Wolf's Life escrita por magda_mmc


Capítulo 52
Historias, mentiras, vampiros.




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            Quando voltei para casa descobri que meu enteado havia ido para L.A também, era uma pena que ele e Kristen não tivessem ficado juntos. Mas agora que tudo já estava feito espero que o Michael não faça nada que prejudique a Kris.

Mesmo eu não acreditando que ele possa matar uma mosca, eu mesmo assim fico preocupada com o que ele pode fazer, ele estava muito mudado, mais agressivo depois que a Kris foi embora.

MICHAEL P.O.V

             “Eu não acreditei quando fiquei sabendo. Ela tinha me deixado para ir encontrar aquele Jake... Eu não entendo, eu sempre estive ao lado dela e ela nunca gostou de mim, já daquele cara ele gostou instantaneamente, isso que ele a largou e a fez sofrer. Eu não entendo! Mas agora não importa, ela vai pagar por ter me usado, e por não ter me amado”.

            Desembarquei em L.A, já era noite, deixei minhas coisas no hotel e fui procurar algum restaurante. Eu não conhecia muito bem a cidade, acho que as pessoas notavam isso. Notei também que estava sendo seguido. “Droga, devo estar parecendo turista e por isso serei assaltado”. Caminhei mais rápido, não adiantou. Virei umas ruas e fui surpreendido com um muro, era uma rua sem saída. Me encostei no muro, o cara continuava se aproximando de mim, tirei minha carteira e celular do bolso e estendi, era melhor que ele levasse tudo e não fizesse nada comigo.  

            – Não quero isso garoto. Aquela voz erra terrível, ameaçadora e enigmática.

            – O que você quer então? Minha voz era esganiçada, tremula e cheia de medo.  A resposta a minha pergunta não veio. O “ser” se aproximou mais de mim e num movimento rápido puxou minha cabeça para o lado e cravou os dentes no meu pescoço. Eu senti dor, e senti meu sangue sendo drenado lentamente, e então alguém se aproximou falando algo que não entendi, apesar de eu ter reconhecido a voz, o “ser” me largou, eu caí no chão, eles pareciam estar brigando, não pude prestar a atenção, algo estranho começou a acontecer comigo, uma dor insuportável dominou todo meu corpo e eu perdi a consciência apenas sentia os mais variados tipos de dor, como se meu corpo estivesse mudando drasticamente por dentro.  Então eu senti uma onda mais forte dentro de mim, uma dor maior do que todas as que eu tinha sentido. Eu gritei, com todas as minhas forças, como se isso fosse me libertar dessa tortura. Mesmo não fazendo sentido parecia ter funcionado, parecia que “eu” tinha voltado ao normal, lentamente abri meus olhos, mas não foi uma boa ideia. Eu via tudo tão detalhado, mas nem tive tempo de explorar isso, eu comecei a ouvir várias coisas ao mesmo tempo, e sentir cheiros muito fortes. Com esse aumento repentino do poder dos meus sentidos me senti tonto, eu sentia o mundo girar e gritar ao meu redor era insano.

            Depois de alguns minutos consegui me acostumar, e então percebi que não estava mais naquele beco escuro e sem saída, agora estava num quarto inconvenientemente bem iluminado, e eu também não estava sozinho.

            – Quem é você?

            – Michael, não me reconhece mais? Uma mulher respondeu.

            – Não pode ser, você está tão diferente...

            – São seus olhos, e isso é verdade!

            – Afinal o que aconteceu comigo?

            – Você virou um vampiro!

            – Você não pode estar falando sério!

            – Mas estou! Olhe para mim, você sabe que eu não era assim humana.

            – Não pode ser, não pode ser!

            – Mas é, olhe-se, você agora também é um vampiro”

            Ela apontou para um espelho, me posicionei na frente do reflexo, não me reconheci na imagem, eu estava tão diferente, mais sedutor, como se eu tivesse feito plásticas, meu cabelo estava perfeito, mas meus olhos estavam vermelhos, um vermelho forte e brilhante que contrastava com minha pele que agora estava muito branca. “Eu realmente tinha virado um vampiro? Ou isso era só um sonho? Nada parece ser real, não sei o que é mais inacreditável vampiros existirem ou Victória estar linda”.

            – Mas como foi que isso aconteceu comigo?

            – Você foi atacado, pelo Felix, um vampiro rival ao meu grupo pois se alimenta de sangue humano, estávamos seguindo ele então ele pegou você, não pudemos impedir a tempo... Desculpa!

            – Suponhamos que isso seja verdade, como funciona essa coisa de virar vampiro

            – Quando um vampiro morde alguém essa pessoa tem apenas dois destinos. O primeiro é morrer, pois o vampiro suga todo o seu sangue, o segundo é virar um vampiro, isso acontece quando um vampiro para de beber o sangue depois de ter mordido, pois se o sangue não está sendo sugado o veneno vampírico começa a fazer efeito.

            – E agora o que vai acontecer comigo?

            – Agora você é um vampiro, vai ter que viver como tal.

            – E o que um vampiro faz?

            – Ah, muitas coisas, sei lá, como humanos, só a dieta que muda.

            – Eu vou ter que matar para comer e tudo mais?

            – Não você pode ser como nós, vampiros vegetarianos.

            – Vegetarianos? Tipo vocês só comem salada e tal? Ela riu.

            – Não, vampiros vegetarianos são os que se alimentam de sangues alternativos como de animais, bancos de doação de sangue, sem matar humanos para se alimentar.

            – Ah!

            Fiquei mais um bom tempo conversando com Victória sobre coisas de vampiros, depois ela me levou para caçar.

            Uma semana passou eu e Victória estávamos cada dia mais próximos isso quase me fez esquecer do meu objetivo em L.A. Mas agora isso seria mais fácil, nem aquele Jake poderia comigo mesmo ele sendo um humano forte, agora eu era um vampiro nada podia me impedir de fazer minha vingança.

            Eu só precisava convencer a Victória a ir comigo, afinal eu ainda era um vegetariano “recém-nascido”, não podia sai sozinho sem minha tutora.

            – Vi, você pode ir comigo em um lugar?

            – Que lugar? Oh Michael você está me chamando para sair?

            – Quase isso, você lembra-se da Kris?

            – Infelizmente eu me lembro daquela ordinária que me separou de você... O que tem ela?

            – Então, quando eu vim para L.A eu estava juntamente indo me vingar dela, afinal ela estragou nossas vidas, ela nos separou. Você não acha que ela deve pagar por isso? Tentei falar usando toda minha persuasão, e dei ênfase as palavras que envolviam a Victória e eu, eu precisava que ela me ajudasse e faria tudo para ela fizesse isso, mesmo que eu tivesse que usar das artimanhas que mais me davam nojo, enganar, mentir e manipular.

            – Eu não sei, agora estamos bem, estamos juntos, não me importa mais ela, de uma forma ou de outra isso fez você voltar para mim...

            – Mas pense no tempo perdido, nós podíamos estar juntos há anos...

            – Temos a eternidade agora... Ela era difícil de convencer.

            – Victória! – Sussurrei seu nome, segurei seu rosto acariciando. – Por favor, por mim, me ajude a fazer isso, quando tudo estiver acabado eu faço o que você quiser, até me caso com você!

            – Está falando sério?

            – Mas é claro meu amor! Mas é claro que eu não estava falando sério, meu coração não batia mais mesmo antes da transformação, eu jamais amaria alguém, agora tudo em mim era vingança, eu não me casaria, eu não queria a Victória, eu apenas precisava dela, eu só queria usá-la, e isso eu sabia fazer, eu tive uma ótima professora nessa matéria. Ela me beijou, respondi fingindo ânimo, depois parei, ela ficou me fitando depois perguntou:

            – Então o que vamos fazer?

            – Nós podíamos invadir a casa dela e do marido quebrar os pescoços deles e jogar na lareira.

            – Ela é casada? Quem é o cara?

            – Jacob Black.

            – Oh, não!

            – Que foi? Conhece ele?

            – Mais ou menos, conheço o bando dele.

            – Como assim?

            – Bom, como você sabe existem dois tipos de vampiros, os que se alimento de sangue humano e os que não, o bando dele supervisiona os vampiros, para que não tenha ataques de mais numa cidade, eles mantêm o controle das coisas.

            – Então ele é um vampiro?

            – Pior ele é um lobisomem!

            “Oh...” minha cabeça estava girando novamente, tinha sido difícil aceitar essa história de vampiros, se não tivesse acontecido comigo eu não acreditaria. E agora eu acabava de saber que lobisomens também existiam, “Afinal, o que mais existia? Então o mundo na “realidade” é cheio de criaturas?”. Isso era além do que minha mente podia aguentar.

            – Você não parece bem, é melhor irmos caçar, você vai se sentir melhor. Victoria disse e eu aceitei.

 


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