrem! – Ele disse sorrindo de orelha a orelha e pegou minha mãe pela mão e a puxou pra dentro, meio confusa eu os segui.

Entrei na casa que era chique e bem decorada e fiquei comendo enquanto o cara conversava com minha mãe.

– Hum, posso usar o banheiro? – Disse, pois estava apertada.

– Claro que pode a casa é sua, é a ultima porta a esquerda lá em cima – O cara estranhamente gentil disse e eu fiz uma cara confusa, pisquei varias vezes, joguei minha mochila nas costas e fui até a escada, eu é que não ia deixar minhas coisas lá, vai saber que tipo de gente mora aqui (olha só quem fala, mas ok).

Subi a escada vagarosamente e ao chegar até o corredor com varias portas vi um garoto alto se aproximando do fim do corredor ele vestia um moletom preto, calça apertada escura, tênis cinza e um boné tinha tatuagens no braço, (pude ver porque as mangas da blusa estavam erguidas) mas não via seu rosto, então agi como se fosse do pedaço, ajeitei meu cabelo embaixo da toca e tomei pose de machona, e caminhei em direção do garoto, mas quando ele virou seu rosto em minha direção pude enxergar seu rosto, quase tive um enfarte, parei de andar na hora.

– OLIVER? – Perguntei horrorizada e ele me olhou da mesma forma, só que depois deu um sorriso malicioso.

Cadê as laminas para mim poder cortar meus pulsos? Socorro!

P.O.V Oliver

– COMO ASSIM CASAMENTO? – Eu e “Maggie” gritamos ao mesmo tempo.

– É eu e Brooke vamos nos casar! – Meu pai, Bruce, disse abraçando a hippie maluca.

– Mas... – Ia argumentar, mas meu pai me cortou.

– Mas nada Oliver, já esta decidido, e vamos contar os detalhes daqui a pouco quando a Vovó Dolores voltar do jogo de strip pôquer – Meu pai disse sorridente e eu revirei os olhos, e não acredito que minha avó ainda frequenta esse tipo de lugar, aquela velhota maluca não tem jeito, quer sempre um “novinho” diferente...

Acabei com meus devaneios e encarei os olhos azuis eletrizantes de Maggie que me lançaram um olhar meio desesperado e mortal, quis rir, mas não to afim de arrumar encrenca já, eu ein é capaz do meu pai me deixar de castigo e sem skate se eu zoar a pirralha.

Conheço bem o velho...

– Espera, espera... Isso quer dizer que nós vamos tem que morar todos juntos? Na mesma casa? Sob o mesmo teto? Respirando o mesmo ar? – Maggie disse raivosa, e meu pai assentiu e segurou a mão de Brooke e sorriu, meloso, muito meloso – AH EU ME RECUSO! - Gritou a maluca problemática - TODO MUNDO ENLOUQUECEU? PREFIRO VOLTAR PRO REFORMATÓRIO! – Ela gritou perdeu a paciência e levantando irritada.

ESPERA AÍ! REFORMATÓRIO? Essa garota não é muito normal, mas o que eu posso falar? Eu também não sou...


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Notas finais do capítulo

Imagino o Oliver assim:
http://data.whicdn.com/images/23612124/tumblr_lzqf87HvhP1r7tspdo1_500_large.jpg
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até mais ♥