The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 19
Gedwëy Ignasia


Notas iniciais do capítulo

Ficou vergonhosamente pequeno, mas ai está!
Boa leitura!



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Minhas pernas doíam e minha língua estava áspera por causa da sede. Elwë tinha me dito como conseguir a água pouco antes de me mandar fugir, mas não era o suficiente. E o sol só ia ficando mais quente.

Minha mente ficava alternando entre o dragão, que agora caminhava com suas patinhas curtas ao meu lado, e Elwë. Ele tinha dito que eu tinha o ajudado mais do que seu clã, mas eu não fiz nada por ele.

Quando o sol começou a se pôr, peguei mais um pouco de água do solo, mas ainda não era muita. Tomei um pouco e deixei o dragão tomar o resto.

Me sentei, suspirando. Thunderbolt provavelmente não voltaria, mesmo que Elwë tivesse prometido mandá-lo de volta. A marca redonda na palma da minha mão ainda ardia, como se fosse uma queimadura por gelo.

– O que faremos? – Foi uma pergunta retórica, mas fiquei esperando a resposta. Achei que dragões se comunicavam com seus cavaleiros. Eu não era uma cavaleira agora? Ou não?

Olhei para o horizonte. Suspirei de novo observando as Beor. Continuavam imensas, como sempre fora. Eu só as tinha visto uma vez, quando estávamos em terra e Wayn fez uma magia. Era como um globo de vidro flutuando sobre sua mão, exibindo a paisagem do deserto Hadarac, e ao fundo, as Beor. Na época quase não acreditei no sue tamanho, mas hoje eu sabia que elas poderiam ser ainda maiores.

Voltei a encarar o dragão, entortando um pouco a cabeça. Suspirei de novo. A ideia de ser Cavaleiro de dragão podia até ser um sonho para muitos, mas eu podia ver que era um problema pra mim. Aquele não era um dos ovos de Galbatorix, nem mesmo o dragão era igual aos dos antigos Cavaleiros. E a marca, seria difícil esconder.

– Bem, temos que te dar um nome, certo? Você é macho? – A dúvida surgiu assim que percebi que só o chamava de ele, ou criatura. E recebi uma resposta, ou quase.

Heh.

– Ok, isso foi sim? – O som voltou a soar por minha mente. – Bom, se souber falar algo além disso, me corrija depois. Bom, nome para um macho. Hum, Huor?

Repeti o nome devagar, franzindo o cenho. Não me soou bem. Pensei em alguma coisa que me lembrasse a aparência do dragão: cristais, brilhantes, etc. Nenhum parecia bom o suficiente.

– Mablung? Não. Huor também não. Elros? Não, ainda não. Hum, que tal Elrohir? – O dragão fez aquele som de novo na minha mente, parecendo satisfeito. – Elrohir, diamante? Você gosta desse, não é? – O som de novo. – Ok, então agora somos SIlbena e Elrohir. Bom, seremos, eu ainda sou Cyrian.

Suspirei, olhando a marca na minha mão. O tom de prateado fraco ainda estava brilhando, parecendo que pulsava. Será que pararia? E parecia um pouco diferente das representadas em livros, mas talvez eu não me lembrasse direito da ponta mais comprida, subindo pro pulso, quase imperceptível.

– Bom, temos que ir atrás dos Varden, Elrohir! Eu só não sei como chegar lá. – Me levantei, pegando o dragão no colo. O céu já escurecia, e a noite estava esfriando. – Mas vou achar um caminho logo, espero. Vamos.

Voltei a caminhar, sabendo do risco de vagar por ali à noite com os elfos à solta e do cansaço das minhas pernas. Mas seria melhor do que desidratar sob o sol do deserto.

Quando o sol ressurgiu, eu já tinha andado bastante.Tinha passado a andar na direção da floresta ao redor do deserto. O dragão estava acordado, e com fome, mas se deitou ao meu lado, como se me protegesse. Sorri, o observando, e dormi.

Sonhei com dois rostos estranhos. Um homem e um rapaz, provavelmente da minha idade ou pouco mais velhos, comigo num corredor escuro. Um terceiro homem entrou no quarto, e então tudo sumiu. O corredor virou o Hadarac, com 3 ou 4 corpos de elfos e uma espada caída. Elwë.

Acordei suando, tremendo e com a boca ainda mais seca do que costumava ficar. Me sentei, sentindo a mente singela de Elrohir. Coloquei a mão sobre sua cabeça, sem prestar muita atenção.

Respirei fundo e olhei para Elrohir novamente. Mas não foi o que me chamou a atenção. Um risco, parecendo a marca na palma da minha mão, se enroscava por meu pulso, com aquele brilho prateado opaco. Se minha garganta não estivesse tão seca, eu gritaria de susto.

Virei a mão devagar, sem entender direito o que estava acontecendo. E lá estava, o risco imperceptível agora comprido, descendo até meu pulso e se enroscando.Minha marca estava crescendo.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acham dos sonhos? Da marca? Deixem reviews ;D Bjs



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