New Eclípse escrita por Luiza Marie Swan Cullen


Capítulo 15
Desespero




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-Eu mesmo o examinei- Carlisle falou, eu virei minha cabeça pra encontrar o rosto dele, apenas alguns centímetros distante. A expressão de Carlisle estava séria e tranquilizadora ao mesmo tempo. Duvidar dele era impossível. -A vida dele não corre nenhum risco. Ele estava se curando a uma velocidade incrível, apesar de que os ferimentos dele serem extensos o suficiente pra que ele leve alguns dias pra estar de volta ao normal, mesmo se a velocidade de sua cura for estabilizada. Assim que acabarmos aqui, eu vou ver o que posso fazer por ele. Sam está tentando fazer com que ele volte a sua forma humana. Isso fará com que seja mais fácil tratá-lo- Carlisle sorriu um pouco. -Eu nunca estive na escola de veterinária.

-O que aconteceu com ele?- eu sussurrei. -Os ferimentos foram muito ruins?
O rosto de Carlisle estava sério de novo. 

-Outro lobo estava com problemas .

-Leah- eu respirei.

-Sim. Ele tirou ela do caminho, mas não teve tempo de defender a sí mesmo. O recém-nascido passou os braços ao redor dele. A maioria dos ossos de seus lado direito foram quebrados.
Eu vacilei.

-Sam e Paul chegaram lá a tempo. Ele já estava melhorando quando eles o levaram de volta para La Push.

-Ele vai voltar ao normal?- eu perguntei.

-Sim, Bella. Ele não terá nenhum dano permanente.
Eu respirei fundo.

-Três minutos- Alice disse baixinho.
Eu lutei, tentando ficar na vertical. Edward se deu conta do que eu estava tentando fazer e me ajudou a ficar de pé.
Eu olhei para a cena à minha frente.
Os Cullen estavam em um semi-círculo frouxo ao redor de uma fogueira. Já era difícil ver alguma chama, apenas a fumaça grossa, de um roxo escuro. Se espalhando como uma doença contra a grama brilhante. Jasper era o que estava mais perto da névoa de aparência sólida, em sua sombra, a pele dele não brilhava no sol tanto quanto a pele dos outros brilhava. Ele estava de costas pra mim, os ombros dele estavam tensos, seus braços um pouco estendidos. Havia mais alguma coisa, na sombra dele. Alguma coisa sobre a qual ele estava se curvando com cautelosa intensidade...
Eu estava entorpecida demais pra sentir mais do que um choque moderado quando eu me dei conta do que era.
Haviam oito vampiros na clareira.
A garota estava curvada em uma pequena bola ao lado das chamas, seus braços estavam ao redor de suas pernas. Ela era muito jovem. Mais jovem que eu - ela parecia ter talvez quinze anos, tinha cabelos escuros e ralos. Os olhos dela estavam focados em mim, e as íris eram de um vermelho chocante, brilhante. Muito mais brilhantes que os de Riley, quase cintilantes. Eles se moviam selvagemente, fora de controle.
Edward viu a minha expressão desnorteada.

-Ela se rendeu- ele me disse baixinho. -Isso é uma coisa que eu nunca ví antes. Apenas Carlisle pensou em oferecer. Jasper não aprova.
Eu não podia retirar os meus olhos da cena ao lado fogo. Jasper estava esfregando ausentemente seu antebraço.

-Jasper está bem?- eu sussurrei.

-Ele está bem. O veneno coça.

-Ele foi mordido?- eu perguntei, horrorizada.

-Ele estava tentando estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Na verdade, ele estava tentando tentando certeza de que Alice não tivesse nada pra fazer- Edward balançou a cabeça. -Alice não precisa da ajuda de ninguém.
Alice fez uma careta na direção do seu verdadeiro amor. 

-Bobo super-protetor.
A jovem fêmea jogou a cabeça pra trás de repente como um animal e lamentou ruidosamente.
Jasper rosnou pra ela e ela se afastou, mas os dedos dela se enterraram no chão como se fossem garras e a cabeça dela balançava pra frente e pra trás, agustiada.
Jasper deu um passo em direção a ela, se curvando ainda mais. Edward se moveu com uma casualidade excedida, virando seu corpo até que ele estava entre a garota e eu. Eu dei uma espiada ao redor do braço dele pra observar a garota e Jasper.
Carlisle estava ao lado de Jasper em um instante. Ele colocou uma mão restringente no braço de seu filho mais recente.

-Você mudou de idéia, minha jovem?- Carlisle perguntou, calmo como sempre. -Nós não queremos destruir você, mas se você não se controlar, nós iremos.

-Como vocês conseguem aguentar isso?- a garota rosnou numa voz alta, clara. -Eu quero ela-. As íris escarlates brilhantes se focaram em Edward, através dele, além dele pra mim, e as unhas dela se enterraram no solo duro novamente.

-Você deve aguentar- Carlisle disse gravemente pra ela. -Você precisa exercitar o controle. É possível, e é a única coisa que te salvará agora.
A garota agarrou a cabeça com as mãos sujas de terra, gemendo baixo.

-Não devíamos nos distanciar dela?- eu sussurrei, me agarrando ao braço de Edward.
Os lábios da garota se ergueram sobre seus dentes quando ela ouviu a minha, a expressão dela estava atormentada.

-Nós temos que ficar aqui- Edward murmurou. 

-Eles estão vindo pelo lado Norte da clareira nesse momento.
O meu coração começou a saltar enquanto eu vasculhava a clareira, mas eu não conseguia ver nada além da nuvem grossa de fumaça.
Depois de um segundo de procura infrutífera, o meu olhar voltou para a jovem fêmea vampira. Ela ainda estava olhando pra mim, seus olhos meio-loucos.
Eu encontrei o olhar da garota por um longo momento. Um cabelo escuro na altura do queixo emoldurava o rosto dela, que era pálido cor de alabástro. Era difícil dizer se as feições dela eram bonitas, contorcida como elas estavam de raiva e de sede. Seus olhos vermelhos ferinos eram dominantes - era difícil desviar o olhar. Ela me olhou furiosamente, estremecendo e se estorcendo a cada segundo.
Eu encarei ela, hipnotizada, me perguntando se eu estaria olhando pra um espelho de mim mesma no futuro.
Aí Carlisle e Jasper começaram a voltar para o resto de nós. Emmett, Rosalie, e Esme, todos se convergiram apressadamente ao redor de onde Edward estava com Alice e eu. Uma frente unida, como Edward havia dito, comigo no coração, no lugar mais seguro.
Eu desviei a minha atenção da garota selvagem para procurar pelos monstros que se aproximavam.
Não havia nada pra ver. Eu olhei pra Edward, e os olhos dele estava travados diretamente à frente. Eu tentei seguir o olhar dele, mas não havia nada além da fumaça - uma fumaça densa, oleosa, se torcendo baixo no chão, se erguendo preguiçosamente, ondulando sobre a grama.
Ela se ondulava para a frente, mais escura no meio.

-Hmm- uma voz morta murmurou da névoa. Eu reconhecí aquela apatia imediatamente.

-Bem-vinda, Jane- o tom de Edward era friamente cortês.
As formas escuras se aproximaram, se separando da névoa, se solidificando. Eu sabia que seria Jane na frente - o manto mais escuro, quase preto, e a menor figura por quase meio metro.
Eu mal podia ver as feições angelicais de Jane por causa das sombras do capuz.
As quatro figuras vestidas de cinza que vieram atrás dela também eram um tanto familiares. Eu tinha certeza de que reconhecia o maior, e enquanto eu encarava, tentando confirmar as minhas suspeitas, Felix olhou pra cima. Ele deixou seu capuz cair um pouco pra trás pra que eu visse ele piscando e sorrindo pra mim. Edward estava muito imóvel ao meu lado, muito controlado.
O olhar de Jane se moveu lentamente entre os rostos luminosos dos Cullen e tocou a garota recém-nascida ao lado da fogueira, a garota recém-nascida colocou as mãos na cabeça de novo.

-Eu não compreendo- a voz de Jane estava sem tom, mas não tão desinteressada quanto antes.

-Ela se rendeu- Edward explicou, respondendo à confusão na cabeça dela.
Os olhos escuros de Jane passaram para o rosto dele. 

-Se rendeu?
Felix e outra sombra trocaram um rápido olhar.
Edward levantou os ombros. 

-Carlisle deu-a a opção.

-Não existem opções para aqueles que quebram as regras- Jane disse inexpressivamente.
Carlisle falou aí, a voz dele moderada. 

-Isso está em suas mãos. Enquanto ela estava disposta a cessar o seu ataque sobre nós, eu não ví nenhuma necessidade de destruí-la. Ela nunca foi ensinada.

-Isso é irrelevante- Jane insistiu.

-Como você quiser.
Jane olhou pra Carlisle consternada. Ela balançou a cabeça minimamente, e aí recompôs suas feições.

-Aro esperava que fôssemos chegar o suficiente a oeste pra vermos você, Carlisle. Ele manda suas saudações.
Carlisle balançou a cabeça. 

-Eu apreciaria se você mandasse as minhas pra ele.

-É claro- Jane sorriu. O rosto dela era quase adorável demais quando ela estava animada. Ela voltou em direção à fumaça. -Parece que vocês fizeram o nosso trabalho por nos hoje... em grande parte- Os olhos dela passaram para a refém. -Só por curiosidade profissional, quantos eles eram? Eles deixaram um despertar de destruição em Seattle.
 


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