Pirando Em 3, 2, 1... escrita por Eica


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

2015 foi um ano muito "apertado" para mim. Precisei de muito tempo para me organizar, escrever histórias para participar de concursos literários e mandar originais para as editoras. Felizmente, agora que tenho um tempinho, já programei os próximos capítulos desta fic para terminá-la da forma que ela merece.
Espero que possam compreender meu afastamento e que se divirtam neste e nos próximos caps que vierem. Até!



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Nosso descanso havia acabado. Curtimos até o último dia de nossas férias. Mas era preciso voltar à ativa. Conversamos com o nosso agente sobre a turnê do Angels. A equipe já se preparava para a nossa viagem. Faríamos três shows no Brasil: um em São Paulo, um no Rio de Janeiro e outro em Curitiba. Iniciaríamos a turnê no Brasil, passaríamos pela Argentina, Chile, Colômbia, El Salvador, Costa Rica e México. Na tour americana, passaríamos pelas cidades de Montreal, Toronto, Columbus, Chicago, Seatle, Oakland, Los Angeles, San Diego, Baltimore e New York. Ainda teríamos shows no Canadá, França, Finlândia, Holanda, Itália, Alemanha, República Checa, Romênia, Hungria, Inglaterra, Bélgica, Áustria, Suíça, Dinamarca.

Sem contar a tour pela Austrália e Ásia. Eram tantas datas, tantas cidades pelas quais passaríamos que nem saberia citar todas elas. Enfim, ao anunciarmos as datas dos shows da turnê, os fãs do Opera já começaram a comentar em nossa página oficial e Facebook.

Ensaiamos durante cinco dias seguidos, fizemos correções em algumas músicas e revisamos as nossas roupas. Uma semana antes da viagem a capital, nos reunimos na casa de Daniel com o pessoal da banda e da equipe (infelizmente nem todos puderam comparecer).

Daniel ofereceu um verdadeiro coquetel com muitas bebidas diferentes e aperitivos. Era sábado de tarde.

– Então esse é seu ninho de amor?

Tomas e eu estávamos dentro de meu quarto, enquanto o pessoal se divertia no andar térreo. Apenas sorri.

– Quantas vezes vocês já... – perguntou, rindo.

– Quatro.

– Só quatro? – disse, desapontado. – Pensei que faziam direto.

– Eu até que gostaria, mas depois que o Daniel passou a dormir comigo, ele mal me procura para essas coisas.

– Ooooh, que fofo! Mas não seja tonto de ficar esperando ele. Tome uma atitude. Se quiser, fale que quer ou já se jogue em cima dele. É o que eu faria.

Eu me segurava o tempo todo. Não era fácil. Especialmente depois que Daniel trocou o seu quarto pelo meu. Dormia ao meu lado. Às vezes grudado em mim. Nunca o sentia ereto nestes momentos (como ele conseguia se controlar?). Talvez nem fosse questão de controle e sim pelo fato dele não ser naturalmente um tarado como eu.

Continuamos sozinhos em meu quarto, conversando sobre sexo e sobre outros assuntos íntimos, quando decidimos voltar para o andar térreo. Nos enturmamos com o pessoal. Bebemos mais, beliscamos alguma coisa e voltamos a conversar a sós, só que agora, no fundo da casa.

A reunião foi terminar antes das nove da noite e Michel foi o último a ir embora. O aproveitador ainda foi levando uma garrafa de champanhe que nem havia sido aberta.

– É... Agora é só agitação, cansaço e dor nos pés. Está preparado? – alertou-me Daniel, quando nos despedimos de Michel em frente de casa.

– Acho que sim. – respondi, sentindo-me ansioso e ao mesmo tempo muito preocupado.

– Tem gente que não aguenta essa vida de viagens e acaba desistindo. É uma questão complicada.

Entramos na sala, ainda discutindo sobre as viagens e as turnês muito puxadas. Ajudei-o a limpar a casa. Enquanto Daniel cuidava da louça, joguei o lixo no lixo e varri o chão. Terminamos de limpar a casa faltando poucos minutos para as vinte e três horas.

Preparei-me para deitar depois de tomar um banho (fiz minha limpeza íntima, já que comecei a ter pensamentos maliciosos). Daniel também se banhou e meteu-se em minha cama, ao meu lado. Suspirou, confessando estar muito cansado. Aquilo me desanimou um pouco, já que em minha mente fervilhavam os pensamentos pecaminosos.

Daniel ficou um tempo deitado de costas, com as mãos sobre o abdômen até dar-me um beijo nos lábios e desejar-me boa noite. Olhei-o de soslaio. Observei seus ombros e seu bumbum e inevitavelmente minha ereção fez-se presente. Não consegui dormir por pensar demais em doar-me a ele, em me entregar, em pedir-lhe que me arrasasse de novo. Estava tão descontrolado e inquieto que toquei seu ombro, bastante determinado.

– Hm? – disse ele, voltando-se levemente para minha direção.

Aproximei-me de seu corpo, sem me importar em expor minha ereção quando nossos corpos se encontraram. Em seguida, beijei-lhe o ombro, só para esclarecer ainda mais o meu desejo. Ele deitou-se de costas e me afagou o rosto, enquanto eu me esforçava para subir em cima dele.

E subi. Deitei sobre seu corpo e beijei-o até perder o ar. Ele demonstrou certa surpresa ante meu comportamento atípico, mas não me reteve. Muito pelo contrário, estimulou-me com suas mãos. Tirei minha regata e logo em seguida beijei seu pescoço. Aos poucos, senti sua ereção. Daniel terminou de me despir.

Esfreguei-me nele, desejando ardentemente sentir mais prazer. Rolamos na cama alternando nossas posições. Só para me provocar, Daniel ameaçou penetrar-me duas vezes, sempre me levando à loucura. Terminei ajoelhado na cama, agarrado à cabeceira, com ele atrás de mim, ameaçando-me, ameaçando-me...

Levei a testa à parede, ofegando e gemendo. Ele inclinou-se em minha direção, beijando minha nuca e me apertando com as mãos. Eu já havia chegado ao meu limite. Não gozaria com ele se Daniel continuasse me excitando...

– Já... – foi o que soltei, entre um gemido e outro.

Foi somente senti-lo entrar em mim para eu expelir sêmen para todos os lados. No momento de êxtase, agarrei firmemente a cabeceira durante suas idas e vindas. Depois que ele gozou, ficamos uns instantes ajoelhados até finalmente deitarmos...

O show de São Paulo foi insano. Fiquei sabendo que os ingressos esgotaram – o que era um bom sinal. Devo acrescentar que, quando comecei a tocar a primeira música, os pelos de meus braços arrepiaram quando os fãs bateram palmas e gritaram. Quando Daniel começou a cantar, os gritos triplicaram.

O jogo de luzes no palco estava perfeito. A banda também mandou muito bem do início ao fim. Deixei a emoção me levar e dei tudo de mim, não só pelos fãs, mas também pelo Opera’. Pude ver, em alguns momentos, quando a música não precisava dos riffs de guitarra, Niko trafegar pelo palco fazendo gracinhas. Num desses momentos, ele parou exatamente em frente de mim, apoiando-se em meu teclado. Só se mexeu quando precisou tocar. Sacudiu a cabeça na maior animação e ainda sorriu-me no final.

Enfim, o show foi emocionante em todos os sentidos: os fãs participaram, a banda toda tocou – e no caso de Daniel, cantou – com vontade.

No show do Rio, foi a mesma emoção. Emocionei-me com cada segundo em que estávamos sobre aquele palco. Suei muito! Cansei-me muito! Minha boca ficou seca – minha sorte é que pude beber um pouco no intervalo de cada música. Foi impressionante ver que os fãs cariocas também já cantavam a maioria das músicas junto com Daniel.

Depois do show em Curitiba, fui alertado de que as coisas ficariam bem mais difíceis, já que começaríamos a viajar de um país a outro sem termos muito tempo para descansar. Dentro de nosso próprio avião particular, fizemos nossa viagem até Buenos Aires dois dias depois do show em Curitiba. Daniel e eu sentamos lado a lado. A equipe e o resto da banda também estavam conosco. Viajávamos todos juntos. Como o avião era grande, também cabia nosso equipamento e instrumentos.

Tiramos algumas selfies. Michel aproximou-se de mim e de Daniel com sua câmera em mãos.

– Aqueles mantos até que são confortáveis, né? – disse ele, terminando de tirar uma foto nossa. – Ventila bem os “países baixos”.

Niko riu de longe.

– Seus “países baixos” são grandes, Niko? – indagou, voltando-se para o assento de Niko.

– Não tanto quanto os seus.

Rimos da resposta.


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