Reveille escrita por MayaAbud


Capítulo 12
Constrangida




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Ponto de vista de Nessie

_ Eu disse que sentira cheiro de sangue_ Falou Bella através dos lábios imóveis.

_É, eu sei_ disse Rose do mesmo modo.

Minha mãe então sorriu, Rose deu uma risadinha. Eu as encarava de olhos arregalados. Houve mais passos apressados em direção ao meu quarto. Tudo só levara três segundos, ainda me encontrava na mesma posição de quando acordei. Rosalie avançou e trancou a porta atrás de si.

_ Renesmee_ Jacob espancou minha porta_ Renesmee.

_ Calma, Jacob_ Minha mãe falou encarando a porta que tremia com as batidas de Jake.

_ Vocês falaram em sangue. Nessie está ferida?_ as paredes e o chão vibravam.

_ Renesmee está bem_ cuspiu Rosalie.

_ Vocês sabem que posso abrir essa porta. E não vai ser assoprando!_ Disse ele nervoso.

Ótimo, isso não poderia ser mais constrangedor. Ou poderia...

_Cadê todo mundo?_senti minhas bochechas corarem.

_ Não estão, fique tranqüila_ disse Bella. Jake ainda resmungava do lado de fora. Rose abriu a porta e saiu antes que Jake pudesse entrar. Bella aproximou-se devagar, tirando-me da cama e arrancando meus lençóis sujos.

_Ok, senhor-lobo-mau. Pode parar de latir. Vamos desça, já! Nessie está bem, não há nada aqui para você_ minha tia não estava sendo simpática. Ele rosnou.

_Desça, Jake, estou bem_ olhei duvidosa para minha mãe. Seu sorriso ficou mais largo.

_ O que houve?_ ele quis saber, a voz soando mais distante, ele descia a escada. Fiz careta para a parede.

_A maldição de Eva. Agora silêncio. Alice_ Rose estava ao telefone_ Preciso que vá a farmácia... _ sua voz sumiu em direção aos fundos da casa.

_ Melhor tomar um banho_ disse minha mãe. Obedeci.

_ Isso não me parece muito correto_ falei do chuveiro.

_ Do que está falando?_sua voz era risonha.

_ Se isso é o que penso será periódico... Eu sou uma vampira. É bizarro!

Duas risadas melodiosas soaram em meu quarto.

_E você também é humana.

_Alice está perto, vai trazer o que precisa_ disse Rosalie. Já que teria de esperar resolvi lavar os cabelos. Essa definitivamente era uma coisa inesperada. E nojenta. Extremamente.

_ Me pergunto o que isso quer dizer_ Bella disse em voz baixa_ Ela ainda nem fez seis anos.

_Não há um padrão de amadurecimento a ser seguido e como cada aspecto dela amadurece de uma forma... De qualquer modo temos de esperar por Carlisle_ Rose respondeu.

Eu seria a experiência científica por dias. “Grande novidade” eu pensei, não fora assim sempre? Em minha última medição (um dia depois ao meu encontro com Will, Carlisle disse que meu crescimento era ligeiramente mais rápido que o de um humano de minha idade física e que eu não teria grandes mudanças até o cessar total de meu amadurecimento).

_ Bella, você pode me explicar que diabos de maldição a loura psicopata falou? Ela não fez um bom trabalho com sua explicação aqui, sabe_ Rose rosnou em resposta a Jake. Eu nunca desejei tanto que ele fosse menos protetor comigo. Ouvi minha mãe suspirar e descer.

Já terminava o banho quando ouvi os gritinhos de Alice_ eu quis descer pelo ralo.

_ Alice_ ouvi Esme ralhar.

_ Nessie, está na sua cama_ a baixinha quase cantou. Franzi o cenho para a parede_ Isso é tão legal.

_ Porque não é com você, Alice_ rebati. Sua risada foi se afastando. Saí do banheiro indo em direção a caixinha azul em minha cama, contrariada.

Eu estava vestida e penteava-me quanto as três entraram. Bella me abraçou e me deu um beijo demorado, eu sabia o que ela estava pensando. Algo como “Meu bebê está crescendo”, como se isso fosse novidade. Alice quicava no lugar e Rose sorria altiva e deslumbrante.

_ Alice_ segurei-a pelos ombros, fazendo-a parar.

_Nessie, eu não sei como é_ reclamou.

_Eu realmente não sinto falta dessa parte de ser humana. Era um sofrimento_ Disse Rose.

_Como se sente?_ Bella pergunto enquanto Esme entrava.

_Constrangida. Exceto isso, sinto-me como sempre_ disse sinceramente.

_Parece que temos a explicação para a explosão de ontem_ falou minha avó. Minhas tias aquiesceram rindo enquanto Bella me levava para baixo.

_Onde está Jake? Não o ouço por perto. _ falei sentando para tomar café da manhã. Era engraçado como meu corpo agia: eu precisava me alimentar mais que os vampiros, mas não precisava que fosse todos os dias. A fome era mais um reflexo, como o sono. Eu precisava dormir, embora pudesse passar dias sem_ não que alguém tivesse me deixado testar.

_Correndo_ Bella respondeu apenas.

_Bella, Carlisle tem uma hora para vocês_ Disse Esme de algum lugar no andar de cima. “Para...?”, perguntei tocando a mão de minha mãe sobre a mesa.

_Examinar você. Ele tem turno duplo hoje, só estará em casa na segunda pela manhã.

_Precisam ir agora_ Esme de súbito estava na cozinha.

Tentei não pensar muito em ser examinada por meu avô, mas Bella disse que seria apenas uma conversa, o que me fez relaxar um pouco mais.

_ Prefere que sua mãe saia?_ perguntou ele no início da consulta. Diante de minha resposta negativa ele continuou: _ Sente dores?_ neguei com a cabeça.

_ Carlisle... _Bella hesitou_ Seres híbridos em geral não são férteis. O que pode dizer sobre Renesmee?

Eu não havia pensado dessa maneira ainda. Que importância teria para mim ser ou não fértil?

_Um ciclo menstrual não quer dizer necessariamente fertilidade, ocorre com humanas. O corpo de Renesmee amadurece em ordem diferente. Por enquanto é difícil dizer qualquer coisa, sendo que não há como verificar a produção de óvulos, nós temos de esperar_ Sim, por eu ser virgem não haveria exames constrangedores.

_ Mas, Nessie, em humanas é comum que haja a menarca, mas depois nada de ciclo menstrual. Isso se dá quando o útero ainda não está pronto, é infantil. Mesmo que você pareça ter quinze anos, tem apenas cinco, então atrasos e irregularidades por períodos longos são normais nessas circunstâncias, em humanas. Tratando-se de você_ ele sorriu_ preciso que me diga. _Assenti.

Carlisle me mediu novamente, só para confirmar o resultado da medição anterior. Bella e eu fomos almoçar, quer dizer eu almocei, não pude discutir com ela.

Todos estavam em casa, com exceção de Esme. Cavalheiros, como não existe mais, ninguém comentou o acorrido, embora eles soubessem. Não havia segredos naquela casa.

Edward tocava o piano para si. Jazz e Emmett jogavam xadrez (com oito tabuleiros, há muito seis ficara entediante). Rose e Alice montavam um quebra-cabeça com uma foto gigantesca da família, no meio da sala. Jacob estava no sofá vendo TV e eu me sentei ao seu lado, mergulhando a mão no saco de fritas que ele tinha. Embora eu estivesse cheia de comida humana pelos próximos dois dias. Jacob virou a cabeça devagar, o olhar curioso. Encaramos-nos por um longo segundo, pensei ter ouvido meu pai vacilar numa nota, eu desviei de Jake para olhá-lo, mas ele continuava tocando, e ignorei. Era mais fácil eu ter ouvido errado que meu ter vacilado no piano...

_Você por acaso passou perfume?_Jake indagou interrompendo meus pensamentos, a expressão confusa.

_ Sabe que não uso perfume_ o cheiro de vampiro em mim era o bastante mesmo para que um humano sentisse, era o que me tornava mais atraente, uma vez que meu cheiro não os causa medo por conter algo humano. Cheirei minhas roupas, estavam normais.

_ Mudou de xampu?_ ele pegou uma mecha de meu cabelo farejando nela. O imitei, cheirava a frutas vermelhas, meu xampu favorito, eu nunca trocava.

_ Estou cheirando mal?_ fiquei preocupada.

_ Não, só diferente_ ele inalou o ar perto de mim, depois pegou minha mão direita e cheirou_ E... Melhor, muito melhor_ Jake endireitou-se no sofá, pensativo, o lábio inferior projetando-se, formando uma expressão que destoava num corpo tão forte e adulto.

Alice e Rose, sentadas no chão a nossa frente, assistiam interessadas nossa conversa, mas desviaram-se quando as olhei. Minha mãe, escorada ao piano, fez o mesmo. Fosse lá o que elas pensavam Edward parecia não se importar, portanto não perguntei. Meu cheiro era o de sempre, o nariz de lobo de Jacob devia estar começando a pifar com tantos vampiros...

No domingo à tarde todos os garotos estavam numa conversa animada na garagem.

_...fiz uma encomenda. Não é muito mais potente que essa, mas o designer é fantástico_ dizia Jazz quando entrei na garagem apontando para a moto robusta e prateada que papai lhe dera um dia_ É vermelha.

_ Prefiro preta ou prata... _ Disse Jacob admirando o veículo. Sentei no capô do Porsche, onde só as pernas de Emmett eram visíveis saindo debaixo dele. Com a visão periférica vi Edward, enquanto passava uma ferramenta para Emmett, aquiescer para Jasper; um sorriso satisfeito brincando em seus lábios.

_ Jacob, se quiser, ela é toda sua. Está em ótimo estado e a quilometragem é pouca_ Jasper anunciou. O rosto de Jacob se iluminou como o de uma criança que acaba de ganhar seu doce favorito. E depois caiu um pouco.

_ Não... É sua_ ele falou decidido, embora seus olhos tenham ido à direção do veículo.

_ Não seja orgulhoso Jacob Black. Não pode aceitar um presente do “amigo sanguessuga"?_ Provocou Edward.

_ Afinal, você é da família_ Emmett deu um risada que fez o carro tremer sob mim, Edward o silenciou com um chute.

_É verdade, além disso, vou adorar passear com ela_ falei sabendo que ele não resistiria.

_Aaahh caara!_ Jake montou na moto afagando o guidão_ Se você não fedesse tanto eu te abraçaria_ apontou para Jasper.

_Estamos bem assim. Fico feliz com um ‘obrigado’_disse meu tio. A alegria de Jake era tanta que por um instante tomou todo o lugar enquanto Jasper, sorridente, de adaptava a ela.

_ Vamos, Jake leve-me a algum lugar_ pedi tomada pela alegria dele, descendo do Porsche.

_Nessie_ eu conhecia esse tom de Edward.

_Pai!_ interrompi_ você sabe que não é perigoso e que Jake consegue ser mais protetor que todos vocês juntos_ Ele suspirou.

_Tudo bem, tenham cuidado_ dei-lhe um beijo na bochecha e corri para me trocar.

_Cuidado_ três vozes femininas ecoaram atrás de mim quando saí.

O motor rugia suave enquanto Jake acelerava pela rua macia de nossa casa. Agarrei em sua cintura, ele exigia o máximo da máquina, meus cabelos chicoteavam minhas costas. Em poucos segundos estávamos deslizando, costurando entre os carros cautelosos com o gelo no asfalto. Não durou muito, ele diminuiu. Toquei suas costas por baixo de sua blusa perguntando por que, soando desapontada. O ouvi rir, antes de responder:

_É uma cidade grande, tivemos sorte de não termos sido parados_ Ele dirigiu para perto da baía, uma rua movimentada com lanchonetes e restaurantes.

_ Vamos tomar alguma coisa_ Jake disse, eu concordei e ele estacionou. Entramos numa lanchonete de cadeiras acolchoadas e circulares, o ambiente sugeria que uma garçonete usando patins viesse nos atender. Sequer iniciamos uma conversa, a garçonete já estava na mesa.

_ Boa noite, querem pedir agora?_ apesar do plural ela só olhou para Jacob.

_ Uma coca e... Sorvete?_ assenti com a proposta dele para mim_ Chocolate e creme_ ele sabia do que eu gostava.

_Nada mais?_ notei que ela falava macio e analisava Jacob meticulosamente. Ele a dispensou, ela saiu rebolando demais os quadris. Eu tinha de admitir, ela era bonita. Não como Zoe ou Jade, mas bonita. Ri internamente, Jake nem a notou... No entanto à Jade...

_Então Jake, está se dando bem com Jade e Jhon, não é?_ demandei.

_São pessoas legais_ Ele ergueu as sobrancelhas, sabendo que havia algo por trás da pergunta.

_Você foi a casa dela essa semana. Conheceu os pais dela?_ Eles combinaram de estudar na casa dela desta vez.

_ Não, não havia ninguém mais lá. Sabia que a avó dela é quileute?_perguntou. Fiquei surpresa.

_Não sou eu quem lê mentes_ falei, perguntando-me porque ele não disse antes _Não é longe, mas por que ela saiu da reserva?

_Jade me contou a história. Sua avó tinha dezesseis anos e se apaixonou por um forasteiro francês que chegou às nossas terras em busca de pedras preciosas. Ele também a amava e ela, mesmo sendo filha única fugiu com ele para a Califórnia, onde se casaram e tiveram o pai de Jade. Desde então nunca voltou, apenas se comunicava com os familiares por carta.

_Que bonito_ sorri_ Jade não vai se importar de me contar? _ ele deu de ombros. Nesse momento a garçonete voltou. Ela ajeitou a franja do cabelo curto quando viu que Jake não a olhava.

_Obrigada_ falei e ela forçou um sorriso antes de sair. Estava certa de que Jake não percebera a tentativa de flerte. Eu não gostava de como ela o olhava, como se fosse um pedaço de bife suculento. Tomei um pouco de meu sorvete voltando à conversa com meu irmão.

_Isso torna Jade uma quileute, certo?_perguntei.

_Sim. Sabe, é bem possível que a avó dela tenha conhecido meu pai, e o velho Quil... Embora talvez eles fossem muito crianças ainda.

_Sim, é possível_ concordei sentindo uma pontada de ciúmes. Jake estava animado em encontrar uma conterrânea longe de casa. De alguma forma, eu sentia como se isso a fizesse tão próxima (ou mais) dele que eu_ Acho que ela gosta de você_ murmurei. Ele não disse nada, apenas franziu um lado da boca como quem diz: “o que posso fazer?”.

_Querem algo mais?_ agora ela parecia decepcionada.

_Não quero mais nada, Jake_ sorri para ele e depois para ela, que não fez questão de sorrir de volta, eu estava me divertindo com aquilo. Depois de pagar a conta saímos e fiz questão de abraçá-lo.

_Não devia brincar assim com as pessoas_ disse ele quando chegamos perto da moto. Senti meus olhos se arregalarem com a surpresa.

_ Se notou porque não fez nada?

_ Porque não me interessa, eu não brinco com as pessoas_ ele disse sorrindo. Eu dei de ombros. Depois fomos para uma estrada, onde pudemos correr a máxima velocidade. Eu percebi que não era só a velocidade, que nem se comparava com uma corrida, para ele era dominar a máquina e para mim era não saber para onde estava indo.

A segunda feira teria sido tediosa, todos na escola e eu em casa, mas diverti-me com Esme. Cozinhei o jantar de Jake enquanto ela me dava instruções - eu costumava cozinhar com minha avó quando era pequena, apesar de odiar comer depois. Na terça, na escola, Jake e eu já havíamos nos separado do restante de nossa família e caminhávamos pelo corredor. Era como no primeiro dia de aula, ou quase. Além dos olhares, todos falavam comigo, e com Jake. “Oi, Renesmee”, seguia uma voz após outra, eu acenava e sorria em resposta aos rostos cujo minha mente gravara, apesar da falta de proximidade.

_ Acho que estou andando com a garota mais popular_ Jake riu. Revirei os olhos. Nós íamos à direção dos armários, pegar uns livros. Virávamos a esquina quando a mão de Jake se fechou na minha, sacudi um pouco a mão, ele a afrouxou lentamente. Willian estava escorado em meu armário, na pose confiante de sempre.

_ Oi, Nessie_ falou quando o alcancei, virou de lado apoiando-se apenas com um braço. Ele não pareceu notar o olhar de Jake quando ele passou rumo ao próprio armário.

_Olá_ falei hesitante. Notei uma sombra no lado direito de seu queixo, provavelmente o que fora um hematoma. Senti a aglomeração de sangue em minhas bochechas, ele sorriu com isso_ Eu... _percebi ter problemas com seus olhos de safira tão perto_ Queria pedir desculpas pelo soco.

_ Ah_ ele riu sem graça_ Você tem uma bela direita. Não se preocupe, está perdoada. Vejo você no almoço?_ ele tocou meu ombro.

_É, acho que sim_ Tirei o livro do armário, fechando-o. Virei meu corpo e ele beijou minha bochecha.

_Até mais_ ele disse saindo em direção a sua aula.

Will foi muito gentil em deixar de lado o soco que dei nele, e também em ignorar Jake, que suspirava exasperado atrás de mim.

_Temos aula_ disse, sua voz calma, ao contrário do que esperava.

Na cafeteria os cumprimentos continuaram enquanto eu seguia para a mesa de sempre. Vi Zoe sentando com as amigas e uns rapazes grandes do time de futebol, ela parecia mais pálida que o normal e logo notei a espessa camada de maquiagem. Senti-me envergonhada, mas achei engraçado. Acenei para minha família e me juntei a Mallory, Suzan e Rick, Jake se juntou a nós logo depois. Nosso grupo variava. Jade e Jhon nem sempre se sentavam conosco, Will, agora, almoçava em nossa mesa com cada vez mais freqüência, ignorando as gracinhas dos amigos, uns rapazes que eram bastante populares e que preferiam manter distância. No entanto neste dia estavam todos, até Ive.

_Todos estão comentando, Nessie, seus dedos ficaram tatuados nela_ Disse Suzan, até Jake riu.

_ Tudo bem, agora vamos deixar isso para trás_ pedi séria. Suzan suspirou e falou:

_ Rick e eu estávamos comentando que o inverno logo acaba e não fizemos nenhum programa legal.

_Poderíamos ir esquiar. Meus pais e eu fomos durante o fim de semana_ Sugeriu Jhon.

_ Seria uma viagem longa e teríamos de esperar até o próximo fim de semana_ falou Jade.

_Que tal patinar no gelo?_ pensou Mallory.

_Podemos ir amanhã, depois da aula_ Will concordou.

_ A pista de patinação mais próxima, não é tão próxima_ reclamou Ive.

_ Há um bosque nos fundos da minha casa e depois há um lago bem grande. Eu brincava lá há uns anos_ Falou Rick.

_ É muito longe da sua casa?_Mallory fez uma expressão cansada passando a mão no cabelo cor de sangue.

_Uns dez minutos_ respondeu Rick, rindo.

_É seguro?_ Suzan perguntou.

_ Meu irmão esteve lá no domingo.

_Eu adoro patinar_ falei, Jacob sorriu.

_Então combinado, amanhã depois da aula. Vamos todos para minha casa_ Rick concluiu.

Eu não estava à vontade que Ive fosse, ela não gostava de mim. Não tinha coragem de confrontá-la, mas diziam que era por Will... Ao menos ela não era como Zoe. Ive e Will eram amigos de infância, sua atitude devia ter algo a ver com o que eu sentia quando Jake ficava imerso em uma conversa com Jade. Entretanto, eu não era rude com Jade por isso.


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