Because, I Love You. escrita por


Capítulo 7
Perdidos II


Notas iniciais do capítulo

Eu gostei mesmo desse capítulo porque já mostra um pouco de como vai ser Ana e Tony nos outros... Gosto de me aprofundar na história dos personagens e problemas familiares. - E me desculpem se tiver algum erro de português, eu revisei, mas não sei se fiz direito... Ah e sobre ontem, eu postei essa capítulo, só que faltava alguma coisa e eu acabei o deletando, desculpem-me por esse transtorno, prometo que não vai mais se repetir.
É isso aí amores, tomarem que gostem :)
e eu ficaria feliz com reviews.



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O Tony me carregou um longo percurso, então acabei ficando com dó dele e descendo das suas costas.

– Estamos andando a mais de uma hora. – ele disse sentando em um banco.

– Vamos voltar pro carro. – eu disse puxando sua mão.

– Eu não me lembro... – ele pigarreou. – o caminho.

– Não lembra? – gritei.

– Não grita. – ele me encarou.

– Estamos completamente perdidos! – eu afirmei. – sem um telefone e num lugar sabe lá Deus onde. – choraminguei. – eu estou ferrada.

– Para de reclamar! – Tony me puxou para sentar.

– O que você está fazendo? – perguntei o olhando.

– Tentando pensar em uma maneira de nos tirar daqui, se você conseguir calar a sua bendita boca. – ele me encarou e sorriu ironicamente, senti vontade de me encolher no chão, ele conseguia ser tão mandão quando queria.

Um casal passou do outro lado da rua e Tony pareceu ler meus pensamentos, saltamos do meio fio e corremos em direção a eles.

– Oi. – respondi ofegante, a mulher me encarou confusa.

– Oi. – ela respondeu baixo.

– Estamos perdidos. – Tony respondeu na minha frente. – por culpa dela. – ele apontou pra mim. – vocês poderiam dizer que lugar é esse? – a mulher sorriu aliviada.

– Vocês estão na zona oeste. – minha respiração falhou.

– Obrigado. – ele me encarou. O casal continuou seguindo o caminho. – estamos perdidos na Zona Oeste, Ana. – seu tom de voz demonstrava irritação. – em um carro que não pega. – ele respirou fundo.

– Ele pegaria se você não tivesse esquecido do caminho! – respondi no mesmo tom que ele.

– Eu estava ocupado carregando você, sua gorda! – minha boca se abriu em um pequeno “o” e eu cruzei meus braços.

– Eu não sou gorda! – murmurei irritada. – e me deixe em paz! – sai trotando dali.




POV Tony.



Cruzei meus braços irritado.

Mas que diabos! Porque ela tinha que ser tão... Tão chata! Aquele humor bipolar me irritava, quem ligava se ela era gorda ou não? Ninguém!

Ela andou mais alguns metros e parou em um banco se sentando ali, fiquei olhando de longe. – Vá falar com ela Tony! – Meu subconsciente sussurrou pra mim, mexi meus pés e me aproximei dela.

– Eu não quis ser grosso. – me sentei ao seu lado. – você não é gorda. – ela não me respondeu. – e também eu nem ligo porque as gordinhas são legais e tudo bem... – ela me lançou um olhar ameaçador e eu me calei.

– Cala a boca Antony. – ela murmurou bem baixinho, sorri em resposta e me calei.

Tudo bem, ela era bonita e não era gorda, só aquela blusa que talvez não caíssem muito bem e a deixasse meio cheinha... – Franzi a testa e achei melhor mudar de assunto.

– Olha, precisamos sair daqui, só isso. – me levantei. – podemos ir andando até o carro e tentar lembrar o assunto ou então ficar discutindo o seu peso e... – ela me deu um tapa.

– Não me dirija a palavra! – ela disse alto e saiu andando na frente. Mordi o meu lábio involuntariamente e entortei um pouco a cabeça para olhar sua bunda...

– Ei! – gritei. Ela se virou pra me olhar. – talvez você não seja gorda. – sorri maliciosamente, ela cerrou os olhos.

– Você é um ogro! – ela gritou, dei de ombros e ela colocou as duas mãos na bunda e saiu correndo na frente, comecei a rir.

Vai entender as mulheres, você as chama de gorda e elas ficam irritadas, então você as elogiam e elas ficam mais irritadas ainda. Ô pessoinha complicada.

Andamos, andamos e andamos até conseguirmos encontrar o carro. Não houve nenhuma manifestação da Ana, o que eu realmente achei estranho, porque ela não conseguia parar quieta.

– Você realmente ficou chateada não é? – perguntei quando ela rodeou o carro para entrar na porta do motorista.

– Ah, quem se importa né Antony?! – a voz dela estava sarcástica, fiz careta.

– Eu realmente preciso me desculpar, não foi por querer, eu juro. – ela abriu a porta do carro e entrou no mesmo. – não estou desculpado. – sussurrei para mim mesmo. Rodeei o carro e achei melhor não comentar sobre o assunto, ela estava nervosa e eu sem nenhuma paciência para aguentar chiliques.

Nós fomos o caminho todo sem dizer uma palavra, acabou que ela encontrou a avenida principal e conseguimos voltar para casa perto das onze da noite.

– Ana... – eu a olhei.

– A gorda aqui não quer falar com você Antony! – ela disse irritada, mordi o lábio para conter o riso.

– Olhe... – ela me olhou. – eu sinto muito.

– Mentira! – ela disse sorrindo sarcasticamente.

– Eu não sinto, mesmo. – dei de ombros. – mas pedi desculpas! – abri a porta do carro e sai do mesmo.

Destravei o carro e dirigi até a minha casa, as luzes ainda estavam acesas. – suspirei alto e entrei em casa. Eu escutei as risadas e as vozes graves, droga! Tinha me esquecido que hoje era o aniversário do meu pai.

– ...Você realmente não sabe como foi engraçado... – eu parei na sala de jantar, minha mãe parou de falar, minha irmã quase cuspiu o champanhe.

– An... Antony. – minha mãe sussurrou.

– Feliz aniversário pai. – eu disse parando na sua frente, ele sorriu de lado e me abraçou, logo em seguida eu o soltei e me virei para minha mãe. – desculpem atrapalhar, eu estou indo para o meu quarto. – eu me virei para sair.

– Fica! – minha mãe pediu. – nós ainda não jantamos e gostaríamos que você ficasse. – sorri ironicamente.

– Acho melhor não. – girei meus calcanhares e subi as escadas, demonstrações de afeto não faziam parte de mim e com certeza, minha mãe não estava falando aquilo do coração.

Tirei minha roupa e fui tomar um banho, fiquei quase meia hora debaixo do chuveiro só sentindo a água escorrer entre meus poros, tomar banho era sempre tão... Relaxante, me fazia esquecer dos meus problemas em casa e conseguir pensar. Eu gostava desse lance de me distrair... Me lembrei da Ana toda irritada porque a chamei de gorda e soltei um riso descontraído. – Mulheres eram tão... Estranhas.

Sai do banho e enrolei uma toalha na cintura, me joguei na cama e acho que adormeci pouco tempo depois.


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