O dia das bruxas de Hogwarts era definitivamente o melhor. Tinha abóboras na entrada do Salão, morcegos esvoaçando no teto, uma fina névoa branca no chão e alguns esqueletos no canto. Adam encontrou Madison e as marotas na entrada, ele parou elas para dar tempo de Nick e Trevor colocar os tentáculos dos polvos no jantar. Adam olhou para Madison. Ela parecia muito pacífica, como uma criatura inofensiva. "Só parece" acrescentou mentalmente.

Ela usava o uniforme da Grifinória e os cabelos estavam presos pela primeira vez, deixando seu rosto aparecer direito. Tinha algumas sardas abaixo dos olhos e algumas no nariz. Os olhos verde água brilhavam como se o sol estivesse batendo numa piscina e o melhor: ela não xingara Adam até o momento.

Ele usara a desculpa de falar sobre o Natal. Se dirigiu quase para Safira e Isabelle apenas. Disse que iria passar o Natal na Toca, perguntou se havia problema, e falou sobre os presentes que queria ganhar. Estava muito suspeito ele conversando normalmente com elas, mas nenhuma pareceu notar. Madison também nem deu muita importância para ele ali, estava sorrindo e parecia se comunicar com sinais com alguém da mesa da Sonserina.

― Que diabos você está fazendo? ― Adam virou para ela de repente.

― Como? ― Madison perguntou meio ofendida e surpresa. Ela começou a ficar com raiva e as garotas deram risadinhas.

― Você tá quase se derretendo aí dando sorrisos e fazendo sinais para aquele sonserino ― ele explicou.

― Ah, é para o Luke e para o Peter ― ela se virou para Emma ― Peter perguntou sobre você ― Emma corou recebendo olhares de Safira e Isabelle. Madison se virou novamente para Adam ― E por quê você está falando desse jeito comigo? Qual seu interesse nisso?

― Bem.. ― Adam torceu as mãos e Isabelle olhava para os dois com uma cara de: "Ai que fofura" ― Sonserinos e Grifinórios é algo inimaginável. É meio que contra as origens das casas.

― Não estrague meu dia. É dia das bruxas! Eu adoro dia das bruxas e eu não vou me estressar com você ― ela disse dando um sorrisinho ― Pelo menos não hoje. Licença, Walker.

Ela saiu andando e Emma juntamente com Safira a seguiram. Isabelle ficou para trás.

― Isso foi adorável ― ela disse delicadamente ― Mas, espero que você tenha mais sorte da próxima vez.

Isabelle também se afastou e deixou Adam com uma expressão completamente confusa. Nick e Trevor já estavam sentados em seus lugares e quando Adam sentou-se também, eles disseram que conseguiram colocar os tentáculos perfeitamente no meio da comida.

Madison se sentou pronta para comer. Isabelle foi quem atacou primeiro. Logo todos no salão já estavam comendo também. McGonagall nem aparecera para fazer discurso, talvez estivesse ocupada demais. Para Isabelle era uma boa noticia, a diretora sempre atrapalhava a hora do jantar.

Quando Madison deu a segunda garfada na comida, Isabelle gritou. De repente o rosto dela estava roxo de tinta, Safira e Emma também estavam com a coloração que lembrava uma uva. Porém, quando a loira percebeu já era tarde demais, estava prestes a largar o garfo quando um borrão de tinta roxa espirrou em seu rosto.

A mesa da Grifinória inteira irrompeu em risadas e quando as outras casas perceberam, também começaram a rir. Madison pegou o guardanapo e tentou limpar, mas nem um pouco da tinta saia. Adam, Nick e Trevor estavam vermelhos de tanto rir. E a reação mais radical veio de quem ninguém esperava. Safira se ergueu da mesa com a face roxa se mesclando com o vermelho de raiva e vergonha, ergueu a varinha para Trevor e gritou: "Trava-língua"

Trevor parou de rir na hora. Sua língua se enrolou e se ele risse poderia se engasgar. Madison aproveitou a oportunidade e se ergueu de seu lugar. Todos olhavam como se testemunhassem outra guerra bruxa. Madison puxou Adam pela gravata e ele também parou de rir na hora. Apontou a varinha para ele e sussurrou: "Tarantallegra"

Adam começou a dançar da forma mais esquisita possível. Madison e as marotas saíram do salão e deixaram Trevor com a língua enrolada e Adam dançando.

* * *

As garotas se dirigiram para a enfermaria. Isabelle resmungava incessantemente por ter perdido o jantar e pelos garotos terem estragado os melhores doces do Halloween. Safira esfregava um lenço no seu rosto mas a tinta se recusava a sair. Emma andava calada e pensando no que Peter havia falado dela para Madison. Madison estava quieta e séria.

Quando chegaram à enfermaria a enfermeira olhou para elas espantadas e quem explicou o que acontecera fora Safira. Colocou as garotas uma em cada cama e agitou a varinha fazendo levitar 20 frascos com poções de dentro do armário. Ela deu cinco poções para cada garota e mandou que tomassem.

Isabelle reclamou quando provou o primeiro gole mas, Madison olhou para ela e disse com firmeza: "Beba!". Assim que terminavam um frasco, a tinta roxa ficava mais clara. Já estavam no último frasco quando McGonagall entrou na ala hospitalar.

― Vocês quatro, quando acabarem vão à minha sala! ― ela disse com um olhar severo.

Quando ela se retirou Isabelle começou a reclamar, para variar.

― Estamos completamente ferradas!

― Isabelle, cale a boca! ― repreendeu Emma ― A situação já está péssima o bastante, não precisamos de você tagarelando o tempo todo!

Isabelle não se ofendeu, pelo contrário, deu de ombros e deu o último gole do frasco. Madison se ergueu da cama, o rosto já estava na coloração normal. Logo as quatro rumavam para o gabinete da diretora. Rumavam para a morte praticamente.

McGonagall esperava elas do lado da gárgula que guardava a entrada. Ao lado dela estavam os malfeitores. Trevor estava com a língua para fora como se tentasse ter certeza de que ela estava inteira. Adam estava com o cabelo todo atrapalhado e o suor descia pela sua testa de tanto dançar. Nick era o melhor entre os três. Parecia completamente normal embora parecesse desconfortável por ser mandado para o gabinete.

Assim que as quatro se aproximaram, McGonagall disse algo à gárgula. Ela saltou para o lado e diretora fez sinal para que os sete subissem.

― Vocês têm consciência que o que fizeram foi muito grave? ― perguntou a Profª McGonagall quando sentou-se atrás de sua mesa e os sete ficaram em pé.

― Não foi culpa nossa ― argumentou Madison.

― Claro que foi, vocês que começaram! Aquele pó de mico! ― Adam contrapôs aos gritos.

― Calados! ― pediu McGonagall com autoridade e os dois silenciaram ― Vocês causaram um alvoroço no Salão Comunal. Sr. Walker e seus amigos serão responsáveis por limparem os troféus da sala dos troféus. Quando a você Srta. Potter e suas amigas, vão ajudar o Prof. Haver à organizar a sala dele.

Isabelle gemeu. Adam se sentiu com sorte. Podia ser ele, Trevor e Nick a terem que ajudar Haver. Graças a Merlin que não era. McGonagall dispensou os garotos e eles saíram da sala quietos. Nick e Trevor já iam descendo as escadas quando Adam puxou os dois. "Vamos ouvir" sussurrou encostando-se na porta que havia sido fechada.

― Os aurores pegaram um comensal ― anunciou McGonagall ― Antes de ser mandado para Azkaban, ele foi interrogado e nos deu algumas informações ― nenhuma das garotas disse nada, então ela continuou ― Bem, os comensais não têm ideia de quem seja o novo Lorde das Trevas mas, não é alguém que esteja predestinado. É alguém que irá escolher isso, alguém que eles achem que tem potencial.

― Quem em sã consciência vai escolher ser o Lorde das Trevas? ― perguntou Isabelle ― Devia ser inteligente, perceber que Tom Riddle e Dominus fracassaram e desistirem.

― Não crie falsas esperanças ― disse McGonagall ― Os comensais pensaram que Dominus seria mais eficiente mas, não foi. Talvez eles estejam apostando nesse novo Lorde. Eu apenas desejaria ter mais informações concretas, porém, os comensais parecem tão perdidos como nós.

― Eles procuram alguém com potencial ou algo assim? ― perguntou Madison ― Bem, pode ser qualquer pessoa... Até de Hogwarts. Algum aluno foi à Hogsmeade quando os Comensais mataram aquele senhor?

― Não chegou ao meu conhecimento ― respondeu McGonagall ― Mas o comensal pêgo disse algo que tinham esperanças. Ele chamou de candidato quem foi procurá-los. Não acho que seja um aluno de Hogwarts, srta. Potter.

― Pode ser, bem, pela linha de raciocínio, tem de ser! ― argumentou Madison ― Tom Riddle foi aluno de Hogwarts e da Sonserina, Dominus Mors também. Pelas evidências, o próximo lorde pode ser um aluno de Hogwarts e da Sonserina.

― Ou talvez os Comensais queiram fugir desse padrão. Talvez pensem que se apostassem novamente nessa situação daria totalmente errado de novo ― Emma completou ― É uma encruzilhada. Pode ser aluno de Hogwarts ou um bruxo já adulto e experiente.

― Lembrando da profecia da Profª Linphea, ela foi o mais clara que pôde ― disse Madison ― "O novo Lorde das Trevas está mais perto do que você imagina" bem, pode ser um aluno de Hogwarts ou algum bruxo mais velho que conviva conosco. "Seu coração é carregado de inveja e com a inveja vem o ódio, com o ódio vem a maldade e com a maldade vem a sede por matar" ele carrega a inveja no coração mas isso não nos diz nada. Muita gente carrega inveja no coração.

― Como eu venho dizendo, vocês não precisam se preocupar com isso agora ― afirmou McGonagall ― Pensar só vai trazer mais sofrimento. Quanto mais vocês tentarem saber, juntar as peças, descobrir, mais as pistas vão esvair de seus dedos. O melhor a fazer é vocês tomarem cuidado e centrarem em outras coisas. Manterei as senhoritas informadas.

― Obrigada ― Emma agradeceu e as quatro se viraram para sair.

Adam, Nick e Trevor desceram correndo as escadas para que as garotas não os visse ouvido atrás da porta.

***

O Natal chegou para a felicidade de todos. Madison cogitou ficar em Hogwarts, porém, sua mãe lhe enviou uma carta pedindo que fosse para casa. Toda essa coisa de novo Lorde das Trevas estava preocupando-a. Adam, Trevor e Emma passariam o Natal na Toca também. Felipe Phelps teria de fazer uma viagem. Aliás, ele andava muito ausente esse ano.

Assim que as marotas desembarcaram na plataforma 9 3/4, seus pais a esperavam. Madison foi com seus pais e Nicholas até a Toca. No caminho, contou o que o irmão tinha feito e que havia sido punida em ajudar Haver a organizar sua sala. Bem, fora realmente uma tortura. Quando ela e as garotas chegaram na sala, parecia ter sido bagunçada totalmente de propósito. Vários frascos de poções estavam quebrados no chão, havia uma camada de poeira na altura de dois dedos, pergaminhos espalhados em cima da mesa, livros amontoados no armário de qualquer jeito e os ingredientes das poções estavam todos fora de seus respectivos potes. Para piorar, o professor ficou vigiando-as a cada passo.

Madison confundiu algumas raízes na hora de colocar no pote e Haver ralhou. Fez com que ela tirasse todas as raízes e separasse de novo. Já era noite quando elas deixaram a sala impecável. Haver porém, antes de dispensá-las, dissera que não esquecera que no primeiro ano elas surrupiaram poções do seu armário pessoal.

Nick também argumentou, disse que fora vítima do pó de mico e Alvo riu. Megan o censurou. Contou também de sua experiência na sala dos troféus. Fora extremamente fácil, comparado com a detenção de Madison. Ele apenas poliu os troféus com um lencinho inofensivo sendo vigiado pelo novo zelador. Ainda teve a honra de observar todos os troféus atentamente e também poder reparar nos ganhadores.

Megan contou durante o trajeto sobre sua revista. Ia perfeitamente bem. Dissera que as vendas haviam aumentado e que ela começara a colocar receitas de comidas trouxas na comida. "Os bruxos adoraram" ela comentou feliz. Alvo não tinha tanto assim para contar. Seu time havia ganhado a maioria dos jogos. Também havia agredido Scorpius durante o jogo contra o time dele. "Ele provocou" argumentou Alvo.

Quando chegaram à Toca, Madison correu para cumprimentar seus avós. Seus bisavôs ainda estavam viajando de férias, passariam o natal longe pela primeira vez. Logo todos estavam reunidos mais uma vez. Layla Bucker, prima de Madison, viria para o Natal mas desistiu para viajar com seus pais. O mesmo se aplicava à Marabella, para a decepção de Nick.

***

Pela tarde, Emma pegou um livro e foi para os jardins para tentar ler. A Toca estava agitada demais. Já escutara Madison gritar dez vezes com Adam porque ele insistia em jogar bombinhas na porta do quarto que ela estava. Isabelle estava comendo na cozinha desde que chegara. E Safira, ah, Safira estava com Trevor. Eles pareciam ter se acertado. Conversavam e riam sentados em um dos sofás da sala. As mãos estavam entrelaçadas disfarçadamente porque sempre alguém passava pela sala. Scorpius principalmente passava e olhava para a filha e Trevor.

Emma se sentou na grama e abriu o livro da série "A Lenda dos Guardiões" que originara o nome da coruja de Madison. Ela começou a ler e quase não escutava mais o mundo à sua volta.

― O que você está lendo? ― uma voz disse atrás dela.

― Ah ― ela olhou e viu Peter sorrindo ― A Lenda dos Guardiões. É sobre corujas guerreiras. Sei o que está pensando, isso não é nada sensato.

― Isso definitivamente não passou pela minha cabeça ― ele se sentou ao lado dela e ela arredou um pouco para longe disfarçando.

― Bem, tem um trecho aqui que me faz lembrar os aurores ― ela disse. Peter olhou para ela como se pedisse para que ela lesse ― "As corujas que, dotadas de coração sublime e moela corajosa, levantavam voo na escuridão para realizar feitos nobres; as corujas de Ga'hoole, que não proferiam palavras que não fossem verdadeiras, que tinham o objetivo de combater as injustiças, fortalecer os fracos, dar força aos desanimados e tirar o poder daqueles que abusam dos indefesos"

― Bom, se substituirmos a parte de corujas e moela se encaixaria pefeitamente ― Peter riu.

― Sim ― Emma riu também ― Vamos substituir corujas por bruxos, e moela por magia. "Magia corajosa" parece uma coisa grandiosa ― Ela comentou com um ar sonhador.

― É isso que você quer ser, não é? ― ele perguntou ― Auror.

― Sim... Ridículo, não acha? ― Emma suspirou.

― Não acho ridículo ― ele admitiu ― Acho, digamos, heróico. Você pensa grande e isso é bom. Eu quero ser jogador de Quadribol assim como meu pai. Mas auror é como se fosse aqueles super herói de filmes. Isso fará de você uma super heroína.

― Já até imagino: "A super Emma, que coloca a razão à frente da emoção" ― murmurou Emma ― Não acho que eu sirva para isso. Talvez eu possa ser outra coisa também. Quem sabe escritora como Megan? Não escritora de uma revista, de livros sobre bruxos. Eu poderia fazer com que parecesse que os bruxos fossem algo fictício, assim os trouxas poderiam ler e meio que conhecer o nosso mundo. Não diretamente.

― Seja qual for a sua escolha, você vai ser brilhante ― Peter afirmou.

― Obrigada ― Emma agradeceu ― Vindo de um sonserino, isso parece bem sincero.

― Bom, preciso ir agora. Acho que Luke está se sentindo meio sozinho lá dentro ― ele comentou olhando para dentro da Toca ― Até o jantar.

― Até ― Emma suspirou vendo ele entrar na casa novamente.

***

Quando Peter entrou na Toca, Luke estava sentado no chão junto com Madison. Os dois conversavam como se já se conhecessem há anos. Peter percebeu que ele não estava se sentindo sozinho coisa nenhuma, porém, não voltou para os jardins. Subiu para o quarto e resolveu dormir um pouco.

― Foi hilário o que vocês fizeram com aqueles três no jogo contra Corvinal ― Luke dizia.

― Sim ― Madison riu lembrando-se ― Mas, eles se vingaram.

― Vocês ficaram parecendo uvas ― Luke riu.

― Ei, não foi engraçado ― Madison disse séria ― Tive que tomar cinco frascos daquela poção de cura. Não sei se você sabe mas o gosto é nojento. Eca, tive pesadelos com aquela poção.

― Já tomei muitas dessas poções de cura ― ele admitiu.

― Eu ainda quero saber por quê você e Peter são tão legais e andam com aquele Bryan ― Madison disse erguendo a cabeça em sinal de superioridade ― Ele vive azarando garotas Lufanas e Corvinas. E ainda azara Grifinórios sem nenhum motivo.

― Se formos inimigos de Bryan, a casa inteira vai nos odiar ― Luke respondeu ― É como se ele fosse o rei e todos nós tivéssemos que obedecê-lo. Todos dizem: "Uau, vocês tem sorte, foram escolhidos para serem amigos dele" não considero uma honra. A família dele é de muita influência, não podemos nos opor. Não ainda. Quando tivermos certeza de que podemos convencer os outros Sonserinos de como Bryan é um idiota, podemos ser bem, mais normais. Bryan acredita que não podemos ser amigos de outras casas, temos que só ter amigos de sangue puro, temos que ser superior à todos. Não eram exatamente esses os objetivos de Salazar. Sonserina sim, é uma casa para ambiciosos, mas não quer dizer que temos de ser maus.

― Uau ― Madison disse ― Esse foi um discurso inspirador.

― Ah, você disse que eu era legal. Uma Grifinória falando que um Sonserino é legal. Uma cena difícil de se imaginar ― ele disse ― Queria que acabasse essa rivalidade entre as casas.

― Não tem que acabar totalmente ― ela afirmou ― A pessoa que tem que estar disposta a não ligar para isso senão nunca vai acabar. São pessoas como Bryan que estragam a casa, que influenciam os outros. Ainda tenho esperança que ele seja expulso.

― Eu também ― concordou ele.

Adam desceu as escadas e quando escutou risadas parou no último degrau. Olhou para a sala e viu que Madison e Luke se divertiam. Cerrou os punhos mas não fez nada. Ou melhor, ele não fez nada. Outra pessoa faria. Subiu correndo e falou com Nicholas que Luke estava dando em cima de Madison.

Nick desceu as escadas o mais rápido possível. Adam veio atrás dele para presenciar a cena.

― O que está acontecendo aqui? ― perguntou Nick e Adam segurou o riso. "Isso vai ser maravilhoso" pensou.

― Estamos conversando, Nicholas ― Madison respondeu.

― Não me chama de Nicholas! ― ele disse alto ― E você, fique longe da minha irmã ― disse apontando para Luke.

― Nick... ― Madison começou a dizer calmamente com a intenção de tranquilizá-lo.

― Tudo bem ― Luke se apressou a dizer ― Estava mesmo indo dormir antes do jantar. Até mais ― ele olhou para Madison com um olhar que dizia: "A gente se fala depois e está tudo bem".

Assim que ele subiu as escadas, Madison lançou um olhar para Adam. Ele não conseguiu segurar o sorriso e ela soube na hora que ele enchera a cabeça do irmão de besteiras.

― Qual o problema? ― ela perguntou para o irmão.

― Hum, ele é um Sonserino e estava dando em cima de você! ― Nicholas gritou.

― Não, não estava ― Madison se defendeu ― E não tem nada a ver com ele ser sonserino ou não. Rose se casou com um sonserino e Scorpius é maravilhoso. Peter também não é mau. Luke também não é. Você está julgando mal. Onde será que aprendeu isso? Com Walker, é claro.

Ela virou as costas e subiu as escadas bufando. "Walker estava com ciúmes de mim?" Madison pensou.

"Deixa de besteira" soprou sua consciência "Ele só é egoísta e tradicional. Não gosta de Sonserinos e Grifinórios juntos"

Ela se deixou levar pela consciência.