– Tem alguma noticia boa? – perguntei desviando do assunto.

Ela se empolgou. Deu pra ver em seus olhos.

– Sim, quer dizer, nem sei se é sim. Adivinha? – ela tinha deixado um suspense.

Fingi pensar um pouco. Aquilo agradou ela. Pelo menos ela sorriu. Soltei um risada, a acompanhando.

– Fala logo.

– Minhas amigas me convidaram para uma viagem a Florida! – fechei a cara. Eu iria perder minha Nessie por mais um tempo? – Meu amor, o que houve? – ela havia se preocupado.

– Você vai me abandonar. – abaixei a cabeça.

– Meu lindo, a gente pode ver, se você vai junto! – aquilo me alegrou. Uma viagem, com minha Ness.

– Eu duvido.

– Só tem uma coisa a fazer. – ela pegou o celular, começou a procurar algum nome, e depois ligou.

Quando atenderam ela colocou no viva voz.

– Oi. – uma menina atendeu.

– Paty, posso levar uma pessoa?

– Quem é? – agora foi a voz de outra menina. Que tinha uma voz fofa. Não tanto quanto a minha princesa, mas era fofa.

– Onde vocês estão?

– Na casa da Mayara, a gente vai dormir aqui. – foi a vez de outra garota.

– Ah, entendi.

– Tá, e agora fala, quem é que você quer levar para a viajem?

– É o Jacob, meninas.

As meninas começaram a dar risadinhas do outro lado da linha. O que elas sabiam?

– Tá mas você vai?

– Acho que vou. Ainda não falei com meus pais. – Ness se desanimou. Agora tenho que desligar o celular. O Jake está aqui.

– Ah, a gente pode falar com ele? – o que elas queriam comigo?

–Por que? Ele é tímido – desde quando eu sou tímido?

– É mãe. – como assim mãe? A Ness mãe? – Você tem que apresentar ele para nós, porque ele é nosso pai.

Engasguei. Fiquei envergonhado. Olhei para a Ness pedindo uma explicação.

– É que a gente meio que brincava lá – ela explicou.

– Que coisa de louco. Ou melhor, de loucas. – Comecei a rir e ela me acompanhou. Ela voltou no telefone.

– Ele é meu cunhado.

– Ele é meu pai. – Caralho, mal tenho trinta anos e já sou pai.

– MENINAS... – a Ness gritou. – Já chegam né? Vocês irão falar com ele na viagem. E pronto. Agora tenho que ir. Boa noite. – Ness foi dura, rápida e focada.

– Boa noite. – elas fizeram um coro perfeito.

Desligaram o celular. Eu comecei a fitar a Ness, ela me olhou de volta.

– Desculpa-me pelas loucuras delas.

– Tudo bem, mas quem são os meninos de quem elas falaram outro dia? – estava na cara que eu estava com ciúmes.

– Nossa como você fica fofo com ciúmes. – ela fez biquinho, e beijou minha bochecha. Eu derreti por dentro, mas me mostrei serio e bravo. O Matheus é meu melhor amigo, um dos Gustavos eu já fiquei, e o outro eu não gosto muito, na verdade não gosto demais. – fiquei com mais ciúmes ainda. Ela já teve um namorado. Disso eu já sabia, mas não gostei de saber isso novamente, e da boca dela.

– Como eles são?

– São lega... – não deixei ela terminar. Ela não havia entendido.

– Você entendeu. Eles são bonitos?

– Não tanto quanto você. – ela falou me beijando.

Alguém bateu na porta. A Ness se afastou de mim.

– Eu sei que ele está ai. – era Edward. Eu sabia que ele sabia, mas decidi ficar quieto.

– E por que não veio e brigo comigo e com ele? – a Ness estava testando o Edward?

– Porque eu e seu pai, conversamos e nos perdoe por tudo. É claro que ele te ama, e não posso separar vocês dois. – falou Bells enquanto adentrava o quarto.

– Serio? – Ness arregalou os olhos. – Obrigada, Obrigada Obrigada! – ela saiu correndo para abraçar os pais. Depois voltou para mim, e começou a me beijar fortemente.

– Mas sem cenas desse tipo na nossa frente, por favor. – implorou Edward com uma cara que fez a Ness rir.

– Agora... Posso pedir algo... Que me fará mega feliz? – Ness começou a pedir.

– Ela quer viajar com as amigas para a Florida. – Edward explicou para Bella.

– Podemos ir junto, quero dizer, podemos visitar minha mãe. – animou-se Bella.

– Não mãe. Quero uma viagem minha e das meninas, pode? – agora estava na cara que a Ness havia crescido.

– É claro, depois a gente visita. – Bells aceitou.

– E meu amor, seu pai só te vê porque ele sabe sobre Jacob, e já falou que você estava diferente e ele sabe aceitar a explicação “só o necessário” – Edward imitou a voz de Bella. - mas sua mãe te encheria de perguntas.

Isso é verdade. E eu não sairia arrancando a roupa na frente da mãe da Bella, e revelar o segredo do lobo. Ela não sabe guardar segredo e é toda histérica. Iria me encher de perguntas que me deixaria envergonhado. E em situações constrangedoras.

– É verdade. Então vá, se um dia vê-la, minta.

– Não precisará, ela pode falar que é nossa filha. Mas lembre de que você foi adotada.

– E o Jacob pode... ir comigo? – Ela perguntou com medo. Como era fofa.

– Sem adulto? Claro... que não.

– Mas pai, vai ter minhas amigas. – tentou Ness. O que ele acha que iremos fazer lá?

– E suas amigas, vão segurar seus hormônios? – Edward foi irônico. E como assim “segurar os hormônios?”, eu tenho tudo sobre controle e eu sou adulto.

– Como assim? Pai, por favor. – Ness continuava implorar. - A gente vai curtir a Florida, vou ver minha avó, ou melhor, conhecer. Irei as compras. Por favor... – A Ness estava certa. Iríamos fazer apenas isso.

– Bella, você que sabe. – Edward passou a palavra a Bella.

Agora eu estava ferrado.

– Irei deixar, mas se lembre de que atos geram consequências, e se fizer besteira terá que arcar com as consequências que ela irá trazer. – O que ela está tentando falar? Me mantive quieto para não dar mais problemas.

– Mãe, não sei do que fala, e nem quero saber. Então, eu posso? – Ness devia agradecer ela pelo resto da vida, ela desviou o assunto.

– Sim. Quando?

– Daqui uma semana.

– Vá dormir, precisa caçar amanhã, para não ter sede, e precisa de compras. – Calma, tem certeza que essa é a Bella que eu conheço?

– Que isso, está parecendo tia Alice? – até Ness estava espantada.

– Era isso que ela diria.

Todos rimos. Eles saíram do quarto, me deixando sozinho com Ness.

– Eles deixaram? – ela ainda estava surpresa.

– É, mas você nem me perguntou se eu queria ir.

– Desculpa amor. – amei ela me chamar de amor. Sorri. – Você quer ir viajar comigo?

– Claro, né?! – eu de certo modo já havia aceitado.

– Te amo. – como ela era linda.

– Te amo, minha mostrinha.

Nos beijamos. Era impossível ter controle com ela. Ela era linda, fofa, tudo o que eu mais queria na vida. Eu literalmente amava ela. E me entregaria ela a qualquer hora.

– Tenho que tomar banho. – ela parou nosso incrível beijo.

– Eu também. – agora eu já estava excitado. Já estava com vontade.

– Vai você primeiro. – ela não entendeu. Ela estava ofegante.

– Minha intenção era outra. – disse com um sorriso malicioso.

– Eu também queria, mas não podemos. – Que saco Renesmee. Deu vontade de falar me controlei e continuei com o mesmo espírito malicioso.

– Podemos sim. Vamos vai? – implorei.

– Jake... Para por favor... – ela implorou.

– Ness... – comecei a beija-la novamente, tentando fazer ela querer.

– Pare. – ela falou entre nosso beijos.

– Não.

– Você é impossível... Lobinho. – ela saiu correndo para o banheiro e se trancou.

Comecei a bater na porta com força. Como ela estava conseguindo ter tanta força? Parei um pouco, esperando ela se afastar da porta, assim eu arrombava e ela não se machucaria. Esperei uns cinco minutos e abri a porta. Ela pulou de susto. Eu fiquei parado de boca aberta. Vi seu corpinho apenas de roupas intimas. Aquele corpinho seminu. Branquinho e perfeito. Isso me hipnotizou. Ela falou algo que não consegui ouvir. Ela pegou a toalha imediatamente, e se cobriu. Acabou a minha vista perfeita. Voltei a mim.

– Desculpa, achei que ainda estava de roupa. – eu estava envergonhado.

– Não a culpa na verdade é minha. Quer dizer, esqueço que tem vampiros e lobisomens aqui em casa.

– Tem um belo corpo. – disse sem vergonha. Apenas falei a verdade. Naquele momento, me deu vontade de beijar-la, sentir seu corpo contra o meu. Aquela vontade estava me deixando fora de mim. Eu tentava me controlar.