Terminei de passar a chapinha nas pontas, deixei o cabelo todo liso, respirei fundo, oque diabos o Jake queria com esse encontro e pior como eu vou reagir, não posso simplesmente ceder.
  Me olhei novamente no espelho e vi, tudo que passou...
  Vi seu olhar quando me encontrou caída em uma rua de Seattle depois de ter enxotado o...vampiro. E como se uma memória puxa-se a outro vi seu rosto contorcido em preocupação quando me viu caída (n/a: de novo ‘-‘) no quando o vi beijando a Leah e depois a dor da minha mordida em seu ombro.
  Ri da lembrança, foi divertido atacá-lo, ri mais ainda lembrando de hoje mais cedo.

 FLASH BACK ON

 Tive treinamentos todos os dias, de todo tipo e hoje era de destreza.

 “Ataca do modo que achar melhor, quero ver como é sua agilidade e iniciativa” falou Jake a alguns metros de distância.

 Advinha quem quis ser a pessoa com quem eu brincava? Bingo! Leah Clearwatter.

 “Vem ratinha!” me provocou Leah.
“Leah” repreendeu Sam.

 Respirei fundo, curvei de leve minhas pernas e minhas patas dianteiras, ela me rodeava ronronando de modo debochado.
 Quando vi que ela estava no ponto certo longe da árvore onde Seth estava, pulei com minha velocidade lobisomica e bati com a pata direita em seu ombro e rodando no ar ao me segurar com a boca sua orelha e caí um pouco mais para trás batendo em um pedregulho com a força de sua revidada.

 Caída ao leito do pedregulho li o pensamento do Jacob e vi sua intenção de ir me ajudar e percebi que até deu impulso para frente, me levantei rápido ouvindo um latido alto de incentivo do Quil, Jake ronronou de um modo engraçado lhe mandei um olhar e ele se calou.

“Ratinha! Aprende e esquecer sua paixonite numa guerra”  Leah gritou e veio com tudo me esquivei quando me toquei de seu plano ela numa mordida com força me puxou pelo rabo me jogando longe, caí em pé mais fui deslizando um pouco até  o Jared, corri ou voei até ela e subi em cima rosnando alto no seu rosto e a segurei com a pata pelo pescoço.

 “Chega!” Sam gritou. Me estressei e lati para ele que deu um passo para trás.
“JULIA!” Jacob gritou comigo oque me fez pular em cima dele.“Não grita comigo!” sussurrei com raiva me lembrando da vez que ele tentou me obrigar a escutá-lo no dia transformação.

  Ele me encarou de um jeito triste por ter lido, sentido oque eu sentia, respirei fundo.
“ Desculpa” falei só para ele.
“Não tem do que se desculpar” falou me olhando de um modo doce.

“JULIA SAI DE CIMA...” Gritavam todos, mas parecia que ali era só eu e ele, parecia que ninguém havia escutado ou sentido tudo que acontecia nessa bolha que existia agora e aqui entre nós.

   Saí de cima do Jacob e me distanciei um pouco.

 Vinte minutos depois estávamos todos nós destransformados e os garotos discutindo meu modo de lutar como seu eu nem estivesse aqui.

-Eu até apostei 5 pratas nela com o Paul quando ela pulou em cima de você Jacob! - falava rindo o Embry.

 FLASH BACK OFF

   Olhei mais uma vez meu cabelo agora curto, tia Sue me convenceu a cortar o cabelo por causa do pêlo, ARGH! Cortei mais MUITO diferente do das outras meninas do bando, cortei nos ombros e o repiquei inteiro ficou uma graça, mas... quero meu cabelão de volta.
  Terminei a chapinha, baguncei um pouca aqui, um pouco aqui, me levantei e olhei no espelho.
  Estava usando um vestido todo listrado verde claríssimo e branco, um tubinho que só tinha alças levinhas, coloquei uma rasteirinha branca, a vantagens de ser uma lobisoma de 40 graus e desvantagens de ser uma lobisoma que foi destinada ao alfa... ainda sinto frio, enquanto eles são 47 a 52 graus eu só 40 (n/a: só), acho que  é um modo de eu ser ainda indefesa a ponto de necessitar o calor de um alfa. ISSO É TÃO INJUSTO CARA!
  Tirei a rasteirinha, coloquei uma meia calça branca e uma sapatilha prata, respirei fundo passei mais uma vez o blush, não ando muito indo a praia e peguei um casaco leve.

  Desci as escadas lentamente.

  Porque eu perdi essa porra de aposto, não por que eu fiz essa droga de aposta? A por que eu sou uma idiota competitiva egocêntrica que não mede conseqüências.
  Sentei com as pernas em cima do sofá e me encostei no braço dele.
  Meus tios tinham saído, foram a PortAngeles ver um filme do Antonio Banderas, minha tia adora ele!

 -Hey gatinha – olhei pra cima. Joguei a cabeça totalmente pra trás.
-Oi Cacau – falei monotonamente –Ai como você consegue chegue perto de mim sem eu senti seu cheiro? Aliás, cadê o seu cheiro? – perguntei puxando seu braço e o cheirando.

  Ela riu.

 -Polpa do miolo de um cacto da África subsaariana – ele falou rindo.
-Gente rica é outra coisa – falei me sentando no braço do sofá.
-Enfim... vamos?
-Como assim?
-Não me pergunte oque sei é que é um encontro duplo ou algo parecido e é para a gente se encontrar com eles em Forks.

                                             XxX

-Ta, eu realmente adoro Porshes, mas dá pra entrar na estrada Cacau?
-Argh.

                                              XxX

Era um tipo de cinema antigo, todas as luzes estavam apagadas, não havia ninguém mas havia uma seta vermelha apontando para dentro do cinema, Ana Clara sorriu para mim, segurei em sua mão, eu não sou do tipo de pessoa que curte ficar sozinha no escuro.
  Quando entramos todas as luzes estavam acesas lá dentro e o mais engraçado...
Era que ali na parte da pipoca haviam dois garotos ou homens como preferir, de dois metros cada um, tão musculosos de um modo que os faziam ameaçadores mas havia o olhar carinhoso para cada uma de nós e aquele sorriso que eu conhecia desde pequena de criança travessa vestidos de atendentes.

 -Senhoritas, gostariam de alguma coisa? – falou o Seth.
-Talvez um filme a sós com o possível e futuro marido de vocês que as amam de uma forma descontrolada a ponto de escolherem um filme como – Jake parou para olhar as capas de DVD – “Letra e Música” ou “O Curioso Caso de Beijamim Button”.
-Fico com Letra e Música! – gritou Cacau.

   Comecei a gargalhar, larguei meu casaco no balcão e sentei em cima do mesmo.

 -Então quem será o meu atendente? – perguntei segurando o riso e tentando me fazer de sedutora.

   Jake deu a volta pelo balcão naquela velocidade que ainda me deixa desnorteada. Tirou a gravata borboleta e tacou o chapéu longe e me ofereceu o braço.

 -Me permite madame? – sorri rindo.
-Vamos menino da pipoca – falei colocando meu braço no seu.

   De canto de olho só via Cacau e o Seth se pegando.

  Seguimos até uma sala de cinema, quando ele abriu a sala, era diferente, todas a cadeiras estavam empilhadas longe e havia um tipo de sofá cama no chão ele era bem baixinho como se fosse só o colchão mais com encosto e com várias almofadas e uns três cobertores bem no meio da sala de cinema antiga.
  Ele foi correndo e se tacou na cama, ri dele, até que foi uma boa idéia a da meia-calça e uma péssima idéia do Jacob e cama-sofá. 
  Tirei a sapatilha e me sentei ao lado dele com as pernas esticadas.

 -Perae – ele levantou e saiu correndo de um modo desengonçado e engraçado, gargalhei dele que sai por uma portinha, a luz apagou e só tinha aceso algumas e bem fracas e o telão começou a passar algum tipo de trailer, ele veio correndo de novo com uma sacola de papel.

  Sentou do meu lado e me deu um sorriso travesso.

-Ao melhor encontro de todos – e derramou todo conteúdo no meio de nós dois (n/a: bem no meio, sacou?) caíram vários pacotes de salgadinho, várias barrinhas de chocolate, algumas latinha de coca-cola e soda.
-Você é impossível Jake! – falei pegando uma coca-cola.
-Só para você – falou de um modo intenso e baixo fingindo interesse no filme enquanto abria uma barrinha de chocolate.

   Virei para frente para assistir o filme mais com um sorrisinho de lado.
 O filme era uma graça, a história era linda, Jacob estava o tempo todo fingindo bocejar para colocar o braço em volta de mim, mas desistia na hora que eu me esticava para pegar uma batatinha, ou um Twix... o filme me fez chorar, Jake meio que sorria ou ria de mim, lhe dei tapas na hora que escutava seu riso fugir.

  Mas haviam momentos tensos... tipo quando eles se beijavam, ele se mantinha quieto e sentia seu olhar de canto de olhos sobre mim, era um clima estranho como se algo me disse ou grita-se : BEIJA LOGO! Ou então a cena de sexo em que eu mais tive vontade rir, Jake meio que tenso sobre isso pegou uma garrafa de soda e bebeu tudo de uma vez só fingindo não ver a cena.
  Me peguei as vezes desfocando do filme e apenas escutando as gargalhadas gostosas dele que eram de pura ironia mas voltava a me concentrar, era algo que me tinha dificultada em fazer mais era necessária;

 -A fala sério quem acredita nisso de nascer velho e morrer bebê? – falou ele quando acabou.
-As mesmas pessoas que acreditam que lobisomens existem – falei rindo e cruzando a perna igual chinês.
-Verdade... Aliais você tem se saído muito bem nos treinamentos – falou ele se recostando no encosto e se espalhando todo.
-Hmmmm, Jake.
-Fala Ju.
-Você lembra, da hora que eu te ataquei?
-Se for pra se desculpar nem tente estou muito ressentido – falou fazendo um bico mas escapando um sorriso.
-Sério Jake, foi estranho eu ninguém escutou a hora que a agente quer dizer eu te pedi desculpas e que você tava bem...
-Eu ia te explicar isso.

   Ele respirou fundo, não parecia ser algo que ele estivesse interessado.

 -Bem, tem essa coisa da pré-destinação – ele falou me olhando meio receoso.
-Continua – falei incentivando.
-Droga agora eu vou perder as cartas na manga – falou dando um soco no ar – Bem, é só acontece quando nós estamos transformados, é como se um campo acústico se fechasse em volta de nós, tudo que você pensa só eu escuto, tudo que você sente só eu sinto e vice-versa, ainda não sei por que e como isso ocorre só sei que é inevitável.
-Como sabe disso?
-Só cheguei a essa conclusão, sou um gênio baby – falou passando a mão pelos cabelos. Mantive o olhar e as sobrancelhas levantadas. – Ok foi a conclusão que o meu pai chegou hoje quando contei pra ele oque tinha acontecido.  
-Hm, estranho, odeio isso.
-Como assim? – perguntou com um olhar que na hora que o reparei ele desviou se interessando por MAIS uma barrinha de chocolate.
-Essa coisa de ser diferente de todos vocês, odeio o modo como todos me tratam como se eu fosse totalmente quebrável quando eu sou capaz de assustar até o Sam! Odeio o fato de sentir frio quando vocês não sentem e de sei lá... – bufei.

   Ele riu e colocou uma mão na minha cintura para me puxar de encontro ao seu corpo, fui surpreendida aponta de não entender oque fora aquilo e fiquei embasbacada demais para me soltar dele, apenas olhei para cima encarando-o com a boca levemente aberta.

 -Resolvido o frio por enquanto, não é algo permanente, se você quiser – Ui my God! Ele falou de um modo alegre e brincalhão, mas ainda tão sexy. – Não é como se você fosse quebrável é só que você não sabe ainda lutar oque a torna vulnerável aos nossos olhos mas... – ele tirou uma mexa da frente do meu olho – você é forte demais e o Sam sabe disso por isso hesitou em ir pra cima de você. – falou sorrindo.
-Eu sei lutar sim!  - ela falou rindo me dando um soco – Bem me defendi de você ano passado!
- É diferente quando o seu oponente não está apaixonado por você né! – ele fez cósquinha em mim.

   Paramos os dois deitados na cama, um rindo do outro, eu da cara dele engraçada quando o mordi na orelha e ele da minha mordida que ele disse ter sido fraca.

-Para uma adolescente de 16 anos você anda muito selvagem – afinou a voz de um modo engraçado. Dei-lhe um tapa.
-Não sou eu um homem de quase 20 anos na cara que fico atacando menininhas inocentes – falei rindo.

   Depois de um momento de risos e transitando lentamente para um momento totalmente quieto onde só ouvíamos a respiração um do outro bem baixinha.

 -Senti falta disso – falou ele num tom de voz normal – do nosso modo bobo e apaixonado de brincar um com o outro como e nós dois estivéssemos num filme ou num romance de livro – falou se sentando.
-Jake – o censurei e me sentei de frente pra ele – podemos fazer isso sempre que quisermos, é só você não romper as barreiras – falei o olhando nos olhos e demonstrando minha angústia.

  Queria tê-lo de volta mais me senti tão violada quando vi o beijo, senti uma repulsa tão grande quando descobri oque ele escondia de mim. Perdi a confiança nele.

 -Mas esse é o problema querida – ele passou a não em meu rosto me fazendo fechar os olhos – não consigo me controlar ao seu lado. Simplesmente não consigo controlar essa vontade imensurável de tocá-la, não é como se pude-se agradá-la, sei que ainda sente algo por mim. Seu coração é meu.

   Ele encostou levemente o nariz dele no meu, e logo senti o seu lábio inferior encostar no meu superior.

 -E o meu coração é seu. Sempre.

   Respirei fundo e me agarrei ao seu coro cabeludo, ele novamente encostou nossos lábios me dando um arrepio que não senti a tempo que era como se no momento meu estomago tivesse esfriado demais.
  Ele se apoiou no colchão colocando uma mão de cada lado do meu quadril e me beijando apenas no canto dos lábios abri os olhos numa busca de sanidade de anti-confiaça, mas nada veio a minha mente a não ser o marrom da pele dele, o marrom quente e aconchegativo, abri a boca na tentando fazê-lo entender a necessidade de beijá-lo inteiramente.
  A língua dele passou lentamente sobre o canto de meus lábios até chegar devagarzinho a encostar na minha, percebi o seu sorriso na provocação quando o empurrei rápido para trás e me impulsionei para frente o segurando pelos ombros, logo suas mãos passaram para a minha cintura e deslizando para as minhas costas.
  Sentia cada célula minha pulando e batendo eletricamente uma nas outras de um modo feliz e bagunçado como sempre foi meu amor pelo Jacob.
   Jake foi abaixando alguns selinhos, passando pelo meu queixo e indo em direção ao meu pescoço,  passei uma perna de cada lado do seu quadril me sentando no seu colo, uma bolha novamente se formava em volta de nós, só que agora totalmente sendo nós e nosso mundinho feliz e apaixonado.
  Segurei na gola da camisa e mordisquei a sua orelha e ouvi um rugido seu, me assustei um pouco mais antes disso Jacob veio com tudo me beijar, com uma mão em minhas costas me puxava para mais perto de si com certa força e a outra segurava com força a lateral de meu quadril. Dedilhei da gola para baixo encontrando um botão de cada vez e o soltando, quando sua blusa já estava solta espalmei minha mão em seu peito explorando-o.

 -Melhor não – ele falou rouco.

  Com as mãos no gominhos do seu abdômen e passando minha boca para seu ombro.

 -É, melhor pararmos – falei ofegante.

   Ele segurou a minha coxa por baixo e a puxou me mantendo mais perto de um modo totalmente enlouquente.

-Chega – falou tirando a minha perna – não é pra ser assim e nem agora – me sentei de costas pra ele.

   Me ajeitei e voltei a olhar para trás. Ele estava com um sorriso engraçado, o sorriso ia de orelha a orelha e travesso de um jeito meio moleque. Segurou minha cintura.

 -E agora eu já tenho você? – ele falou esfregando sua ponta de nariz com a minha.
-Não são frases doces suas que vão me conquistar – falei sorrindo – nem beijos selvagens – falei rindo e o dei um selinho – mais sim acho que já me tem. Mas devagar.
-Igual agora ou vou ter que pedir para avançar o sinal igual a noite da festa – falou rindo, lhe dei um soco.

   Levantamos da cama, já era muito tarde, nuns selinho de lá pra cá enquanto organizávamos tudo o celular do Jake tocou, estranho por que é quase impossível ver o celular dele.
  Ele segurou o aparelho.

-É uma mensagem – ele falou não fazendo caso, mas lendo-a – Merda, melhor irmos agora pra casa, vou chamar o Seth e a Ana Clara me espera já no carro e não abra a porta por nada – falou saindo da sala.