O Começo De Uma Era 2 escrita por Moça aleatoria, Undertaker


Capítulo 43
Capítulo 43


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Esse capitulo aqui, na verdade, era para ser o fim do 42, mas como tudo junto ficou muito grande, ou por pura maldade minha (vejam como quiser, mas eu escolheria acreditar na primeira opção mesmo, pois sou mesmo muito boazinha e nem pretendia separar) acabou ficando dessa forma.
Capitulo sem ação, mas tenho que admitir que são um dos poucos. Alias, no próximo capítulo temos um último POV Peeta a fanfic, pelas minhas contas, depois e tudo com a Kat e um meio capítulo narrador mais para frente!
Os comentário eu responderei depois também, já que aqui em casa está tudo uma loucura, eu ia postar só amanha mas como a Jullia mesma disse (ps como sempre aqui é a Lívia): "foi vadiagem parar naquele momento". Ponto um: nenhuma de nos sabemos se aquela palavra existe sendo colocada dessa forma (teoricamente viria da palavra vadia kkkk), por mais que o meu corretor automático não tenha se manifestado até agora. Ponto dois: ela tem razão kkkk.
Enfim, boa leitura!



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–Peeta! –eu o balanço, ele não reage.

–Mas o que... –Ouço a voz de Johanna logo atrás de mim, provavelmente acompanhada de Finnick, não em dou ao trabalho de olhar para trás, presa em meu próprio pânico e com lagrimas escorrendo contra a minha vontade, embaçando quase toda a minha visão. –ah não.

–Katniss! –eu ouço Finnick gritar, mas não me movo, apenas balanço Peeta incansavelmente.

Quando sinto uma grande mão me puxar para trás, eu me desequilibro pelo susto, caindo pra trás com apenas os cotovelos para me apoiar. Meus pânico só aumenta quando vejo Finnick tampar as narinas de Peeta.

–Não! O que está fazendo? –tento me reaproximar deles mas outra mão me pega pelo ombro, me empurrando para trás com força, quase perco o equilíbrio novamente com as pernas bambas, já tinha me posto em pé, pronta para saltar contra Finnick, sem me importar quem ele fosse. –me solta Johanna!

Estou preparada para brigar com a garota que agora me segurava, soca-la, chuta-la, qualquer coisa que a fizesse soltar-me e deixar-me voltar para Peeta, não me importava se era minha amiga ou não. Mas ela me segura pelos ombros com força, me empurrando contra ela, a uma distância de alguns passos dos garotos, o que, para mim, era uma eternidade.

–Me solta!

–Para, Katniss. –ela grita. –olhe só!

Nesse momento eu paro de tentar me contorcer nos braços da garota e volto minha atenção a Peeta e Finnick. Finnick está beijando Peeta? Pisco os olhos mais uma, duas, três vezes para a cena bizarra, deixando as lagrimas que embaçavam minha visão escorrem e então posso ver melhor. Finnick Faziam respiração boca a boca, pressionando o peito de Peeta e enchendo seus pulmões de ar.

A fúria em mim passa, dando lugar para a tristeza e para ainda mais desespero. Se Finnick tentava fazer com que seu coração batesse novamente, era porque ele realmente não batia mais, não havia mais ar em seus pulmões a não ser aquele que Finnick o forcava a receber.

Meus joelhos cedem em direção ao chão e Johanna se joga no nele comigo, me segurando pelos ombros para que eu não ceda de vez, tentado me manter no mínimo ajoelhada e não deitada no chão gritando, como eu gostaria de fazer.

–Katniss olha pra mim. –ela tenta me acalmar. Johanna não é nem nunca foi uma pessoa solidaria, então para que ela tente me acalmar eu realmente devo estar à beira de uma colapso nervoso. –Kat!

Então ela finamente me solta, e eu reúno um pouco de forca para que minhas pernas me mantenham em pé, para ir o lado jogado de Peeta e Finnick, que ainda fazia a respiração boca a boca. Com poucos passos meus joelhos cedem a seu lado, eu seguro a mão de Peeta com força em quanto meu peito treme, junto comeu corpo inteiro, no ritmo de meus soluços.

Ele não podia morrer, não pode me deixar aqui. Não pode morrer desse jeito e me deixar aqui, sozinha, eu não posso ficar novamente só, eu precisava dele. Eu preciso dele. Sempre precisei, sempre vou precisar.

–Peeta... Por favor... –eu imploro em meio de soluços.

Quando já estou certa que Peeta não irá mais acordar, que agora estou finalmente sozinha, que nunca mais terei seus braços ao redor de mim novamente, eu finalmente vejo o par de olhos azuis se abrirem, os pulmões se encherem novamente de ar, dessa vez por conta própria e seu rosto se contorcer em uma careta de pura dor.

Finnick se joga no chão, sentando-se sobre a grama, complemente exausto. E os dois garotos passam a tentar recuperar o folego, Finnick com alivio e Peeta com dor, como se o oxigênio doesse ao entrar em seus pulmões depois de um tempo vazios.

Levo a mão a boca com mais um soluço, mas esse de alivio. Ao tirar a mão da boca eu a levo ao seu rosto, apenas para ter certeza que ele está aqui. Ele segue minha mão, que treme, e encara confuso meu rosto repleto de lagrimas. Enterro meu rosto em seu peito e deixo um último soluço escapar do meu peito quando sinto seus dedos em meu cabelo.

–Peeta.

–Kat... –sua voz sai roca, como se assim como respirar, falar lhe causar uma dor imensa, e um esforço terrível. – o que... –ele tenta se sentar mas solta um gemido de dor ao fazer lhe.

–Melhor ficar um pouco deitado, Peeta. –Finnick adverte, só então Peeta parece notar o outro. –deu um susto enorme na gente hoje, sugiro que fique deitado por um tempo, depois lhe ajudo a entrar.

Peeta acena com a cabeça.

–Vou com Johanna verificar o interior da casa. –ele termina, puxando Johanna para dentro junto consigo.

Finnick estava tentado nos dar um pouco de privacidade em quanto eu tentava me acalmar, tentando impedir as lagrimas de puro alivio que teimavam a continuar a escorrer. Me sinto agradecida inteiramente a Finnick por isso, por tê-lo salvo quando eu não pude fazer nada, por ter devolvido Peeta para mim, e agora, também por me deixar a sós com ele novamente.

Eu odiava chorar na frente das pessoas, sempre odiei, sempre considerei o choro uma demonstração de fraqueza desnecessária e evitável a qualquer custo. Mas no momento, chorar silenciosamente sobre o peito de Peeta era tudo que eu conseguia fazer.

Peeta ainda tinha suas mãos em meu cabelo, ele permanecia meio confuso.

–O que... –ele faz uma pausa, engolindo a seco com uma careta... –o que aconteceu? –sua voz saia rouca, estou certa que machucando sua garganta, mas ele estava vivo, apesar de tudo, ele está vivo.

Eu me ajoelhei novamente, tirando o rosto de seu peito, sentando-me na grama e colocando a cabeça de Peeta em meu colo em quanto seus olhos azuis confusos olhando para cima, alcançando meus olhos, que me encaravam e eu o encarava com uma mistura de alivio e fascino.

–Não há modo mais fácil de lhe dizer isso, padeiro, mas você acabou de voltar do mortos.

–Johanna! Deixe eles em paz! –era Finnick gritando, puxando novamente a garota reclamando para dentro da casa.

Peeta volta seu olhar de Johanna para Finnick e novamente para mim. Eu aceno com a cabeça. Apenas agora noto que continuo com a flecha prateada em mãos, toda a eletricidade havia sido descarregada em Peeta, então já não era mais perigosa. Mesmo assim eu tinha a marca longa e arredondada do corpo da flecha marcada na palma da mão direita, provavelmente de tê-la apertado.

Eu mostro a flecha a Peeta.

–Um pacificador atirou em você. –eu digo, mesmo que dessa parte ele já saiba. –uma flecha eletrificada, despejou uma quantidade de eletricidade muito grande, seu coração simplesmente parou de repente.

Ele ergue a mão e limpa uma lagrima com o polegar.

–Por isso você está chorando? -ele pergunta e eu aceno com a cabeça. –eu estou bem agora, não precisa chorar.

–Eu sei, eu só... –eu limpo uma última lagrima e jurando a mim mesma que não deixaria mais nenhuma delas cair, e então dou um sorriso de puro alivio para Peeta. -só estou feliz por estar vivo.

–Eu não gosto de te ver chorando. –ele fala, ainda com a voz fraca.

–Então estamos quites, por que eu também não gosto de te ver morrendo. –eu falo, e meu sorriso morre, eu engulo um soluço e uma porção de lagrimas. Pisco até que desembacem minha visão novamente.

–Voce me entendeu. –ele diz, com a voz não passando de um sussurro agora.

–Não force a voz, você está fraco. –eu aconselho em quanto ele engole novamente a seco.

–Eu amo você. –ele sussurra, praticamente só mexendo os labios.

–Eu amo você também. –eu digo, e Peeta abre um enorme sorriso, eu me inclino, tocado meus labios nos seus e o beijando demoradamente.

Continuamos nos beijando, com uma das mãos dadas com a dele e a outra em seu cabelo, até que ouvimos Finnick limpar a garganta, chamando nossa atenção.

–Eu odeio mesmo interromper. –ele começa. –mas eu acho melhor entrarmos.

Eu e Peeta nos separamos e concordamos, comigo simplesmente feliz demais até para corar com a intromissão de Finnick.

Finnick ajuda Peeta a se levantar, já que ainda está fraco. Ele passa os braços de Peeta por cima de seus ombros afim de lhe dar apoio que eu jamais conseguiria com a pouca força que tenho. Peeta se apoia quase inteiramente em Finnick, apoiando a outra mão em meu ombro, que por ser baixa também não ajudei muito.

Me sentindo uma completa inútil, eu “ajudei” Finnick a ajudar Peeta a entrar na casa. Finnick e Johanna tinham separado alguns colchoes e colocado na sala de estar, que ficava bem no centro da casa.

Nós entramos pela porta dos fundos, já que, pelo que Finnick disse, temia que a da frente tivesse algum tipo de alarme contra roubo se tentassem arromba-la, mas a dos fundos estava aberta, provavelmente devido a pressa com que os moradores foram forçados a se retirar.

Os resquícios da pressa da mudança se estendiam junto com a casa, com roupas espalhadas pelo chão e comida enlatada também, assim como algumas portas de moveis abertas. A porta dos fundos dava para um tipo de despensa, que seguia uma cozinha e então um longo corredor com uma porta para um banheiro pequeno e a sala de estar, onde entramos com Peeta. E o corredor continuava até dar em mais 3 quartos e dois banheiros, conforme explicado.

–Bem, nós preferimos trazer os colchoes da casa para cá, já que a é o maior cômodo, achei mais seguro permanecermos juntos. –Finnick explica.

–Não facilitaria para os pacificadores nos cercarem? –Peeta fala, e em seguida solta um leve gemido ao tentar se apoiar melhor em Finnick.

–Na verdade, -Finnick explica. –tem uma janela enorme atrás da cortina da sala, se formos cercados temos uma escapatória rápida. Além do mais, acho que seria bom se alguém ficasse vigiando.

–Boa ideia. –afirmo.

–A boa notícia é que um dos colchoes era de casal, então se quiserem podem ficar juntos. –ele avisa. –seja lá quem morasse por aqui, não devia ter filhos, pois tinha apenas um quarto de visitas, um colchão normal pouco usado e ainda esse sofá.

Ele aponta para um sofá realmente grande e confortável empurrado para um canto da sala.

–E então eu pensei... Gira um pouco pra esquerda Katniss. Isso. Me ajuda aqui. –ele me dá instruções em quanto ajudamos Peeta a se sentar no colchão de casal, ele faz outra careta de dor. –então eu pensei que pudéssemos fazer sessões de vigia. Johanna pode dormir no colchão enquanto eu vigio um pouco e...

–Voce disse que mal dormiu essa noite Finnick. -digo, reparando agora melhor nas olheiras do rapaz. –não prefere que eu vigie?

–Não precisa. –ele olha de Peeta para mim. –Me ajuda a procurar comida pela casa?

Peeta permanece no colchão em quanto eu e Finnick saímos da sala pela porta, ele me guia pelo corredor até novamente a cozinha, onde passamos a revistar os armários a procura de qualquer coisa que nos pode ser útil. Mas os ex habitantes da casa pareciam ter tomado o cuidado de levar consigo a maior parte da comida da despensa, já que notei que as latas que vi antes se tratavam apenas de latas e restos vazios.

–Quantas vezes você já fez aquilo? –eu quebro o silencio, e Finnick me encara confuso, até que entende.

–Respiração boca a boca? Aprendi a fazer aquilo desde criança, morava em um distrito cercado por agua, não era a coisa mais difícil do mundo alguém se afogar. –ele fala. –mas praticamente fazer um coração voltar a bater eu nunca tinha feito, acho que foi mais sorte.

–Sorte ou não, muito obrigada mesmo. –eu digo. –muito obrigada por tê-lo salvo.

Finnick abre um sorriso gentil, em seguida desarruma meus cabelos em brincadeira.

–Sempre que quiser que eu reviva o seu marido é só chamar. –ele brinca, eu sorrio também. –mas eu realmente acho que eu devia vigiar, descanse um pouco também, afinal foi viúva por uns... 3 minutos?

Ele fala em um tom de brincadeira, mesmo que o aperto em meu peito tenha sido real, ele sabe disso, mas deve preferir não comentar.

–Mas...

–Quanto drama! Eu mesma faço a droga da vigia. –é Johanna quem diz, aparecendo no corredor. –vejam o que eu encontrei: comida!

Ela ergue algumas comidas enlatas e saquinhos de comida industrializada das mãos a cima da cabeça. Meu estomago ronca, só agora notei o quanto estou com fome, e que não comemos nada o dia inteiro.

–Tem água? –Finnick pergunta e, vitoriosa, Johanna responde:

–Algumas garrafas. –ele quase cantarola. –comida para dar e vender, queridinhos.

Ao voltarmos para o quarto encontramos Peeta exatamente da mesma maneira que o deixamos, deitado na cama encarando o teto.

–E a boa notícia é... –Johanna começa. –Nós temos janta!

Após comer com muito gosto uma sopa enlatada de feijão e tomar uma garrafa inteira de agua, Peeta fez o mesmo com sua garrafa d’água e uma sopa de ervilha. Então eu fiz um curativo no braço de Peeta, onde a flecha tinha pegado. Felizmente não era muita coisa, pela flecha ser elétrica, não precisava ser pontuda ou letal em si, isso e dando-se ao fato que foi lançada de longe e por alguém que provavelmente havia aprendido a pouco a usar um arco, resultou apenas em um ferimento pequeno, mas não pequeno o suficiente para ser ignorado.

Logo depois disso, todos nós fomos dormir, com exceção de Johanna que ficaria acordada por algumas horas, depois seria substituída por Finnick, e só então por mim, já que fora decidido que Peeta vigiar estava fora de questão, já que precisava descansar.

Eu estava exausta, após caminhar o dia todo, enfrentar uma luta e um desespero não seria nenhum espanto se eu simplesmente me jogasse na cama sem mais nem menos, e caísse no sono. Mas a verdade é que estava agitada ainda, como se tivesse tomado um copo inteiro de café. Ainda tinha adrenalina por todo o corpo.

Peeta provavelmente estava dormindo na cama; Johanna, em um canto da sala vigiando, e Finnick em outro canto, já desmaiada, mas pela escuridão da noite eu não podia ter certeza.

Resolvi desmanchar a minha trança, que já estava toda bagunçada e muitos fios pendiam fora do penteado. Solto-a com calma enquanto estou sentada com as costas apoiadas na parede, começo a sentir o sono voltando lentamente para mim, então resolvo manter o cabelo solto e prendê-lo pela manhã.

Assim que deito novamente na cama, noto que Peeta ainda não dormia por completo, assim que deito ele me puxa mais para si e eu repouso minha cabeça em seu braço, o que não está ferido, enquanto o outro repousa em minha cintura, como de costume. Quase me fazendo sentir em casa. Quase.

E é assim, que apesar de toda a confusão, pânico, angustia e cansaço do dia, eu caio na inconsciência e sou levada pela exaustão e embalada pelo sono e pelos braços Peeta.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Sim, não mais ou menos..?
Alias! Eu já ia me esquecer! E espero que tenha alguém lendo essas notas por que eu queria avisar que fim uma fanfic de capítulo único sobre Harry Potter, já que terminei essa historia e amo escrever. Então, se alguém ai gostar de Harry Potter tanto quanto eu, de uma lida se quiser e veja se gostou!
Aqui é o link: http://fanfiction.com.br/historia/411770/O_Tempo_Passa_As_Pessoas_Mudam
Mas enfim, até o próximo gente!