Sex, Drugs And Problems - IV escrita por Julya Com Z


Capítulo 23
Capítulo 88 - Redondo e macio


Notas iniciais do capítulo

Hey coisas fedorentas que eu amo!

Primeiramente, queria pedir desculpas por ficar sem postar tanto tempo. Eu tive alguns muitos problemas em todas as áreas da minha vida (escola, amor, família e pans) e realmente não tive dez minutinhos pra ligar o pc. Mas acho que agora eu voltei... por enquanto, então aproveitem pra me adicionar no face, que eu vou mandar o link no fim do capítulo, seguir no twitter (SDP_web) e fazerem o caralho a 4 que quiserem.

Em segundo lugar eu já vou avisando que a quarta temporada está na reta final, provavelmente terá mais dois ou três capítulos, ainda não sei ao certo, mas tá acabando... :C

Também não sei se vou continuar a escrever.
Mentira, eu me mataria se parasse hahaha

Enfim, acho que era "só" isso que eu tinha pra falar.

Beijos e Boa leitura ♥



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Saí da Luts pouco depois de falar com o Teta e passei em casa pra pegar o carro e ir pra casa do Pedro. A Camila e a Paloma tavam acordadas. A Cá disse que ia esperar o Binho acordar pra ir pro hospital, porque era o dia da cirurgia do Fábio. A Paloma ia passar o dia na casa da minha mãe com o Pierre, já que ele não ia trabalhar naquele dia, que eu confesso que nem lembro qual dia da semana era. Esse é o bom das férias. Todo dia é sábado.

Toquei a campainha da casa dos Gonzales e a Lígia sorriu quando me viu. Falamos um pouco e ela me levou até o escritório do Olavo. Ele tava de camisa branca, uma gravata frouxa no pescoço e a cara séria, que ficou ainda mais dura quando ele olhou pra mim e me mandou sentar. Falei sobre o sequestro e ele ouviu calado.

Eu: Você vai pegar meu caso?

Olavo: Vou. Fui convocado. Então pra te ajudar, você tem que me contar tudo, exatamente como aconteceu, sem deixar nenhum detalhe pra trás. Pode começar.

Respirei fundo e comecei a contar. Falei cada detalhe. Desde o dia em que conheci o Fábio até o dia anterior àquele, que foi a última vez que nos vemos. Ele só mexia a cabeça de vez em quanto e fazia perguntas vagas. Quando terminei de falar eu olhei pra ele, me segurando pra não chorar.

Olavo: Olha, eu vou poder no mínimo te punir com serviços comunitários. Tipo, ser voluntária em ONGs, coisas desse tipo. Pode ser algo legal ou totalmente...

Eu: Humilhante? - ele fez que sim com a cabeça e eu olhei pra baixo. - Droga. Mas depois disso eu vou pelo menos poder ver o Fábio de novo?

Olavo: Acredito que não por agora. - por agora? Porra de pessoa culta - Como o garoto não tem família, a polícia fará uma busca pelo pai dele no Canadá que, devo admitir, eu acredito que vai falhar. E se não encontrarem o pai dele, ele será encaminhado a um orfanato. Mas isso também vai depender do resultado da cirurgia. E você sabe que não vai poder vê-lo. Mas eu prometo que quando tudo isso acabar eu vou dar um jeito pra que você veja o garoto, ok?

Eu: Ok. Obrigada Olavo.

Olavo: Se você algum dia puder me chamar de pai ao menos uma vez eu vou ficar muito feliz.

Eu sorri pra ele e mexi a cabeça positivamente. Ele mandou a Lígia chamar a Maggie, que entrou no escritório e sentou do meu lado.

Maggie: Você vai precisar de um advogado. E eu vou te indicar o melhor que eu conheço, como uma forma de pedir desculpas por ter sido tão ridícula. Eu fui uma verdadeira idiota. Ouvi minhas amigas falando aquelas besteiras, sendo que além de pertencerem ao mesmo mundo, você e o Pedrinho pertencem à mesma família. Aqui o cartão dele - ela me deu um cartãozinho branco com um nome que eu nem me interessei em ler - ele vai te livrar dessa.

Eu: Ok, você tá me pedindo desculpas? Ou eu ouvi errado?

Maggie: Por favor, não dificulte mais as coisas. Eu não tenho mania de me desculpar. - ergui as mãos, como se me rendesse e ela me estendeu a mão dela - Pode me perdoar?

Pensei um pouco, mas apertei a mão dela.

Eu: Perdoada. Por favor, não repita esse erro. - ela assentiu, falou mais algumas coisas comigo e o Olavo e saiu do escritório.

Eu entreguei o cartão do Pedro pra ele, com medo de levar um tiro, já que ele tava despedaçado, mas ele simplesmente jogou no lixo e disse que tinha chegado o outro cartão, que só estava esperando eu devolver pra picotá-lo e ativar o novo. Menos mal.

Olavo: Bom, eu te levo até a porta. - Descemos em silêncio e ele abriu a porta pra mim - Tchau, Naty.

Eu: Tchau... Pai.

Ele sorriu, me abraçou forte, sussurrou um "obrigado, filha" no meu ouvido e eu fui embora.

A Kimi me ligou dizendo pra eu ir pra Luts, porque tava todo mundo lá. Eles tinham pedido pizza, então eu comi uma fatia e fiquei sentada lá comendo e bebendo cerveja, até que a Kimi resolvei pegar o narguile que tinha lá na casa. Mas ao invés de preparar do jeito "tradicional" ela colocou maconha e, no lugar da água, 51. Fui a primeira a tragar e quase morri, mas fiquei de boa, começando a brisar logo de cara.

Tava todo mundo lá. Todo mundo mesmo. Até a Samantha e o Bruno (que tava pegando o Leo). Ficamos falando algumas merdas, bebendo cerveja e fumando. As meninas foram lá pra dentro da casa, porque a Olivia queria falar de alguma tatuagem que ela ia fazer, sei lá que porra, mas eu resolvi ficar lá fora com os caras.

Entre uma rodinha de gurias e uma de caras eu prefiro mil vezes a dos caras. Porque eles falam de merdas engraçadas pra porra, não deixam o assunto morrer nunca (pelo menos entre eles) e... bom, falam merdas engraçadas pra porra. Numa roda de gurias só falam de homem, tanquinho, quantas vezes deu o cu numa noite, não tá preparada pra dar pro namorado, o cabelo de fulana é feio, ciclana é puta, Maria é lésbica, Joana é vagabunda... Enfim. Garotas são falsas.

Eu queria ser um cara.

De repente o Beck começou a causar falando de corpos de garotas.

Beck: Eu não gosto daquelas gurias com a bunda maior que o cérebro.

Henrique: Mas tem que ter algo pra olhar. E apertar.

Beck: Concordo. Tipo a Naty. - mostrei o dedo do meio pra ele.

Leo: Ai gente, que absurdo. - daquele jeito gay dele.

Beck: Tu é exceção, porque teu beck é outro.

Henrique: É, tipo o teu HAHAHAHAHAHA - falou pro Beck e todo mundo riu, menos o Teta, que tava calado o tempo todo, brisando. Duvido que ele tivesse prestando atenção na conversa. - E tu, Teta? Qual teu "tipo"? - fez aspas no ar.

Teta: Sei lá. Sendo redondo e macio tá bom pra mim.

Geral: HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

Eu: Mas em que sentido? - ainda rindo pra caralho.

Teta: Todos. - ele falou com aquela cara de "foda-se", que deixou tudo ainda mais engraçado. Ou tava engraçado porque tava todo mundo muito bêbado?

Sei lá. Foda-se.

O Binho ligou e disse que a Malu e o Fábio entraram na sala de cirurgia havia meia hora. Se desse certo ele ficaria curado. Oh Jah...

A Camila pegou o telefone e começou a falar pra mim que o Fábio tava bem e que tava todo feliz e tinha um bagulho pra mim. Eu como nem sou curiosa, quase chorei pra ela me dar ao menos uma pista, mas nada.

Camila: Daqui a pouco eu vou praí e você descobre o que é, tá?

Eu: Tá bom, né? Filha da puta.

Eu fumei mais um monte, dessa vez só cigarros mesmo e peguei o skate do Henrique. Fui andar sozinha de boa, mas o Beck veio atrás.

Beck: Hoje é a cirurgia do moleque, né?

Eu: Uhum. E eu nem vou poder ver ele.

Beck: Cara, isso é muita mancada, na moral. Você e o Fabito são o mais parecido com uma família que ele tem. Eu não sei porra nenhuma sobre essas coisas de lei e pá, mas seria melhor pro moleque se ele tivesse com você. A Camila tá lá com ele, mas ela não é você.

Eu: Eu sei disso, Beck. O problema é que essas coisas de lei são muito sistemáticas. Não existem sentimentos quando se trata de fazer o que esses otários acreditam que é justiça.

Beck: Pois é.

Eu: É.

...

Ficamos mais um tempinho conversando, já tinha escurecido quando voltamos e o Binho veio até mim e me abraçou.

Binho: Deu tudo certo. Ele vai passar por uns exames pra saberem como ele tá reagindo e pá. A Catarina disse que as expectativas são ótimas, porque minha mãe é cem porcento compatível com o Fábio.

Abracei ele de novo e quando a Camila parou atrás dele eu o soltei e bati na mão dela.

Eu: Agora me fala que porra de bagulho é aquele.

Camila: Ele me pediu pra te dar isso. - me deu um papel.

Eu: AAAWN, que bonitinho!

Levei o desenho pra casa e resolvi ficar lá com o Binho. A Paloma tava na casa da minha mãe ainda. O Binho olhou pra mim, sorriu e mandou eu esvaziar todos os bolsos. Só tinha meu celular num bolso da calça e um maço de Marlboro no outro bolso. Joguei tudo no sofá e ele veio até mim.

Binho: Se fodeu. - ele me levantou e começou a correr comigo até pular na piscina comigo pendurada no ombro.

Começamos a nos beijar e quando vi já estávamos transando.

Sim, transamos. Sim, na piscina. E não...

Binho: Eu não usei camisinha. - porra.

Eu: Filho da puta. - nisso eu já tava correndo pela casa em busca da minha carteira e da chave do carro. Quando achei saí em disparada até a garagem, entrei no carro, fiz o Binho abrir o portão, larguei ele lá e saí a milhão até a farmácia mais perto de casa. Cinco minutos depois eu tava comprando anticoncepcional e pílula do dia seguinte, que dizem que funciona...

Tomei logo duas e joguei nas mãos de Alá, Oxum, Jah, Iemanjá, Zeus, Zeref, Jeová, Budha, Papai Noel, Fada do dente, Coelhinho da Páscoa e todos seres mágicos e superiores. Se eles fossem realmente mágicos, grávida eu não ficaria. De prenha já basta a Paloma.

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