Amor Imortal escrita por Lelon Lancaster


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo. Espero que vocês gostem. :)



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Quando acordei, fui direto ao meu ritual matinal de escovar os dentes, pentear o cabelo e tomar café, com a menor pressa possível. Fui me despedindo de cada cômodo de minha casa com uma pontada de tristeza e por fim decidi arrumar minhas malas.

  Certa de que não poderia usar roupas muito vulgares em um lugar como aquele, deixei minhas saias e vestidos de lado, indo direto para camisetas, jeans e casacos. Peguei um pouco de maquiagem, meu secador – não tinha nenhum tipo de restrição contra esse objeto – e meu Ipod. Eu não me despedi do meu quarto, talvez eu o veria em breve, se eu voltasse para o natal. Minha mãe tinha me avisado que um taxi viria me buscar ás 17 horas em ponto e me levaria até o aeroporto. Meu voo partiria de madrugada e seriam 7 horas de voo na primeira classe.

  No momento em que li a mensagem que Sam me mandou desejando-me boa sorte e me contando que o cara da boate da noite passada não passava de um encrenqueiro e que ela lhe deu o fora rapidinho, me lembrei do cara misterioso de ontem a noite. Seu olhar fez com que eu sentisse calafrios, mas ao mesmo tempo me sentisse em casa. Eu não consegui ver seu rosto no meio da multidão, mesmo porque eu não conseguia deixar de olhar seus olhos negros que me encaravam com certa repulsa e curiosidade. Eu me recusava admitia a mim mesma, mas no momento em que ele colocou os olhos em mim, algo dentro de mim mudou. Eu não sentia mais vontade de ser aquela pessoa que eu fora antes. Quando eu falara com a minha mãe noite passada, e eu disse que eu mudaria, eu estava falando a verdade. Na verdade eu já havia mudado.

  Peguei um taxi até o aeroporto e tentei diminuir a raiva que sentiu dos meus pais. Eu sabia que era uma garota difícil, mas não era pra tanto. Minha bagagem era apenas uma mala de rodinhas e uma de mão, não que eu esperasse usar uma roupa além do uniforme.

  Eu queria ligar para a minha irmã e contar tudo, mas eu sabia que ela não poderia fazer nada. Eu não queria conversar com ninguém. Liguei meu IPod no máximo e esperei chegar até o meu destino.

 Chegando no aeroporto, fiz meu check – in e liguei para Sam. Ela atendeu eufórica, como sempre.

 - Onde você está? – ela perguntou como se não soubesse.

 - Estou no aeroporto esperando pelo meu voo, aliás onde a senhorita está?

 - Eu estou organizando minha festa de volta as aulas, como todo ano. Você deveria estar aqui. Você que é a rica - linda – influente da escola. – eu podia sentir o bico em sua voz.

 - Quanto drama. Não vamos falar nisso. Se tudo der certo, eu estarei na sua festa de ano novo. Eu quero falar de coisas felizes, eu já vou ter bastante melancolia daqui pra frente.

 - Tudo bem então. Por que você saiu mais cedo da boate ontem. – eu não contaria do cara de ontem anoite, então inventei uma históia

 - Minha mãe tinha me ligado, eu ia contar pra você, mas você já estava acompanhada.

 - Nem me fale daquele cara.

 - Tudo bem. Eu preciso ir. Meu voo já esta pousando.

 - Tudo bem. Boa sorte. Ligue-me assim que puder.

  Com isso deliguei o telefone e parti para o terminal de embarque. Seria um longo voo e, eu não queria ter que perder algumas horas de sono preocupada com o voo que perdi. Logo que o avião começou a subir, me despedi de casa.

    Nova York era.... agitada. Havia luzes em todo lugar, pessoas apressadas e lojas, muitas lojas. Eu ameis essa parte da cidade, mas não ficaria aqui por muito tempo. Peguei um taxi e dei o endereço que vi no site. No começo, a paisagem da cidade era bonita, mas quando começamos a nos afastar da cidade a coisa ficou feia.

   A estrada ficava no meio de uma floresta escura e assustadora, que tinha muito verde. Nenhum carro vinha atrás. Quando eu estava começando a ficar com medo, comecei a avistar uma construção em formato de castelo no topo de um penhasco. Do jeito que o site mostrara, só que agora a visão era real e assustadora.

  O castelo era de estilo medieval e a pintura um dia foi branca, mas agora estava cinza em algumas partes e coberta de musgos em outras. Vários carros estavam no estacionamento e os alunos não estavam nada felizes. Eles deveriam ser, assim como eu, filhos “rebeldes” despachados pelos pais para viverem em uma prisão. Ridículo.

   Peguei minhas bagagens e andei em direção ao prédio. Eu senti alguém me observando. Quando virei para ver quem era, lá estava ele, o garota misterioso do outro dia. Me encarava do mesmos jeito. Ele era alto, magro e moreno. Seus cabelos rocavam nas bochechas levemente coradas e seus lábios se moviam rapidamente, como se estivesse rezando. Ele vestia negro da cabeça aos pés. Se eu não o visse com livros didáticos para estudantes, podia jurar que ele era um professor. Seu olhar suavizou e ele sumiu.


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Notas finais do capítulo

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