O Começo De Uma Era 2 escrita por Moça aleatoria, Undertaker


Capítulo 46
Capítulo 46


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, eu tenho que avisar que calculei mal o tempo da viagem em que fui com a escola por que esqueci de contar as horas de viagem, que são 8 (bem, seriam 8 se o motorista do ônibus nao tivesse se perdido 3 vezes, duas na ida e uma na volta). Cheguei ontem pela madrugada e vi uma reocmendacao super fofa e incrivel de Lara Mellark, entao resolvi postar um pouco mais rápido! Obigada mesmo! Uma incrivel surpresa de volta pra casa!
Eu me surpreendi de ter conseguido ficar tantos dias sem internet e sem fanfiction, já que nem sinal tinha no acampamento! Mas eu sobrevivi e cá estou eu!
Sobre os personagens, dois dos tres que faltavam foram acertados por uma unica pessoa, Mah Cipriano OShea Mellark, que acertou os mais dificeis (na minha opiniao). Esses são: Ruby- Supernatural ou sobrenatural em portugues, a serie de tv que acabaou com a minha vida no fim da ultima temporada, mas diga-se de passagem. E Tally- Feios.
O último personagem foi James, o unico que nao foi adivinhado e que vou revelar já que ele não aparece mais, eu achava que fosse o mais fácil mas eu utilizei o seu nome em inglês, no original, que eu prefiro. James era de Harry Potter, nome completo do personagem era James Potter, conhecido em Portugues como Tiago Potter, o pai de Harry.
O capítulo é meio pequeno... mas, bem, boa leitura gente!



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Quando meus pés tocaram o solo tive que flexionar os joelhos afim de não sofrer qualquer torção. Mesmo o local não sendo assim tão profundo, eu devia ter previsto que uma queda mal calculada poderia ter me custado um tornozelo quebrado, felizmente, não foi o que aconteceu. Contudo, com uma leve derrapagem o que me segurou foi a parede atrás de mim.

-Kat, você está bem? –a voz de Peeta, como sempre preocupada perguntou acima.

-Estou bem. –minha voz ecoou, o som da minha respiração alta que saia pela boca era o único som do ambiente. –Estou bem. –eu repeti, dessa vez mas para admirar o ressoar de minha voz no efeito interessante do local.

Liguei a lanterna e apontei para os lados, afim de ter uma dimensão de onde me encontrava. O local em si era grande, um enorme e largo corredor. Eu estava em uma passarela nem tão grande assim, de aproximadamente 2 metros de largura. Logo a baixo havia uma abertura no chão um pouco mais funda, onde um dia devia ficar a agua e o esgoto da cidade agora estavam vazias.

Não era um odor húmido e nojento que eu esperava sentir, mas sim, seco e empoeirado, como se entrasse em uma velha casa inutilizada, porém, devidamente organizada pelo último morador, a décadas e décadas atrás.

Olho melhor para o vão e penso que se tivesse saltado com um pouco mais de impulso para trás eu poderia tê-lo atingido, caído dentro. Não seria um problema sair dele, já que eu podia ver algumas escadas –provavelmente de emergência- em suas laterais. O verdadeiro problema seria o pouso, eu provavelmente perderia o equilíbrio e quebraria um ou dois ossos, no mínimo.

Contorço o rosto em uma careta. Viro a cabeça e a lanterna para cima.

-Podem descer, apenas venham apoiados na parede para não darem impulso para a direita. –eu aviso. –tem um vão entre a passarela onde estou, eu acho... Bem, vejam vocês mesmos.

Um por um, todos eles foram descendo enquanto espremiam seus corpos, uns com mais facilidade do que outros, mas, por fim, todos estavam lá. Quando o ultimo corpo –o de Tally –pousou com extrema leveza no solo, sem emitir qualquer barulho, todos nos encaramos.

-Alguém mais tem lanternas? –pergunto. Finnick, Zoe e Leo e Max balançam as suas, os demais, negam. –quatro é suficiente.

-Tudo bem, estamos dentro. –Johanna diz. –e agora?

-Achamos a mansão do presidente Snow. -Gale diz. –de acordo com o holo, para lá. –ele aponta para o lado direito do corredor. Eu apenas torço para que ele esteja certo.

A Capital era enorme, eu tinha que admitir. Não como distritos como o 4 ou o 11, mas como o 12, talvez. A mansão de Snow ficava bem no centro da capital, era onde precisávamos chegar.

Eu não conseguia contar tempo, a falta do contato com a superfície fazia com que não soubéssemos se era dia ou noite. O ambiente me assombrava e me vazia lembrar da tortura da Capital. Eu novamente não podia ver o sol, sem saber o que se passava lá em cima, não conseguia contar o tempo direito e a o subterrando pouco limpo deixava o ar seco e com um cheiro estranho. A diferença era a ausência de gritos, o local era silencioso –já que ninguém ousava falar, pois o local possuía um eco incrivelmente perigoso-, a ausência do cheiro de sangue e suor, no momento apenas sentia o cheiro do mofo.

A melhor parte era que agora, eu já não estava sozinha. Mas sempre olhava a minha volta à procura de rosto familiares, que me lembravam da realidade. Mesmo que algumas vezes o silencio quase me convencia da solidão, bastava olhar para o lado para ver Peeta caminhando ao meu lado, Johanna dando passos duros, Finnick chutando uma pequena pedra em quanto caminhava, isso além de Leo, Zoe e Tally, logo atrás. Eu estava feliz de não estar novamente sozinha. Estava feliz de estar com todos eles ao meu lado.

Eu sabia que não era o melhor momento do mundo para que eu ficasse feliz por estar rodeada de pessoas queridas, afinal, ainda era provável que todos nós merecemos hoje. Afinal, essa ainda era uma opção que eu devia me lembrar existir.

Todos os demais pareciam estar bem, considerando tudo. A não ser Finnick, que permanecia mais para trás, por último do grupo, logo atrás de mim. No momento, Peeta havia se separado de mim para discutir algo sobre o holo e o mapa com Gale e Leo. Resolvo aproveitar a chance para falar com Finnick a sós.

Desacelero o passo até que estou de ombro a ombro com Finnick, caminhando a seu lado, em seu ritmo distraído, porem tenso. Ele olha para baixo e continua a chutar uma pedrinha, fazendo um eco leve pelo túnel, ele mantinha seus olhos nela, estava tão concentrado que só notou minha presença quando comecei a falar.

-Tudo bem? –eu perguntei, seus olhos verde-mar se levantaram para mim.

-Aham. -ele concorda.

-O que foi? -pergunto, não caindo em sua conversa.

-Nada, é só que... Estou preocupado. –ele admite. –com Annie.

-Annie?

-Nós fomos dados como mortos, Katniss. –ele fala, então a compreensão chega até mim quando noto o rosto cheio de uma tristeza preocupada e culpada. –Annie deve estar em pânico em uma hora dessas.

Ele desvia o olhar e franze os labios em frustação, tristeza e preocupação, tudo ao mesmo tempo.

-Temo pelo o que ela possa fazer se realmente achar que estou morto, ela pode fazer qualquer loucura, ainda mais no estado que está é... É tão perigoso. –ele fala, agora me um tom frustrado consigo mesmo. –eu não devia ter vindo para o dois! Nunca devia ter saído do lado dela, deia ter dado um desculpa, qualquer coisa!

-Voce não tinha escolha. -tento dizer.

-Eu devia ter arranjado uma, é meu dever, é minha responsabilidade.

-Voce não pode se responsabilizar por tudo, Finnick.

-Mas eu sou responsável por tudo que acontecer a Annie e ao meu filho, por que ela está gravida e eu não estou come ela! –ele fala, nesse momento seus olhos se arregalam ao notar que falava alto. Não em tom de grito, mas suficiente para que todos os demais escutassem a conversa toda. Nem eu mesma tenha notado o tom que falávamos até agora.

-Como é que é? –Johanna tinha as sobrancelhas erguidas de uma maneira quase engraçada.

Finnick me encara como se pedisse ajuda, eu apenas ergo uma sobrancelha. Agora é contigo, Finnick.

-Eu queria contar pra vocês junto com Annie mas... –ele coça a nuca.

-Parabéns Finnick! –Peeta é o primeiro a dizer, cortando a frase que provavelmente Finnick não terminaria, e com um enorme sorriso, abraçou o amigo que agora também sorria. –mas você devia ter contado logo! Voce sabia Kat?

-Sabia mas...

-Eu acabei contando para ela e implorei para que não contasse. –Finnick responde. –eu queria contar junto com Annie.

-Um pequeno Odair? –Johanna diz com sarcasmo, mas apenas por olhar nos olhos da garota se é possível ver como está realmente feliz por Finnick. –espero que puxe a mãe pois se puxar ao pai... Que dó da criança!

-Cala a boca Johanna. –ele diz com um sorriso, mas se abraçam da mesma maneira. Eu notava que ninguém falava nada sobre a outra parte do problema, Annie sozinha, provavelmente tentando manter Finnick o mais calmo possível.

Todos os demais cumprimentaram Finnick também, Simila e Delly, como sempre, brincaram com a situcao, desfazendo o clima tenso do ar. Tudo estava correndo muito bem.

Bem, pelo menos estava antes de ouvirmos o primeiro barulho ecoar pelo túnel.

Vi-me virando lentamente para trás, torcendo para que estivesse terrivelmente errada. Mas quando dei de cara com o que emitia o barulho. Por um segundo fiquei aliviada. Eu disse por um segundo.

-Mas o que... –Leo foi o primeiro a tentar formular a pergunta.

-Merda. –Finnick sussurra, e os demais vitoriosos já tinham os olhos arregalados.

Eu sinto apenas o instinto de correr, cada molécula do meu corpo mandava que corresse. Mas eu não o fiz de imediato, pois uma parte de minha mente se perguntava por que diabos eu deveria correr e temer uma joaninha colorida.

Peeta leva o dedo aos labios, pedindo silencio.

-Talvez se ficarmos em silencio ele vá em bora. –ele fala mexendo apenas os labios, sem som algum. –talvez seja apenas um.

Johanna e Finnick se entre olharam e negaram com a cabeça.

-Não é assim que funciona. –Finnick disse. Eu nem tive tempo de ouvir o resto, quando o animal passou a emitir um som terrível, extremamente agudo, ao abrir suas pequenas azas.

Todos pressionamos as mãos nos ouvimos, tentando abafar o som.

-Corram! –Johanna grita. –esse é muito mais forte que o outro!

Eu já ia mandar que Johanna cala-se a boca e ficasse quieta, quando outro barulho começou, não o mesmo zumbido, mas de mais azas.

Nesse momento, já não havia mais ninguém parado naquele túnel. Todos nos corríamos, para a única direção que podíamos seguir, para frente. Sabe aquela história de que se seguindo em frente se consegue tudo? Isso não se aplica no momento.

Nos corríamos o máximo que podíamos, e Peeta não estava conseguindo acompanhar os demais, mas eu acompanhava o seu ritmo. E não chegávamos a lugar nenhum.

Na verdade, chegamos sim. Chagamos ao que devia ser o fim da linha, literalmente. A continuação do esgoto dava em grades, provavelmente colocadas logo após o fechamento do local. Ao dar de cara com as grades, eu pude ver o motivo de serem colocadas. O esgoto terminava em um penhasco no qual eu não conseguia ver aonde dava, devido a escuridão ambiente, provavelmente onde terminada o encanamento daquela parte da cidade, e para onde uma parte do lixo era destinada.

Felizmente ou infelizmente, as grades se mostraram soltas quando me joguei contra elas, me fazendo quase despencar. Outra péssima ideia, Katniss.

-Ah não, já chega de planos suicidas! –Johanna disse assim que notou o meu plano.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Sim, não, talvez?
Qualquer problema na ortografia é só me avisarem que eu concerto!