Ajuda-me a Viver escrita por Vitoria Bastos


Capítulo 10
Bônus - O sonho da mãe


Notas iniciais do capítulo

Olá meus leitores! Primeiramente Feliz Páscoa, super e mega atrasado. Então, porque eu trouxe este capitulo bônus?
— Estou sem internet, e o capitulo ainda não foi terminado de betar, e não quero que você fiquem muito tempo sem capitulo.
— Em agradecimento a vocês, porque vocês são os leitores mais maravilhosos que existem hihi ♥
— Vocês estão com muita raiva da Reneé né? fiz um POV dela.
Gente, ele não está betado. Mil desculpas pelos erros de português/concordância . Este foi feito as pressas, então não sei se ficou bom. Prometo que o próximo será perfeito.
Lá embaixo tem mais, ok?
Vamos ler!



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POV . Reneé


Lembro como se fosse hoje o dia que descobri que estava grávida. Para qualquer mulher nos seus 25 anos de idade, casada e realizada profissionalmente seria uma noticia normal. Aguardada, feliz... Mas, esse não era o meu caso.

Estava ocupando o cargo de melhor bailarina de Londres, no auge da minha carreira artística. É obvio que Charlie já estava me cobrando para termos logo um filho.

Casamos cedo demais, e não me arrependo por isso. Éramos jovens e muito apaixonados, mas, sempre deixei bem claro para ele que a minha carreira de bailarina vinha em primeiro lugar. Era isso que eu pensava antes de me tornar mãe, e descobri o que é amar incondicionalmente.

Comecei a engordar, e ficar indisposta nas aulas. Fui chamada a atenção pela diretora da companhia, e isso era algo que eu não gostava nem um pouco. Era uma bailarina modelo, tinha que dar exemplos para as outras.

Precisava urgentemente perder os meus quilos ganhados, se não perderia o meu emprego.

Então, comecei mais aulas e aumentar os exercícios. Estava obcecada em emagrecer, sem ter a mínima noção de que o motivo de esta engordando era porque estava grávida. Esforços jogados fora, porque os meses passavam e eu continuava engordando. Esta grávida nem me passava pela cabeça, pois todos ao meu redor que uma gravidez, seria algo muito improvável no meu caso.

Já tinha se passado cinco meses, e eu estava entrando em crise. Charlie já estava preocupado, temíamos pelo pior. Uma doença, um vírus... Qualquer coisa menos uma gravidez.

Sendo assim, durante uma aula exaustiva de balé, senti uma cólica muito forte. Pensei que poderia ser algo passageiro. Bailarinas aprendem a lidar com a dor desde cedo, e esta não era a primeira que eu sentia. Continuei dançando, como se nada tivesse acontecendo.

Não demorou muito para a dor se tornar insuportável e tomei consciência de que isso não era normal. Não tive muito tempo para agir. Caminhei alguns passos e senti o chão sumindo dos meus pés. A inconsciência veio e tudo ficou escuro.

Quando acordei estava em um hospital. Recebi a noticia que tinha sofrido um principio de aborto. Lembro-me perfeitamente das palavras do médico.

‘’ _ A senhora sofreu um principio de aborto, creio que tenha sido pelo esforço exagerado praticado nos últimos meses. Mas, não se preocupe que agora está tudo bem. Sua menina esta ótima. ‘’

No momento que o médico me seu a noticia, ele achava que eu tinha consciência que estava gerando um bebê em meu ventre. Então levei três choques ao mesmo tempo:

Primeiro, eu estava grávida.

Segundo, eu quase perdi o meu bebê.

E terceiro, era uma menina. A minha futura bailarina.

Estava grávida de cinco meses, e apesar de não querer filhos no momento, eu estava feliz. Nunca me imaginei mãe, e também nunca gostei de crianças. Mas com ela, a minha filha, era diferente. Ela seria minha, só minha.

Se antes eu tinha alguma aversão à gravidez, minha opinião foi mudada completamente quando informei a diretora da companhia, Gianne, que estava grávida.

Primeiramente a sua reação foi com ar de deboche. Ela achava que eu estava brincando. Eu. Brincando sobre gravidez? Ela não me conhecia mesmo. Digamos que aparentemente eu não parecia está grávida, e ainda de cinco meses. Apesar de ter engordado, e bastante diga de passagem, eu ainda era passada despercebida pelas pessoas, sem que ninguém imaginasse que eu estava grávida. Enfim ela percebeu que eu não era mulher de brincadeira, e vi sua expressão passar de horror a choque ao pensar na noticia. Não entendi direito a sua reação, eu estava grávida. Grávida. Ela não devia me desejar parabéns? Não, ela não me desejou. Nem parabéns, votos de saúde, felicidade e nem mesmo me presenteou com sapatinhos rosa. Ela me sugeriu que eu abortasse. Que era uma irresponsabilidade da minha parte engravidar, e que tirar a minha filha, seria o melhor a todos.

Nem preciso entrar em detalhes que achei o cumulo do absurdo. Gianne nunca foi minha amiga, apesar de termos quase a mesma idade não tinha nada em comum. Mais tarde, percebi que eu me tornei o que ela era antes de eu engravidar da Isabella: Obsessiva e fanática pela perfeição.

Automaticamente me desliguei da companhia. E passei os meus nove meses me dedicando a minha filha. Não pensei na dança e em nada a mais. Só na minha filha.

Charlie ganhava o suficiente para sustentar nos três e eu tinha conseguido me instabilizar com o meu emprego. Não pensamos em mais nada, até Isabella chegar.

Depois que Isabella nasceu, a minha vida ficou maravilhosa. Ela era tão linda, não que ela não seja mais linda hoje... Mais antes ela tinha aquela inocência de criança, que não vejo mais nos seus olhos.

Depois que Isabella completou um ano, decidi que iria voltar a dançar. Estava em completa forma, e já tinha arranjado alguém para ficar com Isabella nos horários que estaria trabalhando. Não encontrei nenhuma companhia que me aceitasse. Mas tarde descobri que pela a minha ‘’ audácia’’ de não tirar a minha filha, despertou a fúria da Gianne. Então, tinha o meu perfil espalhado por todas as companhias como uma profissional não indicada para trabalhar. Sendo assim, virei uma bailarina aposentada com menos de trinta anos. Resolvi me dedicar a casa, e a futura carreira da minha filha.

Encontrei forças na minha filha, e tentei transferir meu todo meu amor à dança a ela. Talvez, de uma forma errada, um tanto exagerada, digamos assim. Mas essa foi a minha forma de não deixar o meu amor pela dança morrer, e só transferi-la para outra bailarina.

Quando Charlie morreu, eu perdi totalmente o meu chão. Não pude contar com ninguém, e resolvi me dedicar em tempo integral a minha filha, porque agora seria eu e ela.

Com o passar do tempo, Isabella se tornou aquilo que eu era: A primeira bailarina da Companhia de Londres. A companhia que um dia eu fiz parte e Isabella sentiu na pele tudo que eu sofri na mão de Gianne.

Gianne permaneceu diretora da companhia por todos esses anos, e parece que com a presença de Isabella lá, ela mudou os seus conceitos. Eu não queria que a minha filha fosse dançar lá, mas era a melhor companhia, e Isabella merecia sempre o melhor.

Hoje as coisas estão totalmente mudadas. Isabella hoje esta no lugar que eu mais temia, fora da companhia. Aposentada, impossibilitada de seguir o seu sonho. E o meu sonho também.

Dói-me ver todo o esforço de anos sendo jogado fora, ninguém se importa com o que eu passei por todos esses anos.

É obvio que ninguém iria prever o acidente, e a Isabella principalmente não tem culpa alguma com isso. Mas é muito triste ver a situação dela, e ver que no final de tudo, ela acabará igual a mim.

O que eu mais queria é ter a minha filha no meu colo, e falar no ouvido dela que tudo vai ficar bem. Mas os tempos são outros, e Isabella não me ouve mais. Desde que a Alice entrou na sua vida, Isabella nunca mais se importou com o que eu pensava, e eu sei que isso não vai mudar.

A única coisa que eu sei é que o tempo passou e Isabella se tornou muito parecida comigo. Não me orgulho disso, Jamais me orgulhei. Eu sei que a minha filha é egoísta e arrogante por minha causa. É muito difícil olhar para trás, e ver que o papel mais importante da minha vida eu falhei: O de mãe.

Eu só não quero que a minha filha se torne uma bailarina frustrada, cheia de medos... É pedir muito? Um dia todos irão me ouvir, e verá que eu sempre estive certa. Mesmo que seja tarde demais, eu preciso tentar, não posso cometer o mesmo erro duas vezes.

Isabella sempre foi, e sempre será a primeira bailarina de Londres, e eu farei de tudo para trazer minha filha de volta aos palcos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? mereço reviews? haha
MENINAAS! Ganhamos o concurso se fanfic do mês no Sunrise Fanfics Ô/ Eu só tenho que agradecer a vocês, por votarem e confiarem em mim. Sinceramente, eu não imaginava que seria tão bem recebidas por vocês, assim, na primeira fic. Eu não sei nem como agradecer ... Estou muito Feliz!
Aqui esta o resultado para quem quiser ver :
http://sunrisefanfics.blogspot.com.br/2013/03/fanfic-do-mes-de-abril.html
Outra coisinha, escrevi um fic com a ajuda de mais cinco escritores ... é uma estória de terror hahahahaha Prometem dar uma passada? garanto que não irão se arrepender!
http://fanfiction.com.br/historia/346781/Docil_Vinganca
Beijooos e fui!