ALICE P.O.V

            Eu tinha decidido falar com o Edward, eu via isso acontecendo, mas eu ainda não sabia como isso aconteceria. E ainda não sabia sua reação pois ele não havia decido ter essa reação. As vezes esse dom é uma droga, ele mostra o futuro, mas apenas o futuro que as pessoas decidem, e se elas não decidem ou mudam de ideia me atrapalha, e é como se eu nem tivesse poder de ver o futuro, quem que quer olhar por um óculos quebrado?

            Estávamos nos divertindo muito jogando, está certo que eu estava roubando um pouquinho, mas essas máquinas sempre roubam as pessoas, eu só estava dando o troco...

            – Alice! Como você consegue ganhar tanto?

            – Ah eu tenho o dom de ganhar! Disse brincando.

            – Deve ser legal ter esse dom. Ele riu! Parece o da sua personagem vampira...

            – É mesmo, mas se eu fosse uma vampira você com certeza teria fugido de mim!

            – Fugir de você Alice? Eu jamais faria isso!

            – Mesmo se eu fosse uma vampira?

“Mesmo se fosse uma vampira eu não fugiria de você! Até se quisesse o meu sangue, eu não conseguiria fugir de ti. Porque eu te amo Alice! Antes que eu pudesse prever ou imaginar o que ele faria, ele me beijou. Me envolveu em seus braços de uma forma que uma humana comum não conseguiria se soltar facilmente, eu poderia, mas não queria, pela primeira vez depois da minha transformação eu me entreguei a um beijo. Quando estava beirando a falta de controle me afastei e disse:

            – Edward! Na verdade, eu sou uma vampira! Ele não teve nenhuma reação. Depois de uns segundos me beijou novamente.

            – Eu não vejo nenhum problema nisso!

            – Mas eu sou um monstro!

            – Eu te amo da mesma forma! Ele tentou me beijar novamente, mas o impedi.

            – Nós não podemos ficar juntos, isso nãos seria seguro para você, eu poderia te matar ou...

            – Ou?

            – Eu precisaria te transformar, mas...

            – O que?

            – Isso é fora de cogitação! Eu não posso fazer isso! Eu não posso te transformar num monstro, não posso fazer com que você abra mão da sua vida.

            – Eu se eu abrir mão da minha vida espontaneamente? Eu daria minha vida por você! Eu abriria mão de tudo!

            – Mas quem garante que eu vou conseguir te transformar?

            – Você consegue! Eu acredito em você! Então ele segurou na minha mão e foi me guiando para um dos quartos do hotel cassino. Quando entramos ele repetiu:        – Alice, eu confio em você!

            Longe do barulhento cassino meus sentidos ficaram aguçados, eu sentia o cheiro dele, o sangue pulsando nas veias, sabia cada batimento cardíaco. Aquilo era muita tentação, mas eu não podia me deixar levar pelos instintos. ”Foco Alice, foco!”.  O coração dele acelerava a cada segundo, deitei ele na cama, já sentia o veneno em minha boca, posicionei o seu pescoço e mordi. No mesmo instante pude sentir o sabor do seu sangue, era maravilhoso, senti uma vontade enorme se sugá-lo, me contive depositando rapidamente o veneno em suas veias e me afastei.

            Fiquei observando, aparentemente seu corpo parecia inerte, morto. Mas depois começou a transformação. Ela era rápida e por isso dolorosa, ele se contorcia, não era uma coisa fácil de ver, então com um grito acordou.

            Ele estava um pouco assustado, no começo era entranho pois enxergávamos as coisas de uma forma totalmente diferente, e todos os outros sentidos ficavam mais fortes, isso era muito perturbador, pois ouvíamos até as coisas mais insignificantes como o bater de assas de um inseto, todas essas sensações acontecendo ao mesmo tempo, dava até uma tontura. Sentei-me ao seu lado abraçando-o até que ele se acostumasse com as novas perspectivas. Então ele se virou para mim, e me olhou com uma cara que não pude decifrar.

            – Alice! Você é muito mais bonita que minha visão humana poderia imaginar. Eu tentei responder, mas então ele sorriu e acabou com a minha concentração. Edward tinha conseguido ficar ainda mais sedutor como vampiro. Ele me beijou, agora não tinha mais motivos para resistir, a ideia agora era apenas de se entregar.