De Volta Ao Reino Dos Gatos escrita por Milady Sara


Capítulo 5
País dos Gatos


Notas iniciais do capítulo

A fic vai meio devagar maaaaaaaaaaaas a esperança é a última que morre neh??



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Assim que tentou abrir os olhos, Seiko os fechou novamente por causa de uma luz forte. Suas costas doíam por causa da queda. Quando conseguiu abrir os olhos, viu-se em um grande gramado, e Barão estava sentado ao seu lado.

– Você ficou maior? – ela perguntou vendo que o gato estava pelo menos sete centímetros maior do que ela.

– É porque estamos aqui. Tudo bem? – ele perguntou se levantando e a ajudando a fazer o mesmo.

– Um pouco dolorida, mas bem. – disse Seiko. Olhou ao redor e viu que estavam em um grande gramado, por sinal, via-se grama por todos os lados, assim como árvores e rabos-de-gato. E a sua frente ela viu um grande palácio. – Uau!

– Realmente é uma beleza... Mas não se deixe levar pelas aparências.

– Espere... Onde está o Muta-san e os outros gatos?

– Por favor, saia do meu telhado! – Seiko e Barão olharam para trás e viram Muta no telhado de uma pequena casa de palha entre muitas outras com um gato preto no chão acenando para que ele saísse dali (obviamente, em pé nas patas traseiras).

–Huh? – resmungou Muta como se estivesse acordando de um longo sono. – Ok, eu saio... O que isso aqui embaixo? – Muta havia caído em cima de um dos gatos cinza que os levara para lá. – Você tá bem? - gato cinza deu um fino miado e pulou do telhado, seguido por Muta.

– Nos separamos dos outros por causa do excesso de peso... – disse o gato cinza esfregando a cabeça.

– O que quer dizer? – disse Muta.

– N-nada! Olha é a minha casa ali! Adeus! – dizendo isso o gato cinza correu para longe enquanto Muta se juntava a Barão e Seiko.

– Bem... Temos que conseguir um modo de entrar no palácio. – falou Barão.

– Seiko-sama! – ouviram o grito e logo, o gato cor de caramelo subiu a colina e ou viu. Com ele vinham alguns gatos, dois deles levando lanças e dois trazendo um carrinho de mão parecido com o que o Regente usara na primeira vez que Seiko o viu, só que maior.

– Ah! Olá!

– Vamos, vamos! O jantar de casamento vai ser logo e ainda precisamos vestir a senhorita, nyah!

– O que? Banquete?

– Sim! Se o casamento será daqui a algumas horas o banquete deve ser logo! Nyah!

– Algumas horas?! – Seiko olhou desesperada para Barão e Muta. Barão fez um sinal para que ela se acalmasse.

– Se é assim, vamos. – disse Barão sentando-se no carrinho de mão seguido de Seiko. Muta não coube e teve que ir andando ao lado deles. Passaram por um grande gramado e quando começaram a atravessar o fosso, e Seiko viu aquele castelo tão grande e imponente, engoliu em seco assustada. Ao perceber isso, Barão tocou seu ombro como se dissesse que tudo ia ficar bem.

Desceram do carrinho para entrar no castelo. Os cômodos eram amplos e enfeitados com desenhos de peixe. Foram levados por um corredor que dava em dois cômodos diferentes separados por cortinas vermelhas.

– Por aqui senhorita. – disseram duas gatas vestidas com argolas e véus puxando Seiko pelos braços.

– N-nani?

– Precisamos aprontá-la! – Seiko olhou para trás enquanto Barão e Muta iam para o quarto ao lado e novamente, Barão gesticulou para que ela ficasse calma.

As gatas pouco se importaram com sua roupa de colegial, foram logo colocando um vestido de renda preto por cima e arrumando seus cabelos. Seiko somente olhava para baixo. Era irônico ela estar de preto.

– Isso não está certo... – disse alto demais.

– O que foi Seiko-sama?

– Er... É que... Eu não sou gata e... O noivo também e... Isso é meio estranho... Não? – as gatas riram.

– Assim como a senhorita, o noivo esta se transformando em gato!

– O que? Não, acho que saberia se estivesse me tornando uma gata!

– Olhe-se no espelho. – Seiko levantou a cabeça e na frente do espelho, viu seu rosto, mas estava um pouco diferente. Ela tinha um focinho, bigode com finos pelos pretos e orelhas de gato. Ela ficou estupefata. Não conseguiu formular palavras e ficou de boca aberta mostrando seus novos dentes afiados. Levou as mãos ao rosto, mas quando tocaram suas bochechas, viu que elas haviam se transformado em patas de gato, o que não ajudou muito.

– Ei! Saiam daqui já! – disse o gato cor de caramelo entrando no quarto. – A princesa quer falar com sua madrinha a sós! – as gatas deram finos gritinhos e saíram correndo. Seiko continuava a se fitar no espelho, até quando Barão e Muta entraram no cômodo.

– Seiko a prin... O que foi? – perguntou Barão.

– Neko... Neko... – era a única coisa que Seiko falava olhando seu reflexo.

– Ei! – disse Barão virando a garota para si. – Concentre-se! A princesa Luna está vindo e ela quer falar com você!

– Huh? Comigo?! Ok vou me acalmar.

– Perfeito. – logo, ouviram trombetas e a gata cinza que Seiko salvou, passou pela porta, exatamente com os mesmos trajes que quando a visitou na comitiva.

– Seiko-san! – Luna abraçou a garota. – Tenho muito que lhe agradecer!

– Tem é? – Seiko olhou para os amigos e Muta deu de ombros.

– Sim! Além de ter salvado minha vida, foi por sua causa que eu conheci o Nobo-kun!

– Nobo-kun?! – Seiko repetiu com uma careta.

– Sim! Eu sempre passeei por seu mundo, e via você muitas vezes então um dia... Vi você com ele! Foi amor à primeira vista! Passei muito tempo pensando em como fazer para consegui-lo, até que tive a ideia de repetir o feito de meu irmão!

– Sei... – disse Seiko ainda achando ridículo o apelido que Luna dera para Noboru.

– Por azar, você me salvou, mas meu pai aceitou trazer Nobo-kun para nosso Reino! E por algum motivo ele clamava por você o tempo todo então a chamamos para ser a madrinha e adivinha!

– Não faço ideia...

– Só falta à costureira chegar e acabar a roupa do Nobo-kun e vamos casar!

– Que... Maravilhoso...

– Sim! – a princesa estava radiante.

– Olha princesa... Na verdade eu vim tentar conversar com você para deixar Noboru ir embora. Sabe... Ele tem namorada e... Bem, ele não quer se casar com você. Se o obrigar ele vai ser infeliz. – disse Seiko esperando que a princesa entendesse a situação.

– Infeliz? Querida, ninguém é infeliz no País dos Gatos! E você, a melhor amiga de Nobo-kun era a única coisa que ele sentia falta, foi mais um motivo para eu mandar trazê-la aqui. E por favor, sou muito melhor que qualquer humana xexelenta! – a princesa disse empinando o focinho.

– Humana xexelenta... – Seiko pronunciou devagar. – Ok, foi demais para mim. – suspirou. – Eu não sou amiga do Noboru, eu sou namorada dele! – falou praticamente gritando na cara da princesa. - E eu não permito que uma gatinha mimada diga que é melhor do que eu nem case com o meu namorado, especialmente depois de eu ter salvado sua vida! – ela cutucou Luna ao dizer a última palavra.

– O que você...

– Você está maluca! Vai nos matar! – gritou Muta.

– PAPAI! – Luna gritou mais alto.

– Corram! – disse Barão puxando Seiko pelo braço e tentou correr, mas os guardas na porta não deixaram e em instantes o Regente estava ali.

– O que foi Luna?

– Papai! Ela...

– Espera... Vocês dois! – o Regente falou furioso para Muta e Barão. – Eu os proibi de voltarem ao meu reino! Prendam-nos!

– Er... Senhor... – disse o gato de óculos chegando perto. – O senhor não é mais rei. Só regente enquanto o rei está fora. Não tem mais autoridade para isso...

– Papai ela disse que veio estragar meu casamento! – gritou a princesa.

– NANI?! – gritou o Regente. – Mande-os embora!

– Senhor... Não pode fazer isso... Já são convidados do casamento... Não podemos manda-los embora antes da cerimônia...

– PAPAI!

– Urgh! Jogue-os lá fora até a hora da cerimonia então! – Muta tentou lutar com os guardas que foram leva-los para fora, mas Barão fez sinal para ele ficar quieto.

Os três foram jogados no lado de fora do palácio.

– Ei! – gritou Seiko batendo no portão. – Me deixem entrar!

– E agora? – perguntou Muta.

– É melhor assim. Lá de dentro seríamos perseguidos! – explicou Barão.

– Mas é lá dentro que o Noboru está! - disse Seiko.

– Eu sei! Exatamente por isso daremos um jeito de entrar, sem que nos vejam.


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Notas finais do capítulo

Que tal que tal que tal que tal?