O Começo De Uma Era 2 escrita por Moça aleatoria, Undertaker


Capítulo 41
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que nao demoraria! E como prometido, esse capitulo e grandinho!
Alias, deixe-me comemorar, a fanfic tem atualmente 500 comentarios!! Super feliz mesmo!!
Okay momento de euforia passou... Ou nao ne
Aporveitando o momento insonia pre prova de geografia para postar aqui! Sorte de quem compartilha a insonia e que esta lendo ainda de madrugada!
Ah, e os comentarios eu responderei amanha, depois da prova...
So avisando, desculpe pela falta de acentos meu pc novamente deu problema e estou sem acentos ate que ele fique de bom humor novamente, nossa que pc bipolar, gente.
Esse e um capitulo calmo, feliz tranquilo... ou nao...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/337918/chapter/41

POV Katniss

Já haviam se passado algumas poucas semanas desde que a paz caio em uma aliança entre os distritos um, dois e treze. Coin jugou que os vitoriosos estariam mais seguros, além de mais uteis, no um, para que possamos continuar dando discursos de incentivo para o povo do um, portanto nos permanecemos aqui.

O exército de Snow estava cada vez menor, agora ele só possuía os pacificadores da Capital. O termo pacificador já não era mais atribuído a nenhum soldado desses distritos

O prédio em que estávamos fica localizado bem no fim do distrito, o quarto meu e de Peeta ficava no último andar e de frente para a floresta, de forma que eu conseguia apreciar sua beleza apenas de olhar pela janela. O andar que estávamos era praticamente vazio a não ser por Johanna e Finnick. Era um prédio fora de uso, então tínhamos apenas nós e alguns soldados nos andares de baixo. Simila, Delly e Max tinham pego um dos primeiros andares –já que dessa vez não conseguimos convencer ninguém a coloca-los próximos a nos, mas eles não pareciam se incomodar -com o resto dos soldados e Haymitch e Beetee preferiam ficar no primeiro, que era onde também trabalhavam no setor tecnológico, onde Haymitch tem se concentrado cada vez mais

Bem, eu praticamente não dizia mais nada além do que me era mandado, o que significa que não voltei a fazer nada heroico, louco, idiota ou suicida.

Apesar de tudo, agora todos se tornaram um único povo, lutando pela mesma causa. Eu me sentia orgulhosa de fazer parte desse povo.

Já era começo de outono, e agora o tempo passou a esfriar um pouco, apesar de no treze quase nãos sentíamos as mudanças climáticas por estarmos infiltrados no subsolo, mas o dois era diferente. Ao olhar pela janela do meu quarto e de Peeta, eu podia ver algumas arvores começarem a ter suas folhas em um tom amarelado, e que em breve se tornariam laranjas e então cairiam deixando os galhos nus e encobertos de neve até a primavera, onde os tons verdes e o colorido de algumas flores enfeitariam o ambiente para só então serem banhados novamente pelo sol do verão.

Eu sempre me impressionava como a natureza era capaz de fazer tudo isso sozinha, em completa harmonia consigo mesma, ao contrários os seres humanos, que tem um poder ridículo para a auto destruição. Era por isso que eu sempre me senti mais atraída pela floresta e pela harmonia da natureza do que pelos seres humanos, nos sim, somos perigosos e ardilosos, pouco confiáveis, altamente inconsequentes e facilmente controlados além de desunidos.

Sempre penso como se é possível ver o que humanos têm de melhor e de pior e me pego perguntando como uma coisa pode ser as duas. Como podem, de alguma maneira, se tornarem bons e ruins ao mesmo tempo.

Olho para Peeta que dorme em um sono pesado em nossa cama, mantem os olhos fechados e a respiração calma. Ele tem parado de ter pesadelos, tem se tornado menos frequentes, apesar de que eu não tenha tanta sorte assim. Meus sonhos continuam a me perturbar, todas as noite sem falta. Mas eu acho que simplesmente estou me acostumando a encarar a garota com olheiras e rosto pálido parada em frente a pia, a encarar o espelho enquanto lavo meu rosto repleto de suor dos pesadelos.

Aliás, essa noite não foi muito diferente, apenas um pesadelo comum, mais um dia da tortura relembrado. Eu novamente não me debati na cama, portanto deixei Peeta continuar a dormir, mesmo que ele sempre insistisse para que eu o acordasse nessas horas.

Eu ainda estava sentada próxima a janela, observando as estrelas que rodeavam uma enorme lua cheia, e satisfeita por poder ver o ceu dessa maneira, simplesmente sem o medo de que talvez, eu fosse arrastada para outro calabouço para mais quatro meses sem a luz da lua... Lua?

Não era possível. Quando me dei conta eu já encarava o nascer do sol, e ele machucava meus olhos no momento que os abri. Eu havia cochilado, ao menos um pouco, sentada debruçada na janela do quarto, e pela posição do sol não se passavam a 5.

-Kat? –Peeta me chamou, segundos após eu mesma acordar. –Amor, você dormiu ai?

Não era a primeira vez que Peeta me chamava de amor, mas eu nunca podia evitar um sorriso interno quando o fazia.

-Não, eu...  –nego com a cabeça. -Só peguei no sono. –digo esfregando os olhos com as costas das mãos.

-É isso que significa dormir, Katniss. –ele fala, mas minha cabeça gira. –você está bem?

-Estou bem, só tive outro pesadelo. –ele arqueou um sobrancelha, mas eu fiz que não vi.

-Quer tentar dormir mais um pouco? Ainda temos um tempinho.

-Não precisa. –eu insisto. –acho que vou tomar um banho, afastar o sono.

Ele acena com a cabeça, também se levantando. Tomo um banho prendo os cabelos molhados em uma trança comum, vestindo a roupa preta do mockingjay, afinal, teríamos mais algumas gravações hoje.

Peeta entra no banho no momento que começo a amarar os cadarços de minha bota. Eu realmente amo usar botas, mesmo no calor, eram confortáveis e eu conseguia correr bem com elas, andar em qualquer terreno. Fazia com que eu me sentisse mais livre para fazer o que bem entendesse, mesmo que, na verdade, eu não fosse.

Quando Peeta voltou do banheiro, ele também já estava vestido, calcou os próprios sapato em seguida.

-Vamos passar no quarto de Johanna e Finnick antes de ir para a gravação? –pergunto.

-Claro. –Finnick e Johanna também estavam começando a participar das mesmas gravações que nós, o que tinha rendido muitas reclamações de Johanna e roupas excessivamente justas para Finnick. –Simila, Delly e Max podem nos encontrar depois, para o café da manhã. Acho que hoje será rápido, Haymitch disse que era só algum vídeo de incentivo já roteirizado.

Ele revira os olhos.

Delly já estava bem melhor, na verdade ainda tinha dificuldade em movimentar completamente o ombro, mas graças a tecnologia do 1 e 2 voltou a ser uma das melhores artilheiras do distrito. Max também tinha melhorado, concluiu-se que a bala tinha se alojado muito superficialmente, o único problema real era a perda de sangue, mas ele já estava perfeitamente bem. Isso, além de também estar morando nesse mesmo prédio, mesmo que eu não saiba o motivo exato, suspeito que Haymitch tenha pedido para que ele fosse alojado aqui, por ser nosso amigo.

Eu já tinha pego o meu arco e agora procurava minha aljava de flechas, que eu tinha certeza que tinha deixado aqui....

-Kat. –Peeta chama, assim que me viro ele me lança a aljava, eu a pego no ar. –estava na gaveta.

Ele coloca a sua própria arma “de estimação” no cinto próprio, junto com algumas balas.

-Obrigada. –eu digo. –tinha certeza que tinha deixado junto com o arco...

-Voce chegou no quarto e dormiu quase direto Katniss, duvido que tenha prestado a atenção em qualquer coisa a sua volta. –ele dá um risinho. –até achei que não teria pesadelos hoje.

-Admito que eu também.

Ele passa os braços pelos meus ombros, beijando o topo de minha cabeça e em seguida as descendo o braço até minha cintura e beijando-me na boca.

-Vamos. –ele diz, e em seguida saímos, de mãos dadas, pelos corredores do prédio.

Nós vamos até o quarto de Finnick e batemos na porta. Quando ele a abre, já está vestido com roupas pretas iguais as nossas, só que mais justas, cabelo bagunçado olhos verdes agitados, um pequeno bigode de chantilly e um café nas mãos.

-Bom dia Finnick. –Peeta cumprimenta.

-Bom dia. –ele diz, tomando mais um gole do café.

-Tem como alguém morrer por tanta cafeína? –eu pergunto.

-Não sei, por que?

-Por que se pudesse você já estaria morto, Odair. –eu pego o café se sua mão.

-Hey! –ele fala, e então se vira para Peeta, fingindo uma expressão exageradamente brava, como uma criança enfezada. –fala pra sua mulher devolver o meu café!

Mesmo na brincadeira, os olhos de Finnick permaneciam fixos no copo em minhas mão de forma suplicante.

-Na verdade ela tem razão. –Peeta diz. –quantas horas você dormiu hoje?

-Nem tenho ideia. –ele passa as mãos pelo rosto, em sinal de cansaço. –uma, duas talvez.

-Bem-vindo ao clube. –eu digo, tomando um gole do café. –mas também não precisa se entupir de café, não vai ajudar a dormir.

-É descafeinado. –ele fala sarcástico, me imitando, quando disse o mesmo para ele, certa vez.

Eu lhe devolvo o mesmo sorriso.

-É claro que é. –eu jogo o copo no lixo próximo ao quarto de Finnick, os olhos verdes dele permanecem acompanham o copo até o lixo.  –agora vamos logo.

-Tudo bem. –ele fala, então começamos a andar até o quarto de Johanna. –eu não gosto dessa roupa!

-Ninguém gosta. –eu digo.

-Mas a sua não é tão justa.

-Vai me dizer que não usava nada mais justo na Capital. –Peeta diz.

-Não significa que eu gostasse delas. –ele diz, dessa vez com um semblante mais irritado.

-Eu sei que não. -Peeta diz. –só estava tentando ser o bem humorado do grupo.

-Foi mal, vocês tem razão, eu preciso parar de beber café e dormir um pouco.

Nesse momento, ouvimos a porta do fim do corredores se fechar com força, em seguidas vimos uma Johanna furiosa vir em nossa direção.

-Eu odeio esses chuveiros! –ela fala. –por que nunca funcionam?

-Pelo visto não sou o único de mal humor.

-Cala a boca, Odair! –ela aponta ameaçadoramente para ele. –e está com bigode.

Ela fala, mudando a postura irritada para uma sobrancelha arqueada maldosamente, mais para irrita-lo. Ele passa a manga da camisa para limpa-la.

–Também odeio essa roupa, é sufocante e nos faz parecer um tipo de esquadrão secreto. –ela continua.

-Nós somos um tipo de esquadrão. –Peeta fala. –só que rebelde e nem um pouco secreto.

-Pelo menos a sua roupa não é tão justa, Johanna. –Finnick argumenta, ignorando o comentário de Peeta.

-É o charme da sua pessoa, Finny. –ela debocha.

-E a raiva é o seu, Jojo. –por sua vez, ele usa o apelido que ela tanto odeia.

-Acho que me enganei, olha o tamanho das suas olheiras, para onde foi a beleza natural do Sr. Finnick Odair?

-Para o mesmo lugar que a sua carraca. –ele provoca. –A lugar algum.

Eu e Peeta até poderíamos considerar apartar a briga se ela não se desenrolasse quase todos os dias durante a última semana. Finnick e Johanna viviam “brigando”, mas as brigas deles nunca eram sérias. Eles eram amigos a muito tempo, e também eram um o oposto do outro, então em nossa repentina paz no distrito um parece para eles uma boa hora para colocar em dia as provocações sem sentido e fazer as pazes em seguida.

 Mesmo em guerra, adorar e odiar os melhores amigos ainda é considerado algo completamente normal. E eu começava a sentir falta de fazer o mesmo, ainda não via Gale desde a discussão no 13.

No entanto, o mal humor de Finnick obviamente não se dava apenas devido à o café ou a falta de sono, estava certa que essa era ainda mais uma das consequências do que o atormentava. Já haviam se passado uma semana desde que estamos no distrito 1, e Finnick estava prestes a um colapso nervoso. Ninguém sabia da gravidez de Annie fora Finnick e a mim, portanto, ninguém entendia seu nervosismo e ansiedade.

Imagino como ele está odiando a viagem, e como gostaria de estar com Annie no momento, e como ela gostaria da presença do pai de seu filho com ela. Sorrio com o canto dos labios, pensando que quando tudo isso acabar –eu tinha começado a utilizar a palavra quando, pois acreditava que utilizar o se era simplesmente pessimista- talvez Finnick e Annie poderiam se afastar de nós, assim como Johanna e Max, pela diferença de distritos, cada um tendia a voltar para o seu. Eu gostaria de ver um mini Finnick ou mini Annie crescer.

Por um momento penso se talvez eu e Peeta poderíamos algum dia voltar para casa, com o distrito dose destruído, assim como o quatro também e muitos outros, penso quem teria uma casa quando voltasse para seus distritos.

-Será que não podíamos passar na cozinha e pegar um pouco de café? –Finnick sugeriu, me tirando de meus pensamentos.

-Sem mais café pra você, Finnick! –digo.

-Mas eu preciso em manter acordado nos ensaios! –ele argumenta.

-Voce já tem mais cafeína do que sangue correndo as veias. –continuo. –voce se mantem acordado, acredite, depois se quiser volte e tire mais um cochilo a tarde, estaremos livre por hoje depois dessa gravação.

-E você também, Kat. –Peeta quem disse.

-Eu o que?

-Também não dormiu essa noite.

-É completamente diferente.

-Na verdade não é não. –foi Finnick quem disse, eu estava prestes a manda-lo calar a boca como Johanna, mas já com a boca abeta, todos nos congelamos ao ouvir os tiros próximos demais para ser do centro de treinamento do andar de baixo, ninguém conseguiu fazer nada antes de ver o primeiro corpo caído no corredor que antes parecia vazio.

O homem caído era um pacificador, que poderia parecer apenas um guarda do um se vestindo desapropriadamente, se não fosse pelo emblema da capital estampado no peito.

Que diabos era aquilo?

Eu não precisei me perguntar mais um vez, quando a segunda forma armada entrou pela mesma porta e recebeu três armas e um arco apontados para ele. Felizmente não era o inimigo que esperávamos.

-Max? –fui a primeira indignar.

-Voces precisam sair daqui. –ele disse. –todos vocês, e rápido.

-O que está acontecendo? –Peeta perguntou.

-Versão resumida: o prédio foi invadido por pacificadores da Capital. –ele traz algo do bolso. –isso é um holo, Gale pediu para que trouxesse a você, vai dar a todas as coordenadas da Capital. Saiam do prédio, fujam pela floresta até alcançarem a Capital. –ele me entrega o objeto. –Coin começará o ataque assim que terminarmos de conter esse, então todos estaremos seguros.

-Por que nós não lutamos também? –Johanna perguntou.

-Por que eles não sabem que os vitoriosos estão aqui. –ele explica rapidamente. –se souberem ai sim mandarão reforços e não teremos a menor chance. –ele se vira de costas, pronto para voltar a combate.

-Voce não vai com a gente? –pergunto, tocando o seu braço e fazendo-o voltar a me encarar.

-Temos funções diferentes, eu sou um soldado, eu tenho que ficar e lutar, a de vocês, vitoriosos, é permanecerem vivos. –eu estou pronta para protestar quando ele me impede. –não estou mandando vocês fugirem como um amigo, estou tentando ajudar a revolução. Está tudo prestes a acabar, e essa é a nossa deixa.

Ele toca o meu ombro e acena para todo os outros, ainda um tanto paralisados com o ocorrido. Quando Max se virou de costas, ninguém sabia ao certo o que fazer, mas Johanna foi a primeira a se colocar na dianteira. Enquanto eu colocava o tal do holo no bolso.

-Temos que dar o fora daqui, rápido. –ela disse. –se ele estava certo nós não temos muito tempo.

-Johanna você tem alguma mais alguma arma no seu quarto? –eu pergunto.

-É claro que tenho. –ela entrou no próprio quarto e tirou de baixo do colchão um machado e uma arma. Peeta e Finnick já haviam trazido as suas próprias e já as tinham empunhadas, assim como ela, eu já tinha meu arco pronto em mãos. –nunca fico longe de um machado.

Ela me lança sua segunda arma.

-Sabe atirar?

-Sei mas tenho o arc...

-Mas é bom ter uma arma de fogo, sempre. –ela completa, me cortando. Sem tempo para discutir eu simplesmente a guardo em meu cinto de armas que felizmente tinha pego a mania de andar sempre comigo.

A pergunta silenciosa ainda estava perdida no ar: o que faremos agora?

-Procurem saídas, qualquer uma que não seja por onde            Max entrou, provavelmente já devem ter cercado a entrada. -eu digo, enquanto Peeta fecha a porta por onde Max saíra, mas mesmo assim ninguém sabia exatamente o que procurar. Meus olhos correram com angustia e desespero o corredor que estávamos.

Se estivéssemos no treze, saberíamos exatamente o que fazer, conhecíamos o lugar com as palmas das mãos. Porém, ainda não conhecíamos bem o prédio.

Mas no momento que avistei a janela do quarto vazio eu notei o quão horrível meu plano era. Apenas fiz um careta e deixei um suspiro frustrado escapar.

-Gente! –eu chamei com voz sem passar de um sussurro, todos ouviram pelo silencio que estava no andar, mas podíamos ouvir sons de bala no de baixo.

-O que... –Finnick começa a dizer, ao ver para onde estou olhando e se dar conta do plano, ele balança a cabeça em negativa. –má ideia, muita, muita má ideia.

-Tem alguma melhor? –ele fica em silencio.

Havia uma escada de incêndio, não exatamente segura, na lateral do prédio, um pouco abaixo de nós, mas não próximo o suficiente para alcançar de onde estávamos. Seria complicado. Mas a janela que estávamos ficava de frente para outro prédio e ao lado havia a floresta do 1. Não tinha como sermos vistos. Era a nossa melhor chance.

-Voce quer pular daí? –Peeta pergunta.

-Não por aqui, mas sim. –digo -Eles estão aqui para capturar rebeldes, provavelmente nem sabem que estamos aqui, se nos virem, ai sim a coisa vai piorar e mandarão reforços. –eu digo. –não podemos ser vistos sem sermos mortos, ou pior, capturados. Me deem cobertura.

Deslizo para a janela com cuidado, me segurando primeiro com os braços e cotovelos a janela, deixando o resto do corpo se pendurar pelo lado de fora do prédio. Por ser mais baixa, Peeta me segurara pelas mãos até que meu pé alcançasse o parapeito da janela de baixo.

Ele me solta quando a ponta de meus pés tocaram no chão, o máximo que consegui chegar da janela do andar de baixo. Me segurei como pude e dei impulso para trás, quando meu corpo voltou, colidindo levemente com o parapeito, eu deslizei as pernas primeiro, seguidas pelo tronco, enquanto minhas mãos me apoiavam, até que finalmente as soltei. O vento gélido da manhã já machucava minha pele, o atrito com o metal, as minhas mãos. Quando já tinha todo o corpo dentro da janela, quase rolando no chão.

-Kat...

-Estou bem. –anuncio.

Os pés de Peeta são os próximos a aparecer, provavelmente amparado por Finnick como apoio, mesmo sendo alto. Quando seus pés tentaram encontrar o parapeito com dificuldade e balançando, eu me lembrei de sua perna falsa. Me aproximei dele e guiei as solas da bota até o chão, então ele se soltou e caio sem muita leveza ou silencio, porém, seguro.

-Obrigado. –ele sussurrou.

A próxima a descer foi Johanna, com a leveza e graciosidade de um gato. Finnick foi mais complicado, por não ter ninguém a ajudando em cima, por mais ele fosse alto e alcançasse bem a janela do andar de cima apenas com as pontas dos dedos. Ao fixar seus pés no parapeito quase se desequilibrou para trás, mas foi puxado por Peeta janela a dentro.

-E agora? -Peeta quem perguntou, eu apontei para a escada de incêndio, um pouco mais a direita de nossa janela.

-Desce logo a droga da escada, desmiolada! –Johanna disse, mesmo assim, foi primeiro. Estávamos mais próximos da escada do que antes, mas mesmo assim era um pouco longe. Ela lançou o corpo para frente, se equilibrando primeiramente o pelas mãos nos feros da escada, logo depois fixando os pés nos degraus. Finnick foi o segundo, seguindo os passos de Johanna.

Eu descia a pequena escada por última e Peeta na minha frente, ele era mais lento, mas conseguia manter um certo ritmo. Estava tudo correndo bem, até vimos um pacificador em uma das janelas. Eu lancei lhe uma flecha -já que era mais silenciosa do que qualquer uma das armas de fogo dos demais- e Peeta segurou meus pés nas barras firmes para que eu não me desequilibrasse. Bem, eu pensava que eram firmes, até o momento que uma delas cedeu sob meus pés. Eles escorregam dois degraus a baixo esbarrando em Peeta que por pouco não perdeu o equilíbrio, ao em vez disso, segurando meu corpo no momento que se chocou com o seu.

Depois daquilo não ouve mais incidentes, todos aterrissamos no chão com sucesso.

Ao olhar em direção do prédio eu podia vê-lo cercado de pacificadores, embora nenhum deles olhasse para nós, na espreita entre um prédio e outro. Havia começado uma troca de tiros enorme dentro do local, eu não saberia dizer quem estava vencendo. O prédio havia sido tomado silenciosamente, mas no momento todos já lutavam com ferocidade. Por ficarmos no último andar havíamos sido mais difíceis de alcançar. Sinais de bala? O prédio inteiro sempre tinha sons de bala disparando, havia uma sala de treino logo abaixo do nosso andar. Nenhum sinal havia disparado até aquele momento, apenas de agora eu já conseguir ouvir as sirenes.

Finnick e Johanna já haviam se virado para correr mas Peeta permanecia parado encarando o prédio. Puxei seu braço para que se mexesse e vi em seus olhos o desespero estampado por saber o que deixávamos no prédio. Simila, Delly, Max, Haymitch, Beetee e tantos outros.

Eu sabia disso, mas não tínhamos outra escolha se não correr. Então, agora com mais força, puxei seu braço, guiando Peeta até a floresta onde todos pulamos a cerca que já não estava mais eletrificada. Então todos nós nos vimos desaparecendo em meio da espreita da floresta, ainda pouca iluminada pelo pouco sol que iluminava aquele começo de manhã.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hehehe esse e o momento fudeu da fanfic, onde comeca a fuga pela Capital! Bem vindos a minha versao da invasao e do combate! Muhahahahha! Se sera uma versao melhor, pior, com mais ou menos mertes so esperando pra saber!
E avisando, esses capitulos sao meios mal divididos, eu acho, por que an realidade eu fiz tudo junto e so entao dividi essa parte em capitulos, portanto temo alguns capitulos pequenos e outros bem grandes.