Flawz escrita por ChocolateQuente


Capítulo 39
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Postando outro, porque acho que devo isso a voces, já que passei dias sem postar. Espero que estejam gostando. *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/332152/chapter/39

Gabriel

Nossa, só me dei conta da saudade enorme que sentia dela, quando seus lábios tocaram os meus. Senti-la tão perto de mim fora a coisa mais maravilhosa que havia acontecido comigo em tempos. Sua boca, seus olhos delatores. Mel era perfeita. Perfeita pra mim. Eu a queria de uma forma, que até me assustava.

Grew up in a small town, and when the rain would fall down, I'd just stare out my window. Dreaming of what could be and if I'd end up happy I would pray. [Cresci numa cidade pequena, e quando a chuva caía eu ficava na minha janela. Sonhando com o que poderia ser e se eu terminasse feliz, eu oraria.].

Agora estávamos sentados no sofá, Mel me olhava com aqueles grandes olhos castanhos e dedilhava o violão com um sorriso incrível. Aquele sorriso que eu havia me acostumado a ver.

Trying hard to reach out, but when I tried to speak out felt like no one could hear me. Wanted to belong here, but something felt so wrong here, so I'd pray. I could breakaway . [Tentando ao máximo alcançar, mas quando eu tentava falar sentia como se ninguém pudesse me ouvir, queria fazer parte daqui, mas algo parecia tão errado, e então eu orava. Eu me libertaria.].

A cada palavra que ela cantarolava, uma alegria ridícula e gostosa crescia em mim. Seus lábios movendo-se lentamente.

I'll spread my wings and I'll learn how to fly, I'll do what it takes, till I touch the sky, Make a wish, take a chance, Make a change and breakaway. Out of the darkness and into the sun, but I won't forget all the ones that I love, I'll take a risk take a chance, Make a change and breakaway. [Eu abrirei minhas asas e eu aprenderei como voar. Eu farei qualquer coisa para tocar o céu, faça um desejo, aproveite a chance, faça uma mudança e se liberte. Fora da escuridão em direção ao sol. Mas eu não esquecerei todos os que eu amo. Vou correr o risco, ter uma chance, fazer uma mudança e jogar tudo pro alto.].

Droga, eu gostava dela. Gostava muito. E eu não sabia o que fazer sobre isso. Eu só não queria pensar naquilo agora, queria aproveitar o momento. Aproveitá-la.

- Você deveria seguir carreira. – eu disse quando ela parou de cantar. Eu estava deitado no sofá, e ela estava sentada ao meu lado com o violão sobre as pernas. Ela riu.

- Não mesmo.

- Porque não?

- Tenho horror a palcos e holofotes. – ela disse e riu. Uma mecha do seu cabelo caiu sobre seus olhos e eu estiquei a mão para afastá-la do seu rosto.

- Boba. – eu sorri e ela se encolheu. – Já compôs alguma vez? – perguntei e ela olhou para a direção da janela.

- Não. Há tantas músicas boas, pra que vou compor?

- Adoro seus pensamentos. – eu ri e ela me encarou, e depois balançou a cabeça com um sorriso fraco. – Queria poder lê-los de vez em quando.

- Você sempre me pergunta.

- Mas nem sempre você diz. – eu disse e ela sorriu. – Como vão as coisas com seu pai? – perguntei e ela suspirou.

- Do mesmo jeito. Não vão. Acho melhor que fique assim. – ela disse e eu soube que não deveria perguntar mais nada sobre aquilo. – E com seu pai? – ela perguntou e eu sorri forçado fechando os olhos.

- Do mesmo jeito também.

- Eles não mudam não é?

- Nem eles, nem nós. – eu disse e ela sorriu.

- Porque não conversa com ele?

- Porque não conversa com seu pai?

- Porque não acho que valha a pena. – ela disse e eu assenti.

- Acho a mesma coisa. A diferença é que seu pai errou e se arrependeu, mas o meu continua errando. – eu disse encarando-a. – Quando você conversar com seu pai, eu converso com o meu. – eu propus e ela sorriu.

- Acho que você não vai conversar com seu pai. – ela disse e eu ri.

- Vamos esquecer nossos pais, só por hoje. – eu disse e ela sorriu assentindo.

- Parece que a festa acabou. – ela disse e eu assenti. – Então vamos mesmo passar a noite aqui.

- Já passamos boa parte dela.

- É. Mas estou morrendo de cansaço e esse sofá não me parece muito... Confortável. – ela disse e eu ri, me sentando no sofá.

- Tem um quarto do lado da cozinha. Tem uma cama lá. – eu disse e ela arregalou os olhos antes de se levantar e correr em direção ao quarto. Eu ri e segui-a.

- Tem uma cama! – ouvi-a gritar antes de eu chegar no quarto. – Cama, cama, cama. – Encarei-a sorrir enquanto pulava na cama de casal. Encostei-me na lateral da porta. – Tem uma cama, Gabe.

- Hum, Gabe? – arqueei uma sobrancelha. Ela riu e desceu da cama.

- É, Gabe. – ela disse vindo até mim. – Estou tentando ser sexy, está funcionando? – ela perguntou e eu ri. Ela parou e me encarou fingindo estar ofendida. Depois se virou pra voltar para sala. Puxei-a pelo braço e fiquei de frente pra ela.

- Não precisa fazer esforço nenhum pra ser sexy. Você faz isso sem perceber. – eu disse e ela riu.

- Vou fingir que acredito, Gabriel. – ela disse pronunciando lentamente meu nome.

- Isso foi muito sexy. – eu sussurrei encarando-a. Ela me olhou por um minuto e depois suspirou.

- Não pode fazer isso. – Ela disse e eu arqueei uma sobrancelha. – Isso. Ficar me olhando. Sempre que me olha eu fico... – ela começou, mas se interrompeu.

- O que?

- Nada. – ela balançou a cabeça e se virou, mas eu a puxei novamente. Olhei fundo nos seus olhos e percebi que sua respiração começou a ficar ofegante. Os olhos presos aos meus. A boca entreaberta. Sorri e cheguei mais perto dela, sem tirar meus olhos dos seus. – Não po-pode usar isso con-contra mim. – ela gaguejou com dificuldade.

- É só o que tenho. Você sempre ganha, e agora eu descobri que você tem uma fraqueza. – eu ri e ela balançou a cabeça.

- Minha fraqueza é você. – ela sussurrou e eu parei, sentindo o ar me faltar também. – Você... Você é meu ponto fraco, Gabe. – ela sussurrou olhando em meus olhos. Eu sorri e puxei-a pra perto. Colei seu corpo ao meu e beijei-a. Ela sorriu entre o beijo e demorou a levantar os braços para enlaça-los em meu pescoço, mas eu sorri com a sensação quando ela o fez. Minhas mãos estavam em suas costas e eu as deslizei até a altura de sua cintura. Ela interrompeu o beijo e me olhou. – Você é mau, muito mau, por usar minha fraqueza contra mim. – ela disse e eu sorri.

- Acho que mereço uma punição. – eu disse e ela riu.

- Eu também acho. – ela disse voltando a me beijar. Os lábios macios e quentes. Um gosto doce delicioso, que me fazia querer beijá-la pra sempre. Deslizei uma mão da sua cintura para sua coxa, e me demorei apertando a curva que havia entre elas, atrevidamente.

Mel sorriu quando o fiz e imitou o gesto, apertando o que eu quase não tinha, com um sorriso travesso no rosto.

Aquele sorriso me derreteu por inteiro. “Minha fraqueza é você". As palavras ecoaram tardiamente em minha cabeça e eu sorri. Ela também era a minha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem por favor. *-*