Más Intenções - Litor escrita por Mari W


Capítulo 52
Capítulo 52 - Algumas Verdades




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Sal ainda não acreditava na cena que via. Vitor parecia sim estar quebrando seu carro com toda a vontade e prazer do mundo, mas nada que ele fosse assustar ou surpreender. Quando conseguiu raciocinar, já estava pulando no pescoço do irmão, o levando ao chão. Um dos seguranças do condomínio, que havia ouvido os barulhos de vidro no chão, tentou separar os dois, mesmo que Vitor não estivesse batendo no irmão ou vice-versa, apenas estava querendo se soltar pra fazer mais estrago.
Sal largou Vitor e imediatamente o segurança pegou o taco de baseball de sua mão e o segurou pelo braço. Ele era enorme e fazia um esforço mínimo.

– Quer que eu chame a polícia, Seu Salvador? – Perguntou.
– Não. É o meu irmão. Pode soltar. – O segurança soltou Vitor, contra sua vontade. – Pode ir, tá tudo bem. Vou mandar alguém limpar aqui. – Disse Sal, dispensando o homem enorme. – Você enlouqueceu, Vitor. Não é possível que uma garota faça a gente se desentender assim. – Ele tentava ser calmo.
– Sal... – Vitor o olhava com muita raiva. – Você sabia que eu gostava dela, que merda!
– Eu já te falei que eu não acreditava. Eu ia me afastar, eu juro... Mas, eu quis tentar antes.

Vitor passou pelo irmão e subiu o elevador, sendo seguido por Sal. Tentou fechar a porta, mas Sal segurou.

– Vitor. Fala alguma coisa. – Disse Sal.
– Eu acho que você não suporta o fato de eu conseguir o que você não tem.
– Conseguir? Ela tava em dúvida uns dias atrás. Pensa bem. Pelo teu bem.
– Ah, agora você quer o meu bem? Sério, Sal. Eu não consigo olhar pra essa sua cara sem imaginar eu quebrando ela!
– Então quebra! Eu sei que eu fiz coisa errada. Eu me arrependo agora, Vitor. Uma parte de mim acredita que você gosta dela.
– Eu não to nem aí pro que você acredita ou não, Sal! Você me chama de moleque e vai ir correndo chorar pra mamãe pedir um carro novo? Vai você ser homem! Eu to de saco cheio de não falar o que eu penso na sua cara.
– Que ótimo, pode falar! – A porta do elevador abriu e Vitor foi direto para seu antigo quarto pegar suas roupas, enquanto Sal argumentava. - A gente é irmão, Vitor! Não vai ser por causa de mulher que isso vai mudar. – Vitor não respondia, apenas se apressava pra voltar pro elevador.
– Pensa no que você faz, Sal. – Disse ele. – Você não é o bomzão.

E entrou no elevador, soqueando a parede. Uma única palavra ecoava em sua cabeça e ele não tirava a razão do irmão. Opção. Era isso mesmo. Lia teve que testar os dois pra ver o que queria, era isso? E ele tinha tanta certeza do que queria. Estava de cabeça quente, queria ir direto pra casa de Orelha mas seu telefone insistia em tocar. Era ela. E ele só conseguia desligar.
Entrou no apartamento do amigo e encontrou Fatinha lá, junto com Fera e Pilha, fazendo um trabalho.

– Nossa, anjo. Sua cara tá péssima! – Disse Fatinha.
– Achei que você ia pra Lia hoje. – Disse Orelha.
– Pois é, parece que eu não fui. – Ironizou.
– Que que deu, Vitinho? – Perguntou Pilha.
– Ah, vocês são meus amigos mas eu não quero contar essa história. – Disse ele, se deitando no sofá. – Nem eu queria repetir tudo isso. – Fatinha pediu licença pros três e levou Vitor pro quarto, o puxando pela mão.
– O que foi que você fez?
– Quebrei o carro do Sal.
– Você o que?
– Ele ficou com a Lia, esse babaca. Você não tem noção da raiva que eu to!
– Como assim ele ficou com a Lia!?
– Pouco antes de ela aparecer no Orelha e... Droga, falar que gostava de mim. Essa mentirosa.
– Calma, Vitor.
– Calma, nada! Ela tava em dúvida meia hora antes e depois sabia? Ah, fala sério. Pra mim eu sou segunda opção, já que não rolou com a primeira.
– Meu Deus... Vocês não tem paz nunca.
– E eu não quero ter paz. Sabe, parece que não é pra ser. Tudo conspira contra a gente. Quando vê é um sinal.
– Cuida o que vai fazer, anjo... Mas peraí, você quebrou o carro dele mesmo?
– Com o taco de baseball dele.
– Isso é demais! – Ela disse sorrindo, ficando séria logo que percebeu o rosto abatido de Vitor.
– Eu to tão cansado...
– Eu sei, isso tá pesado pra você. Dá um tempo, para de falar com ela um pouco.
– É impossível, eu dou aula pra ela, esqueceu? E semana que vem começa as aulas individuais... Que droga! Eu vou ver se não consigo desistir dessa bolsa.
– Você tá maluco? Você precisa dessa grana, não vai voltar pro hospital agora.
– Eu não sei o que eu faço.
– Calma, eu vou ficar com você hoje, tá? – Ela disse, enquanto observava o celular de Vitor tocar. Estendeu a mão e ele lhe entregou. – Ela não vai parar de ligar.
– Eu sei. Eu ia ir pra casa dela hoje.
– Porque vocês não conversam? Você tá careca de saber que a confusão é certa quando vocês não conversam.
– Meu irmão não ia mentir, Fatinha. Por mais que ele esteja querendo me provocar.
– Tá. Eu vou ficar com isso daqui. – Disse ela, se referindo ao celular. – E vou ficar com você hoje. Pode chorar todas as pitangas pra mim que eu to aqui pra te ouvir. Eu entendo essa situação e como você deve estar se sentindo... Mas eu realmente acho que ela gosta de você. – Disse Fatinha, passando a mão no cabelo do amigo.

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Notas finais do capítulo

Apenas Bons Amigos: Nova fanfic Leilice (Gui/Alice).
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Tenham um ótimo fim de semana e não esqueçam... Comentem!! :))