Everything Can Change escrita por MissBass


Capítulo 2
Primeiro.


Notas iniciais do capítulo

Oi galerinha. Se tiver algum erro ortográfico me avisem, por favor. E se tiver alguem disposto a me ajudar a editar antes de postar eu agradeceria muito. Gostaria de alguem que corrigisse os erros gramaticais antes das postagens.
Boa leitura!



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Sabe aquelas pessoas que acordam esbanjando beleza? Aquelas pessoas que conseguem levantar como deusas, que fazem ate do ato bocejar elegante? Então, definitivamente não sou eu, minha habilidade é outra. Acordo sempre com o cabelo armado de uma maneira que eu tenho seria suspeita que passarinhos se abriguem aqui durante a noite, sem contar no mau humor, cara de morte e tudo mais. Não é algo bonito de se ver, mas fazer o que se não sou uma Megan Fox na vida?

— Levanta seu lixinho, tá na hora de preparar o café do seu mestre. – assusto com o grito de Cato em minha porta.

Era uma sexta feira chuvosa, eu estava assistindo aquele filme “abc do amor” junto com Cato e Finnick quando tive a ideia mais idiota de toda minha vida. Depois de ver a cena em que o menino tentava quebrar o pedaço de madeira e caia no chão chorando de dor achei que seria legal se acontecesse com Cato, então o desafiei a quebrar o cabo de vassoura com a mão. Mas ele me enganou, tenho plena certeza. Convenceu-me a mudar para quebrar com a canela e eu inocente e vitima aceitei. Qual não foi a minha surpresa ao vê-lo conseguindo. Enfim, perdi o desafio e a pena era chama-lo de mestre o resto da minha vida.

Eu amo minha família de todo o coração, mas em momentos como esse eu fico questionando se precisava mesmo me colocar em uma família com dois irmãos. Eu não os julgo, ate entendo que essa coisa de sair por ai agindo como se não tivesse cérebro algum é marca registrada de todo garoto. Mas por que me colocar logo como a única mulher em uma casa com três homens? Ninguém pensou na necessidade de colocar um ser racional para me fazer companhia?

Eu não tenho uma mãe, a mulher que deu a luz a mim e aos meus irmãos nos abandonou quando eu era apenas um bebê de colo. Não que ela faça falta, inclusive foi tarde. Meu pai nos criou sozinho, sei muito bem que não foi fácil. Ele era um homem tendo que lidar com necessidades femininas de sua filha enquanto ainda tinha que cuidar de dois garotos e ele até se saiu bem. Teve o incidente da menstruação, e o do primeiro sutiã também, e aquele da calcinha, mas enfim, ele até que se saiu bem. Embora a gente não tenha muita expectativa de futuro para Cato e Finnick eu sei que pelo menos eu vou me sair bem nessa vida.

Ele com certeza devem dar graças a Deus sempre que me vê em meio aqueles acéfalos.

— Bom dia papaizinho mais lindo desse universo.  – falei em meu tom mais meigo, queria me dar um Oscar por tamanha meiguice.

— Mas você comprou uma calça semana passada Katniss, quer comprar mais coisa pra quê? – Talvez os pais tenham uma espécie de trava que os impede de notar o quanto nós filha podemos ser uns anjinhos.

Quer dizer, ele nem me deixou completar e já foi supondo que eu iria pedir dinheiro para compras, me sinto ultrajada. Uma filha não pode dar amor ao seu pai sem nenhuma segunda intenção? Fiz minha melhor expressão de indignação enquanto colocava a mão no peito.

— Você esta insinuando que eu sou carinhosa com você apenas por interesse paizinho? Que tipo de pessoa você acha que sua filha é? – Meu pai não vê que eu sou uma princesa linda que merece ser amada?

Se estivesse no twitter nesse segundo com certeza postaria #chateada. Não quero nem ver onde esse mundo vai parar com as pessoas agindo assim. Tudo bem que eu realmente quero pedir dinheiro pra comprar roupa, mas em minha defesa tenho umas coisas pra deixar bem claro;

Uma princesa precisa sempre de roupas novas para inicio de um ano letivo ( e para o meio e fim também)

Não é como se fosse um capricho meu, realmente é um caso de extrema necessidade.

Sou tão fofa que ele sempre deveria relevar tudo.

— Um pai conhece muito bem a filha que tem, aprenda Kat.

— Fique sabendo que estou injuriada. – resmunguei enquanto me sentava e colocava um pedaço de panqueca na boca. - Mas vai dar o dinheiro?

— Você é impossível Katniss. – Exclamava Finnick enquanto ria e me olhava com as sobrancelhas arqueadas.

— Fica na tua que nem na mesa animal deve sentar. – falei e mostrei minha língua como sinal de insatisfação.

Mas é claro que ele tinha que me dar um murro nas costas para revidar.

— AI, OLHA ELE PAI!

 - Eu criei uns monstrinhos, meu Deus. – suspirou meu pai enquanto nos olhava com descrença.

Depois de tomar café da manhã e discutir com meus irmãos durante todo o decorrer tive que sair correndo para a escola, atrasada pra variar. A sorte é que agora o Cato estava com seu carro e se o transito colaborar acho que da pra chegar a tempo.

Estava tudo correndo perfeitamente bem, eu dormindo com a cabeça na janela meio aberta enquanto Cato dirigia, até eu ser acordada com uma risada alta. Virei-me para Cato confusa, mas não era ele que ria, era o motoqueiro parado ao meu lado no sinal.

 - Tem uma baba aqui. – falou o cara com desdém enquanto apontava no que deveria ser em direção a sua boca, já que estava de capacete.

Revirei meus olhos e fiz a coisa mais madura a se fazer nesses momentos, mostrei língua e fechei a janela completamente. Sorte que o sinal abriu e pudemos sair do lado daquele ser inconveniente bem na hora. Não se passou nem dois minutos após e chegamos à escola.

— KAAAAAAAT. – observei o pequeno ser que gritava do portão enquanto acenava para mim freneticamente.

Clove parecia uma anã, serio.

— Pra que tanto escândalo, doida? – revirei os olhos enquanto ia andando ate minha melhor amiga.

— Você também faz coisas assim, sua hipócrita. – Acusou fazendo beicinho.

— Eu sei, mas adoro criticar os outros. – falei fazendo-a rir.

— Não estou preparada psicologicamente para mais um ano tendo que vir a escola. – resmungou enquanto lançava um olhar deprimido em minha direção.

Concordei com a cabeça.

— Ai meu Deus. – exclamou Clove enquanto observava algo atrás de mim. – estamos abençoadas Kat, estou vendo um dos caras mais gatos que já vi na vida.

Virei-me rapidamente tentando encontrar a razão do surto de Clove, quando o vi.

Ah não...


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Notas finais do capítulo

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