Atados Ao Pecado. escrita por July Carter


Capítulo 2
Capítulo um.


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela demora... Espero que gostem do capítulo.



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A história a ser retratada aqui aconteceu há alguns anos em uma pequena cidade chamada Forks, no estado de Washington. Dois amigos, vizinhos, quase irmãos, se separavam pela primeira vez desde o colegial. Cada um iria seguir seu respectivo sonho em faculdades diferentes.

Edward sonhava com a medicina, jalecos brancos cercados por crianças. Pediatria era seu sonho. Seguir os passos do pai, ele dizia.

Emmett sonhava em se tornar um dos melhores administradores de todo o país, queria fazer com que sua família sentisse orgulho de ter Emmett McCartney como parente.

Forks, Junho de 2004.


Diploma entre os dedos das mãos, coração na boca. Era assim que Emmett e Edward se sentiam nesse momento. Sabiam que não poderiam contar um com o outro nos próximos anos e temiam que isso acontecesse. Edward era o cara que mantinha Emmett nos eixos, o certinho, centrado. Emmett era o cara que fazia com que Edward se lembrasse de que o momento por qual passavam era único, que deveria ser aproveitado. Um completava o outro.


– Você tem que prometer que manterá o juízo que adquiriu nesses anos... Nada de fraternidade todas as noites, em dias de provas, durma o máximo que puder, de preferência oito horas por noite. 


– E você, irá prometer que irá se divertir pelo menos duas vezes por semana, durante todas – Emmett fez questão de frisar essa parte com aspas imaginárias. – as semanas. Irá pegar o máximo de mulheres que conseguir até finalmente se amarrar com uma, que de preferência seja loira. – Deu uma piscadela final.


Edward fez uma careta com as palavras do amigo, afinal, em todo o ensino médio havia ficado com apenas uma garota e a experiência não havia sido boa...


– Acho que muitas garotas não é uma expressão que faça parte de meu vocabulário. Sabe que prefiro uma única e segura.


– Um dia você irá fazer com que eu me convença que na realidade o que existe em seu vocabulário é: Muitos homens. – ele riu de modo infantil.


– Sabe que não é isso. – murmurou Edward irritado.


– É, eu sei, felizmente, eu sei. – deu de ombros ao ver se aproximar sua “tia” Esme. Dando um meio sorriso completou a frase. – Essa é minha deixa para partir, amanhã, às oito da manhã, na porta da minha casa. Antes de ir darei minha última festa para sacudir essa maldita cidade de Forks.


– Definitivamente Emmett, você não presta.


– Você ainda não viu nada, baby. – Ele se virou em direção a Esme, deu um meio sorriso. – Olá tia. – beijou-lhe na testa. – Coloque um pouco de juízo na cabeça de seu filho, definitivamente, ele não sabe o significado da palavra adolescência.


– Tenho certeza absoluta que Edward conhece essa palavra com a ponta da língua. – Esme sorriu de modo carinhoso. – A única coisa que me preocupa é se o seu significado para essa palavra é o mais... Correto.


– Prometo que não lhe trarei nenhum “sobrinho-neto”. - ele sorriu. – Agora eu tenho realmente que ir, não vai querer enfrentar a fúria de Sra. Mary.


– Por favor, não grave isso que estou falando. – disse em tom brincalhão. – Dessa vez você tem razão. – sorriu de modo tímido.


– Sempre tenho, no dia que todos reconhecerem isso o mundo será melhor.


– Será mesmo? – sussurrou Edward para que somente sua mãe ouvisse. Emmett deu as costas e acenou para um pequeno grupo próximo ao auditório, sua família.


– Meu filho, como você está lindo. – Esme sussurrou com lágrimas nos olhos e um sorriso tristonho nos lábios. Seu pequeno menino, o que carregou por nove meses em sua barriga e por tanto tempo em seus braços agora estava prestes a se mudar para longe. Ela só o veria em feriados, e se, somente se, ele não tivesse provas. – Seu pai ficaria orgulhoso de você. – ela tocou no rosto dele.


– Eu sei. – ele se inclinou em direção à mão da mãe. Seu pai, Carlisle, havia morrido há dois anos em um acidente de carro. Ele ia de Forks à Seattle socorrer uma jovem que havia tentado se suicidar. Ele chegou a socorrê-la. A jovem, Leah, hoje estava viva, e seu pai, morto.


– Tem certeza que quer ir para tão longe? – sua mãe queria emproar-lhe para não ir.


– Esse sempre foi meu sonho mamãe.


– Seguir os passos de seu pai. – ela sorriu.


– E  trazer-lhe orgulho. – ele olhou para baixo. Gostaria que Carlisle estivesse ali para abraçá-lo.


– Oh meu filho, ele já está muito orgulhoso de você. Tenho certeza que está.


– Eu espero que sim. – sorriu segurando a mão da mãe e caminhando em direção a família do amigo. Iria cumprimentar o pai e mãe dele, desde que Carlisle morrera, Marcus, pai de Emmett, havia se tornado uma boa figura paterna, não que algum dia alguém fosse tomar conta do lugar de seu pai em seu coração. – Tio, tia. – ele os cumprimentou e assim a noite continuou, calma, como deveria ser.


Londres, Junho de 2004.


Os cabelos revoltos insistiam em sair da toca que estava em seu cabelo. Isabella achava ridícula aquela situação, mas sua mãe insistia que ela fizesse aquilo, era um ritual da família Swan, sua mãe havia passado por aquilo, sua avó e também sua bisa. Ela encarava a mala aberta pensativa. Era a segunda mala que fazia, a primeira estava carregada com suas roupas e essa, a segunda, estava sendo preenchida por livros. Romance, para ser mais específica.


– Não sei para que levar tantos livros. – murmurou uma baixinha ao seu lado, Alice Swan, sua irmã dois anos mais nova. – Aposto que nem vai ter tempo para ler. – ela tirou um exemplar de Romeu e Julieta da bolsa da irmã e fez careta. – Com todos esses garotos, quem vai se importar com um homem que morreu por Julieta?


– Se eu tiver que ir para um lugar que não possa ler Alice, prefiro permanecer em casa.


– Com tantas pessoas na fraternidade, duvido muito que queira permanecer trancada em um quarto com os seus romances fúteis.


– Sim, Sra. Renée. – riu das palavras da irmã lembrando-se da mãe.


– Doce realidade, te atinge como... Como o que mesmo?


– Não sei o que você quer dizer...


– Muito menos eu. – riu de suas próprias palavras. – Sentirei sua falta Isabella.


– Também sentirei sua falta... – sorriu-lhe.



Londres, Junho de 2004.

Rosalie dava uma última checada no que seria seu quarto pelos próximos quatro anos e meio. Encarava irritada as suas malas e se matizava por não ter ouvido os concelhos de sua tia.


– Roupas demais para closets de menos. – resmungou baixo.


Rosalie colocou as malas no colchão e retirou tudo da mala.


Vestidos longos, shorts curtos, saias mais curtas ainda. Muita coisa que não poderia usar ali. Ela começou a jogar tudo o que não poderia usar no chão.


– Doação. – ela olhou para seu vestido favorito. – Doação. – sussurrou olhando para um short jeans que havia lhe custado 1000 dólares. – Doação! – resmungou por fim se enterrando em baixo dos lençóis.


Ainda bem que havia trazido seus cartões de créditos e que seu saldo bancário ainda era gordo. Rosalie Halle era filha do casal de famosos atores Halle, sua mãe morreu no parto o que trouxe para ela o ódio de seu pai e de seus avós maternos. Criada com sua tia desde então, Rosalie cresceu sendo mimada e com tudo que conseguia carregar em suas mãos. Passava os natais com seu pai, mas todo ano se arrependia por esperar alguma diferença de sua parte.


– Boa tarde. – uma mulher ruiva entrou em seu dormitório, Rosalie teve vontade de jogar o travesseiro que se encontrava em sua cama na mulher. – Me chamo Ângela, sou sua colega de quarto.


– COLEGA DE QUARTO?






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