Flawz escrita por ChocolateQuente


Capítulo 47
Capítulo 44


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas. *-*-*-* Mais um cap pra vocÊs. Ah queria fazer um pedido. Se vocês têm amigas ou amigos que gostam de ler, mostrem 'Flawz' pra eles. Pode ser? Valeu, desde já. *-*



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Gabriel

Depois de voltar do parque, passei no quarto da minha mãe. Ela estava sentada na cama com duas caixas.

- O que é isso? – perguntei e ela permaneceu de cabeça baixa examinando a caixa.

- São álbuns. Álbuns da nossa família. O que eu faço com tudo isso? Jogo fora? – ela perguntou e no meio da pergunta já chorava feito uma criança.

- Claro que não. Só porque acabou não quer dizer que tudo que aconteceu tem que ser jogado fora. – eu disse, agora ao seu lado. Ela começou a soluçar de tanto chorar. – Mãe, olha pra mim. – eu pedi e ela me encarou. – Acabou. Deveria se sentir livre. Está livre dessa coisa doentia em que a senhora vivia. Acabou mãe. – eu sussurrei e ela fungou. – A senhora vai ficar bem. Estamos juntos nessa, sabe que estamos. Eu vou te ajudar e nós continuaremos a ser uma família, como sempre fomos. Só nós dois agora. – eu sussurrei e ela sorriu fraco encarando os dedos.

- Eu te amo, filho. – ela soluçou e eu assenti.

- Eu sei. Eu também te amo e preciso de você agora. – eu disse puxando-a para um abraço. - Eu preciso muito de você. 

Mel

Fugir não era pra mim. Eu devia encarar e resolver as coisas. Mas naquele momento tudo parecia incerto, tudo parecia dar tão errado que eu... Eu só não conseguia pensar em nenhum motivo plausível pra tentar. Eu só queria respirar. Por um momento. Por um tempo longo, eu só queria que as coisas ficassem bem. Por isso voltei pra casa. Rezando para que Moah não estivesse mais lá. E eu sabia que ele não estaria, mas mesmo assim entrei a passos cuidadosos pela porta dos fundos e me tranquei no meu quarto. Me sentei na cama e encarei meu celular que vibrava em cima dela. Mensagens e ligações. Samuel.

“Não vai mesmo falar comigo?” “Onde você está? Jamie me ligou preocupada.” “ Mel, eu estou preocupado, por favor dá noticias.” “Mel, por favor.”

Suspirei e digitei rapidamente uma mensagem e a enviei. “Estou bem e já estou em casa. E não, não vou falar com você. Só me deixa em paz, tá?”

Puxei meu caderno de anotações e meneei a caneta entre os dedos. Encarei o papel em branco por longos minutos, parando só pra olhar um pequeno canarinho que ciscava na minha janela, mas depois voou para longe. O céu azul claro foi ficando anil, até chegar a um azul tão escuro que poderia ser facilmente descrito como preto. Levantei da cama e apoiei o caderno na janela.

“As estrelas ainda estão aqui. Pontos de luz de tamanhos variados que parecem se mover à medida que as olhamos. São tão pequenas vistas daqui. Será que elas pensam a mesma coisa de mim? ‘Olha só como aquela humana é pequena vista daqui.’'Que tola eu sou. Estrelas não pensam, mas se pensassem... Teriam razão. Eu sou muito pequena. Em todos os possíveis sentidos. É como se eu não tivesse controle de nada. Pequena. Minúscula.”

Li o que tinha acabado de escrever e ri.

- Droga, não faz sentido algum. – eu bufei jogando o caderno de lado. Encarei o céu e localizei minha constelação. Orion. Corri os olhos para o lado esquerdo do céu e encontrei-a. Sirius. Segurei o pequeno pingente que pendia em meu pescoço e sorri.

- Mel, abre aqui. Agora. – A voz me fez revirar os olhos.

- Não.

- Não é um pedido, Amélia. Estou mandando você abrir essa droga de porta.

- HÁ HÁ HÁ. – eu berrei e continuei parada.

- Ok, eu vou arrombar então. – ele berrou e então eu ouvi um barulho alto. Arregalei os olhos e corri para abrir a porta.

- Você ficou maluco? – eu perguntei berrando e encarando-o incrédula. Ele revirou os olhos e entrou no quarto. Eu bati a porta e a tranquei. – Quem deixou você entrar?

- Como se alguém precisasse me deixar entrar. – ele deu de ombros e se jogou em minha cama.

- Folgado. – eu disse e encostei-me na parede para encará-lo. Ele me olhou e nós ficamos assim, nos encarando por longos minutos. Senti meus olhos se encherem de lágrimas e tentei contê-las, mas tudo que consegui foi fazer um beicinho de criança chorona.

- Vem cá, vem. – ele me chamou estendendo a mão. Andei até ele e sentei em seu colo. – Ah Little, eu sinto muito. Não pensei que vocês dois iam brigar mais.

- Tudo bem, Sale. Eu não devia era ter brigado com você. – eu disse fungando enquanto ele me abraçava.

- Tudo bem. – ele disse.

Sale me colocou de lado e engatinhou sobre minha cama, depois fez um sinal para que eu deitasse ao seu lado perto da cabeceira. 

– Vai ficar tudo bem tá? – ele disse me puxando para um abraço e eu suspirei.

- Eu espero que não demore pra ficar. - eu suspirei.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Não sei se vou conseguir postar outro ainda hoje de noite, então vou postar um agora mesmo.Comentem.