The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 73
Timeline


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas. Trouxe depois de um tempo um capítulo curto, e com pouca ação. Como eu já disse há um tempo, quando eu comecei a escrever a fic, já tinha lido os livros há tempos. Consegui lembrar muita coisa, mesmo, mas algumas ficaram um pouco perdidas, principalmente em ordem no tempo. Então, com o auxílio da internet, decidi escrever esse capítulo, para ficar bem situado em que ponto da história estamos, e corrigir algum fato que possa ter sido esquecido. Tolerem o capítulo mais lerdinho, prometo voltar no pique no próximo ♥



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   Alguns dias se passaram. O sol seguia com sua fúria sobre nós, então eu estava me escondendo em minha tenda quase o dia todo. Nasuada havia pedido que eu resolvesse alguns assuntos políticos com alguns dos outros capitães, então eu não precisava treinar meus homens diretamente. Eu confiava o suficiente neles também.

   Encarei a caligrafia novamente. Apesar de todos os documentos, eu nunca me contentava com meus escritos. Me pareciam pequenos demais, com pouco espaço entre palavras e quase impossíveis de serem lidos. Quase.

   Ergui o pergaminho e passei os olhos sobre o que já havia sido escrito. Uma linha do tempo, com os principais acontecimentos do acampamento.

   A ideia surgira de Sano. Durante nossos dias, enquanto conversávamos, ele percebeu que minha memória parecia esburacada. Eu aceitava que minha memória não era das melhores para nomes ou pequenos detalhes, mas para grandes eventos com certeza eu me garantia. Podia ser pelo período com Galbatorix, ou algo que ele possa ter feito.

   Na verdade, a maior parte dos ocorridos estavam se misturando na minha cabeça. Eu sabia que eles tinham acontecido, só não sabia muito quando. Elrohir sempre acabava me corrigindo, então aproveitei sua ajuda e montei uma lista com os acontecimentos em ordem.

   Primeiro tivemos a guerra, assim que descemos do navio. Cheguei em meio do confronto, onde perdemos o rei dos anões e eu ganhei um golpe quase fatal. Além da descoberta de que Murtagh estava vivo, e com um dragão ao seu lado agora.

   Alguns dias depois, Eragon e Roran foram resgatar Katrina. Praticamente no mesmo período minha mãe chegou ao acampamento. Na verdade, ela chegou antes que eles saíssem. Mas foi na mesma faixa de tempo.

   Quando Roran e Eragon voltaram, estávamos lidando com uma suposta tentativa de assassinato. Foi a primeira vez em que tive certeza de que Galbatorix estava atrás de mim, e não hesitaria em usar todas as suas forças para conseguir.

   “Nasuada também participou daquele desafio das lâminas.” Elrohir disse em minha cabeça. Era verdade. Apesar de não ser um ocorrido que me envolvesse diretamente, um homem lhe questionara sua liderança e a desafiara. Ela ganhou, mesmo que eu não soubesse os detalhes. Anotei aquilo, mesmo assim.

   “Obrigada, Grande.”

   Eles voltaram, e logo depois deles chegaram os Urgals e Kull. Até então eles tinham respeitado seu acampamento, sem nos atacar de forma incontrolável, como temíamos. E então Eragon foi encontrar-se com os anões, tentando intervir a nosso favor na decisão deles.

   “Se lembrou da garota?”

   “Que garota?”

   “A amaldiçoada. Eragon modificou a maldição.”

   “Ah, é verdade. Ela ainda consegue sentir tudo isso, mas só quando quer. É confuso.”

   “Para mim também. Nunca fui amaldiçoado.”

   Anotei aquilo também, reparando em como Elrohir se preocupava em manter cada mínimo detalhe daquele acampamento sob controle. Ele se lembrava de tudo, mesmo que me envolvesse ou não.

   Pensei em anotar todos os momentos compartilhados com Elwë nesse meio tempo. E com Sano também. Antes que a tinta marcasse o pergaminho, desisti e soltei a pena. Suspirei, tirando os fios de cabelo do rosto, para eles voltarem ao mesmo lugar em seguida. Meu cabelo seguia o curso natural de crescer, mas não parecia rápido o suficiente. Sano dissera que eu continuava bela.

   “O cordão.”

   “O que?” Perguntei, atordoada com a voz retumbante de Elrohir em minha mente, puxando-me dos meus pensamentos românticos confusos. “Que cordão?”

   “O que sua mãe lhe deu quando foi pedir ajuda na guerra. O de sangue.”

   Precisei pensar um segundo antes de revirar minhas coisas e encontra-lo em um bolso de uma das calças, mesmo que achasse que o tivesse perdido quando fui capturada. Minha mãe tinha dito se tratar de um amuleto de boa sorte em guerras. Suspirei.

   “Quando foi que me afastei tanto dela, Grande?”

   “Vocês duas passaram anos sem se ver direito, e quando ela voltou estava cheia de segredos. Faz sentido que não seja mais como antes. Você cresceu."

   Suspirei. As coisas para Elrohir pareciam tão simples. E talvez fossem mesmo, mas eu simplesmente não conseguia superá-las tão facilmente. Voltei a anotar no meu pergaminho, incluindo o casamento de Roran, e sua punição não muito depois.

   E então fui capturada. Nesse meio tempo, não só Galbatorix descobriu sobre Elrohir, Eragon foi até as eleições dos anões, tentando garantir que estes nos ajudariam. E depois disso, quando voltei, ele ainda não tinha retornado.

   “Acho que é isto.”

   “Parece o suficiente para se manter atualizada. Bom trabalho.” Sorri com o apoio de Elrohir, soltando a pena. E por um segundo pensei naquele último nome escrito. Eragon.

   Era um garoto, mais novo que eu, com muito mais responsabilidade nas costas que eu. Quantas coisas esse garoto já tinha enfrentado? O ovo de Saphira, a morte de sua família e de Brom, as descobertas de seus laços sanguíneos...Quem saberia dizer quais eram suas inseguranças e suas pequenas alegrias?

   “Você sabe o que vai acontecer com nosso cavaleiro?” Perguntei, guardando o pergaminho com um cuidado que não me era comum. Elrohir não respondeu de imediato.

   “Nasuada disse que ele vai retornar para Ellesméra. Acabar seu treinamento com o tal...não sei.”

   “Oromis. Oromis e seu dragão, Glaedr. Não gostaria de conhece-los?”

   “Me sinto bem sozinho. Não sou como eles.”

   Não continuei o assunto. De certa forma, apesar de Elrohir não ser exatamente a criatura mais emotiva do mundo, eu sabia que ser o único de sua espécie o intrigava. Como, afinal, só ele sobrara? E por que num lugar tão isolado na Alagaësia?

   “Bom, agora que já sei como as coisas chegaram até aqui, preciso continuar desenvolvendo-as até o futuro. Só não sei como.”

   Os pergaminhos continuavam na camisa, esperando para serem traduzidos. Coloquei o meu recém escrito junto destes, sentindo o incômodo na nuca. Logo os segredos seriam revelados. Fechei o baú.


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Notas finais do capítulo

Obrigada ♥



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