Marcas Do Passado escrita por Nyah


Capítulo 7
Boa Notícia


Notas iniciais do capítulo

Yo minna,
Gomen ne pela demora deste capítulo, mas é que me faltou inspiração (como na maior parte do tempo).
Bom, desejo-lhes boa leitura.
~Nyah



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Analu estava sem entender nada. Como é que aquela caixinha de músicas, que ela havia deixado com ele, estava agora, em suas mãos? Essa era uma coisa que atiçou sua curiosidade, mas, ao mesmo tempo, não queria descobrir como tal objeto fora parar ali. Motivo? Não sei... Talvez medo, angústia, quem sabe?

Ficou um tempo admirando a bela melodia que saía daquele lindo objeto, e, junto desse ato, estava a recordar do passado. Flashes de momentos bons que passara com ele, com sua família e amigos, todo mundo junto.

“Ele era tão animado...” – pensou – “Por que tinha que acontecer aquilo?” – de repente, lágrimas brotaram de seu alvo rosto. – “Droga! Não era para isso acontecer” – balbuciou enquanto tentava, a todo custo, secar tais infortúnios, sendo tal ato em vão.

Analu fechou a caixinha de músicas e deitou-se em sua cama, abraçada a ela. Lágrimas ainda teimavam em escorrer por tão belo rosto que a jovem de cabelo preto possui.

Na manhã seguinte, acordou normalmente. Estava um pouco triste, mas não permitiria a ninguém descobrir esse estado momentâneo em que se encontrava. Principalmente seu amigo Kouichi. Caso o rapaz cujo cabelo é claro descobrisse, iria querer, e com toda certeza o faria, consolá-la. E não era isso que ela queria. Se ele fizesse tal ação, ambos passariam um bom tempo sozinhos, e num lugar sossegado, tendo em conta que a jovem não gosta de estar diante de grandes multidões, e nem ser o centro das atenções.

O fato de ele ser muito popular entre as garotas, e o fato de ela ser muito anti-social, ocasionaria uma multidão de garotas apaixonadas, ou até mesmo obcecadas pelo rapaz de cabelo castanho. Iriam todos cogitar possibilidades sobre o casalzinho. Possibilidade esta que poderia ter totalmente errada, ou não...

Ela não queria, de modo algum, ficar a sós com o vizinho. Não. Isso definitivamente não poderia acontecer. Se ficasse sozinha, num lugar, deserto com ele, provavelmente não aguentaria. Estava cada vez mais se sentindo um pouco estranha na presença do belo rapaz.

Um ponto positivo que poderia se destacar quanto ao fato de ficar sozinha com o Kouichi, seria que ela poderia chorar o quanto quisesse que ele estaria ali para confortá-la, afinal, ele sempre tivera as melhores palavras de amparo amigo. E, um ponto negativo de se ficar apenas ela e ele em algum lugar vazio, é que seu coração iria despertar descontroladamente, e isso atrapalharia na hora de desabar, desabafando seus medos, angústias, tristezas e outros sentimentos negativos, que assombravam a sua vida desde que aquilo aconteceu.

Tomou calmamente seu café, calada como sempre estivera, desde aquele acontecimento.

- Goutissoussama! – falou com as mãos juntas como se estivesse a clamar uma prece.

Levantou-se da mesa em que estava junto de seus pais e pôs os objetos utilizados naquela refeição matinal dentro da pia e foi calçar seu par de sapatos da escola.

- Itekimasu! – falou fechando a porta da frente de sua residência.

- Itarashai! – responderam seus pais, enquanto cada qual faria suas diárias atividades (o pai da Analu terminaria de se aprontar para o trabalho, enquanto que sua mãe iria lavar a louça e aprontar o almoço...).

Já estava a algumas esquinas de sua casa, quando ouviu uma voz um tanto que familiar:

- Analu...! Analu...! – a pessoa corria até a sua direção – Ana... lu... – parou apoiando as mãos aos joelhos, demonstrando claramente que estava cansado.

Analu virou-se para trás e pode ver quem lhe chamava:

- Ah, olá, Kouichi... – falou tentando dar um sorriso, mesmo que forçado.

- Vamos juntos para a escola? – perguntou após recompor o fôlego.

- S-Sim... – não teria como recusar.

Ele iria perguntar o porquê caso negasse. E também, dar desculpas como “vou para outro lugar agora” estava totalmente fora de cogitação. Há essa hora, o único lugar para o qual deveria estar seria a escola.

- Que bom! – respondeu – Adoro estar na sua companhia... – e deu um sorriso.

“Que sorriso lindo...” – e ficou levemente corada.

- Err... Vamos? – mudou de assunto, antes que ficasse sério aquilo.

- Vamos! – concordou normalmente.

O percurso todo foi quieto. Analu não queria dizer nada. Se o fizesse, poderia ficar uma situação incômoda (N/A: Todos nós já estamos cansados de saber o motivo que a leva a tentar se desencontrar com o amigo).

Na escola, o professor ordenou que a turma fizesse um trabalho para apresentar em dupla. É claro que, várias garotas pediram para fazer com Kouichi, e, com certeza, brigaram por isso. Enquanto essas barraqueiras faziam das tripas o coração para fazerem dupla com o belo rapaz de cabelo claro, o mesmo caminhou calmamente até a cadeira onde estava sentada a anti-social da classe.

- Gostaria de fazer dupla comigo? – perguntou para Analu.

- C-Como? – não conseguiu esconder o espanto – Por que quer fazer dupla comigo? Quer dizer... Você tem tantas garotas pra escolher. Por que justo eu? – tentaria a todo custo não fazer dupla com ele. Se o fizesse, teria que ficar sozinha com ele. E esse era o problema.

- Porque você não é como as outras. – deu mais ênfase na palavra “outras”.

- Em que sentido? – quis saber.

- As outras garotas querem fazer a dupla comigo só porque sou popular, e não pelo que eu realmente sou. Elas não me conhecem como você me conhece... – ah é, ela sabia muito sobre a vida dele – E também... – estava justificando – Me sinto muito mais à vontade quando estou na sua companhia.

- Por quê?

- Por que o quê?

- Por que se sente melhor perto de mim?

- Não sei dizer ao certo... – cogitou – Mas... Quando estou com você, sinto que sou eu mesmo, que sou aquele menino de antigamente... Quando estou com as outras pessoas, parece que há uma máscara encobrindo meu rosto. – explicou – E então, aceita fazer dupla comigo?

- Pode ser. – respondeu.

As demais moças se remoeram de raiva. Então, quer dizer que elas se mataram por nada? É, parece que sim (N/A: morram de inveja da Analu, suas recalcadas [cara de vitoriosa]).

No fim do dia, Analu estava indo para casa na companhia de Kouichi para que pudessem começar a fazer planos sobre a organização do trabalho proposto pelo professor, quando, de repente, o telefone celular da jovem morena toca.

- Sim? – atendeu o aparelho de comunicação.

- Olá! – a voz do outro lado falou.

- Quem é? – estranhara.

- Sou eu, minha filha, sua mãe... – respondeu indignada.

- Ah sim... Desculpe, mas é que eu não olhei no visor.

- Tudo bem...

- O que quer?

- Venha para o hospital agora mesmo. – falou aparentemente contente.

- Por quê? Aconteceu alguma coisa?

- Sim... – respondeu alegre. – Mas não quero falar por telefone. Agora, venha já para cá, mocinha... Sim?!

- S-Sim... – estava curiosa. Queria saber o que estava acontecendo.

- Kouichi...

- Sim?

- Vamos ao hospital.

- Hã? Por quê?

- Minha mãe está lá e quer me contar algo. Poderia me acompanhar?

- Mas é claro que sim... Vamos.

Estavam correndo com toda a velocidade que tinham, até que chegaram ao hospital da cidade.

- O que houve, mamãe? – perguntou assim que avistou a matriarca de sua família.

- Seu irmão... Seu irmão...

- O que tem o meu irmão? – instantaneamente, lágrimas brotaram por seu rosto.

- Yuki acordou. – falou contente.

Analu ficou estática.

- S-Sério? – estava difícil de digerir tal notícia.

- S-Sim... Eu estava de esperando para podermos entrar. Sei que você sente muito a falta dele. Talvez até mais que eu e seu pai...

Analu abriu a porta do quarto daquele hospital, e viu seu irmão, sentado na cama e recostado na cabeceira da mesma. 


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