-Finalmente férias! – Tom se esticava no sofá do estúdio, que folgado! E eu tenho que ficar nessa cadeira dura.

-Para onde vamos? – Georg perguntou puxando o saco de balas da minha mão. Outro folgado!

-Vamos para uma casa... - Gustav falou enquanto brincava com as suas baquetas quase deixando as escapar e voar na cara de Tom. Eu ia rir muito se isso acontecesse.

-Uma casa? Que tipo de casa? – Agora Tom roia as unhas. Além de folgado é nojento. Muito nojento!

-Na Inglaterra! – Gustav falava de um jeito que isso parecia até ser legal.

-O que vamos fazer na Inglaterra? – eu finalmente abri a boca.

-Sei lá! É uma casa no meio de uma “floresta”, bem isolada, para não sermos incomodados por fãs doidas – Gustav achava essa idéia legal, eu achava terrível!

-Quando vamos? – não acredito que Tom vai aceitar essa idéia de ficar 3 semanas sem contato com o sexo oposto.

-As férias começam hoje, tecnicamente, então podemos ir amanhã ^^ - vou matar Georg!

-Ótimo!- Gustav também está na minha lista negra agora!

-Então Bill, concorda? – finalmente meu querido irmão “mais velho” lembrou de perguntar a minha opinião.

-Na verdad...- fui interrompido por ninguém menos que o inventor dessa grande história: Gustav.

-Eu sabia que você ia concordar! – ele disse todo alegre, como se soubesse o que eu iria dizer ¬¬

0o0o0o0o0o0

Acordei com o sol batendo no meu rosto. Maldito. Levantei mais mal humorado que o normal, fiz minha higiene pessoal, peguei minhas malas e desci.

Os três infelizes já me esperavam na sala de entrada. Nem me importei com o café da manhã, a final, a viagem nem era tão longa. Eu poderia comer qualquer coisa em qualquer outra hora no lugar para onde estamos indo.

-Avião? – perguntei para Tom fazendo careta

-Nunca! – Tom e seu medo de altura ¬¬ - vamos de ônibus!

-O que?! – não pode ser possível!

Olhei para Gustav e Georg, e os dois pareciam concordar com a idéia de Tom.

-Anda logo Bill! O ônibus já está pronto!

Fomos correndo para o local onde o ônibus estava. Pelo menos acho que aqui eu não vou ficar entediado. O ônibus possui vídeo game, mesa de sinuca e bar. Tirando a banheira de hidromassagem (eu não me arrisco a tomar banho nela com o ônibus em movimento).

Mais como eu estou muito mal humorado preferi me deitar e ler um livro, num lugar sossegado e sem barulho da algazarra dos três.

Acabei dormindo, só fui acordado quando já havíamos chegado na tal casa.

Desci do ônibus de cara fechada, pelo jeito os outros três já haviam entrado na casa, a porta estava aberta.

-Hey Bill! Venha pegar suas coisas malandro! – como Georg é carinhoso comigo, não?

-Ah! Vocês ainda estão ai... – os três ainda estavam tirando as malas do ônibus – já entraram na casa?

-Ainda não... – Gustav falo com voz de decepção, acho que a casa não é bem o que ele imaginava.

Bom, para descrever a casa uso uma simples frase: É uma réplica perfeita da casa do filme “Espíritos 2”.

Pronto, não digo mais nada sobre ela.

Andei mais um pouco, carregando minhas malas. Parei a uns 4 metros de distancia da casa, pegando mais detalhes dela. Larguei as malas novamente e me vire para falar com Gustav.

-Então por que a porta está aberta? – a casa já era um tanto sombria, com as portas abrindo sozinhas não dá!

-Porta aberta? – Tom saiu de trás de ônibus para visualizar a entrada da casa – Ah! Deve ter sido o vento!

Vento? Sei! Aham...

Mesmo assim tomei coragem e entrei na casa. Ao empurrar a porta ela rangeu. Fazendo meu corpo tremer levemente.

“Que horror!” foi a primeira coisa que pensei.

Quase fui derrubado quando Tom passou por mim, largando suas malas no chão.

Em seguida entraram dois homens carregando uma televisão de 42 polegadas.

Gustav escolhe uma casa no meio do mato mais leva junto uma televisão, se ele tivesse escolhido a cobertura de um prédio no meio de Nova Iorque teria dado no mesmo.