Flawz escrita por ChocolateQuente


Capítulo 43
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoas. *-* Como estão? espero que bem. Não sei se vou conseguir postar outro hoje. Mas vou tentar. Espero que curtam esse cap. *-*



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Mel

- E ai? Vamos ou não vamos? – Ellie berrou pela enésima vez encostada à porta enquanto batia o pé freneticamente.

- Eu não vou. – eu berrei e Ellie revirou os olhos.

- Porque não? – Zoey perguntou enquanto borrifava perfume no pescoço. – Você precisa estar lá.

- Não preciso não, acho que você pode conversar com Sale sem mim. – eu disse fechando os olhos e dando um sorrisinho de lado. Zoey jogou um travesseiro em mim e riu.

- Não quero falar com o Sale. – ela disse e eu me virei para encará-la. – Tá, eu quero. – ela revirou os olhos e eu ri.  – Er... Posso fazer uma pergunta? – ela perguntou e eu assenti com a cabeça. – Er... Você e Sale... Er... Já ficaram? Quer dizer... Tem algum problema se eu...

- Claro que não... Quer dizer... Claro que não tem problema nenhum. Sale e eu antes de tudo somos amigos.

- Então vocês já ficaram? – Ellie perguntou e eu ri.

- Eu conheço Sale desde que eu corria no meio da casa só de calcinha e marias-chiquinhas. – eu disse e Zoey riu. – Trocamos nosso primeiro beijo e tentamos namorar, mas não deu muito certo. Sale e eu somos como irmãos. Vou adorar ter você como cunhada. – eu disse a Zoey que corou.

- Não seja tão apressada, nem sei se ele vai querer alguma coisa comigo. – ela disse com um sorriso fraco.

- Garanto que ele também gostou de você. E não é só porque sou amiga dele, mas o Sale é incrível. – eu disse e ela sorriu. – Vai lá. Aproveita a festa, tenho certeza que não vai precisar se esforçar pra falar com ele. Eu vou terminar de arrumar minhas coisas.

- Arruma depois. – Ellie pediu e eu balancei a cabeça negativamente.

- Depois da festa vamos pra casa que, aliás, é o único lugar pra onde eu quero ir. – eu disse e elas suspiraram. – Vão lá. Se divirtam por mim. – eu disse e elas sorriram antes de sair.

- Ei. – Ellie chamou reaparecendo na porta. Olhei-a. – As coisas se acertam tá? Do jeito que devem se acertar. – ela disse e sorriu antes de sair.

Balancei a cabeça e voltei a minha atenção para a mochila. Enfiei as roupas de qualquer jeito e prendi os cabelos em um coque. Deitei na cama e fechei os olhos. Ele estava lá. Na minha cabeça. Só que agora de um jeito diferente. Eu não o odiava, e não estava com raiva dele. Se eu estava sofrendo, era por culpa exclusiva minha. Eu me deixei envolver. Não que eu pudesse reprimir, mas eu, de certa forma, deixei que isso acontecesse. Não podia culpá-lo por não me amar. Ah qual é? Ninguém pode ser obrigado a amar. Mas... Por um momento, por um mísero momento eu pensei... Eu senti que ele podia sentir algo parecido com o que eu sentia. Senti que ele... Me amava. Mas é claro, que eu devia estar fantasiando toda essa coisa. Luz de velas numa cabana abandonada, com bolinhos e som de violão. O que eu poderia sentir? Isso parece ter intensificado o que eu já sentia por ele. Gabe. Eu acho que talvez eu possa reprimir esse sentimento. Posso escondê-lo no mais profundo de mim, mas nunca... Nunca vou esquecer e apagar o que sinto. Gabe tá em mim e não sei se posso mudar isso.

Gabriel

Festa. Eu estava em uma. Meu cérebro parecendo chacoalhar dentro da minha cabeça à medida que as pessoas pulavam. Meu corpo todo doía como se eu tivesse tomado uma surra.

- Você está bem? – a voz me fez virar lentamente e apertar os olhos pra focar o rosto.

- Você sempre aparece nas piores horas não é? Onde você fica escondida? – perguntei enquanto andava pra longe.

- Fico sempre por perto, você é que não repara. – ela disse enquanto me seguia. Continuei a andar sem olhá-la. Só parei quando estava perto da cabana abandonada. Olhei a casinha de madeira e sorri involuntariamente. Encostei-me à arvore e virei o rosto, assustando-me ao ver que ela ainda estava lá.

- O que você quer, Lucie? – berrei e ela balançou a cabeça encarando a cabana.

- Me arrependo dessa aposta sabia? – ela disse depois de uma breve pausa. – Se eu pudesse voltar no tempo...

- Você não pode.

- Posso sim. Nós podemos. – ela disse e parou em minha frente encarando meus olhos. – Você e Amélia não vão ficar juntos. Você sabe que não. Ela não é do tipo que aceita um relacionamento aberto e pelo que eu sei você não está disposto pra entrar em um relacionamento fechado.

- Você sabe de coisa demais.

- Sei, sei sim. Porque eu estou disposta. Estou disposta a ficar com você, do jeito que for.

- Quando você passou a ser tão masoquista?

- Não sou masoquista, Gabriel. Só quero você.

- Desde quando, Lucie?

- Desde que você entrou nessa por mim.

- Quem disse que foi por você? Foi por orgulho, por ego. Eu não estou nem ai pra você! – eu berrei e ela me encarou. Os olhos delineados por um lápis preto, e a boca grande semicerrada. Os cabelos curtos e pretos presos em um rabo de cavalo bem feito.

Lucie não era normal. Não podia ser. Mas isso a deixava menos complicada. Era só aquilo, eu não sentia nada por ela e não precisava parar para entendê-la. Eu podia viver assim, não podia?

Balancei a cabeça e a puxei pela cintura. Beijei-a com vontade, diria até com violência. Nunca faria assim com Mel. Com Mel era calmo, e urgente ao nosso modo. Lucie segurou meu rosto entre as mãos, deslizando-as para meu pescoço. Agarrando-me como se temesse que eu fugisse.

Mel talvez entrelaçasse os dedos em meus cabelos e os modelasse delicadamente, depois de sorrir entre o beijo. Ou penderia os braços ao redor do corpo, num gesto de surpresa pelo beijo repentino. Não sei. Com Mel não era previsível. Só acontecia.  Afastei  Lucie de mim, mas ela permaneceu segurando meu pescoço. Encarei seu rosto e seu sorriso orgulhoso.

Não. Eu não poderia viver assim. Eu estava comparando a Lucie com a Mel em tudo. Empurrei Lucie devagar e dei as costas.

- Gabe?

- É Gabriel, Lucie. Você não é Mel. Não tente ser. – eu gritei de costas. Andei de volta para a minha cabana e me joguei na cama.

É, talvez eu devesse ficar sozinho. Talvez esse seja o meu destino.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem *-*



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