New Eclípse escrita por Luiza Marie Swan Cullen


Capítulo 11
Traição ou não?




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Edward se virou nos calcanhares, e aí se lançou pra frente, fechando a distância que havia entre nós com três passadas longas.Eu sabia que ele ia tirar vantagem da situação. Eu esperava isso. Eu fiquei muito imóvel - meus olhos fechados, meus dedos dobrados nos punhos aos lados do meu corpo - enquanto ele segurava o meu rosto entre as mãos e os lábios dele encontraram os meus com ansiedade.Coloquei minha mão em seu pescoço sem medir as consequências do fato.Assim que ele teve certeza que eu não ia abaixar o braço, ele soltou o meu pulso, as mãos dele indo em direção à minha cintura. A mão fria dele encontrou a pele das minhas costas, e ele me puxou pra frente, ajustando o meu corpo contra o dele.Os lábios dele desistiram dos meus por um segundo, mas eu sabia que ele ainda não estava nem perto de acabar. A boca dele seguiu a linha da minha mandíbula, e depois explorou o meu pescoço. Ele soltou o meu cabelo, pegando o meu outro braço pra colocá-lo em cima do seu pescoço assim como o primeiro.
Aí os dois braços dele estavam na minha cintura, e os lábios dele encontraram a minha orelha.

-Você consegue fazer melhor que isso, Bella- ele sussurrou ásperamente. -Você está pensando demais.
Eu estremecí quando os dentes dele morderam o lóbulo da minha orelha.
       -Isso mesmo- ele murmurou. -Pelo menos uma vez, deixe-se sentir o que você sente.
Eu balancei a minha cabeça mecanicamente até que uma das mãos dele voltou para o meu cabelo e me parou.A voz dele se tornou ácida.                          -Você tem certeza que quer que eu volte? Ou você realmente quer que eu morra?-Os meus braços já estavam ao redor dele, então eu agarrei uma mão cheia dos cabelos dele , ignorando a dor penetrante na minha mão direita , e lutei de volta, lutando pra levar o meu rosto pra longe do dele.
E Jacob entendeu errado.
Ele era forte demais praa reconhecer que as minhas mãos, tentando arrancar os cabelos dele das raízes, tentavam causá-lo dor. Ao invés de raiva, ele imaginou paixão. Ele pensou que eu estivesse correspondendo ele.
Com um movimento selavagem, ele trouxe sua boca de volta para a minha, os dedos dele se agarrando freneticamente à pele da minha cintura.
A onde de raiva desequilibrou o meu auto-controle tenaz; a resposta inesperada, estática dele o subverteu inteiramente. Se houvesse apenas triunfo, eu teria resistido. Mas a enorme alegria indefesa dele arrebentou a minha determinação, a incapacitou. O meu cérebro se disconectou do meu corpo, e eu estava beijando ele de volta. Contra todas as razões, os meus lábios estavam se movendo nos dele de formas estranhas, confusas, que nunca haviam se movimentado antes - porque eu não precisva ser cuidadosa com Jacob, e ele certamente não estava sendo cuidadoso comigo.
Os meus dedos apertaram os cabelos dele, mas agora eu estava o trazendo mais pra perto.
Ele estava em todo lugar. A penetrante luz do sol deixou as minhas pálpebras vermelhas, e a cor se ajustava, combinava com o calor. O calor estava em todo lugar. Eu não podia ver ou ouvir ou sentir outra coisa que não fosse Jacob.
A pequena parte do meu cérebro que retinha a sanidade gritava perguntas pra mim.
Porque eu não estava parando isso? Pior que isso, porque eu não podia encontrar em mim mesma nem o desejo de querer pará-lo? O que significava eu não querer que ele parasse? Que as minhas mãos estavam agarrando os ombros dele, e que elas gostavam que eles fossem largos e fortes? Que as mãos dele me puxassem com tanta força contra ele, e mesmo assim isso não era o suficiente pra mim?
As perguntas eram estúpidas, porque eu sabia a resposta: eu estive mentindo pra mim mesma.
Jacob estava certo. Ele esteve certo o tempo inteiro. Ele era mais que só meu amigo. Era por isso que era tão impossível dizer adeus a ele - porque eu estava apaixonada por ele. Também. Eu amava ele, muito mais do que eu deveria, e mesmo assim, não era nem de perto o suficiente. Eu estava apaixonada por ele, mas isso não era o suficiente pra mudar tudo; só era o suficiente pra nos machucar ainda mais. Pra magoar mais do que eu já tinha feito.
Eu não me importava pra mais que isso - a dor dele. Eu merecia mais do que qualquer dor que isso causasse pra mim. Eu esperava que fosse ruim. Eu esperava que eu realmente sofresse.Nesse momento, parecia que éramos a mesma pessoa. A dor dele sempre foi e sempre seria a minha dor - agora a alegria dele era a minha alegria. Eu sentia alegria também, e mesmo assim, a alegria dele de alguma forma também era dor. Quase tangível - ela queimava na minha pele como ácido, uma dor lenta.
Por um segundo breve, sem fim, um caminho interiamente diferente se expandiu atrás das pálpebras dos meus olhos molhados de lágrimas. Como se eu estivesse olhando pra algum compartimento dentro dos pensamentos de Jacob, eu podia ver exatamente as coisas das quais eu abriria mão, exatamente o que esse novo auto-conhecimento não ia me salvar de perder. Eu podia ver Charlie e Renée misturados em uma estranha colagem com Billy e Sam e La Push. Eu podia ver os anos se passando, e significando alguma coisa enquanto passavam, me mudando. Eu podia ver o enorme lobo marrom-avermelhado que eu amava, sempre protetor se eu precisasse dele. Pelo menor fragmento desse segundo, eu ví as cabeças saltitantes de duas crianças, de cabelos pretos, correndo pra longe de mim e pra dentro da floresta familiar. Quando eles desapareceram, o resot da visão foi com eles.
E aí, bem distintamente, eu sentí uma fissura na linha do meu coração enquanto a parte menor se separava do resto.
Os lábios de Jacob ficaram imóveis antes dos meus. Eu abrí os meus olhos e ele estava olhando pra mim com maravilha e elação.
          -Eu tenho que ir embora- ele sussurrou.
          -Não.
Ele sorriu, contente com a minha resposta.

-Eu não vou demorar-ele prometeu. -Mas primeiro uma coisa...
Ele se inclinou pra me beijar de novo, e não havia razão pra resistir. Qual seria a necessidade?
Dessa vez foi diferente. As mãos dele estavam macias no meu rosto e os lábios dele eram gentís, inesperadamente exitantes. Foi breve, e muito, muito doce.
Os braços dele se curvaram ao meu redor, e ele me abraçou seguramente enquanto sussurrava no meu ouvido.
         -Esse devia ter sido o nosso primeiro beijo. Antes tarde do que nunca.
Contra o peito dele, onde ele não podia ver, as lágrimas rolaram e se espalharam.


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